Confrontos deixam pelo menos 40 feridos na Líbia


Ativistas na segunda maior cidade do país pediam a libertação de advogado que faz oposição ao governo.

Por BBC Brasil

Manifestantes partidários de Khadafi se reuniram em Trípoli (AFP) Cerca de 40 pessoas teriam ficado feridas durante manifestações nesta quarta-feira envolvendo manifestantes de oposição, ativistas pró-governo e a polícia na cidade de Benghazi, a segunda maior da Líbia, no leste do país. Segundo testemunhas, em um momento havia até 2 mil pessoas envolvidas nos protestos durante a noite na cidade, com uma marcha dos manifestantes nos escritórios do governo em Benghazi, a cerca de mil quilômetros da capital, Trípoli. Os manifestantes teriam atirado pedras e bombas de gasolina e incendiado veículos. As testemunhas afirmaram que a polícia disparou balas de borracha e canhões d'água para dispersar a multidão. "Algumas pessoas começaram a cantar palavras de ordem contra o governo, e a multidão acompanhou", disse uma testemunha que não quis se identificar à BBC. "Mas então, aconteceram os choques com os partidários do governo e depois os partidários do governo se dispersaram e os serviços de segurança chegaram e dispersaram a multidão com canhões d'água quente", acrescentou. Prisão Testemunhas disseram à BBC que a tensão foi desencadeada pela prisão de Fathi Terbil, um advogado e notório crítico do líder líbio Muamar Khadafi que representa as famílias de vítimas do suposto massacre realizado por forças de segurança no presídio de Abu Slim, em Trípoli, em 1996. Mais de mil prisioneiros foram mortos na ação de forças de segurança, em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas. O presídio abriga opositores do governo e militantes islâmicos. Na terça-feira, uma multidão que conta com parentes na prisão marchou até a sede do governo local para exigir a libertação de Terbil, segundo o jornal líbio Quryna. De acordo com o jornal, uma autoridade local teria concordado em libertá-lo, mas os manifestantes seguiram de toda maneira para a praça Shajara, a principal da cidade, onde enfrentaram a polícia e correligionários do governo. Os manifestantes depois foram dispersados e a praça foi tomada por ativistas governistas que ocuparam o local até quarta-feira de manhã. Declaração Em uma declaração divulgada depois dos confrontos, uma autoridade do governo da Líbia afirmou que o governo "não vai permitir que um grupo de pessoas se movimente, noite e dia, e brinque com a segurança da Líbia". "Nós não vamos permitir isto e pedimos que todos os líbios façam suas reclamações pelos canais já existentes, mesmo se for para pedir a queda do governo", disse a autoridade que não foi identificada. Não há relatos independentes sobre o número de participantes nos protestos em Benghazi. A televisão estatal líbia mostrou demonstrações em várias cidades, que seriam a favor de Khadafi. Os confrontos ocorrem um dia antes de uma grande manifestação que está sendo planejada para esta quinta-feira na Líbia, chamada de "Dia da Fúria". Os organizadores estão usando redes sociais pela internet para planejar o protesto. Incidentes raros Manifestações pela democracia tem ocorrido em vários países árabes e levaram até à queda dos presidentes da Tunísia e do Egito. Mas os protestos desta quarta-feira são uma rara demonstração de insatisfação na Líbia, onde a oposição raramente é tolerada. Manifestações pró-democracia vêm se espalhando por diversos países árabes e muçulmanos. Eles tiveram início na Tunísia em dezembro passado e provocaram a deposição do então presidente do país, Zine al-Abidine Ben Ali, no final de janeiro. Na semana passada, uma série de manifestações provocou a renúncia do presidente do Egito, Hosni Mubarak. Nos últimos dias, também ocorreram protestos no Barein, que já deixaram duas pessoas mortas, e manifestações no Irã, na Argélia, no Iêmen e na Jordânia. Assim como ocorreu em outros países árabes, ativistas líbios vêm convocando pela internet outros correligionários para realizar uma série de protestos pelo país nesta quinta-feira. A cidade portuária de Benghazi é atípica em relação ao restante da Líbia por ter um histórico de antagonismo com o regime de Khadafi, o governante há mais tempo no poder no mundo árabe. Muitos moradores locais não apoiaram o líder do país, quando Khadafi chegou ao poder por meio de um golpe militar, em 1969. Correspondentes e analistas da BBC apontam que é improvável que o líder líbio seja deposto em breve, mas o episódio em Benghazi deve preocupar as autoridades. A Líbia já teve manifestações antigoverno prévias, reprimidas com sucesso pelas forças de segurança, mas isso foi antes da atual onda de protestos que estão abalando líderes autocratas em países árabes. