Brasileiros sentem tensão e começam a deixar a Jordânia


Por Agencia Estado

Para os parentes preocupados que ligam pedindo para que voltem para casa, alguns brasileiros que vivem na Jordânia têm uma resposta-padrão: "Aqui é mais seguro do que aí." Fartamente vigiada pela polícia e com um índice de criminalidade incomparavelmente mais baixo que o das grandes cidades brasileiras, Amã inspira segurança, em situações normais. Mas os brasileiros reconhecem que o clima no momento é tenso. E alguns estão indo embora. É o caso da contadora paraense Mônica Fernandes, casada com um engenheiro francês empregado na Jordan Telecom. O casal e os dois filhos devem embarcar no domingo para Bordeaux, no sudoeste da França, onde têm uma casa. "Desde que chegamos aqui, não podemos fazer nada, porque pode estourar a guerra", impacienta-se Mônica, que se mudou em outubro para Amã. Ela queria ter começado um curso, mas não o fez por causa da iminência do conflito. Já os filhos, Nicolas, de oito anos, e Betina, de sete, estão estudando numa escola francesa, que se está esvaziando com a saída dos estrangeiros. "Não estou preocupada", diz a arquiteta carioca Dina el-Gamal, casada com um publicitário jordaniano. "A Jordânia não vai se meter nesse conflito." Segundo Dina, seu pai, o palestino Hassan el-Gamal, que vive no Rio, está tenso. "Ele diz que não virá aqui por causa da guerra, e que ninguém sabe o que vai acontecer." Dina, que tem um filho de um ano e está grávida de dois meses, garante aos parentes e amigos que Amã é muito mais segura que o Rio: sua casa não tem grades e a porta da frente, apenas uma fechadura. Outro brasileiro, que trabalha para uma multinacional, diz que ele e a mulher pretendem ficar, por enquanto. "É lógico que a crise afeta a gente", admite. "Mas, na cultura árabe, se você tiver um bom relacionamento, passa a fazer parte da família, como se fosse adotado." O casal vive há um ano e meio em Amã e já fala árabe. A escola em que eles estudam, que ensina o idioma e a cultura para estrangeiros, também já está quase vazia. Vários deles foram embora depois de sofrerem agressões verbais na rua. A própria mulher do executivo, também brasileira, mas ruiva, ouviu de outra mulher que passava na rua: "Não queremos judeus nem americanos aqui." Segundo o casal, esse tipo de incidente está se intensificando. Há duas semanas, um motorista de táxi perguntou-lhe se ele era americano. Quando respondeu que era brasileiro, o motorista lhe disse: "Ah, bom, porque, se fosse americano, eu lhe mandaria descer do carro." "Minha família e meus amigos fazem pressão para voltarmos e dizem que somos loucos de ficar aqui", diz o brasileiro. "Eu digo a eles que aqui a segurança é muito forte, com polícia na rua, e que estamos mais seguros aqui que no Brasil." Mônica também tem dito a mesma coisa para os irmãos. "Não estamos indiferentes à crise, mas a vida continua", resumiu outra brasileira. A Embaixada do Brasil em Amã recebe de 20 a 30 telefonemas por dia, de brasileiros que querem saber se o governo vai custear a retirada dos cidadãos. A resposta é negativa. "A maioria dos brasileiros que vivem na Jordânia é de pessoas de dupla nacionalidade, radicadas aqui e que têm meios de se deslocar por conta própria", diz o embaixador Sergio Nabuco de Castro. Na primeira Guerra do Golfo, em 1991, o governo enviou um avião para retirar dezenas de brasileiros, que passaram duas semanas no Chipre e depois voltaram. A operação, caríssima, entrou para o anedotário do Itamaraty. Até funcionários jordanianos da embaixada foram com suas famílias para a ilha no Mediterrâneo. Nada aconteceu na Jordânia. Os outros países apenas recomendam a saída de seus cidadãos, mas não pagam por ela. O embaixador estima que mil brasileiros vivam na Jordânia, dos quais 600 estão registrados na embaixada. Cerca de 40 saíram da Jordânia desde o início da crise, principalmente os que têm crianças estudando em escolas estrangeiras, cujas atividades foram bastante reduzidas. O temor, na Jordânia, é o de que o país fique no fogo cruzado, numa eventual agressão iraquiana contra Israel, seguida de retaliação. E que o Iraque use seus eventuais arsenais de destruição maciça. Por via das dúvidas, a embaixada brasileira comprou, em Israel, máscaras de gás para seus funcionários.

