Chávez desmente rumores de piora na saúde após dias de silêncio


Presidente passa por radioterapia para combater tumor na região pélvica.

Por BBC Brasil

Depois de uma ausência prolongada, que já vinha causando inquietação entre alguns venezuelanos, o presidente Hugo Chávez rompeu o silêncio nesta segunda-feira, 23, e desmentiu rumores de que seu estado de saúde tenha piorado. "Lamentavelmente, temos que ir nos acostumando a viver em meio a rumores", disse o presidente. Chávez disse ainda que as notícias sobre uma piora na sua saúde eram parte da estratégia do que chamou de "laboratório de guerra suja" liderado pela oposição. A última aparição pública de Chávez havia sido em um discurso em Caracas, no dia 13 de abril. Na semana passada, ele não compareceu à Cúpula das Américas, na Colômbia, nem às celebrações do Dia da Constituição da Venezuela - eventos nos quais assumiu um papel de detaque no passado. A ausência prolongada e um silêncio pouco comum do presidente fizeram muitos venezuelanos pensarem que o mandatário estaria passando por uma etapa particularmente difícil de seu tratamento contra o câncer. Tratamento Chávez já havia afirmado que os últimos ciclos da radioterapia, iniciados no mês passado, seriam difíceis. Nesta segunda-feira, disse que o tratamento necessita de tempo. O presidente disse ainda que segue desempenhando suas funções, lendo e assinando documentos e acompanhando o que diz a imprensa. Chávez se submeteu a três cirurgias desde junho de 2011 como parte do tratamento contra o câncer. Tenta agora se recuperar da doença para disputar a reeleição em outubro. Porém, Chávez decidiu manter em segrego alguns detalhes de sua doença - incluindo o tipo de câncer e a localização exata do tumor. Sua estratégia contrasta com a de vários políticos que enfrentaram situações semelhantes. A maioria deles têm preferido a transparência após o diganóstico da doença. Nos EUA, por exemplo, o presidente é obrigado a divulgar anualmente seus exames médicos. Essa determinação seria algo impensável há algumas décadas, quando o então presidente Franklin Roosevelt governou por anos sem que seus eleitores soubessem que uma poliomielite o havia deixado em uma cadeira de rodas. O ex-presidente francês François Mitterrand escondeu seu câncer de próstata durante mais de dez anos, até que a gravidade da doença o forçou a revelar seu segredo em 1992. Contudo, atualmente esconder uma enfermidade é algo mais difícil para um governante. Transparência Quando a então candidata Dilma Roussef divulgou que estava recebendo tratamento para combater um câncer linfático, uma onda de especulações envolveu sua candidatura. Mas, isso não a impediu de vencer o pleito. Após revelar que sofria da doença, pesquisas de opinião revelaram que sua credibilidade havia aumentado junto ao eleitorado. O presidente paraguaio Fernando Lugo também optou pela transparência após ser diagnosticado com um linfoma em 2010. "Por decisão dele [Lugo], desde que a doença foi descoberta, nós médicos recebemos a ordem de dar informações amplas e completas sobre o diagnóstico, o tratamento e as implicações", disse seu médico pessoal, Alfredo Boccia. "Sempre é melhor pecar pela transparência, porque os detalhes acabam vazando. Assim se diminui a possibilidade de que os boatos cresçam como bolas de neve", afirmou Boccia. A presidente argentina Cristina Kirchner tomou decisão semelhante ao ter um tumor diagnosticado no fim do ano passado - que em seguida foi classificado como um "falso positivo". O presidente Chávez, por sua vez, tem feito aparições moderadas durante a campanha com o objetivo de oferecer garantias aos eleitores. Ele se baseia no argumento de que precisa ser reeleito para dar continuidade a um processo político que está se desenvolvendo na Venezuela. * Com reportagem de Juan Paullier, da BBC Mundo em Caracas BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Depois de uma ausência prolongada, que já vinha causando inquietação entre alguns venezuelanos, o presidente Hugo Chávez rompeu o silêncio nesta segunda-feira, 23, e desmentiu rumores de que seu estado de saúde tenha piorado. "Lamentavelmente, temos que ir nos acostumando a viver em meio a rumores", disse o presidente. Chávez disse ainda que as notícias sobre uma piora na sua saúde eram parte da estratégia do que chamou de "laboratório de guerra suja" liderado pela oposição. A última aparição pública de Chávez havia sido em um discurso em Caracas, no dia 13 de abril. Na semana passada, ele não compareceu à Cúpula das Américas, na Colômbia, nem às celebrações do Dia da Constituição da Venezuela - eventos nos quais assumiu um papel de detaque no passado. A ausência prolongada e um silêncio pouco comum do presidente fizeram muitos venezuelanos pensarem que o mandatário estaria passando por uma etapa particularmente difícil de seu tratamento contra o câncer. Tratamento Chávez já havia afirmado que os últimos ciclos da radioterapia, iniciados no mês passado, seriam difíceis. Nesta segunda-feira, disse que o tratamento necessita de tempo. O presidente