Construção de muro para separar duas cidades gera polêmica na Argentina


Para prefeito do município de San Isidro paredão evitará entrada de 'criminosos' de cidade vizinha.

Por Marcia Carmo

O início da construção de um muro de 250 metros de comprimento para separar as cidades de San Isidro e San Fernando, na província de Buenos Aires, tem causado polêmica na Argentina. A instalação do paredão foi determinada pelo prefeito de San Isidro, Gustavo Posse, que argumenta que o muro vai aumentar a segurança em seu município. Segundo o prefeito, o muro servirá para barrar a entrada de criminosos nos bairros nobres de San Isidro. "Cerca de 80% dos crimes cometidos em nossa cidade são de autoria de pessoas de outros municípios. Nossa cidade é muito segura, mas para que esta segurança seja mantida, precisamos destes corredores de segurança", afirmou Posse ao canal 13 de televisão. O prefeito afirmou ainda que "dentro da lei, fará de tudo para proteger os moradores". Polêmica O início da construção do paredão fez com que a prefeitura da vizinha San Fernando entrasse com uma ação na justiça contra o muro. Em declarações à imprensa argentina, o prefeito de San Fernando, Gerardo Amieiro, classificou o muro como "discriminatório" e "vergonhoso". Amieiro também afirmou que "em vez de dividir, é preciso construir mais cidades". Um grupo de jovens de San Fernando tentou arrancar a parte já construída, mas não obteve sucesso. Os governos da Argentina e da Província de Buenos Aires também reagiram contra a medida, e solicitaram que o paredão não seja construído. O chefe de Gabinete da Presidência argentina, Sergio Mazza, afirmou que "em vez de erguer muros, é preciso abrir estradas" e "evitar discriminações". A secretária de Assuntos Municipais do Ministério do Interior, Raquel C. Kismer de Olmos, enviou uma carta ao prefeito de San Isidro solicitando que ele interrompa as obras. "Trata-se de uma decisão incorreta, que atenta contra a democracia, a Constituição nacional e a convivência", afirmou. Segundo ela, a construção é baseada "em um suposto sentimento de segurança dificilmente comprovável". Por sua vez, o governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, classificou o muro como um "erro" e "símbolo da discriminação". Ao saber das afirmações do governador, o prefeito de San Isidro afirmou que o paredão é uma resposta ao fato de o governo da Província não conseguir garantir a segurança na região. Mesmo com a polêmica, o prefeito de San Isidro reiterou que não pretende interromper as obras. Rio de Janeiro A situação levou a emissora de televisão TN(Todo Notícias) a comparar a polêmica com os muros que começaram a ser erguidos em favelas cariocas pelo governo do Estado do Rio de Janeiro. Na metade da tela, o canal de TV exibiu imagens do Rio de Janeiro, enquanto a outra metade mostrava o muro branco de San Isidro pichado com frases como "somos iguais" e "ditador sangrento". As localidades de San Isidro e San Fernando, no norte de Buenos Aires, concentram residentes de alto poder aquisitivo. Porém, as duas cidades também possuem bairros sem saneamento básico e com altos índices de pobreza. O muro, de 250 metros, foi planejado, segundo a imprensa local, para aumentar a segurança do bairro de classe alta La Horqueta, em San Isidro, e para evitar que os moradores do bairro carente de Villa Jardín, em San Fernando, caminhem no local. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O início da construção de um muro de 250 metros de comprimento para separar as cidades de San Isidro e San Fernando, na província de Buenos Aires, tem causado polêmica na Argentina. A instalação do paredão foi determinada pelo prefeito de San Isidro, Gustavo Posse, que argumenta que o muro vai aumentar a segurança em seu município. Segundo o prefeito, o muro servirá para barrar a entrada de criminosos nos bairros nobres de San Isidro. "Cerca de 80% dos crimes cometidos em nossa cidade são de autoria de pessoas de outros municípios. Nossa cidade é muito segura, mas para que esta segurança seja mantida, precisamos destes corredores de segurança", afirmou Posse ao canal 13 de televisão. O prefeito afirmou ainda que "dentro da lei, fará de tudo para proteger