Boko Haram deixou 20 mil mortos e perdas de US$ 5,9 bi na Nigéria


Estudo do Banco Mundial indica que danos causados pelo grupo radical islâmico são maiores que o estimado

Por Redação

NOVA YORK - A insurreição do Boko Haram já deixou 20 mil mortos e perdas de US$ 5,9 bilhões no Estado de Borno, nordeste da Nigéria, de acordo com um estudo elaborado pelo Banco Mundial.

O relatório mostra a magnitude da destruição provocada pela rebelião que começou em 2009 e chegou a controlar vastos territórios no nordeste da Nigéria.

Este estudo faz parte de "uma avaliação da reconstrução e da pacificação", um programa de intervenção que envolve Banco Mundial, União Europeia e ONU para ajudar seis Estados do nordeste do país.

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Soldados nigerianos patrulham entrada de centro de votação na cidade de Niamey durante segundo turno de eleição presidencial Foto: ISSOUF SANOGO/AFP

Apenas em Borno, fontes ligadas ao relatório disseram à agência France Presse que 20 mil pessoas morreram. O número é mais alto do que as estimativas anteriores de 17 mil vítimas em todo o país. Um dos mais castigados pela violência, este Estado abriga mais de 2 milhões de deslocados. A previsão é que os combates tenham destruído cerca de 30% das moradias.

O relatório foi divulgado um dia após o segundo turno das eleições presidenciais no país. O governo ainda não havia divulgado nesta segunda-feira o resultado das eleições, que tiveram apenas o presidente Issoufou Mahamadou com o candidato, já que as autoridades rejeitaram libertar Hama Amadou, o único rival de Mahamadou, preso por um delito de caráter familiar.

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O país tornou-se independente da Grã-Bretanha em 1960, mas mergulhou em uma guerra civil anos depois. Foi governado por juntas militares de 1970 a 1999 e somente as eleições presidenciais de 2011 foram consideradas as primeiras a serem realizadas de modo livre e justo.

O Boko Haram surgiu em 2002 e instalou seu reduto na cidade de Maiduguri, no nordeste da Nigéria, região de maioria muçulmana. A pobreza, o elevado índice de desemprego no Estado de Borno e a revolta contra a debilidade do governo central criaram um terreno fértil para o grupo encontrar recrutas entre os jovens. 

O Boko Haram, que na língua hausa significa "a educação ocidental é proibida", tem lançado uma série de ataques contra alvos do governo, que tem respondido com duras ofensivas. Mas as diversas campanhas de repressão do governo, apoiado pelo Exército dos Camarões, não conseguiram conter o movimento e a rebelião do Boko Haram tem trazido sérias consequênciaspara a economia do país. / AFP

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Massacre na Nigéria

1 | 7

Menino sentado ao lado de sua mãe chora durante funeral dos mortos por questões religiosas, Nigéria

Foto: Akintunde Akinleye/Reuters
2 | 7

Mulher chora em frente a prédios queimados na vila de Dogo Nahawa, Nigéria

Foto: Akintunde Akinleye/Reuters
3 | 7

Pessoas se assustam ao ver cristãos mortos por questões religiosas na Nigéria

Foto: Jon Gambrell/AP
4 | 7

Pessoas ficam de pé em respeito ao enterro em massa das vítimas mortas em ataques religiosos

Foto: Akintunde Akinleye/Reuters
5 | 7

Corpos das vítimas mortas por ataques religiosos em Dogo Nahawa, Nigéria

Foto: Akintunde Akinleye/Reuters
6 | 7

Moradores passam por carro queimado em Dogo Nahawa. Mais de 200 pessoas foram mortas

Foto: Jon Gambrell/AP
7 | 7

Mulher chora durante o funeral pelas vítimas do Dodo Nahawa, Nigéria

Foto: Akintunde Akinleye/Reuters

NOVA YORK - A insurreição do Boko Haram já deixou 20 mil mortos e perdas de US$ 5,9 bilhões no Estado de Borno, nordeste da Nigéria, de acordo com um estudo elaborado pelo Banco Mundial.

O relatório mostra a magnitude da destruição provocada pela rebelião que começou em 2009 e chegou a controlar vastos territórios no nordeste da Nigéria.

Este estudo faz parte de "uma avaliação da reconstrução e da pacificação", um programa de intervenção que envolve Banco Mundial, União Europeia e ONU para ajudar seis Estados do nordeste do país.