Para os parentes preocupados que ligam pedindo para que voltem para casa, alguns brasileiros que vivem na Jordânia têm uma resposta-padrão: "Aqui é mais seguro do que aí." Fartamente vigiada pela polícia e com um índice de criminalidade incomparavelmente mais baixo que o das grandes cidades brasileiras, Amã inspira segurança, em situações normais. Mas os brasileiros reconhecem que o clima no momento é tenso. E alguns estão indo embora. É o caso da contadora paraense Mônica Fernandes, casada com um engenheiro francês empregado na Jordan Telecom. O casal e os dois filhos devem embarcar no domingo para Bordeaux, no sudoeste da França, onde têm uma casa. "Desde que chegamos aqui, não podemos fazer nada, porque pode estourar a guerra", impacienta-se Mônica, que se mudou em outubro para Amã. Ela queria ter começado um curso, mas não o fez por causa da iminência do conflito. Já os filhos, Nicolas, de oito anos, e Betina, de sete, estão estudando numa escola francesa, que se está esvaziando com a saída dos estrangeiros. "Não estou preocupada", diz a arquiteta carioca Dina el-Gamal, casada com um publicitário jordaniano. "A Jordânia não vai se meter nesse conflito." Segundo Dina, seu pai, o palestino Hassan el-Gamal, que vive no Rio, está tenso. "Ele diz que não virá aqui por causa da guerra, e que ninguém sabe o que vai acontecer." Dina, que tem um filho de um ano e está grávida de dois meses, garante aos parentes e amigos que Amã é muito mais segura que o Rio: sua casa não tem grades e a porta da frente, apenas uma fechadura. Outro brasileiro, que trabalha para uma multinacional, diz que ele e a mulher pretendem ficar, por enquanto. "É lógico que a crise afeta a gente", admite. "Mas, na cultura árabe, se você tiver um bom relacionamento, passa a fazer parte da família, como se fosse adotado." O casal vive há um ano e meio em Amã e já fala árabe. A escola em que eles estudam, que ensina o idioma e a cultura para estrangeiros, também já está quase vazia. Vários deles foram embora depois de sofrerem agressões verbais na rua. A própria mulher do executivo, também brasileira, mas ruiva, ouviu de outra mulher que passava na rua: "Não queremos judeus nem americanos aqui." Segundo o casal, esse tipo de incidente está se intensificando. Há duas semanas, um motorista de táxi perguntou-lhe se ele era americano. Quando respondeu que era brasileiro, o motorista lhe disse: "Ah, bom, porque, se fosse americano, eu lhe mandaria descer do carro." "Minha família e meus amigos fazem pressão para voltarmos e dizem que somos loucos de ficar aqui", diz o brasileiro. "Eu digo a eles que aqui a segurança é muito forte, com polícia na rua, e que estamos mais seguros aqui que no Brasil." Mônica também tem dito a mesma coisa para os irmãos. "Não estamos indiferentes à crise, mas a vida continua", resumiu outra brasileira. A Embaixada do Brasil em Amã recebe de 20 a 30 telefonemas por dia, de brasileiros que querem saber se o governo vai custear a retirada dos cidadãos. A resposta é negativa. "A maioria dos brasileiros que vivem na Jordânia é de pessoas de dupla nacionalidade, radicadas aqui e que têm meios de se deslocar por conta própria", diz o embaixador Sergio Nabuco de Castro. Na primeira Guerra do Golfo, em 1991, o governo enviou um avião para retirar dezenas de brasileiros, que passaram duas semanas no Chipre e depois voltaram. A operação, caríssima, entrou para o anedotário do Itamaraty. Até funcionários jordanianos da embaixada foram com suas famílias para a ilha no Mediterrâneo. Nada aconteceu na Jordânia. Os outros países apenas recomendam a saída de seus cidadãos, mas não pagam por ela. O embaixador estima que mil brasileiros vivam na Jordânia, dos quais 600 estão registrados na embaixada. Cerca de 40 saíram da Jordânia desde o início da crise, principalmente os que têm crianças estudando em escolas estrangeiras, cujas atividades foram bastante reduzidas. O temor, na Jordânia, é o de que o país fique no fogo cruzado, numa eventual agressão iraquiana contra Israel, seguida de retaliação. E que o Iraque use seus eventuais arsenais de destruição maciça. Por via das dúvidas, a embaixada brasileira comprou, em Israel, máscaras de gás para seus funcionários.