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Manifestantes partidários de Khadafi se reuniram em Trípoli (AFP) Cerca de 40 pessoas teriam ficado feridas durante manifestações nesta quarta-feira envolvendo manifestantes de oposição, ativistas pró-governo e a polícia na cidade de Benghazi, a segunda maior da Líbia, no leste do país. Segundo testemunhas, em um momento havia até 2 mil pessoas envolvidas nos protestos durante a noite na cidade, com uma marcha dos manifestantes nos escritórios do governo em Benghazi, a cerca de mil quilômetros da capital, Trípoli. Os manifestantes teriam atirado pedras e bombas de gasolina e incendiado veículos. As testemunhas afirmaram que a polícia disparou balas de borracha e canhões d'água para dispersar a multidão. "Algumas pessoas começaram a cantar palavras de ordem contra o governo, e a multidão acompanhou", disse uma testemunha que não quis se identificar à BBC. "Mas então, aconteceram os choques com os partidários do governo e depois os partidários do governo se dispersaram e os serviços de segurança chegaram e dispersaram a multidão com canhões d'água quente", acrescentou. Prisão Testemunhas disseram à BBC que a tensão foi desencadeada pela prisão de Fathi Terbil, um advogado e notório crítico do líder líbio Muamar Khadafi que representa as famílias de vítimas do suposto massacre realizado por forças de segurança no presídio de Abu Slim, em Trípoli, em 1996. Mais de mil prisioneiros foram mortos na ação de forças de segurança, em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas. O presídio abriga opositores do governo e militantes islâmicos. Na terça-feira, uma multidão que conta com parentes na prisão marchou até a sede do governo local para exigir a libertação de Terbil, segundo o jornal líbio Quryna. De acordo com o jornal, uma autoridade local teria concordado em libertá-lo, mas os manifestantes seguiram de toda maneira para a praça Shajara, a principal da cidade, onde enfrentaram a polícia e correligionários do governo. Os manifestantes depois foram dispersados e a praça foi tomada por ativistas governistas que ocuparam o local até quarta-feira de manhã. Declaração Em uma declaração divulgada depois dos confrontos, uma autoridade do governo da Líbia afirmou que o governo "não vai permitir que um grupo de pessoas se movimente, noite e dia, e brinque com a segurança da Líbia". "Nós não vamos permitir isto e pedimos que todos os líbios façam suas reclamações pelos canais já existentes, mesmo se for para pedir a queda do governo", disse a autoridade que não foi identificada. Não há relatos independentes sobre o número de participantes nos protestos em Benghazi. A televisão estatal líbia mostrou demonstrações em várias cidades, que seriam a favor de Khadafi. Os confrontos ocorrem um dia antes de uma grande manifestação que está sendo planejada para esta quinta-feira na Líbia, chamada de "Dia da Fúria". Os organizadores estão usando redes sociais pela internet para planejar o protesto. Incidentes raros Manifestações pela democracia tem ocorrido em vários países árabes e levaram até à queda dos presidentes da Tunísia e do Egito. Mas os protestos desta quarta-feira são uma rara demonstração de insatisfação na Líbia, onde a oposição raramente é tolerada. Manifestações pró-democracia vêm se espalhando por diversos países árabes e muçulmanos. Eles tiveram início na Tunísia em dezembro passado e provocaram a deposição do então presidente do país, Zine al-Abidine Ben Ali, no final de janeiro. Na semana passada, uma série de manifestações provocou a renúncia do presidente do Egito, Hosni Mubarak. Nos últimos dias, também ocorreram protestos no Barein, que já deixaram duas pessoas mortas, e manifestações no Irã, na Argélia, no Iêmen e na Jordânia. Assim como ocorreu em outros países árabes, ativistas líbios vêm convocando pela internet outros correligionários para realizar uma série de protestos pelo país nesta quinta-feira. A cidade portuária de Benghazi é atípica em relação ao restante da Líbia por ter um histórico de antagonismo com o regime de Khadafi, o governante há mais tempo no poder no mundo árabe. Muitos moradores locais não apoiaram o líder do país, quando Khadafi chegou ao poder por meio de um golpe militar, em 1969. Correspondentes e analistas da BBC apontam que é improvável que o líder líbio seja deposto em breve, mas o episódio em Benghazi deve preocupar as autoridades. A Líbia já teve manifestações antigoverno prévias, reprimidas com sucesso pelas forças de segurança, mas isso foi antes da atual onda de protestos que estão abalando líderes autocratas em países árabes. