Bolsonaro, da ameaça da 'pólvora' à promessa de um bom compromisso ambiental


Mudança de tom já havia se refletido em uma carta enviada este mês ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden

Por Redação
Atualização:

O presidente Jair Bolsonaro, que até mencionou usar "pólvora" ao falar sobre as pressões para reduzir o desmatamento na Amazônia, prometeu na cúpula do clima desta quinta-feira, 22, que o Brasil alcançará a "neutralidade" de carbono até 2050, dez anos antes do previsto. 

Essa mudança de tom já havia se refletido em uma carta enviada este mês ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, organizador da cúpula, na qual o brasileiro proclamou seu "apoio aos esforços" para "eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030", segundo o compromissos do Acordo de Paris, de 2015. 

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, durante a cúpula do clima. Foto: Marcos Correa/Brazilian Presidency via REUTERS
continua após a publicidade

Estas são algumas das declarações de Bolsonaro sobre a questão climática desde que assumiu o poder em janeiro de 2019: 

'Pólvora' vs. Biden

"Assistimos há pouco um grande candidato a chefe de Estado dizer que se eu não apagar o fogo na Amazônia, levanta barreiras comerciais contra o Brasil. Como é que nós podemos fazer frente a tudo isso? Apenas na diplomacia não dá. Porque quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, se não, não funciona. Precisa nem usar pólvora, mas tem que saber que tem", disse em 10 de novembro de 2020, em um evento público.

continua após a publicidade

Críticas de 'competidores'

"Nós estamos vendo alguns focos de incêndio em todo o Brasil. Isso acontece ao longo de anos, e temos sofrido uma crítica muito grande, porque, obviamente, quanto mais nos atacarem, melhor interessa aos nossos concorrentes para aquilo que nós temos de melhor, que é o nosso agronegócio", disse em 18 de setembro de 2020, em resposta a críticas do governo francês sobre o aumento dos incêndios na Amazônia e no Pantanal.

As ONGs, 'um câncer'

continua após a publicidade

"Vocês sabem que ONG não tem vez comigo, não é? Boto pra quebrar com esse pessoal. Não consigo matar esse câncer chamado ONG", falou em 3 de setembro de 2020, em sua live semanal pelo Facebook.

Seu navegador não suporta esse video.

Em discurso na cúpula do clima convocada pelo presidente americano, Joe Biden, o presidente Jair Bolsonaro se comprometeu a ampliar a verba para fiscalização ambiental, alcançar a neutralidade climática até 2050 e a acabar com o desmatamento ilegal até 2030. Bolsonaro também reafirmou o pedido de mais recursos estrangeiros para viabilizar um combate mais assertivo da destruição florestal e proteger o meio ambiente. Desta vez, Bolsonaro adotou um tom mais conciliatório do que quando discursou na 75.ª Assembleia-Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU), em setembro de 2020. Naquela ocasião, o presidente brasileiro apresentou seu governo como vítima de uma perseguição internacional. Na tentativa de se eximir das cobranças por recordes de queimadas na Amazônia e no Pantanal, Bolsonaro atribuiu a índios e caboclos a disseminação do fogo nas florestas e disse que havia uma “campanha brutal de desinformação”.

 "Aquele dinheiro que vinha da Noruega, da Alemanha, para o Fundo Amazônico, onde 40% iam diretamente para ONGs (...) Cortamos essa grana deles", afirmou em 21 de agosto de 2019, em um discurso em Brasília diante de empresários após a suspensão da entrega de fundos dos principais contribuintes do Fundo Amazônia.

continua após a publicidade

Greta, uma 'pirralha'

"Qual o nome daquela menina lá? De fora, lá? Greta. A Greta já falou que os índios morreram porque estavam defendendo a Amazônia. É impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí. Pirralha", disse em 10 de dezembro de 2019, sobre a jovem ativista ambiental Greta Thunberg, respondendo a jornalistas em Brasília.