Soldados nigerianos patrulham entrada de centro de votação na cidade de Niamey durante segundo turno de eleição presidencial Foto: ISSOUF SANOGO/AFP

Apenas em Borno, fontes ligadas ao relatório disseram à agência France Presse que 20 mil pessoas morreram. O número é mais alto do que as estimativas anteriores de 17 mil vítimas em todo o país. Um dos mais castigados pela violência, este Estado abriga mais de 2 milhões de deslocados. A previsão é que os combates tenham destruído cerca de 30% das moradias.

O relatório foi divulgado um dia após o segundo turno das eleições presidenciais no país. O governo ainda não havia divulgado nesta segunda-feira o resultado das eleições, que tiveram apenas o presidente Issoufou Mahamadou com o candidato, já que as autoridades rejeitaram libertar Hama Amadou, o único rival de Mahamadou, preso por um delito de caráter familiar.

O país tornou-se independente da Grã-Bretanha em 1960, mas mergulhou em uma guerra civil anos depois. Foi governado por juntas militares de 1970 a 1999 e somente as eleições presidenciais de 2011 foram consideradas as primeiras a serem realizadas de modo livre e justo.

O Boko Haram surgiu em 2002 e instalou seu reduto na cidade de Maiduguri, no nordeste da Nigéria, região de maioria muçulmana. A pobreza, o elevado índice de desemprego no Estado de Borno e a revolta contra a debilidade do governo central criaram um terreno fértil para o grupo encontrar recrutas entre os jovens. 

O Boko Haram, que na língua hausa significa "a educação ocidental é proibida", tem lançado uma série de ataques contra alvos do governo, que tem respondido com duras ofensivas. Mas as diversas campanhas de repressão do governo, apoiado pelo Exército dos Camarões, não conseguiram conter o movimento e a rebelião do Boko Haram tem trazido sérias consequênciaspara a economia do país. / AFP

Massacre na Nigéria

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Menino sentado ao lado de sua mãe chora durante funeral dos mortos por questões religiosas, Nigéria

Foto: Akintunde Akinleye/Reuters
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Mulher chora em frente a prédios queimados na vila de Dogo Nahawa, Nigéria

Foto: Akintunde Akinleye/Reuters
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Foto: Jon Gambrell/AP
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Pessoas ficam de pé em respeito ao enterro em massa das vítimas mortas em ataques religiosos

Foto: Akintunde Akinleye/Reuters
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Foto: Akintunde Akinleye/Reuters
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Foto: Jon Gambrell/AP
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Mulher chora durante o funeral pelas vítimas do Dodo Nahawa, Nigéria

Foto: Akintunde Akinleye/Reuters

NOVA YORK - A insurreição do Boko Haram já deixou 20 mil mortos e perdas de US$ 5,9 bilhões no Estado de Borno, nordeste da Nigéria, de acordo com um estudo elaborado pelo Banco Mundial.

O relatório mostra a magnitude da destruição provocada pela rebelião que começou em 2009 e chegou a controlar vastos territórios no nordeste da Nigéria.

Este estudo faz parte de "uma avaliação da reconstrução e da pacificação", um programa de intervenção que envolve Banco Mundial, União Europeia e ONU para ajudar seis Estados do nordeste do país.

Soldados nigerianos patrulham entrada de centro de votação na cidade de Niamey durante segundo turno de eleição presidencial Foto: ISSOUF SANOGO/AFP

Apenas em Borno, fontes ligadas ao relatório disseram à agência France Presse que 20 mil pessoas morreram. O número é mais alto do que as estimativas anteriores de 17 mil vítimas em todo o país. Um dos mais castigados pela violência, este Estado abriga mais de 2 milhões de deslocados. A previsão é que os combates tenham destruído cerca de 30% das moradias.

O relatório foi divulgado um dia após o segundo turno das eleições presidenciais no país. O governo ainda não havia divulgado nesta segunda-feira o resultado das eleições, que tiveram apenas o presidente Issoufou Mahamadou com o candidato, já que as autoridades rejeitaram libertar Hama Amadou, o único rival de Mahamadou, preso por um delito de caráter familiar.

O país tornou-se independente da Grã-Bretanha em 1960, mas mergulhou em uma guerra civil anos depois. Foi governado por juntas militares de 1970 a 1999 e somente as eleições presidenciais de 2011 foram consideradas as primeiras a serem realizadas de modo livre e justo.

O Boko Haram surgiu em 2002 e instalou seu reduto na cidade de Maiduguri, no nordeste da Nigéria, região de maioria muçulmana. A pobreza, o elevado índice de desemprego no Estado de Borno e a revolta contra a debilidade do governo central criaram um terreno fértil para o grupo encontrar recrutas entre os jovens. 

