Cercado, Arafat não atende Israel


Por Agencia Estado

Cercado no quartel-general na cidade cisjordaniana de Ramallah, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, não atendeu à exigência israelense de entregar uma lista com os nomes das pessoas encurraladas no devastado complexo governamental. À medida que o Exército israelense preparava-se para um impasse prolongado, aumentavam em Israel as críticas ao novo cerco imposto ao líder palestino - o terceiro nos últimos 10 meses. Para a oposição, o primeiro-ministro Ariel Sharon faz com que a popularidade de Arafat aumente em vez de fazer com que ele caia no esquecimento. Em outro desdobramento, um israelense morreu e três filhos - de 9, 12 e 18 anos - ficaram feridos durante a ação de um franco-atirador palestino em Hebron, na Cisjordânia. Segundo fontes hospitalares, é grave o estado de saúde do menino de nove anos. O ataque contra o QG de Arafat transformou uma situação já tensa em algo mais volátil. Com Arafat cercado por soldados num edifício em aparente risco de desabamento, Israel não é capaz de garantir a segurança do líder palestino. Ferir Arafat poderá inflar ainda mais a tensão no Oriente Médio. O isolamento de Arafat já provocou protestos nas ruas, alguns organizados e outros manifestações populares espontâneas, repetindo as cenas que marcaram o início da atual onda de violência na região, em 28 de setembro de 2000, após uma visita de Sharon à Esplanada das Mesquitas um local de Jerusalém sagrado para judeus e muçulmanos. Nesta segunda-feira, palestinos solidários a Arafat realizaram um protesto no comércio e protagonizaram manifestações de rua, queimando pneus e lançando pedras contra os soldados israelenses - algo raramente visto nos últimos meses. Cerca de 10.000 pessoas marcharam pela Cidade de Gaza, grande parte composta por estudantes. Pela primeira vez desde que os tanques israelenses cercaram o QG de Arafat, na última quinta-feira - em retaliação a um atentado suicida que deixou sete mortos em Tel Aviv na semana passada -, autoridades israelenses e palestinas reuniram-se hoje para tentar uma solução para a mais recente crise. Porém, nenhum progresso foi informado. Israel exige que todas as pessoas presas com Arafat rendam-se para interrogatório. Israel alegava originalmente que 19 suspeitos de "terrorismo" estavam no local, inclusive Tawfik Tirawi, chefe do serviço secreto palestino na Cisjordânia. "A posição de Israel é clara", disse hoje Sharon. "Estes terroristas devem se entregar para nós. Isto é inegociável." Analistas políticos israelenses comentaram não estar ainda muito claro o motivo pelo qual o governo voltou os holofotes para Tirawi, já que há meio ano ele participou de negociações de segurança com autoridades israelenses, entre elas Avi Dichter, chefe do serviço de segurança Shin Bet. Durante um cerco de 34 dias ao QG de Arafat em abril, Tirawi estava junto com o líder palestino, mas Israel não pediu que ele se entregasse na época. Dore Gold, um porta-voz do governo israelense, garante que o Estado judeu descobriu logo em seguida informações que ligam Tirawi a diversos ataques contra israelenses. Arafat rejeitou a exigência israelense para que entregasse uma lista de nomes com todos os homens presentes no local, disse o ministro palestino Saeb Erekat, que reuniu-se com autoridades israelenses na base militar de Beit El, um posto avançado do Exército israelense nos arredores de Ramallah. "Dissemos aos israelenses que isto não é da conta deles e exigimos uma retirada imediata e incondicional do gabinete do presidente Arafat e o fim do cerco", declarou Erekat. Este foi o primeiro encontro entre autoridades das partes em conflito desde o início do último cerco. Erekat disse que o prédio onde Arafat está preso ao lado de 200 assessores e seguranças corre risco de desabamento. O edifício onde se encontra o líder palestino é o único ainda intacto desde que bombas e retroescavadeiras israelenses derrubaram ou danificaram todos os outros. Nesta segunda-feira, tanques mantiveram um forte cerco. Soldados israelenses colocaram brevemente uma bandeira israelense no local, mas ela foi retirada durante o fim de semana. Em outro desdobramento, uma fonte israelense comentou que o Estado judeu planeja expulsar da Faixa de Gaza o xeque Ahmed Yassin e Abdel Aziz Rantisi, líderes do movimento islâmico Hamas. Sharon disse hoje que Israel realizará uma operação militar contra o Hamas em Gaza assim que conseguiu reunir o número necessário de soldados para a ação. Nahum Barnea, colunista do jornal Yediot