disse ainda que segue desempenhando suas funções, lendo e assinando documentos e acompanhando o que diz a imprensa. Chávez se submeteu a três cirurgias desde junho de 2011 como parte do tratamento contra o câncer. Tenta agora se recuperar da doença para disputar a reeleição em outubro. Porém, Chávez decidiu manter em segrego alguns detalhes de sua doença - incluindo o tipo de câncer e a localização exata do tumor. Sua estratégia contrasta com a de vários políticos que enfrentaram situações semelhantes. A maioria deles têm preferido a transparência após o diganóstico da doença. Nos EUA, por exemplo, o presidente é obrigado a divulgar anualmente seus exames médicos. Essa determinação seria algo impensável há algumas décadas, quando o então presidente Franklin Roosevelt governou por anos sem que seus eleitores soubessem que uma poliomielite o havia deixado em uma cadeira de rodas. O ex-presidente francês François Mitterrand escondeu seu câncer de próstata durante mais de dez anos, até que a gravidade da doença o forçou a revelar seu segredo em 1992. Contudo, atualmente esconder uma enfermidade é algo mais difícil para um governante. Transparência Quando a então candidata Dilma Roussef divulgou que estava recebendo tratamento para combater um câncer linfático, uma onda de especulações envolveu sua candidatura. Mas, isso não a impediu de vencer o pleito. Após revelar que sofria da doença, pesquisas de opinião revelaram que sua credibilidade havia aumentado junto ao eleitorado. O presidente paraguaio Fernando Lugo também optou pela transparência após ser diagnosticado com um linfoma em 2010. "Por decisão dele [Lugo], desde que a doença foi descoberta, nós médicos recebemos a ordem de dar informações amplas e completas sobre o diagnóstico, o tratamento e as implicações", disse seu médico pessoal, Alfredo Boccia. "Sempre é melhor pecar pela transparência, porque os detalhes acabam vazando. Assim se diminui a possibilidade de que os boatos cresçam como bolas de neve", afirmou Boccia. A presidente argentina Cristina Kirchner tomou decisão semelhante ao ter um tumor diagnosticado no fim do ano passado - que em seguida foi classificado como um "falso positivo". O presidente Chávez, por sua vez, tem feito aparições moderadas durante a campanha com o objetivo de oferecer garantias aos eleitores. Ele se baseia no argumento de que precisa ser reeleito para dar continuidade a um processo político que está se desenvolvendo na Venezuela. * Com reportagem de Juan Paullier, da BBC Mundo em Caracas BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Depois de uma ausência prolongada, que já vinha causando inquietação entre alguns venezuelanos, o presidente Hugo Chávez rompeu o silêncio nesta segunda-feira, 23, e desmentiu rumores de que seu estado de saúde tenha piorado. "Lamentavelmente, temos que ir nos acostumando a viver em meio a rumores", disse o presidente. Chávez disse ainda que as notícias sobre uma piora na sua saúde eram parte da estratégia do que chamou de "laboratório de guerra suja" liderado pela oposição. A última aparição pública de Chávez havia sido em um discurso em Caracas, no dia 13 de abril. Na semana passada, ele não compareceu à Cúpula das Américas, na Colômbia, nem às celebrações do Dia da Constituição da Venezuela - eventos nos quais assumiu um papel de detaque no passado. A ausência prolongada e um silêncio pouco comum do presidente fizeram muitos venezuelanos pensarem que o mandatário estaria passando por uma etapa particularmente difícil de seu tratamento contra o câncer. Tratamento Chávez já havia afirmado que os últimos ciclos da radioterapia, iniciados no mês passado, seriam difíceis. Nesta segunda-feira, disse que o tratamento necessita de tempo. O presidente disse ainda que segue desempenhando suas funções, lendo e assinando documentos e acompanhando o que diz a imprensa. Chávez se submeteu a três cirurgias desde junho de 2011 como parte do tratamento contra o câncer. Tenta agora se recuperar da doença para disputar a reeleição em outubro. Porém, Chávez decidiu manter em segrego alguns detalhes de sua doença - incluindo o tipo de câncer e a localização exata do tumor. Sua estratégia contrasta com a de vários políticos que enfrentaram situações semelhantes. A maioria deles têm preferido a transparência após o diganóstico da doença. Nos EUA, por exemplo, o presidente é obrigado a divulgar anualmente seus exames médicos. Essa determinação seria algo impensável há algumas décadas, quando o então presidente Franklin Roosevelt governou por anos sem que seus eleitores soubessem que uma poliomielite o havia deixado em uma cadeira de rodas. O ex-presidente francês François Mitterrand escondeu seu câncer de próstata durante mais de dez anos, até que a gravidade da doença o forçou a revelar seu segredo em 1992. Contudo, atualmente esconder uma enfermidade é algo mais difícil para um governante. Transparência Quando a então candidata Dilma Roussef divulgou que estava recebendo tratamento para combater um câncer linfático, uma onda de especulações envolveu