VIENA - A Áustria anunciou nesta segunda-feira, 14, sua decisão de enviar o Exército para a fronteira com a Hungria com o objetivo de ajudar os policiais no controle da área, diante da chegada em massa de refugiados do Oriente Médio.
O chanceler federal austríaco, Werner Faymann, destacou à imprensa que a missão das forças de segurança será controlar os refugiados, mas também oferecer ajuda humanitária em caso de necessidade.
Autoridades austríacas disseram que não tinham outra opção após a decisão alemã tomada no domingo, que suspendeu efetivamente o regime de Schengen, em vigor há 20 anos, permitindo a livre travessia de fronteiras dentro do continente.
Cerca de 2.200 soldados serão enviados à região perto da fronteira para controlar os refugiados e garantir uma entrada "ordenada" de pessoas, acrescentou o vice-chanceler austríaco Reinhold Mitterlehner.
"Desordenado e de forma permanente, assim não podemos continuar", disse Mitterlehner em referência à entrada de dezenas de milhares de refugiados procedentes da Hungria nos últimos dez dias. "A situação na Áustria e na Alemanha já não está sob pleno controle."
As cúpulas dos governos da Áustria e da Alemanha devem se reunir amanhã para analisar a situação dos refugiados.
Antes do anúncio, imigrantes estavam andando pela fronteira da Hungria com a Áustria no maior ritmo até o momento. A polícia informou que as acomodações de emergência estavam se esgotando, inclusive os acampamentos com barracas perto da fronteira e estacionamentos nas estações ferroviárias. /EFE e REUTERS
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Direto da cidade de Passau, na Alemanha,Jamil Chade, repórter do Estadão, seencontra com refugiados e fala sobre a atual crise de imigração na Europa.