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Manifestantes partidários de Khadafi se reuniram em Trípoli (AFP) Cerca de 40 pessoas teriam ficado feridas durante manifestações nesta quarta-feira envolvendo manifestantes de oposição, ativistas pró-governo e a polícia na cidade de Benghazi, a segunda maior da Líbia, no leste do país. Segundo testemunhas, em um momento havia até 2 mil pessoas envolvidas nos protestos durante a noite na cidade, com uma marcha dos manifestantes nos escritórios do governo em Benghazi, a cerca de mil quilômetros da capital, Trípoli. Os manifestantes teriam atirado pedras e bombas de gasolina e incendiado veículos. As testemunhas afirmaram que a polícia disparou balas de borracha e canhões d'água para dispersar a multidão. "Algumas pessoas começaram a cantar palavras de ordem contra o governo, e a multidão acompanhou", disse uma testemunha que não quis se identificar à BBC. "Mas então, aconteceram os choques com os partidários do governo e depois os partidários do governo se dispersaram e os serviços de segurança chegaram e dispersaram a multidão com canhões d'água quente", acrescentou. Prisão Testemunhas disseram à BBC que a tensão foi desencadeada pela prisão de Fathi Terbil, um advogado e notório crítico do líder líbio Muamar Khadafi que representa as famílias de vítimas do suposto massacre realizado por forças de segurança no presídio de Abu Slim, em Trípoli, em 1996. Mais de mil prisioneiros foram mortos na ação de forças de segurança, em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas. O presídio abriga opositores do governo e militantes islâmicos. Na terça-feira, uma multidão que conta com parentes na prisão marchou até a sede do governo local para exigir a libertação de Terbil, segundo o jornal líbio Quryna. De acordo com o jornal, uma autoridade local teria concordado em libertá-lo, mas os manifestantes seguiram de toda maneira para a praça Shajara, a principal da cidade, onde enfrentaram a polícia e correligionários do governo. Os manifestantes depois foram dispersados e a praça foi tomada por ativistas governistas que ocuparam o local até quarta-feira de manhã. Declaração Em uma declaração divulgada depois dos confrontos, uma autoridade do governo da Líbia afirmou que o governo "não vai permitir que um grupo de pessoas se movimente, noite e dia, e brinque com a segurança da Líbia". "Nós não vamos permitir isto e pedimos que todos os líbios façam suas reclamações pelos canais já existentes, mesmo se for para pedir a queda do governo", disse a autoridade que não foi identificada. Não há relatos independentes sobre o número de participantes nos protestos em Benghazi. A televisão estatal líbia mostrou demonstrações em várias cidades, que seriam a favor de Khadafi. Os confrontos ocorrem um dia antes de uma grande manifestação que está sendo planejada para esta quinta-feira na Líbia, chamada de "Dia da Fúria". Os organizadores estão usando redes sociais pela internet para planejar o protesto. Incidentes raros Manifestações pela democracia tem ocorrido em vários países árabes e levaram até à queda dos presidentes da Tunísia e do Egito. Mas os protestos desta quarta-feira são uma rara demonstração de insatisfação na Líbia, onde a oposição raramente é tolerada. Manifestações pró-democracia vêm se espalhando por diversos países árabes e muçulmanos. Eles tiveram início na Tunísia em dezembro passado e provocaram a deposição do então presidente do país, Zine al-Abidine Ben Ali, no final de janeiro. Na semana passada, uma série de manifestações provocou a renúncia do presidente do Egito, Hosni Mubarak. Nos últimos dias, também ocorreram protestos no Barein, que já deixaram duas pessoas mortas, e manifestações no Irã, na Argélia, no Iêmen e na Jordânia. Assim como ocorreu em outros países árabes, ativistas líbios vêm convocando pela internet outros correligionários para realizar uma série de protestos pelo país nesta quinta-feira. A cidade portuária de Benghazi é atípica em relação ao restante da Líbia por ter um histórico de antagonismo com o regime de Khadafi, o governante há mais tempo no poder no mundo árabe. Muitos moradores locais não apoiaram o líder do país, quando Khadafi chegou ao poder por meio de um golpe militar, em 1969. Correspondentes e analistas da BBC apontam que é improvável que o líder líbio seja deposto em breve, mas o episódio em Benghazi deve preocupar as autoridades. A Líbia já teve manifestações antigoverno prévias, reprimidas com sucesso pelas forças de segurança, mas isso foi antes da atual onda de protestos que estão abalando líderes autocratas em países árabes. