Com Trump, honra e integridade são coisas do passado


Presidente está redefinindo o Partido Republicano, que se atrelou ao indivíduo mais corrupto que já foi eleito  chefe de Estado dos EUA

Por Redação

Nunca houve dúvidas sobre os defeitos de caráter de Donald Trump. A questão sempre foi saber até onde ele chegaria, e se outras pessoas ou instituições o enfrentariam ou se tornariam cúmplices de sua corrupção. Na primeira vez que usei este espaço para escrever sobre Trump, três anos atrás, aconselhei meus companheiros republicanos a dizer não tanto a ele quanto a sua candidatura.

O presidente Trump no Salão Oval da Casa Branca Foto: REUTERS/Kevin Lamarque

Uma de minhas preocupações era que, se eleito, Trump redefinisse o Partido Republicano a sua imagem e semelhança – e isso já vem ocorrendo: no livre-mercado e no tamanho do governo; no nacionalismo étnico e na política de identidade branca; nos compromissos dos EUA com seus aliados tradicionais; e em como os republicanos veem a Rússia. Mas em nenhuma área Trump mudou tão fundamentalmente o Partido Republicano quanto em ética e liderança política.

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Os republicanos, especialmente os mais conservadores, sempre insistiram em que caráter e vida pública andam juntos. Foram enfáticos sobre isso quando estourou o escândalo envolvendo Bill Clinton e Monica Lewinsky.

Honra e integridade

Isso tudo mudou com Trump presidente. Para os republicanos, honra e integridade se tornaram coisas do passado. Na semana passada, ante um juiz e sob juramento, Michael Cohen, ex-advogado de Trump, implicou-o em atividades criminosas, enquanto em outro tribunal o ex-chefe de campanha do presidente era condenado por fraude financeira. A maioria dos republicanos no Congresso calou-se ou saiu em defesa de Trump. É uma reviravolta assustadora.

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Um partido que antes falava com ênfase da importância da liderança ética, da fidelidade, honestidade, honra, decência, bons exemplos – atrelou-se ao indivíduo mais convictamente corrupto que já foi eleito presidente.  Antecessores de Trump já se mostraram inescrupulosos, mas nenhum se envolveu numa corrupção de tão amplo espectro.

Para muitos republicanos, a ficha dessa realidade ainda não caiu. As condenações morais contra Trump são conhecidas e avassaladoras. A corrupção é evidente em sua vida privada e na pública. Está no modo como ele trata as mulheres, em seus negócios, em sua patológica crueldade, na propensão à mentira, em sua agressividade sem arrependimento e em seus conchavos. Ela desperta os mais sombrios impulsos dos americanos. O instinto de corrupção de Trump é de raiz, resultado de uma vida de maus hábitos. Foi ilusão achar que ele melhoraria se eleito presidente.

Muitos de nós, republicanos veteranos que já trabalharam em governos republicanos, tínhamos a tênue esperança de que uma hora nosso partido lhe diria “chega!” se Trump excedesse irremediavelmente os limites. Não tivemos tanta sorte. O partido assumiu a corrupção de Trump, que até agora não chegou ao limite e talvez nunca chegue. É bem possível que, caso eu não estivesse blindado a algumas realidades que deveria ter reconhecido, isso se tornasse óbvio para mim mais cedo.

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De qualquer modo, o até agora inquebrável comprometimento do Partido Republicano com Trump começa sair caro. O movimento evangélico branco, que se alinhou entusiasticamente a ele, sofreu um estrago e perdeu muito crédito. Há também um custo eleitoral a ser pago em novembro. Mas o estrago maior é o que está sendo causado a nossa cultura cívica e a nossa política.