Ahronot, escreveu hoje que Sharon está induzindo o gabinete à "inevitável decisão" de expulsar Arafat. Muitos comentaristas dizem não acreditar que a real intenção do cerco seja a prisão de suspeitos de terrorismo. Analistas escreveram que Sharon tentou novamente marginalizar Arafat, com a intenção de criar um vácuo de poder que permita o surgimento de um novo líder palestino. Em vez disso, segundo eles, Sharon apenas ajudou Arafat a retornar ao centro das atenções, transformando-o novamente num perseguido justamente no momento em que a taxa de popularidade atingia o nível mais baixo. "Sharon salvou Arafat", foi o título de um artigo no influente jornal Haaretz assinado por Danny Rubinstein, um analista especializado em Oriente Médio. Em dezembro de 2001, Sharon qualificou Arafat como "irrelevante" e proibiu que qualquer funcionário israelense se encontrasse com ele. Os Estados Unidos seguiram o aliado Sharon e convocaram para consultas o cônsul-geral em Jerusalém Oriental, Ron Schlicher. O diplomata servia como embaixador não-oficial para a Autoridade Palestina desde seu estabelecimento, em 1994. Grandes Acontecimentos InternacionaisESPECIAL ORIENTE MÉDIO

Cercado no quartel-general na cidade cisjordaniana de Ramallah, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, não atendeu à exigência israelense de entregar uma lista com os nomes das pessoas encurraladas no devastado complexo governamental. À medida que o Exército israelense preparava-se para um impasse prolongado, aumentavam em Israel as críticas ao novo cerco imposto ao líder palestino - o terceiro nos últimos 10 meses. Para a oposição, o primeiro-ministro Ariel Sharon faz com que a popularidade de Arafat aumente em vez de fazer com que ele caia no esquecimento. Em outro desdobramento, um israelense morreu e três filhos - de 9, 12 e 18 anos - ficaram feridos durante a ação de um franco-atirador palestino em Hebron, na Cisjordânia. Segundo fontes hospitalares, é grave o estado de saúde do menino de nove anos. O ataque contra o QG de Arafat transformou uma situação já tensa em algo mais volátil. Com Arafat cercado por soldados num edifício em aparente risco de desabamento, Israel não é capaz de garantir a segurança do líder palestino. Ferir Arafat poderá inflar ainda mais a tensão no Oriente Médio. O isolamento de Arafat já provocou protestos nas ruas, alguns organizados e outros manifestações populares espontâneas, repetindo as cenas que marcaram o início da atual onda de violência na região, em 28 de setembro de 2000, após uma visita de Sharon à Esplanada das Mesquitas um local de Jerusalém sagrado para judeus e muçulmanos. Nesta segunda-feira, palestinos solidários a Arafat realizaram um protesto no comércio e protagonizaram manifestações de rua, queimando pneus e lançando pedras contra os soldados israelenses - algo raramente visto nos últimos meses. Cerca de 10.000 pessoas marcharam pela Cidade de Gaza, grande parte composta por estudantes. Pela primeira vez desde que os tanques israelenses cercaram o QG de Arafat, na última quinta-feira - em retaliação a um atentado suicida que deixou sete mortos em Tel Aviv na semana passada -, autoridades israelenses e palestinas reuniram-se hoje para tentar uma solução para a mais recente crise. Porém, nenhum progresso foi informado. Israel exige que todas as pessoas presas com Arafat rendam-se para interrogatório. Israel alegava originalmente que 19 suspeitos de "terrorismo" estavam no local, inclusive Tawfik Tirawi, chefe do serviço secreto palestino na Cisjordânia. "A posição de Israel é clara", disse hoje Sharon. "Estes terroristas devem se entregar para nós. Isto é inegociável." Analistas políticos israelenses comentaram não estar ainda muito claro o motivo pelo qual o governo voltou os holofotes para Tirawi, já que há meio ano ele participou de negociações de segurança com autoridades israelenses, entre elas Avi Dichter, chefe do serviço de segurança Shin Bet. Durante um cerco de 34 dias ao QG de Arafat em abril, Tirawi estava junto com o líder palestino, mas Israel não pediu que ele se entregasse na época. Dore Gold, um porta-voz do governo israelense, garante que o Estado judeu descobriu logo em seguida informações que ligam Tirawi a diversos ataques contra israelenses. Arafat rejeitou a exigência israelense para que entregasse uma lista de nomes com todos os homens presentes no local, disse o ministro palestino Saeb Erekat, que reuniu-se com autoridades israelenses na base militar de Beit El, um posto avançado do Exército israelense nos arredores de Ramallah. "Dissemos