CARACAS - A Assembleia Nacional da Venezuela rejeitou nesta quinta-feira, 17, a prorrogação por 60 dias do decreto de emergência econômica requisitado pelo presidente Nicolás Maduro em janeiro. Na primeira vez em que o pedido foi feito, o Legislativo - agora controlado pela oposição ao chavismo - também negou os poderes especiais ao presidente, mas a decisão foi revertida pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), favorável ao governo.
Apesar da negativa, a Assembleia Nacional ofereceu ajuda para tentar amenizar a grave crise econômica que afeta o país, mediante o estudo das iniciativas legislativas propostas pelo Executivo. Os deputados também propuseram criar novos projetos de lei "para corrigir o rumo estatista e rentista da política econômica atual".
Fim de semana de protestos na Venezuela
"A solução dos graves problemas que afetam a economia não serão resolvidos pela outorga de poderes exorbitantes a um governo já favorecido com uma enorme concentração de poderes", disse o deputado opositor Simón Calzadilla.
Após o TSJ derrubar o primeiro rechaço da AN ao decreto de emergência econômica, a coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) acusou o Judiciário de ser dócil ao chavismo e trabalhar pelo desequilíbrio de poderes no país. /EFE