Brasileiros partem para última missão no Haiti


Grupo, composto por 970 membros, realizará a transição do controle da segurança interna para o governo haitiano e deve permanecer no país até o fim do ano

O último grupo de militares brasileiros, 250 integrantes do 26.º Contingente, enviado ao Haiti para cumprir missão de paz e estabilização sob mandato da ONU, embarcou ontem rumo ao país em um voo da Força Aérea, no Aeroporto Internacional de Viracopos.

Grupo embarca em Viracopos; batalhão inicia retorno em agosto Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

A tropa terá a missão de realizar a transição do controle da segurança interna para o governo local. O time é composto por 970 homens e mulheres: 639 do Exército, 181 da Marinha e 30 da Aeronáutica – o restante do efetivo é composto por civis. 

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O batalhão do Brasil começa a retornar definitivamente a partir de agosto. O último grupo será desmobilizado até o fim do ano. Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, as Nações Unidas já informaram ao Ministério das Relações Exteriores que têm interesse em dar novas incumbências às tropas brasileiras em outros locais.

Os comandos setoriais têm preferência pela África Ocidental. Jungmann considerou provável a designação para a República Centro-Africana, desde 2013 mergulhada em uma terrível guerra civil envolvendo milícias étnicas, cristãs e muçulmanas. Nesse caso, o tipo de trabalho será diferente do realizado no Haiti – os combatentes terão de impor a pacificação, mesmo com o emprego da força.

O contingente brasileiro sofreu baixas, por morte ou acidentes. Duas delas atingiram comandantes. Em 2006, o general Urano Bacellar foi encontrado em sua casa morto por um tiro. Em 2015, o general José Jaborandy Filho sofreu um ataque cardíaco no voo que o levaria de Porto Príncipe a Manaus, onde conheceria a neta recém-nascida. 

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Em 2010, no terremoto que devastou o país, outros 16 militares perderam a vida. Houve ainda acidentes fatais, quase todos ocorridos no trânsito.

População luta por comida e água no Haiti

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Foto: AFP PHOTO / HECTOR RETAMAL
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A Minustah, sigla em francês para a missão em território haitiano, já dura 13 anos. A participação brasileira começou em 2014 e dela fizeram parte 35 mil militares nacionais, “um esforço operacional muito semelhante ao exercido em zonas de combate”, de acordo com a análise de um oficial que integrou o grupo em dois períodos. Para ele, “o treinamento e a experiência acumulados têm dado às Forças Armadas uma notável qualificação”. 

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Ao longo do período, 21 países contribuíram no envio de soldados: Argentina, Benin, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Croácia, Equador, Estados Unidos, Espanha, França, Guatemala, Índia, Jordânia, Marrocos, Nepal, Paraguai, Peru, Filipinas, Sri Lanka e Uruguai. O comando esteve sob um general do Exército brasileiro desde o início. O contingente brasileiro utiliza veículos de emprego geral e blindados próprios. 

O último grupo de militares brasileiros, 250 integrantes do 26.º Contingente, enviado ao Haiti para cumprir missão de paz e estabilização sob mandato da ONU, embarcou ontem rumo ao país em um voo da Força Aérea, no Aeroporto Internacional de Viracopos.

Grupo embarca em Viracopos; batalhão inicia retorno em agosto Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

A tropa terá a missão de realizar a transição do controle da segurança interna para o governo local. O time é composto por 970 homens e mulheres: 639 do Exército, 181 da Marinha e 30 da Aeronáutica – o restante do efetivo é composto por civis. 

O batalhão do Brasil começa a retornar definitivamente a partir de agosto. O último grupo será desmobilizado até o fim do ano. Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, as Nações Unidas já informaram ao Ministério das Relações Exteriores que têm interesse em dar novas incumbências às tropas brasileiras em outros locais.

Os comandos setoriais têm preferência pela África Ocidental. Jungmann considerou provável a designação para a República Centro-Africana, desde 2013 mergulhada em uma terrível guerra civil envolvendo milícias étnicas, cristãs e muçulmanas. Nesse caso, o tipo de trabalho será diferente do realizado no Haiti – os combatentes terão de impor a pacificação, mesmo com o emprego da força.

O contingente brasileiro sofreu baixas, por morte ou acidentes. Duas delas atingiram comandantes. Em 2006, o general Urano Bacellar foi encontrado em sua casa morto por um tiro. Em 2015, o general José Jaborandy Filho sofreu um ataque cardíaco no voo que o levaria de Porto Príncipe a Manaus, onde conheceria a neta recém-nascida. 

Em 2010, no terremoto que devastou o país, outros 16 militares perderam a vida. Houve ainda acidentes fatais, quase todos ocorridos no trânsito.

População luta por comida e água no Haiti

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A Minustah, sigla em francês para a missão em território haitiano, já dura 13 anos. A participação brasileira começou em 2014 e dela fizeram parte 35 mil militares nacionais, “um esforço operacional muito semelhante ao exercido em zonas de combate”, de acordo com a análise de um oficial que integrou o grupo em dois períodos. Para ele, “o treinamento e a experiência acumulados têm dado às Forças Armadas uma notável qualificação”. 