O Boko Haram, que na língua hausa significa "a educação ocidental é proibida", tem lançado uma série de ataques contra alvos do governo, que tem respondido com duras ofensivas. Mas as diversas campanhas de repressão do governo, apoiado pelo Exército dos Camarões, não conseguiram conter o movimento e a rebelião do Boko Haram tem trazido sérias consequênciaspara a economia do país. / AFP

Massacre na Nigéria

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Menino sentado ao lado de sua mãe chora durante funeral dos mortos por questões religiosas, Nigéria

Foto: Akintunde Akinleye/Reuters
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Foto: Jon Gambrell/AP
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Pessoas ficam de pé em respeito ao enterro em massa das vítimas mortas em ataques religiosos

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Corpos das vítimas mortas por ataques religiosos em Dogo Nahawa, Nigéria

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Moradores passam por carro queimado em Dogo Nahawa. Mais de 200 pessoas foram mortas

Foto: Jon Gambrell/AP
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Mulher chora durante o funeral pelas vítimas do Dodo Nahawa, Nigéria

Foto: Akintunde Akinleye/Reuters

NOVA YORK - A insurreição do Boko Haram já deixou 20 mil mortos e perdas de US$ 5,9 bilhões no Estado de Borno, nordeste da Nigéria, de acordo com um estudo elaborado pelo Banco Mundial.

O relatório mostra a magnitude da destruição provocada pela rebelião que começou em 2009 e chegou a controlar vastos territórios no nordeste da Nigéria.

Este estudo faz parte de "uma avaliação da reconstrução e da pacificação", um programa de intervenção que envolve Banco Mundial, União Europeia e ONU para ajudar seis Estados do nordeste do país.

Soldados nigerianos patrulham entrada de centro de votação na cidade de Niamey durante segundo turno de eleição presidencial Foto: ISSOUF SANOGO/AFP

Apenas em Borno, fontes ligadas ao relatório disseram à agência France Presse que 20 mil pessoas morreram. O número é mais alto do que as estimativas anteriores de 17 mil vítimas em todo o país. Um dos mais castigados pela violência, este Estado abriga mais de 2 milhões de deslocados. A previsão é que os combates tenham destruído cerca de 30% das moradias.

O relatório foi divulgado um dia após o segundo turno das eleições presidenciais no país. O governo ainda não havia divulgado nesta segunda-feira o resultado das eleições, que tiveram apenas o presidente Issoufou Mahamadou com o candidato, já que as autoridades rejeitaram libertar Hama Amadou, o único rival de Mahamadou, preso por um delito de caráter familiar.

O país tornou-se independente da Grã-Bretanha em 1960, mas mergulhou em uma guerra civil anos depois. Foi governado por juntas militares de 1970 a 1999 e somente as eleições presidenciais de 2011 foram consideradas as primeiras a serem realizadas de modo livre e justo.

O Boko Haram surgiu em 2002 e instalou seu reduto na cidade de Maiduguri, no nordeste da Nigéria, região de maioria muçulmana. A pobreza, o elevado índice de desemprego no Estado de Borno e a revolta contra a debilidade do governo central criaram um terreno fértil para o grupo encontrar recrutas entre os jovens. 

O Boko Haram, que na língua hausa significa "a educação ocidental é proibida", tem lançado uma série de ataques contra alvos do governo, que tem respondido com duras ofensivas. Mas as diversas campanhas de repressão do governo, apoiado pelo Exército dos Camarões, não conseguiram conter o movimento e a rebelião do Boko Haram tem trazido sérias consequênciaspara a economia do país. / AFP

Massacre na Nigéria

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Menino sentado ao lado de sua mãe chora durante funeral dos mortos por questões religiosas, Nigéria

Foto: Akintunde Akinleye/Reuters
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Foto: Akintunde Akinleye/Reuters
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Pessoas se assustam ao ver cristãos mortos por questões religiosas na Nigéria

Foto: Jon Gambrell/AP
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Pessoas ficam de pé em respeito ao enterro em massa das vítimas mortas em ataques religiosos

Foto: Akintunde Akinleye/Reuters
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Corpos das vítimas mortas por ataques religiosos em Dogo Nahawa, Nigéria

Foto: Akintunde Akinleye/Reuters
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Moradores passam por carro queimado em Dogo Nahawa. Mais de 200 pessoas foram mortas

Foto: Jon Gambrell/AP
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Foto: Akintunde Akinleye/Reuters

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