aos israelenses que isto não é da conta deles e exigimos uma retirada imediata e incondicional do gabinete do presidente Arafat e o fim do cerco", declarou Erekat. Este foi o primeiro encontro entre autoridades das partes em conflito desde o início do último cerco. Erekat disse que o prédio onde Arafat está preso ao lado de 200 assessores e seguranças corre risco de desabamento. O edifício onde se encontra o líder palestino é o único ainda intacto desde que bombas e retroescavadeiras israelenses derrubaram ou danificaram todos os outros. Nesta segunda-feira, tanques mantiveram um forte cerco. Soldados israelenses colocaram brevemente uma bandeira israelense no local, mas ela foi retirada durante o fim de semana. Em outro desdobramento, uma fonte israelense comentou que o Estado judeu planeja expulsar da Faixa de Gaza o xeque Ahmed Yassin e Abdel Aziz Rantisi, líderes do movimento islâmico Hamas. Sharon disse hoje que Israel realizará uma operação militar contra o Hamas em Gaza assim que conseguiu reunir o número necessário de soldados para a ação. Nahum Barnea, colunista do jornal Yediot Ahronot, escreveu hoje que Sharon está induzindo o gabinete à "inevitável decisão" de expulsar Arafat. Muitos comentaristas dizem não acreditar que a real intenção do cerco seja a prisão de suspeitos de terrorismo. Analistas escreveram que Sharon tentou novamente marginalizar Arafat, com a intenção de criar um vácuo de poder que permita o surgimento de um novo líder palestino. Em vez disso, segundo eles, Sharon apenas ajudou Arafat a retornar ao centro das atenções, transformando-o novamente num perseguido justamente no momento em que a taxa de popularidade atingia o nível mais baixo. "Sharon salvou Arafat", foi o título de um artigo no influente jornal Haaretz assinado por Danny Rubinstein, um analista especializado em Oriente Médio. Em dezembro de 2001, Sharon qualificou Arafat como "irrelevante" e proibiu que qualquer funcionário israelense se encontrasse com ele. Os Estados Unidos seguiram o aliado Sharon e convocaram para consultas o cônsul-geral em Jerusalém Oriental, Ron Schlicher. O diplomata servia como embaixador não-oficial para a Autoridade Palestina desde seu estabelecimento, em 1994. Grandes Acontecimentos InternacionaisESPECIAL ORIENTE MÉDIO

Cercado no quartel-general na cidade cisjordaniana de Ramallah, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, não atendeu à exigência israelense de entregar uma lista com os nomes das pessoas encurraladas no devastado complexo governamental. À medida que o Exército israelense preparava-se para um impasse prolongado, aumentavam em Israel as críticas ao novo cerco imposto ao líder palestino - o terceiro nos últimos 10 meses. Para a oposição, o primeiro-ministro Ariel Sharon faz com que a popularidade de Arafat aumente em vez de fazer com que ele caia no esquecimento. Em outro desdobramento, um israelense morreu e três filhos - de 9, 12 e 18 anos - ficaram feridos durante a ação de um franco-atirador palestino em Hebron, na Cisjordânia. Segundo fontes hospitalares, é grave o estado de saúde do menino de nove anos. O ataque contra o QG de Arafat transformou uma situação já tensa em algo mais volátil. Com Arafat cercado por soldados num edifício em aparente risco de desabamento, Israel não é capaz de garantir a segurança do líder palestino. Ferir Arafat poderá inflar ainda mais a tensão no Oriente Médio. O isolamento de Arafat já provocou protestos nas ruas, alguns organizados e outros manifestações populares espontâneas, repetindo as cenas que marcaram o início da atual onda de violência na região, em 28 de setembro de 2000, após uma visita de Sharon à Esplanada das Mesquitas um local de Jerusalém sagrado para judeus e muçulmanos. Nesta segunda-feira, palestinos solidários a Arafat realizaram um protesto no comércio e protagonizaram manifestações de rua, queimando pneus e lançando pedras contra os soldados israelenses - algo raramente visto nos últimos meses. Cerca de 10.000 pessoas marcharam pela Cidade de Gaza, grande parte composta por estudantes. Pela primeira vez desde que os tanques israelenses cercaram o QG de Arafat, na última quinta-feira - em retaliação a um atentado suicida que deixou sete mortos em Tel Aviv na semana passada -, autoridades israelenses e palestinas reuniram-se hoje para tentar uma solução para a mais recente crise. Porém, nenhum progresso foi informado. Israel exige que todas as pessoas presas com Arafat rendam-se para interrogatório. Israel alegava originalmente que 19 suspeitos de "terrorismo" estavam no