A rotina de Donald Trump na Casa Branca

1 | 5

Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

Foto: Doug Mills/The New York Times
2 | 5

Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

Foto: REUTERS/Yuri Gripas
3 | 5

Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

Foto: Al Drago/The New York Times
4 | 5

Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

Foto: REUTERS/Joshua Roberts
5 | 5

Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

Foto: REUTERS/Carlos Barria

Trump e o Partido Republicano são hoje símbolos da lei do mais forte e da corrupção e cinismo na vida política americana. Desumanizar os outros tornou-se regra e a verdade passou a ser relativa. A política está sendo despida de nobreza. Claro que política não é só isso. Mas se ela se resumir ao poder sem os limites da moralidade, à lei da selva, todo o esquema entrará em colapso. Temos de diferenciar entre líderes imperfeitos e líderes corruptos.

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Um aviso a meus amigos republicanos: o pior ainda está por vir. Graças ao trabalho de Robert Mueller, vamos descobrir camadas cada vez mais profundas da corrupção de Trump. Espero então que Trump se revele mais, à medida que se sinta mais acuado, mais desesperado, mais enraivecido e seu comportamento se torne cada vez mais errático, desordenado e insano.

A maioria dos republicanos, tendo apostado forte no “vamos fazer os EUA grandes novamente” de Trump, ficará com ele até o fim. Mas será que um corte de impostos, alguma desregulamentação e alguns cargos compensam isso? / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

*É ESCRITOR E MEMBRO DO CENTRO DE POLÍTICA PÚBLICA E ÉTICA

Nunca houve dúvidas sobre os defeitos de caráter de Donald Trump. A questão sempre foi saber até onde ele chegaria, e se outras pessoas ou instituições o enfrentariam ou se tornariam cúmplices de sua corrupção. Na primeira vez que usei este espaço para escrever sobre Trump, três anos atrás, aconselhei meus companheiros republicanos a dizer não tanto a ele quanto a sua candidatura.

O presidente Trump no Salão Oval da Casa Branca Foto: REUTERS/Kevin Lamarque

Uma de minhas preocupações era que, se eleito, Trump redefinisse o Partido Republicano a sua imagem e semelhança – e isso já vem ocorrendo: no livre-mercado e no tamanho do governo; no nacionalismo étnico e na política de identidade branca; nos compromissos dos EUA com seus aliados tradicionais; e em como os republicanos veem a Rússia. Mas em nenhuma área Trump mudou tão fundamentalmente o Partido Republicano quanto em ética e liderança política.

Os republicanos, especialmente os mais conservadores, sempre insistiram em que caráter e vida pública andam juntos. Foram enfáticos sobre isso quando estourou o escândalo envolvendo Bill Clinton e Monica Lewinsky.

Honra e integridade

Isso tudo mudou com Trump presidente. Para os republicanos, honra e integridade se tornaram coisas do passado. Na semana passada, ante um juiz e sob juramento, Michael Cohen, ex-advogado de Trump, implicou-o em atividades criminosas, enquanto em outro tribunal o ex-chefe de campanha do presidente era condenado por fraude financeira. A maioria dos republicanos no Congresso calou-se ou saiu em defesa de Trump. É uma reviravolta assustadora.

Um partido que antes falava com ênfase da importância da liderança ética, da fidelidade, honestidade, honra, decência, bons exemplos – atrelou-se ao indivíduo mais convictamente corrupto que já foi eleito presidente.  Antecessores de Trump já se mostraram inescrupulosos, mas nenhum se envolveu numa corrupção de tão amplo espectro.

Para muitos republicanos, a ficha dessa realidade ainda não caiu. As condenações morais contra Trump são conhecidas e avassaladoras. A corrupção é evidente em sua vida privada e na pública. Está no modo como ele trata as mulheres, em seus negócios, em sua patológica crueldade, na propensão à mentira, em sua agressividade sem arrependimento e em seus conchavos. Ela desperta os mais sombrios impulsos dos americanos. O instinto de corrupção de Trump é de raiz, resultado de uma vida de maus hábitos. Foi ilusão achar que ele melhoraria se eleito presidente.