os moradores". Polêmica O início da construção do paredão fez com que a prefeitura da vizinha San Fernando entrasse com uma ação na justiça contra o muro. Em declarações à imprensa argentina, o prefeito de San Fernando, Gerardo Amieiro, classificou o muro como "discriminatório" e "vergonhoso". Amieiro também afirmou que "em vez de dividir, é preciso construir mais cidades". Um grupo de jovens de San Fernando tentou arrancar a parte já construída, mas não obteve sucesso. Os governos da Argentina e da Província de Buenos Aires também reagiram contra a medida, e solicitaram que o paredão não seja construído. O chefe de Gabinete da Presidência argentina, Sergio Mazza, afirmou que "em vez de erguer muros, é preciso abrir estradas" e "evitar discriminações". A secretária de Assuntos Municipais do Ministério do Interior, Raquel C. Kismer de Olmos, enviou uma carta ao prefeito de San Isidro solicitando que ele interrompa as obras. "Trata-se de uma decisão incorreta, que atenta contra a democracia, a Constituição nacional e a convivência", afirmou. Segundo ela, a construção é baseada "em um suposto sentimento de segurança dificilmente comprovável". Por sua vez, o governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, classificou o muro como um "erro" e "símbolo da discriminação". Ao saber das afirmações do governador, o prefeito de San Isidro afirmou que o paredão é uma resposta ao fato de o governo da Província não conseguir garantir a segurança na região. Mesmo com a polêmica, o prefeito de San Isidro reiterou que não pretende interromper as obras. Rio de Janeiro A situação levou a emissora de televisão TN(Todo Notícias) a comparar a polêmica com os muros que começaram a ser erguidos em favelas cariocas pelo governo do Estado do Rio de Janeiro. Na metade da tela, o canal de TV exibiu imagens do Rio de Janeiro, enquanto a outra metade mostrava o muro branco de San Isidro pichado com frases como "somos iguais" e "ditador sangrento". As localidades de San Isidro e San Fernando, no norte de Buenos Aires, concentram residentes de alto poder aquisitivo. Porém, as duas cidades também possuem bairros sem saneamento básico e com altos índices de pobreza. O muro, de 250 metros, foi planejado, segundo a imprensa local, para aumentar a segurança do bairro de classe alta La Horqueta, em San Isidro, e para evitar que os moradores do bairro carente de Villa Jardín, em San Fernando, caminhem no local. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O início da construção de um muro de 250 metros de comprimento para separar as cidades de San Isidro e San Fernando, na província de Buenos Aires, tem causado polêmica na Argentina. A instalação do paredão foi determinada pelo prefeito de San Isidro, Gustavo Posse, que argumenta que o muro vai aumentar a segurança em seu município. Segundo o prefeito, o muro servirá para barrar a entrada de criminosos nos bairros nobres de San Isidro. "Cerca de 80% dos crimes cometidos em nossa cidade são de autoria de pessoas de outros municípios. Nossa cidade é muito segura, mas para que esta segurança seja mantida, precisamos destes corredores de segurança", afirmou Posse ao canal 13 de televisão. O prefeito afirmou ainda que "dentro da lei, fará de tudo para proteger os moradores". Polêmica O início da construção do paredão fez com que a prefeitura da vizinha San Fernando entrasse com uma ação na justiça contra o muro. Em declarações à imprensa argentina, o prefeito de San Fernando, Gerardo Amieiro, classificou o muro como "discriminatório" e "vergonhoso". Amieiro também afirmou que "em vez de dividir, é preciso construir mais cidades". Um grupo de jovens de San Fernando tentou arrancar a parte já construída, mas não obteve sucesso. Os governos da Argentina e da Província de Buenos Aires também reagiram contra a medida, e solicitaram que o paredão não seja construído. O chefe de Gabinete da Presidência argentina, Sergio Mazza, afirmou que "em vez de erguer muros, é preciso abrir estradas" e "evitar discriminações". A secretária de Assuntos Municipais do Ministério do Interior, Raquel C. Kismer de Olmos, enviou uma carta ao prefeito de San Isidro solicitando que ele interrompa as obras. "Trata-se de uma