sua candidatura. Mas, isso não a impediu de vencer o pleito. Após revelar que sofria da doença, pesquisas de opinião revelaram que sua credibilidade havia aumentado junto ao eleitorado. O presidente paraguaio Fernando Lugo também optou pela transparência após ser diagnosticado com um linfoma em 2010. "Por decisão dele [Lugo], desde que a doença foi descoberta, nós médicos recebemos a ordem de dar informações amplas e completas sobre o diagnóstico, o tratamento e as implicações", disse seu médico pessoal, Alfredo Boccia. "Sempre é melhor pecar pela transparência, porque os detalhes acabam vazando. Assim se diminui a possibilidade de que os boatos cresçam como bolas de neve", afirmou Boccia. A presidente argentina Cristina Kirchner tomou decisão semelhante ao ter um tumor diagnosticado no fim do ano passado - que em seguida foi classificado como um "falso positivo". O presidente Chávez, por sua vez, tem feito aparições moderadas durante a campanha com o objetivo de oferecer garantias aos eleitores. Ele se baseia no argumento de que precisa ser reeleito para dar continuidade a um processo político que está se desenvolvendo na Venezuela. * Com reportagem de Juan Paullier, da BBC Mundo em Caracas BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Depois de uma ausência prolongada, que já vinha causando inquietação entre alguns venezuelanos, o presidente Hugo Chávez rompeu o silêncio nesta segunda-feira, 23, e desmentiu rumores de que seu estado de saúde tenha piorado. "Lamentavelmente, temos que ir nos acostumando a viver em meio a rumores", disse o presidente. Chávez disse ainda que as notícias sobre uma piora na sua saúde eram parte da estratégia do que chamou de "laboratório de guerra suja" liderado pela oposição. A última aparição pública de Chávez havia sido em um discurso em Caracas, no dia 13 de abril. Na semana passada, ele não compareceu à Cúpula das Américas, na Colômbia, nem às celebrações do Dia da Constituição da Venezuela - eventos nos quais assumiu um papel de detaque no passado. A ausência prolongada e um silêncio pouco comum do presidente fizeram muitos venezuelanos pensarem que o mandatário estaria passando por uma etapa particularmente difícil de seu tratamento contra o câncer. Tratamento Chávez já havia afirmado que os últimos ciclos da radioterapia, iniciados no mês passado, seriam difíceis. Nesta segunda-feira, disse que o tratamento necessita de tempo. O presidente disse ainda que segue desempenhando suas funções, lendo e assinando documentos e acompanhando o que diz a imprensa. Chávez se submeteu a três cirurgias desde junho de 2011 como parte do tratamento contra o câncer. Tenta agora se recuperar da doença para disputar a reeleição em outubro. Porém, Chávez decidiu manter em segrego alguns detalhes de sua doença - incluindo o tipo de câncer e a localização exata do tumor. Sua estratégia contrasta com a de vários políticos que enfrentaram situações semelhantes. A maioria deles têm preferido a transparência após o diganóstico da doença. Nos EUA, por exemplo, o presidente é obrigado a divulgar anualmente seus exames médicos. Essa determinação seria algo impensável há algumas décadas, quando o então presidente Franklin Roosevelt governou por anos sem que seus eleitores soubessem que uma poliomielite o havia deixado em uma cadeira de rodas. O ex-presidente francês François Mitterrand escondeu seu câncer de próstata durante mais de dez anos, até que a gravidade da doença o forçou a revelar seu segredo em 1992. Contudo, atualmente esconder uma enfermidade é algo mais difícil para um governante. Transparência Quando a então candidata Dilma Roussef divulgou que estava recebendo tratamento para combater um câncer linfático, uma onda de especulações envolveu sua candidatura. Mas, isso não a impediu de vencer o pleito. Após revelar que sofria da doença, pesquisas de opinião revelaram que sua credibilidade havia aumentado junto ao eleitorado. O presidente paraguaio Fernando Lugo também optou pela transparência após ser diagnosticado com um linfoma em 2010. "Por decisão dele [Lugo], desde que a doença foi descoberta, nós médicos recebemos a ordem de dar informações amplas e completas sobre o diagnóstico, o tratamento e as implicações", disse seu médico pessoal, Alfredo Boccia. "Sempre é melhor pecar pela transparência, porque os detalhes acabam vazando. Assim se diminui a possibilidade de que os boatos cresçam como bolas de neve", afirmou Boccia. A presidente argentina Cristina Kirchner tomou decisão semelhante ao ter um tumor diagnosticado no fim do ano passado - que em seguida foi classificado como um "falso positivo". O presidente Chávez, por sua vez, tem feito aparições moderadas durante a campanha com o objetivo de oferecer garantias aos eleitores. Ele se baseia no argumento de que precisa ser reeleito para dar continuidade a um processo político que está se desenvolvendo na Venezuela. * Com reportagem de Juan Paullier, da BBC Mundo em Caracas BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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