Muitos de nós, republicanos veteranos que já trabalharam em governos republicanos, tínhamos a tênue esperança de que uma hora nosso partido lhe diria “chega!” se Trump excedesse irremediavelmente os limites. Não tivemos tanta sorte. O partido assumiu a corrupção de Trump, que até agora não chegou ao limite e talvez nunca chegue. É bem possível que, caso eu não estivesse blindado a algumas realidades que deveria ter reconhecido, isso se tornasse óbvio para mim mais cedo.

De qualquer modo, o até agora inquebrável comprometimento do Partido Republicano com Trump começa sair caro. O movimento evangélico branco, que se alinhou entusiasticamente a ele, sofreu um estrago e perdeu muito crédito. Há também um custo eleitoral a ser pago em novembro. Mas o estrago maior é o que está sendo causado a nossa cultura cívica e a nossa política.

A rotina de Donald Trump na Casa Branca

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Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

Foto: Doug Mills/The New York Times
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Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

Foto: REUTERS/Yuri Gripas
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Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

Foto: Al Drago/The New York Times
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Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

Foto: REUTERS/Joshua Roberts
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Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

Foto: REUTERS/Carlos Barria

Trump e o Partido Republicano são hoje símbolos da lei do mais forte e da corrupção e cinismo na vida política americana. Desumanizar os outros tornou-se regra e a verdade passou a ser relativa. A política está sendo despida de nobreza. Claro que política não é só isso. Mas se ela se resumir ao poder sem os limites da moralidade, à lei da selva, todo o esquema entrará em colapso. Temos de diferenciar entre líderes imperfeitos e líderes corruptos.

Um aviso a meus amigos republicanos: o pior ainda está por vir. Graças ao trabalho de Robert Mueller, vamos descobrir camadas cada vez mais profundas da corrupção de Trump. Espero então que Trump se revele mais, à medida que se sinta mais acuado, mais desesperado, mais enraivecido e seu comportamento se torne cada vez mais errático, desordenado e insano.

A maioria dos republicanos, tendo apostado forte no “vamos fazer os EUA grandes novamente” de Trump, ficará com ele até o fim. Mas será que um corte de impostos, alguma desregulamentação e alguns cargos compensam isso? / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

*É ESCRITOR E MEMBRO DO CENTRO DE POLÍTICA PÚBLICA E ÉTICA

Nunca houve dúvidas sobre os defeitos de caráter de Donald Trump. A questão sempre foi saber até onde ele chegaria, e se outras pessoas ou instituições o enfrentariam ou se tornariam cúmplices de sua corrupção. Na primeira vez que usei este espaço para escrever sobre Trump, três anos atrás, aconselhei meus companheiros republicanos a dizer não tanto a ele quanto a sua candidatura.

O presidente Trump no Salão Oval da Casa Branca Foto: REUTERS/Kevin Lamarque

Uma de minhas preocupações era que, se eleito, Trump redefinisse o Partido Republicano a sua imagem e semelhança – e isso já vem ocorrendo: no livre-mercado e no tamanho do governo; no nacionalismo étnico e na política de identidade branca; nos compromissos dos EUA com seus aliados tradicionais; e em como os republicanos veem a Rússia. Mas em nenhuma área Trump mudou tão fundamentalmente o Partido Republicano quanto em ética e liderança política.

Os republicanos, especialmente os mais conservadores, sempre insistiram em que caráter e vida pública andam juntos. Foram enfáticos sobre isso quando estourou o escândalo envolvendo Bill Clinton e Monica Lewinsky.

Honra e integridade

Isso tudo mudou com Trump presidente. Para os republicanos, honra e integridade se tornaram coisas do passado. Na semana passada, ante um juiz e sob juramento, Michael Cohen, ex-advogado de Trump, implicou-o em atividades criminosas, enquanto em outro tribunal o ex-chefe de campanha do presidente era condenado por fraude financeira. A maioria dos republicanos no Congresso calou-se ou saiu em defesa de Trump. É uma reviravolta assustadora.

