CARACAS - Dezenas de simpatizantes do chavismo impediram nesta quinta-feira, 27, a entrada de deputados da oposição e jornalistas na Assembleia Nacional. Eles tentaram invadir o prédio, mas foram impedidos pela Guarda Nacional Bolivariana. Alguns deles continuam nos arredores do prédio para impedir a entrada dos parlamentares.
O bloqueio ocorre um dia depois de centenas de milhares de pessoas terem saído às ruas do país para pedir a saída do presidente Nicolás Maduro, após a Justiça Eleitoral ter suspendido o referendo revogatório de seu mandato.
Ainda na quarta-feira, a coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD), convocou uma paralisação geral para amanhã e prometeu uma marcha até o Palácio de Miraflores, a sede do Executivo, para pedir a saída de Maduro no próximo dia 3.
Na terça-feira, a AN pediu que Maduro fosse ao Parlamento para responder às acusações de ruptura da ordem constitucional.
Reação. Ainda na madrugada desta quinta, Maduro pediu naos trabalhadores e empresários do país que não atendam à convocação da greve geral de 12 horas feita pela oposição. "Convoco ao trabalho, e com o trabalho derrotaremos aqueles que querem prejudicar a nossa pátria, aqueles que querem violência, aqueles que querem levar a pátria a uma desestabilização", disse o presidente.
Hoje, ele anunciou um novo aumento de 40% no salário mínimo comomaneira de combater a inflação, que, segundo o FMI, chegará esse ano a 720%. /EFE