Bush se diz "perplexo" com ameaça americana ao Paquistão


Em entrevista, o presidente paquistanês Musharraf revelou que os EUA ameaçaram bombardear o Paquistão até fazê-lo retornar "à Idade da Pedra"

Por Agencia Estado

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta sexta-feira ter ficado "perplexo" quando tomou conhecimento de que funcionários de sua administração ameaçaram bombardear o Paquistão até fazer o país recuar à Idade da Pedra se não cooperasse na luta contra o terrorismo após os atentados de 11 de setembro de 2001. Depois de reunir-se na Casa Branca com o presidente do Paquistão, general Pervez Musharraf, Bush destacou que o líder paquistanês foi um dos primeiros a declarar depois do 11 de Setembro que estaria do lado dos EUA para "ajudar a erradicar o inimigo". Numa entrevista coletiva conjunta, Musharraf também defendeu um acordo de paz que alcançou com tribos na fronteira do Paquistão com o Afeganistão. Ele disse que a mídia ocidental deturpou o significado do acordo, considerando que ele seria um apoio velado ao Taleban. "O acordo não foi feito de forma alguma com o Taleban. O acordo é contra o Taleban. Esse acordo é com líderes tribais", explicou. "Acredito nele", acrescentou Bush. Numa entrevista a ser divulgada no domingo no programa 60 Minutos, da rede CBS, Musharraf revelou que depois dos atentados de 11 de Setembro, Richard Armitage, então subsecretário de Estado dos EUA, ameaçou bombardear o Paquistão caso o país não se tornasse um aliado de Washington na guerra ao "terrorismo". Segundo Musharraf, Armitage teria dito ao diretor dos serviços secretos paquistanês: "Prepara-se para ser bombardeado. Prepare-se para voltar à Idade da Pedra". O ex-subsecretário de Estado afirma não ter sido exatamente isso o que falou ao paquistanês, mas reconhece ter dado uma mensagem dura: "Ou vocês estão conosco ou estão contra nós". Perguntado nesta sexta-feira sobre a polêmica, Bush disse: "Fiquei sabendo disso pelos jornais. Fiquei perplexo pela dureza das palavras". À CBS, Musharraf disse ter considerado a ameaça um insulto, mas acredita ter reagido com responsabilidade. "É preciso tomar decisões de acordo com os interesses da nação. E foi o que fiz", afirmou. Apoio ao Taleban Islamabad apoiou a milícia fundamentalista islâmica Taleban durante a guerra civil afegã (1992-1996), que deixou mais de 50.000 mortos apenas em Cabul. A partir de 1996, quando o Taleban assumiu o poder na maior parte do território afegão, Islamabad manteve seu apoio, que durou até pouco depois dos atentados. O governo Taleban caiu algumas semanas depois do início de uma ofensiva estrangeira liderada pelos EUA, que acusavam o Afeganistão de ter fornecido abrigo a Bin Laden, então apontado como principal suspeito de ordenar os atentados. O paradeiro de Bin Laden é desconhecido até hoje, mas acredita-se que ele esteja escondido em algum ponto da porosa fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão. Cerca de 100.000 soldados paquistaneses, americanos e afegãos operam nos dois lados da fronteira em ações contra supostos extremistas. No começo do mês, o Paquistão assinou uma trégua com líderes tribais na região. O Afeganistão protestou, acusando os tribais de terem ligações com o Taleban. Mas tanto Bush quanto Musharraf desconsideraram a acusação, dizendo que estão unidos na perseguição aos terroristas, especialmente Osama bin Laden. "Quando encontrarmos Osama bin Laden, vamos levá-lo à justiça. Estamos na perseguição juntos", afirmou Bush. Na quarta-feira, Bush também havia provocado um mal-estar no Paquistão ao declarar numa entrevista à rede de TV CNN que "certamente" enviaria soldados americanos para o Paquistão caso tivesse informações seguras de que Bin Laden estava no país. A declaração provocou pronta resposta do governo paquistanês. "Não permitiríamos isso. Nós faríamos isso (capturar Bin Laden) nós mesmos. Gostaríamos de fazer isso por nós mesmos", disse então Musharraf.