Um partido que antes falava com ênfase da importância da liderança ética, da fidelidade, honestidade, honra, decência, bons exemplos – atrelou-se ao indivíduo mais convictamente corrupto que já foi eleito presidente.  Antecessores de Trump já se mostraram inescrupulosos, mas nenhum se envolveu numa corrupção de tão amplo espectro.

Para muitos republicanos, a ficha dessa realidade ainda não caiu. As condenações morais contra Trump são conhecidas e avassaladoras. A corrupção é evidente em sua vida privada e na pública. Está no modo como ele trata as mulheres, em seus negócios, em sua patológica crueldade, na propensão à mentira, em sua agressividade sem arrependimento e em seus conchavos. Ela desperta os mais sombrios impulsos dos americanos. O instinto de corrupção de Trump é de raiz, resultado de uma vida de maus hábitos. Foi ilusão achar que ele melhoraria se eleito presidente.

Muitos de nós, republicanos veteranos que já trabalharam em governos republicanos, tínhamos a tênue esperança de que uma hora nosso partido lhe diria “chega!” se Trump excedesse irremediavelmente os limites. Não tivemos tanta sorte. O partido assumiu a corrupção de Trump, que até agora não chegou ao limite e talvez nunca chegue. É bem possível que, caso eu não estivesse blindado a algumas realidades que deveria ter reconhecido, isso se tornasse óbvio para mim mais cedo.

De qualquer modo, o até agora inquebrável comprometimento do Partido Republicano com Trump começa sair caro. O movimento evangélico branco, que se alinhou entusiasticamente a ele, sofreu um estrago e perdeu muito crédito. Há também um custo eleitoral a ser pago em novembro. Mas o estrago maior é o que está sendo causado a nossa cultura cívica e a nossa política.

A rotina de Donald Trump na Casa Branca

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Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

Foto: Doug Mills/The New York Times
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Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

Foto: REUTERS/Yuri Gripas
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Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

Foto: Al Drago/The New York Times
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Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

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Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

Foto: REUTERS/Carlos Barria

Trump e o Partido Republicano são hoje símbolos da lei do mais forte e da corrupção e cinismo na vida política americana. Desumanizar os outros tornou-se regra e a verdade passou a ser relativa. A política está sendo despida de nobreza. Claro que política não é só isso. Mas se ela se resumir ao poder sem os limites da moralidade, à lei da selva, todo o esquema entrará em colapso. Temos de diferenciar entre líderes imperfeitos e líderes corruptos.

Um aviso a meus amigos republicanos: o pior ainda está por vir. Graças ao trabalho de Robert Mueller, vamos descobrir camadas cada vez mais profundas da corrupção de Trump. Espero então que Trump se revele mais, à medida que se sinta mais acuado, mais desesperado, mais enraivecido e seu comportamento se torne cada vez mais errático, desordenado e insano.

A maioria dos republicanos, tendo apostado forte no “vamos fazer os EUA grandes novamente” de Trump, ficará com ele até o fim. Mas será que um corte de impostos, alguma desregulamentação e alguns cargos compensam isso? / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

*É ESCRITOR E MEMBRO DO CENTRO DE POLÍTICA PÚBLICA E ÉTICA

Nunca houve dúvidas sobre os defeitos de caráter de Donald Trump. A questão sempre foi saber até onde ele chegaria, e se outras pessoas ou instituições o enfrentariam ou se tornariam cúmplices de sua corrupção. Na primeira vez que usei este espaço para escrever sobre Trump, três anos atrás, aconselhei meus companheiros republicanos a dizer não tanto a ele quanto a sua candidatura.

O presidente Trump no Salão Oval da Casa Branca Foto: REUTERS/Kevin Lamarque

Uma de minhas preocupações era que, se eleito, Trump redefinisse o Partido Republicano a sua imagem e semelhança – e isso já vem ocorrendo: no livre-mercado e no tamanho do governo; no nacionalismo étnico e na política de identidade branca; nos compromissos dos EUA com seus aliados tradicionais; e em como os republicanos veem a Rússia. Mas em nenhuma área Trump mudou tão fundamentalmente o Partido Republicano quanto em ética e liderança política.