Para os parentes preocupados que ligam pedindo para que voltem para casa, alguns brasileiros que vivem na Jordânia têm uma resposta-padrão: "Aqui é mais seguro do que aí." Fartamente vigiada pela polícia e com um índice de criminalidade incomparavelmente mais baixo que o das grandes cidades brasileiras, Amã inspira segurança, em situações normais. Mas os brasileiros reconhecem que o clima no momento é tenso. E alguns estão indo embora. É o caso da contadora paraense Mônica Fernandes, casada com um engenheiro francês empregado na Jordan Telecom. O casal e os dois filhos devem embarcar no domingo para Bordeaux, no sudoeste da França, onde têm uma casa. "Desde que chegamos aqui, não podemos fazer nada, porque pode estourar a guerra", impacienta-se Mônica, que se mudou em outubro para Amã. Ela queria ter começado um curso, mas não o fez por causa da iminência do conflito. Já os filhos, Nicolas, de oito anos, e Betina, de sete, estão estudando numa escola francesa, que se está esvaziando com a saída dos estrangeiros. "Não estou preocupada", diz a arquiteta carioca Dina el-Gamal, casada com um publicitário jordaniano. "A Jordânia não vai se meter nesse conflito." Segundo Dina, seu pai, o palestino Hassan el-Gamal, que vive no Rio, está tenso. "Ele diz que não virá aqui por causa da guerra, e que ninguém sabe o que vai acontecer." Dina, que tem um filho de um ano e está grávida de dois meses, garante aos parentes e amigos que Amã é muito mais segura que o Rio: sua casa não tem grades e a porta da frente, apenas uma fechadura. Outro brasileiro, que trabalha para uma multinacional, diz que ele e a mulher pretendem ficar, por enquanto. "É lógico que a crise afeta a gente", admite. "Mas, na cultura árabe, se você tiver um bom relacionamento, passa a fazer parte da família, como se fosse adotado." O casal vive há um ano e meio em Amã e já fala árabe. A escola em que eles estudam, que ensina o idioma e a cultura para estrangeiros, também já está quase vazia. Vários deles foram embora depois de sofrerem agressões verbais na rua. A própria mulher do executivo, também brasileira, mas ruiva, ouviu de outra mulher que passava na rua: "Não queremos judeus nem americanos aqui." Segundo o casal, esse tipo de incidente está se intensificando. Há duas semanas, um motorista de táxi perguntou-lhe se ele era americano. Quando respondeu que era brasileiro, o motorista lhe disse: "Ah, bom, porque, se fosse americano, eu lhe mandaria descer do carro." "Minha família e meus amigos fazem pressão para voltarmos e dizem que somos loucos de ficar aqui", diz o brasileiro. "Eu digo a eles que aqui a segurança é muito forte, com polícia na rua, e que estamos mais seguros aqui que no Brasil." Mônica também tem dito a mesma coisa para os irmãos. "Não estamos indiferentes à crise, mas a vida continua", resumiu outra brasileira. A Embaixada do Brasil em Amã recebe de 20 a 30 telefonemas por dia, de brasileiros que querem saber se o governo vai custear a retirada dos cidadãos. A resposta é negativa. "A maioria dos brasileiros que vivem na Jordânia é de pessoas de dupla nacionalidade, radicadas aqui e que têm meios de se deslocar por conta própria", diz o embaixador Sergio Nabuco de Castro. Na primeira Guerra do Golfo, em 1991, o governo enviou um avião para retirar dezenas de brasileiros, que passaram duas semanas no Chipre e depois voltaram. A operação, caríssima, entrou para o anedotário do Itamaraty. Até funcionários jordanianos da embaixada foram com suas famílias para a ilha no Mediterrâneo. Nada aconteceu na Jordânia. Os outros países apenas recomendam a saída de seus cidadãos, mas não pagam por ela. O embaixador estima que mil brasileiros vivam na Jordânia, dos quais 600 estão registrados na embaixada. Cerca de 40 saíram da Jordânia desde o início da crise, principalmente os que têm crianças estudando em escolas estrangeiras, cujas atividades foram bastante reduzidas. O temor, na Jordânia, é o de que o país fique no fogo cruzado, numa eventual agressão iraquiana contra Israel, seguida de retaliação. E que o Iraque use seus eventuais arsenais de destruição maciça. Por via das dúvidas, a embaixada brasileira comprou, em Israel, máscaras de gás para seus funcionários.