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta sexta-feira ter ficado "perplexo" quando tomou conhecimento de que funcionários de sua administração ameaçaram bombardear o Paquistão até fazer o país recuar à Idade da Pedra se não cooperasse na luta contra o terrorismo após os atentados de 11 de setembro de 2001. Depois de reunir-se na Casa Branca com o presidente do Paquistão, general Pervez Musharraf, Bush destacou que o líder paquistanês foi um dos primeiros a declarar depois do 11 de Setembro que estaria do lado dos EUA para "ajudar a erradicar o inimigo". Numa entrevista coletiva conjunta, Musharraf também defendeu um acordo de paz que alcançou com tribos na fronteira do Paquistão com o Afeganistão. Ele disse que a mídia ocidental deturpou o significado do acordo, considerando que ele seria um apoio velado ao Taleban. "O acordo não foi feito de forma alguma com o Taleban. O acordo é contra o Taleban. Esse acordo é com líderes tribais", explicou. "Acredito nele", acrescentou Bush. Numa entrevista a ser divulgada no domingo no programa 60 Minutos, da rede CBS, Musharraf revelou que depois dos atentados de 11 de Setembro, Richard Armitage, então subsecretário de Estado dos EUA, ameaçou bombardear o Paquistão caso o país não se tornasse um aliado de Washington na guerra ao "terrorismo". Segundo Musharraf, Armitage teria dito ao diretor dos serviços secretos paquistanês: "Prepara-se para ser bombardeado. Prepare-se para voltar à Idade da Pedra". O ex-subsecretário de Estado afirma não ter sido exatamente isso o que falou ao paquistanês, mas reconhece ter dado uma mensagem dura: "Ou vocês estão conosco ou estão contra nós". Perguntado nesta sexta-feira sobre a polêmica, Bush disse: "Fiquei sabendo disso pelos jornais. Fiquei perplexo pela dureza das palavras". À CBS, Musharraf disse ter considerado a ameaça um insulto, mas acredita ter reagido com responsabilidade. "É preciso tomar decisões de acordo com os interesses da nação. E foi o que fiz", afirmou. Apoio ao Taleban Islamabad apoiou a milícia fundamentalista islâmica Taleban durante a guerra civil afegã (1992-1996), que deixou mais de 50.000 mortos apenas em Cabul. A partir de 1996, quando o Taleban assumiu o poder na maior parte do território afegão, Islamabad manteve seu apoio, que durou até pouco depois dos atentados. O governo Taleban caiu algumas semanas depois do início de uma ofensiva estrangeira liderada pelos EUA, que acusavam o Afeganistão de ter fornecido abrigo a Bin Laden, então apontado como principal suspeito de ordenar os atentados. O paradeiro de Bin Laden é desconhecido até hoje, mas acredita-se que ele esteja escondido em algum ponto da porosa fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão. Cerca de 100.000 soldados paquistaneses, americanos e afegãos operam nos dois lados da fronteira em ações contra supostos extremistas. No começo do mês, o Paquistão assinou uma trégua com líderes tribais na região. O Afeganistão protestou, acusando os tribais de terem ligações com o Taleban. Mas tanto Bush quanto Musharraf desconsideraram a acusação, dizendo que estão unidos na perseguição aos terroristas, especialmente Osama bin Laden. "Quando encontrarmos Osama bin Laden, vamos levá-lo à justiça. Estamos na perseguição juntos", afirmou Bush. Na quarta-feira, Bush também havia provocado um mal-estar no Paquistão ao declarar numa entrevista à rede de TV CNN que "certamente" enviaria soldados americanos para o Paquistão caso tivesse informações seguras de que Bin Laden estava no país. A declaração provocou pronta resposta do governo paquistanês. "Não permitiríamos isso. Nós faríamos isso (capturar Bin Laden) nós mesmos. Gostaríamos de fazer isso por nós mesmos", disse então Musharraf.