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Manifestantes partidários de Khadafi se reuniram em Trípoli (AFP) Cerca de 40 pessoas teriam ficado feridas durante manifestações nesta quarta-feira envolvendo manifestantes de oposição, ativistas pró-governo e a polícia na cidade de Benghazi, a segunda maior da Líbia, no leste do país. Segundo testemunhas, em um momento havia até 2 mil pessoas envolvidas nos protestos durante a noite na cidade, com uma marcha dos manifestantes nos escritórios do governo em Benghazi, a cerca de mil quilômetros da capital, Trípoli. Os manifestantes teriam atirado pedras e bombas de gasolina e incendiado veículos. As testemunhas afirmaram que a polícia disparou balas de borracha e canhões d'água para dispersar a multidão. "Algumas pessoas começaram a cantar palavras de ordem contra o governo, e a multidão acompanhou", disse uma testemunha que não quis se identificar à BBC. "Mas então, aconteceram os choques com os partidários do governo e depois os partidários do governo se dispersaram e os serviços de segurança chegaram e dispersaram a multidão com canhões d'água quente", acrescentou. Prisão Testemunhas disseram à BBC que a tensão foi desencadeada pela prisão de Fathi Terbil, um advogado e notório crítico do líder líbio Muamar Khadafi que representa as famílias de vítimas do suposto massacre realizado por forças de segurança no presídio de Abu Slim, em Trípoli, em 1996. Mais de mil prisioneiros foram mortos na ação de forças de segurança, em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas. O presídio abriga opositores do governo e militantes islâmicos. Na terça-feira, uma multidão que conta com parentes na prisão marchou até a sede do governo local para exigir a libertação de Terbil, segundo o jornal líbio Quryna. De acordo com o jornal, uma autoridade local teria concordado em libertá-lo, mas os manifestantes seguiram de toda maneira para a praça Shajara, a principal da cidade, onde enfrentaram a polícia e correligionários do governo. Os manifestantes depois foram dispersados e a praça foi tomada por ativistas governistas que ocuparam o local até quarta-feira de manhã. Declaração Em uma declaração divulgada depois dos confrontos, uma autoridade do governo da Líbia afirmou que o governo "não vai permitir que um grupo de pessoas se movimente, noite e dia, e brinque com a segurança da Líbia". "Nós não vamos permitir isto e pedimos que todos os líbios façam suas reclamações pelos canais já existentes, mesmo se for para pedir a queda do governo", disse a autoridade que não foi identificada. Não há relatos independentes sobre o número de participantes nos protestos em Benghazi. A televisão estatal líbia mostrou demonstrações em várias cidades, que seriam a favor de Khadafi. Os confrontos ocorrem um dia antes de uma grande manifestação que está sendo planejada para esta quinta-feira na Líbia, chamada de "Dia da Fúria". Os organizadores estão usando redes sociais pela internet para planejar o protesto. Incidentes raros Manifestações pela democracia tem ocorrido em vários países árabes e levaram até à queda dos presidentes da Tunísia e do Egito. Mas os protestos desta quarta-feira são uma rara demonstração de insatisfação na Líbia, onde a oposição raramente é tolerada. Manifestações pró-democracia vêm se espalhando por diversos países árabes e muçulmanos. Eles tiveram início na Tunísia em dezembro passado e provocaram a deposição do então presidente do país, Zine al-Abidine Ben Ali, no final de janeiro. Na semana passada, uma série de manifestações provocou a renúncia do presidente do Egito, Hosni Mubarak. Nos últimos dias, também ocorreram protestos no Barein, que já deixaram duas pessoas mortas, e manifestações no Irã, na Argélia, no Iêmen e na Jordânia. Assim como ocorreu em outros países árabes, ativistas líbios vêm convocando pela internet outros correligionários para realizar uma série de protestos pelo país nesta quinta-feira. A cidade portuária de Benghazi é atípica em relação ao restante da Líbia por ter um histórico de antagonismo com o regime de Khadafi, o governante há mais tempo no poder no mundo árabe. Muitos moradores locais não apoiaram o líder do país, quando Khadafi chegou ao poder por meio de um golpe militar, em 1969. Correspondentes e analistas da BBC apontam que é improvável que o líder líbio seja deposto em breve, mas o episódio em Benghazi deve preocupar as autoridades. A Líbia já teve manifestações antigoverno prévias, reprimidas com sucesso pelas forças de segurança, mas isso foi antes da atual onda de protestos que estão abalando líderes autocratas em países árabes. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.