MONTREAL - O governo canadense anunciou nesta sexta-feira, 22, sanções financeiras contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e outros 39 "responsáveis pela deterioração da democracia" no páis latino-americano. Segundo comunicado, as medidas foram adotadas como "resposta ao aprofundamento do governo da Venezuela em direção a uma ditadura".
A decisão do Canadá, que vem na sequência de determinação similar dos Estados Unidos, ocorre após meses de protestos contra o governo de Maduro, no qual pelo menos 125 pessoas morreram. Críticos dizem que o chavista mergulhou a nação em sua pior crise econômica e a levou à beira da ditadura.
+ Chanceler diz que Brasil não pode mediar diálogo na Venezuela
+ Maduro explica que desistiu de ir à Assembleia-Geral da ONU por medo de atentados contra ele
“O Canadá não ficará em silêncio enquanto o governo da Venezuela rouba do seu povo seus direitos democráticos fundamentais”, afirmou a ministra das Relações Exteriores, Chrystia Freeland, em um comunicado.
As medidas incluem o congelamento dos bens das 40 autoridades e a proibição de canadenses de negociarem com elas. No país latino-americano, existem diversas mineradoras canadenses.
O governo chavista instituiu a Assembleia Constituinte neste ano, que anulou o Congresso liderado pela oposição, e enfrenta protestos em razão da inflação de três dígitos e a falta crônica de bens básicos.
Maduro alega enfrentar uma insurreição armada destinada a acabar com o socialismo na América Latina e a permitir que uma elite apoiada pelos EUA aproveite as reservas de petróleo do país. /AFP e REUTERS