local, inclusive Tawfik Tirawi, chefe do serviço secreto palestino na Cisjordânia. "A posição de Israel é clara", disse hoje Sharon. "Estes terroristas devem se entregar para nós. Isto é inegociável." Analistas políticos israelenses comentaram não estar ainda muito claro o motivo pelo qual o governo voltou os holofotes para Tirawi, já que há meio ano ele participou de negociações de segurança com autoridades israelenses, entre elas Avi Dichter, chefe do serviço de segurança Shin Bet. Durante um cerco de 34 dias ao QG de Arafat em abril, Tirawi estava junto com o líder palestino, mas Israel não pediu que ele se entregasse na época. Dore Gold, um porta-voz do governo israelense, garante que o Estado judeu descobriu logo em seguida informações que ligam Tirawi a diversos ataques contra israelenses. Arafat rejeitou a exigência israelense para que entregasse uma lista de nomes com todos os homens presentes no local, disse o ministro palestino Saeb Erekat, que reuniu-se com autoridades israelenses na base militar de Beit El, um posto avançado do Exército israelense nos arredores de Ramallah. "Dissemos aos israelenses que isto não é da conta deles e exigimos uma retirada imediata e incondicional do gabinete do presidente Arafat e o fim do cerco", declarou Erekat. Este foi o primeiro encontro entre autoridades das partes em conflito desde o início do último cerco. Erekat disse que o prédio onde Arafat está preso ao lado de 200 assessores e seguranças corre risco de desabamento. O edifício onde se encontra o líder palestino é o único ainda intacto desde que bombas e retroescavadeiras israelenses derrubaram ou danificaram todos os outros. Nesta segunda-feira, tanques mantiveram um forte cerco. Soldados israelenses colocaram brevemente uma bandeira israelense no local, mas ela foi retirada durante o fim de semana. Em outro desdobramento, uma fonte israelense comentou que o Estado judeu planeja expulsar da Faixa de Gaza o xeque Ahmed Yassin e Abdel Aziz Rantisi, líderes do movimento islâmico Hamas. Sharon disse hoje que Israel realizará uma operação militar contra o Hamas em Gaza assim que conseguiu reunir o número necessário de soldados para a ação. Nahum Barnea, colunista do jornal Yediot Ahronot, escreveu hoje que Sharon está induzindo o gabinete à "inevitável decisão" de expulsar Arafat. Muitos comentaristas dizem não acreditar que a real intenção do cerco seja a prisão de suspeitos de terrorismo. Analistas escreveram que Sharon tentou novamente marginalizar Arafat, com a intenção de criar um vácuo de poder que permita o surgimento de um novo líder palestino. Em vez disso, segundo eles, Sharon apenas ajudou Arafat a retornar ao centro das atenções, transformando-o novamente num perseguido justamente no momento em que a taxa de popularidade atingia o nível mais baixo. "Sharon salvou Arafat", foi o título de um artigo no influente jornal Haaretz assinado por Danny Rubinstein, um analista especializado em Oriente Médio. Em dezembro de 2001, Sharon qualificou Arafat como "irrelevante" e proibiu que qualquer funcionário israelense se encontrasse com ele. Os Estados Unidos seguiram o aliado Sharon e convocaram para consultas o cônsul-geral em Jerusalém Oriental, Ron Schlicher. O diplomata servia como embaixador não-oficial para a Autoridade Palestina desde seu estabelecimento, em 1994. Grandes Acontecimentos InternacionaisESPECIAL ORIENTE MÉDIO

Cercado no quartel-general na cidade cisjordaniana de Ramallah, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, não atendeu à exigência israelense de entregar uma lista com os nomes das pessoas encurraladas no devastado complexo governamental. À medida que o Exército israelense preparava-se para um impasse prolongado, aumentavam em Israel as críticas ao novo cerco imposto ao líder palestino - o terceiro nos últimos 10 meses. Para a oposição, o primeiro-ministro Ariel Sharon faz com que a popularidade de Arafat aumente em vez de fazer com que ele caia no esquecimento. Em outro desdobramento, um israelense morreu e três filhos - de 9, 12 e 18 anos - ficaram feridos durante a ação de um franco-atirador palestino em Hebron, na Cisjordânia. Segundo fontes hospitalares, é grave o estado de saúde do menino de nove anos. O ataque contra o QG de Arafat transformou uma situação já tensa em algo mais volátil. Com Arafat cercado por soldados num edifício em aparente risco de desabamento, Israel não é capaz de garantir a segurança do líder palestino. Ferir Arafat poderá inflar ainda mais a tensão no Oriente Médio. O isolamento de Arafat já provocou protestos