Para os parentes preocupados que ligam pedindo para que voltem para casa, alguns brasileiros que vivem na Jordânia têm uma resposta-padrão: "Aqui é mais seguro do que aí." Fartamente vigiada pela polícia e com um índice de criminalidade incomparavelmente mais baixo que o das grandes cidades brasileiras, Amã inspira segurança, em situações normais. Mas os brasileiros reconhecem que o clima no momento é tenso. E alguns estão indo embora. É o caso da contadora paraense Mônica Fernandes, casada com um engenheiro francês empregado na Jordan Telecom. O casal e os dois filhos devem embarcar no domingo para Bordeaux, no sudoeste da França, onde têm uma casa. "Desde que chegamos aqui, não podemos fazer nada, porque pode estourar a guerra", impacienta-se Mônica, que se mudou em outubro para Amã. Ela queria ter começado um curso, mas não o fez por causa da iminência do conflito. Já os filhos, Nicolas, de oito anos, e Betina, de sete, estão estudando numa escola francesa, que se está esvaziando com a saída dos estrangeiros. "Não estou preocupada", diz a arquiteta carioca Dina el-Gamal, casada com um publicitário jordaniano. "A Jordânia não vai se meter nesse conflito." Segundo Dina, seu pai, o palestino Hassan el-Gamal, que vive no Rio, está tenso. "Ele diz que não virá aqui por causa da guerra, e que ninguém sabe o que vai acontecer." Dina, que tem um filho de um ano e está grávida de dois meses, garante aos parentes e amigos que Amã é muito mais segura que o Rio: sua casa não tem grades e a porta da frente, apenas uma fechadura. Outro brasileiro, que trabalha para uma multinacional, diz que ele e a mulher pretendem ficar, por enquanto. "É lógico que a crise afeta a gente", admite. "Mas, na cultura árabe, se você tiver um bom relacionamento, passa a fazer parte da família, como se fosse adotado." O casal vive há um ano e meio em Amã e já fala árabe. A escola em que eles estudam, que ensina o idioma e a cultura para estrangeiros, também já está quase vazia. Vários deles foram embora depois de sofrerem agressões verbais na rua. A própria mulher do executivo, também brasileira, mas ruiva, ouviu de outra mulher que passava na rua: "Não queremos judeus nem americanos aqui." Segundo o casal, esse tipo de incidente está se intensificando. Há duas semanas, um motorista de táxi perguntou-lhe se ele era americano. Quando respondeu que era brasileiro, o motorista lhe disse: "Ah, bom, porque, se fosse americano, eu lhe mandaria descer do carro." "Minha família e meus amigos fazem pressão para voltarmos e dizem que somos loucos de ficar aqui", diz o brasileiro. "Eu digo a eles que aqui a segurança é muito forte, com polícia na rua, e que estamos mais seguros aqui que no Brasil." Mônica também tem dito a mesma coisa para os irmãos. "Não estamos indiferentes à crise, mas a vida continua", resumiu outra brasileira. A Embaixada do Brasil em Amã recebe de 20 a 30 telefonemas por dia, de brasileiros que querem saber se o governo vai custear a retirada dos cidadãos. A resposta é negativa. "A maioria dos brasileiros que vivem na Jordânia é de pessoas de dupla nacionalidade, radicadas aqui e que têm meios de se deslocar por conta própria", diz o embaixador Sergio Nabuco de Castro. Na primeira Guerra do Golfo, em 1991, o governo enviou um avião para retirar dezenas de brasileiros, que passaram duas semanas no Chipre e depois voltaram. A operação, caríssima, entrou para o anedotário do Itamaraty. Até funcionários jordanianos da embaixada foram com suas famílias para a ilha no Mediterrâneo. Nada aconteceu na Jordânia. Os outros países apenas recomendam a saída de seus cidadãos, mas não pagam por ela. O embaixador estima que mil brasileiros vivam na Jordânia, dos quais 600 estão registrados na embaixada. Cerca de 40 saíram da Jordânia desde o início da crise, principalmente os que têm crianças estudando em escolas estrangeiras, cujas atividades foram bastante reduzidas. O temor, na Jordânia, é o de que o país fique no fogo cruzado, numa eventual agressão iraquiana contra Israel, seguida de retaliação. E que o Iraque use seus eventuais arsenais de destruição maciça. Por via das dúvidas, a embaixada brasileira comprou, em Israel, máscaras de gás para seus funcionários.

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