Mídia 'mentirosa'

continua após a publicidade

"Ela (a Amazônia) não está sendo devastada, nem consumida pelo fogo como diz mentirosamente a mídia", afirmou em 24 de setembro de 2019, diante da Assembleia Geral da ONU./AFP 

O presidente Jair Bolsonaro, que até mencionou usar "pólvora" ao falar sobre as pressões para reduzir o desmatamento na Amazônia, prometeu na cúpula do clima desta quinta-feira, 22, que o Brasil alcançará a "neutralidade" de carbono até 2050, dez anos antes do previsto. 

Essa mudança de tom já havia se refletido em uma carta enviada este mês ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, organizador da cúpula, na qual o brasileiro proclamou seu "apoio aos esforços" para "eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030", segundo o compromissos do Acordo de Paris, de 2015. 

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, durante a cúpula do clima. Foto: Marcos Correa/Brazilian Presidency via REUTERS

Estas são algumas das declarações de Bolsonaro sobre a questão climática desde que assumiu o poder em janeiro de 2019: 

'Pólvora' vs. Biden

"Assistimos há pouco um grande candidato a chefe de Estado dizer que se eu não apagar o fogo na Amazônia, levanta barreiras comerciais contra o Brasil. Como é que nós podemos fazer frente a tudo isso? Apenas na diplomacia não dá. Porque quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, se não, não funciona. Precisa nem usar pólvora, mas tem que saber que tem", disse em 10 de novembro de 2020, em um evento público.

Críticas de 'competidores'

"Nós estamos vendo alguns focos de incêndio em todo o Brasil. Isso acontece ao longo de anos, e temos sofrido uma crítica muito grande, porque, obviamente, quanto mais nos atacarem, melhor interessa aos nossos concorrentes para aquilo que nós temos de melhor, que é o nosso agronegócio", disse em 18 de setembro de 2020, em resposta a críticas do governo francês sobre o aumento dos incêndios na Amazônia e no Pantanal.

As ONGs, 'um câncer'

"Vocês sabem que ONG não tem vez comigo, não é? Boto pra quebrar com esse pessoal. Não consigo matar esse câncer chamado ONG", falou em 3 de setembro de 2020, em sua live semanal pelo Facebook.

Seu navegador não suporta esse video.

Em discurso na cúpula do clima convocada pelo presidente americano, Joe Biden, o presidente Jair Bolsonaro se comprometeu a ampliar a verba para fiscalização ambiental, alcançar a neutralidade climática até 2050 e a acabar com o desmatamento ilegal até 2030. Bolsonaro também reafirmou o pedido de mais recursos estrangeiros para viabilizar um combate mais assertivo da destruição florestal e proteger o meio ambiente. Desta vez, Bolsonaro adotou um tom mais conciliatório do que quando discursou na 75.ª Assembleia-Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU), em setembro de 2020. Naquela ocasião, o presidente brasileiro apresentou seu governo como vítima de uma perseguição internacional. Na tentativa de se eximir das cobranças por recordes de queimadas na Amazônia e no Pantanal, Bolsonaro atribuiu a índios e caboclos a disseminação do fogo nas florestas e disse que havia uma “campanha brutal de desinformação”.

 "Aquele dinheiro que vinha da Noruega, da Alemanha, para o Fundo Amazônico, onde 40% iam diretamente para ONGs (...) Cortamos essa grana deles", afirmou em 21 de agosto de 2019, em um discurso em Brasília diante de empresários após a suspensão da entrega de fundos dos principais contribuintes do Fundo Amazônia.

Greta, uma 'pirralha'

"Qual o nome daquela menina lá? De fora, lá? Greta. A Greta já falou que os índios morreram porque estavam defendendo a Amazônia. É impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí. Pirralha", disse em 10 de dezembro de 2019, sobre a jovem ativista ambiental Greta Thunberg, respondendo a jornalistas em Brasília.