nas ruas, alguns organizados e outros manifestações populares espontâneas, repetindo as cenas que marcaram o início da atual onda de violência na região, em 28 de setembro de 2000, após uma visita de Sharon à Esplanada das Mesquitas um local de Jerusalém sagrado para judeus e muçulmanos. Nesta segunda-feira, palestinos solidários a Arafat realizaram um protesto no comércio e protagonizaram manifestações de rua, queimando pneus e lançando pedras contra os soldados israelenses - algo raramente visto nos últimos meses. Cerca de 10.000 pessoas marcharam pela Cidade de Gaza, grande parte composta por estudantes. Pela primeira vez desde que os tanques israelenses cercaram o QG de Arafat, na última quinta-feira - em retaliação a um atentado suicida que deixou sete mortos em Tel Aviv na semana passada -, autoridades israelenses e palestinas reuniram-se hoje para tentar uma solução para a mais recente crise. Porém, nenhum progresso foi informado. Israel exige que todas as pessoas presas com Arafat rendam-se para interrogatório. Israel alegava originalmente que 19 suspeitos de "terrorismo" estavam no local, inclusive Tawfik Tirawi, chefe do serviço secreto palestino na Cisjordânia. "A posição de Israel é clara", disse hoje Sharon. "Estes terroristas devem se entregar para nós. Isto é inegociável." Analistas políticos israelenses comentaram não estar ainda muito claro o motivo pelo qual o governo voltou os holofotes para Tirawi, já que há meio ano ele participou de negociações de segurança com autoridades israelenses, entre elas Avi Dichter, chefe do serviço de segurança Shin Bet. Durante um cerco de 34 dias ao QG de Arafat em abril, Tirawi estava junto com o líder palestino, mas Israel não pediu que ele se entregasse na época. Dore Gold, um porta-voz do governo israelense, garante que o Estado judeu descobriu logo em seguida informações que ligam Tirawi a diversos ataques contra israelenses. Arafat rejeitou a exigência israelense para que entregasse uma lista de nomes com todos os homens presentes no local, disse o ministro palestino Saeb Erekat, que reuniu-se com autoridades israelenses na base militar de Beit El, um posto avançado do Exército israelense nos arredores de Ramallah. "Dissemos aos israelenses que isto não é da conta deles e exigimos uma retirada imediata e incondicional do gabinete do presidente Arafat e o fim do cerco", declarou Erekat. Este foi o primeiro encontro entre autoridades das partes em conflito desde o início do último cerco. Erekat disse que o prédio onde Arafat está preso ao lado de 200 assessores e seguranças corre risco de desabamento. O edifício onde se encontra o líder palestino é o único ainda intacto desde que bombas e retroescavadeiras israelenses derrubaram ou danificaram todos os outros. Nesta segunda-feira, tanques mantiveram um forte cerco. Soldados israelenses colocaram brevemente uma bandeira israelense no local, mas ela foi retirada durante o fim de semana. Em outro desdobramento, uma fonte israelense comentou que o Estado judeu planeja expulsar da Faixa de Gaza o xeque Ahmed Yassin e Abdel Aziz Rantisi, líderes do movimento islâmico Hamas. Sharon disse hoje que Israel realizará uma operação militar contra o Hamas em Gaza assim que conseguiu reunir o número necessário de soldados para a ação. Nahum Barnea, colunista do jornal Yediot Ahronot, escreveu hoje que Sharon está induzindo o gabinete à "inevitável decisão" de expulsar Arafat. Muitos comentaristas dizem não acreditar que a real intenção do cerco seja a prisão de suspeitos de terrorismo. Analistas escreveram que Sharon tentou novamente marginalizar Arafat, com a intenção de criar um vácuo de poder que permita o surgimento de um novo líder palestino. Em vez disso, segundo eles, Sharon apenas ajudou Arafat a retornar ao centro das atenções, transformando-o novamente num perseguido justamente no momento em que a taxa de popularidade atingia o nível mais baixo. "Sharon salvou Arafat", foi o título de um artigo no influente jornal Haaretz assinado por Danny Rubinstein, um analista especializado em Oriente Médio. Em dezembro de 2001, Sharon qualificou Arafat como "irrelevante" e proibiu que qualquer funcionário israelense se encontrasse com ele. Os Estados Unidos seguiram o aliado Sharon e convocaram para consultas o cônsul-geral em Jerusalém Oriental, Ron Schlicher. O diplomata servia como embaixador não-oficial para a Autoridade Palestina desde seu estabelecimento, em 1994. Grandes Acontecimentos InternacionaisESPECIAL ORIENTE MÉDIO

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