Os republicanos, especialmente os mais conservadores, sempre insistiram em que caráter e vida pública andam juntos. Foram enfáticos sobre isso quando estourou o escândalo envolvendo Bill Clinton e Monica Lewinsky.

Honra e integridade

Isso tudo mudou com Trump presidente. Para os republicanos, honra e integridade se tornaram coisas do passado. Na semana passada, ante um juiz e sob juramento, Michael Cohen, ex-advogado de Trump, implicou-o em atividades criminosas, enquanto em outro tribunal o ex-chefe de campanha do presidente era condenado por fraude financeira. A maioria dos republicanos no Congresso calou-se ou saiu em defesa de Trump. É uma reviravolta assustadora.

Um partido que antes falava com ênfase da importância da liderança ética, da fidelidade, honestidade, honra, decência, bons exemplos – atrelou-se ao indivíduo mais convictamente corrupto que já foi eleito presidente.  Antecessores de Trump já se mostraram inescrupulosos, mas nenhum se envolveu numa corrupção de tão amplo espectro.

Para muitos republicanos, a ficha dessa realidade ainda não caiu. As condenações morais contra Trump são conhecidas e avassaladoras. A corrupção é evidente em sua vida privada e na pública. Está no modo como ele trata as mulheres, em seus negócios, em sua patológica crueldade, na propensão à mentira, em sua agressividade sem arrependimento e em seus conchavos. Ela desperta os mais sombrios impulsos dos americanos. O instinto de corrupção de Trump é de raiz, resultado de uma vida de maus hábitos. Foi ilusão achar que ele melhoraria se eleito presidente.

Muitos de nós, republicanos veteranos que já trabalharam em governos republicanos, tínhamos a tênue esperança de que uma hora nosso partido lhe diria “chega!” se Trump excedesse irremediavelmente os limites. Não tivemos tanta sorte. O partido assumiu a corrupção de Trump, que até agora não chegou ao limite e talvez nunca chegue. É bem possível que, caso eu não estivesse blindado a algumas realidades que deveria ter reconhecido, isso se tornasse óbvio para mim mais cedo.

De qualquer modo, o até agora inquebrável comprometimento do Partido Republicano com Trump começa sair caro. O movimento evangélico branco, que se alinhou entusiasticamente a ele, sofreu um estrago e perdeu muito crédito. Há também um custo eleitoral a ser pago em novembro. Mas o estrago maior é o que está sendo causado a nossa cultura cívica e a nossa política.

A rotina de Donald Trump na Casa Branca

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Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

Foto: Doug Mills/The New York Times
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Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

Foto: REUTERS/Yuri Gripas
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Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

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Hábitos e curiosidades do dia a dia do presidente americano

Foto: REUTERS/Carlos Barria

Trump e o Partido Republicano são hoje símbolos da lei do mais forte e da corrupção e cinismo na vida política americana. Desumanizar os outros tornou-se regra e a verdade passou a ser relativa. A política está sendo despida de nobreza. Claro que política não é só isso. Mas se ela se resumir ao poder sem os limites da moralidade, à lei da selva, todo o esquema entrará em colapso. Temos de diferenciar entre líderes imperfeitos e líderes corruptos.

Um aviso a meus amigos republicanos: o pior ainda está por vir. Graças ao trabalho de Robert Mueller, vamos descobrir camadas cada vez mais profundas da corrupção de Trump. Espero então que Trump se revele mais, à medida que se sinta mais acuado, mais desesperado, mais enraivecido e seu comportamento se torne cada vez mais errático, desordenado e insano.

A maioria dos republicanos, tendo apostado forte no “vamos fazer os EUA grandes novamente” de Trump, ficará com ele até o fim. Mas será que um corte de impostos, alguma desregulamentação e alguns cargos compensam isso? / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

*É ESCRITOR E MEMBRO DO CENTRO DE POLÍTICA PÚBLICA E ÉTICA

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