Mídia 'mentirosa'

"Ela (a Amazônia) não está sendo devastada, nem consumida pelo fogo como diz mentirosamente a mídia", afirmou em 24 de setembro de 2019, diante da Assembleia Geral da ONU./AFP 

O presidente Jair Bolsonaro, que até mencionou usar "pólvora" ao falar sobre as pressões para reduzir o desmatamento na Amazônia, prometeu na cúpula do clima desta quinta-feira, 22, que o Brasil alcançará a "neutralidade" de carbono até 2050, dez anos antes do previsto. 

Essa mudança de tom já havia se refletido em uma carta enviada este mês ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, organizador da cúpula, na qual o brasileiro proclamou seu "apoio aos esforços" para "eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030", segundo o compromissos do Acordo de Paris, de 2015. 

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, durante a cúpula do clima. Foto: Marcos Correa/Brazilian Presidency via REUTERS

Estas são algumas das declarações de Bolsonaro sobre a questão climática desde que assumiu o poder em janeiro de 2019: 

'Pólvora' vs. Biden

"Assistimos há pouco um grande candidato a chefe de Estado dizer que se eu não apagar o fogo na Amazônia, levanta barreiras comerciais contra o Brasil. Como é que nós podemos fazer frente a tudo isso? Apenas na diplomacia não dá. Porque quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, se não, não funciona. Precisa nem usar pólvora, mas tem que saber que tem", disse em 10 de novembro de 2020, em um evento público.

Críticas de 'competidores'

"Nós estamos vendo alguns focos de incêndio em todo o Brasil. Isso acontece ao longo de anos, e temos sofrido uma crítica muito grande, porque, obviamente, quanto mais nos atacarem, melhor interessa aos nossos concorrentes para aquilo que nós temos de melhor, que é o nosso agronegócio", disse em 18 de setembro de 2020, em resposta a críticas do governo francês sobre o aumento dos incêndios na Amazônia e no Pantanal.

As ONGs, 'um câncer'

"Vocês sabem que ONG não tem vez comigo, não é? Boto pra quebrar com esse pessoal. Não consigo matar esse câncer chamado ONG", falou em 3 de setembro de 2020, em sua live semanal pelo Facebook.

Seu navegador não suporta esse video.

Em discurso na cúpula do clima convocada pelo presidente americano, Joe Biden, o presidente Jair Bolsonaro se comprometeu a ampliar a verba para fiscalização ambiental, alcançar a neutralidade climática até 2050 e a acabar com o desmatamento ilegal até 2030. Bolsonaro também reafirmou o pedido de mais recursos estrangeiros para viabilizar um combate mais assertivo da destruição florestal e proteger o meio ambiente. Desta vez, Bolsonaro adotou um tom mais conciliatório do que quando discursou na 75.ª Assembleia-Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU), em setembro de 2020. Naquela ocasião, o presidente brasileiro apresentou seu governo como vítima de uma perseguição internacional. Na tentativa de se eximir das cobranças por recordes de queimadas na Amazônia e no Pantanal, Bolsonaro atribuiu a índios e caboclos a disseminação do fogo nas florestas e disse que havia uma “campanha brutal de desinformação”.

 "Aquele dinheiro que vinha da Noruega, da Alemanha, para o Fundo Amazônico, onde 40% iam diretamente para ONGs (...) Cortamos essa grana deles", afirmou em 21 de agosto de 2019, em um discurso em Brasília diante de empresários após a suspensão da entrega de fundos dos principais contribuintes do Fundo Amazônia.

Greta, uma 'pirralha'

"Qual o nome daquela menina lá? De fora, lá? Greta. A Greta já falou que os índios morreram porque estavam defendendo a Amazônia. É impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí. Pirralha", disse em 10 de dezembro de 2019, sobre a jovem ativista ambiental Greta Thunberg, respondendo a jornalistas em Brasília.