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta sexta-feira ter ficado "perplexo" quando tomou conhecimento de que funcionários de sua administração ameaçaram bombardear o Paquistão até fazer o país recuar à Idade da Pedra se não cooperasse na luta contra o terrorismo após os atentados de 11 de setembro de 2001. Depois de reunir-se na Casa Branca com o presidente do Paquistão, general Pervez Musharraf, Bush destacou que o líder paquistanês foi um dos primeiros a declarar depois do 11 de Setembro que estaria do lado dos EUA para "ajudar a erradicar o inimigo". Numa entrevista coletiva conjunta, Musharraf também defendeu um acordo de paz que alcançou com tribos na fronteira do Paquistão com o Afeganistão. Ele disse que a mídia ocidental deturpou o significado do acordo, considerando que ele seria um apoio velado ao Taleban. "O acordo não foi feito de forma alguma com o Taleban. O acordo é contra o Taleban. Esse acordo é com líderes tribais", explicou. "Acredito nele", acrescentou Bush. Numa entrevista a ser divulgada no domingo no programa 60 Minutos, da rede CBS, Musharraf revelou que depois dos atentados de 11 de Setembro, Richard Armitage, então subsecretário de Estado dos EUA, ameaçou bombardear o Paquistão caso o país não se tornasse um aliado de Washington na guerra ao "terrorismo". Segundo Musharraf, Armitage teria dito ao diretor dos serviços secretos paquistanês: "Prepara-se para ser bombardeado. Prepare-se para voltar à Idade da Pedra". O ex-subsecretário de Estado afirma não ter sido exatamente isso o que falou ao paquistanês, mas reconhece ter dado uma mensagem dura: "Ou vocês estão conosco ou estão contra nós". Perguntado nesta sexta-feira sobre a polêmica, Bush disse: "Fiquei sabendo disso pelos jornais. Fiquei perplexo pela dureza das palavras". À CBS, Musharraf disse ter considerado a ameaça um insulto, mas acredita ter reagido com responsabilidade. "É preciso tomar decisões de acordo com os interesses da nação. E foi o que fiz", afirmou. Apoio ao Taleban Islamabad apoiou a milícia fundamentalista islâmica Taleban durante a guerra civil afegã (1992-1996), que deixou mais de 50.000 mortos apenas em Cabul. A partir de 1996, quando o Taleban assumiu o poder na maior parte do território afegão, Islamabad manteve seu apoio, que durou até pouco depois dos atentados. O governo Taleban caiu algumas semanas depois do início de uma ofensiva estrangeira liderada pelos EUA, que acusavam o Afeganistão de ter fornecido abrigo a Bin Laden, então apontado como principal suspeito de ordenar os atentados. O paradeiro de Bin Laden é desconhecido até hoje, mas acredita-se que ele esteja escondido em algum ponto da porosa fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão. Cerca de 100.000 soldados paquistaneses, americanos e afegãos operam nos dois lados da fronteira em ações contra supostos extremistas. No começo do mês, o Paquistão assinou uma trégua com líderes tribais na região. O Afeganistão protestou, acusando os tribais de terem ligações com o Taleban. Mas tanto Bush quanto Musharraf desconsideraram a acusação, dizendo que estão unidos na perseguição aos terroristas, especialmente Osama bin Laden. "Quando encontrarmos Osama bin Laden, vamos levá-lo à justiça. Estamos na perseguição juntos", afirmou Bush. Na quarta-feira, Bush também havia provocado um mal-estar no Paquistão ao declarar numa entrevista à rede de TV CNN que "certamente" enviaria soldados americanos para o Paquistão caso tivesse informações seguras de que Bin Laden estava no país. A declaração provocou pronta resposta do governo paquistanês. "Não permitiríamos isso. Nós faríamos isso (capturar Bin Laden) nós mesmos. Gostaríamos de fazer isso por nós mesmos", disse então Musharraf.