Ao longo do período, 21 países contribuíram no envio de soldados: Argentina, Benin, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Croácia, Equador, Estados Unidos, Espanha, França, Guatemala, Índia, Jordânia, Marrocos, Nepal, Paraguai, Peru, Filipinas, Sri Lanka e Uruguai. O comando esteve sob um general do Exército brasileiro desde o início. O contingente brasileiro utiliza veículos de emprego geral e blindados próprios. 

O último grupo de militares brasileiros, 250 integrantes do 26.º Contingente, enviado ao Haiti para cumprir missão de paz e estabilização sob mandato da ONU, embarcou ontem rumo ao país em um voo da Força Aérea, no Aeroporto Internacional de Viracopos.

Grupo embarca em Viracopos; batalhão inicia retorno em agosto Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

A tropa terá a missão de realizar a transição do controle da segurança interna para o governo local. O time é composto por 970 homens e mulheres: 639 do Exército, 181 da Marinha e 30 da Aeronáutica – o restante do efetivo é composto por civis. 

O batalhão do Brasil começa a retornar definitivamente a partir de agosto. O último grupo será desmobilizado até o fim do ano. Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, as Nações Unidas já informaram ao Ministério das Relações Exteriores que têm interesse em dar novas incumbências às tropas brasileiras em outros locais.

Os comandos setoriais têm preferência pela África Ocidental. Jungmann considerou provável a designação para a República Centro-Africana, desde 2013 mergulhada em uma terrível guerra civil envolvendo milícias étnicas, cristãs e muçulmanas. Nesse caso, o tipo de trabalho será diferente do realizado no Haiti – os combatentes terão de impor a pacificação, mesmo com o emprego da força.

O contingente brasileiro sofreu baixas, por morte ou acidentes. Duas delas atingiram comandantes. Em 2006, o general Urano Bacellar foi encontrado em sua casa morto por um tiro. Em 2015, o general José Jaborandy Filho sofreu um ataque cardíaco no voo que o levaria de Porto Príncipe a Manaus, onde conheceria a neta recém-nascida. 

Em 2010, no terremoto que devastou o país, outros 16 militares perderam a vida. Houve ainda acidentes fatais, quase todos ocorridos no trânsito.

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Ao longo do período, 21 países contribuíram no envio de soldados: Argentina, Benin, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Croácia, Equador, Estados Unidos, Espanha, França, Guatemala, Índia, Jordânia, Marrocos, Nepal, Paraguai, Peru, Filipinas, Sri Lanka e Uruguai. O comando esteve sob um general do Exército brasileiro desde o início. O contingente brasileiro utiliza veículos de emprego geral e blindados próprios. 

O último grupo de militares brasileiros, 250 integrantes do 26.º Contingente, enviado ao Haiti para cumprir missão de paz e estabilização sob mandato da ONU, embarcou ontem rumo ao país em um voo da Força Aérea, no Aeroporto Internacional de Viracopos.

Grupo embarca em Viracopos; batalhão inicia retorno em agosto Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

A tropa terá a missão de realizar a transição do controle da segurança interna para o governo local. O time é composto por 970 homens e mulheres: 639 do Exército, 181 da Marinha e 30 da Aeronáutica – o restante do efetivo é composto por civis. 

O batalhão do Brasil começa a retornar definitivamente a partir de agosto. O último grupo será desmobilizado até o fim do ano. Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, as Nações Unidas já informaram ao Ministério das Relações Exteriores que têm interesse em dar novas incumbências às tropas brasileiras em outros locais.

Os comandos setoriais têm preferência pela África Ocidental. Jungmann considerou provável a designação para a República Centro-Africana, desde 2013 mergulhada em uma terrível guerra civil envolvendo milícias étnicas, cristãs e muçulmanas. Nesse caso, o tipo de trabalho será diferente do realizado no Haiti – os combatentes terão de impor a pacificação, mesmo com o emprego da força.

O contingente brasileiro sofreu baixas, por morte ou acidentes. Duas delas atingiram comandantes. Em 2006, o general Urano Bacellar foi encontrado em sua casa morto por um tiro. Em 2015, o general José Jaborandy Filho sofreu um ataque cardíaco no voo que o levaria de Porto Príncipe a Manaus, onde conheceria a neta recém-nascida. 

Em 2010, no terremoto que devastou o país, outros 16 militares perderam a vida. Houve ainda acidentes fatais, quase todos ocorridos no trânsito.

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Ao longo do período, 21 países contribuíram no envio de soldados: Argentina, Benin, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Croácia, Equador, Estados Unidos, Espanha, França, Guatemala, Índia, Jordânia, Marrocos, Nepal, Paraguai, Peru, Filipinas, Sri Lanka e Uruguai. O comando esteve sob um general do Exército brasileiro desde o início. O contingente brasileiro utiliza veículos de emprego geral e blindados próprios. 

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