Mídia 'mentirosa'

"Ela (a Amazônia) não está sendo devastada, nem consumida pelo fogo como diz mentirosamente a mídia", afirmou em 24 de setembro de 2019, diante da Assembleia Geral da ONU./AFP 

O presidente Jair Bolsonaro, que até mencionou usar "pólvora" ao falar sobre as pressões para reduzir o desmatamento na Amazônia, prometeu na cúpula do clima desta quinta-feira, 22, que o Brasil alcançará a "neutralidade" de carbono até 2050, dez anos antes do previsto. 

Essa mudança de tom já havia se refletido em uma carta enviada este mês ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, organizador da cúpula, na qual o brasileiro proclamou seu "apoio aos esforços" para "eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030", segundo o compromissos do Acordo de Paris, de 2015. 

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, durante a cúpula do clima. Foto: Marcos Correa/Brazilian Presidency via REUTERS

Estas são algumas das declarações de Bolsonaro sobre a questão climática desde que assumiu o poder em janeiro de 2019: 

'Pólvora' vs. Biden

"Assistimos há pouco um grande candidato a chefe de Estado dizer que se eu não apagar o fogo na Amazônia, levanta barreiras comerciais contra o Brasil. Como é que nós podemos fazer frente a tudo isso? Apenas na diplomacia não dá. Porque quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, se não, não funciona. Precisa nem usar pólvora, mas tem que saber que tem", disse em 10 de novembro de 2020, em um evento público.

Críticas de 'competidores'

"Nós estamos vendo alguns focos de incêndio em todo o Brasil. Isso acontece ao longo de anos, e temos sofrido uma crítica muito grande, porque, obviamente, quanto mais nos atacarem, melhor interessa aos nossos concorrentes para aquilo que nós temos de melhor, que é o nosso agronegócio", disse em 18 de setembro de 2020, em resposta a críticas do governo francês sobre o aumento dos incêndios na Amazônia e no Pantanal.

As ONGs, 'um câncer'

"Vocês sabem que ONG não tem vez comigo, não é? Boto pra quebrar com esse pessoal. Não consigo matar esse câncer chamado ONG", falou em 3 de setembro de 2020, em sua live semanal pelo Facebook.

Seu navegador não suporta esse video.

Em discurso na cúpula do clima convocada pelo presidente americano, Joe Biden, o presidente Jair Bolsonaro se comprometeu a ampliar a verba para fiscalização ambiental, alcançar a neutralidade climática até 2050 e a acabar com o desmatamento ilegal até 2030. Bolsonaro também reafirmou o pedido de mais recursos estrangeiros para viabilizar um combate mais assertivo da destruição florestal e proteger o meio ambiente. Desta vez, Bolsonaro adotou um tom mais conciliatório do que quando discursou na 75.ª Assembleia-Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU), em setembro de 2020. Naquela ocasião, o presidente brasileiro apresentou seu governo como vítima de uma perseguição internacional. Na tentativa de se eximir das cobranças por recordes de queimadas na Amazônia e no Pantanal, Bolsonaro atribuiu a índios e caboclos a disseminação do fogo nas florestas e disse que havia uma “campanha brutal de desinformação”.

 "Aquele dinheiro que vinha da Noruega, da Alemanha, para o Fundo Amazônico, onde 40% iam diretamente para ONGs (...) Cortamos essa grana deles", afirmou em 21 de agosto de 2019, em um discurso em Brasília diante de empresários após a suspensão da entrega de fundos dos principais contribuintes do Fundo Amazônia.

Greta, uma 'pirralha'

"Qual o nome daquela menina lá? De fora, lá? Greta. A Greta já falou que os índios morreram porque estavam defendendo a Amazônia. É impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí. Pirralha", disse em 10 de dezembro de 2019, sobre a jovem ativista ambiental Greta Thunberg, respondendo a jornalistas em Brasília.

Mídia 'mentirosa'

"Ela (a Amazônia) não está sendo devastada, nem consumida pelo fogo como diz mentirosamente a mídia", afirmou em 24 de setembro de 2019, diante da Assembleia Geral da ONU./AFP 

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.