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta sexta-feira ter ficado "perplexo" quando tomou conhecimento de que funcionários de sua administração ameaçaram bombardear o Paquistão até fazer o país recuar à Idade da Pedra se não cooperasse na luta contra o terrorismo após os atentados de 11 de setembro de 2001. Depois de reunir-se na Casa Branca com o presidente do Paquistão, general Pervez Musharraf, Bush destacou que o líder paquistanês foi um dos primeiros a declarar depois do 11 de Setembro que estaria do lado dos EUA para "ajudar a erradicar o inimigo". Numa entrevista coletiva conjunta, Musharraf também defendeu um acordo de paz que alcançou com tribos na fronteira do Paquistão com o Afeganistão. Ele disse que a mídia ocidental deturpou o significado do acordo, considerando que ele seria um apoio velado ao Taleban. "O acordo não foi feito de forma alguma com o Taleban. O acordo é contra o Taleban. Esse acordo é com líderes tribais", explicou. "Acredito nele", acrescentou Bush. Numa entrevista a ser divulgada no domingo no programa 60 Minutos, da rede CBS, Musharraf revelou que depois dos atentados de 11 de Setembro, Richard Armitage, então subsecretário de Estado dos EUA, ameaçou bombardear o Paquistão caso o país não se tornasse um aliado de Washington na guerra ao "terrorismo". Segundo Musharraf, Armitage teria dito ao diretor dos serviços secretos paquistanês: "Prepara-se para ser bombardeado. Prepare-se para voltar à Idade da Pedra". O ex-subsecretário de Estado afirma não ter sido exatamente isso o que falou ao paquistanês, mas reconhece ter dado uma mensagem dura: "Ou vocês estão conosco ou estão contra nós". Perguntado nesta sexta-feira sobre a polêmica, Bush disse: "Fiquei sabendo disso pelos jornais. Fiquei perplexo pela dureza das palavras". À CBS, Musharraf disse ter considerado a ameaça um insulto, mas acredita ter reagido com responsabilidade. "É preciso tomar decisões de acordo com os interesses da nação. E foi o que fiz", afirmou. Apoio ao Taleban Islamabad apoiou a milícia fundamentalista islâmica Taleban durante a guerra civil afegã (1992-1996), que deixou mais de 50.000 mortos apenas em Cabul. A partir de 1996, quando o Taleban assumiu o poder na maior parte do território afegão, Islamabad manteve seu apoio, que durou até pouco depois dos atentados. O governo Taleban caiu algumas semanas depois do início de uma ofensiva estrangeira liderada pelos EUA, que acusavam o Afeganistão de ter fornecido abrigo a Bin Laden, então apontado como principal suspeito de ordenar os atentados. O paradeiro de Bin Laden é desconhecido até hoje, mas acredita-se que ele esteja escondido em algum ponto da porosa fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão. Cerca de 100.000 soldados paquistaneses, americanos e afegãos operam nos dois lados da fronteira em ações contra supostos extremistas. No começo do mês, o Paquistão assinou uma trégua com líderes tribais na região. O Afeganistão protestou, acusando os tribais de terem ligações com o Taleban. Mas tanto Bush quanto Musharraf desconsideraram a acusação, dizendo que estão unidos na perseguição aos terroristas, especialmente Osama bin Laden. "Quando encontrarmos Osama bin Laden, vamos levá-lo à justiça. Estamos na perseguição juntos", afirmou Bush. Na quarta-feira, Bush também havia provocado um mal-estar no Paquistão ao declarar numa entrevista à rede de TV CNN que "certamente" enviaria soldados americanos para o Paquistão caso tivesse informações seguras de que Bin Laden estava no país. A declaração provocou pronta resposta do governo paquistanês. "Não permitiríamos isso. Nós faríamos isso (capturar Bin Laden) nós mesmos. Gostaríamos de fazer isso por nós mesmos", disse então Musharraf.

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