decisão incorreta, que atenta contra a democracia, a Constituição nacional e a convivência", afirmou. Segundo ela, a construção é baseada "em um suposto sentimento de segurança dificilmente comprovável". Por sua vez, o governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, classificou o muro como um "erro" e "símbolo da discriminação". Ao saber das afirmações do governador, o prefeito de San Isidro afirmou que o paredão é uma resposta ao fato de o governo da Província não conseguir garantir a segurança na região. Mesmo com a polêmica, o prefeito de San Isidro reiterou que não pretende interromper as obras. Rio de Janeiro A situação levou a emissora de televisão TN(Todo Notícias) a comparar a polêmica com os muros que começaram a ser erguidos em favelas cariocas pelo governo do Estado do Rio de Janeiro. Na metade da tela, o canal de TV exibiu imagens do Rio de Janeiro, enquanto a outra metade mostrava o muro branco de San Isidro pichado com frases como "somos iguais" e "ditador sangrento". As localidades de San Isidro e San Fernando, no norte de Buenos Aires, concentram residentes de alto poder aquisitivo. Porém, as duas cidades também possuem bairros sem saneamento básico e com altos índices de pobreza. O muro, de 250 metros, foi planejado, segundo a imprensa local, para aumentar a segurança do bairro de classe alta La Horqueta, em San Isidro, e para evitar que os moradores do bairro carente de Villa Jardín, em San Fernando, caminhem no local. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

O início da construção de um muro de 250 metros de comprimento para separar as cidades de San Isidro e San Fernando, na província de Buenos Aires, tem causado polêmica na Argentina. A instalação do paredão foi determinada pelo prefeito de San Isidro, Gustavo Posse, que argumenta que o muro vai aumentar a segurança em seu município. Segundo o prefeito, o muro servirá para barrar a entrada de criminosos nos bairros nobres de San Isidro. "Cerca de 80% dos crimes cometidos em nossa cidade são de autoria de pessoas de outros municípios. Nossa cidade é muito segura, mas para que esta segurança seja mantida, precisamos destes corredores de segurança", afirmou Posse ao canal 13 de televisão. O prefeito afirmou ainda que "dentro da lei, fará de tudo para proteger os moradores". Polêmica O início da construção do paredão fez com que a prefeitura da vizinha San Fernando entrasse com uma ação na justiça contra o muro. Em declarações à imprensa argentina, o prefeito de San Fernando, Gerardo Amieiro, classificou o muro como "discriminatório" e "vergonhoso". Amieiro também afirmou que "em vez de dividir, é preciso construir mais cidades". Um grupo de jovens de San Fernando tentou arrancar a parte já construída, mas não obteve sucesso. Os governos da Argentina e da Província de Buenos Aires também reagiram contra a medida, e solicitaram que o paredão não seja construído. O chefe de Gabinete da Presidência argentina, Sergio Mazza, afirmou que "em vez de erguer muros, é preciso abrir estradas" e "evitar discriminações". A secretária de Assuntos Municipais do Ministério do Interior, Raquel C. Kismer de Olmos, enviou uma carta ao prefeito de San Isidro solicitando que ele interrompa as obras. "Trata-se de uma decisão incorreta, que atenta contra a democracia, a Constituição nacional e a convivência", afirmou. Segundo ela, a construção é baseada "em um suposto sentimento de segurança dificilmente comprovável". Por sua vez, o governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, classificou o muro como um "erro" e "símbolo da discriminação". Ao saber das afirmações do governador, o prefeito de San Isidro afirmou que o paredão é uma resposta ao fato de o governo da Província não conseguir garantir a segurança na região. Mesmo com a polêmica, o prefeito de San Isidro reiterou que não pretende interromper as obras. Rio de Janeiro A situação levou a emissora de televisão TN(Todo Notícias) a comparar a polêmica com os muros que começaram a ser erguidos em favelas cariocas pelo governo do Estado do Rio de Janeiro. Na metade da tela, o canal de TV exibiu imagens do Rio de Janeiro, enquanto a outra metade mostrava o muro branco de San Isidro pichado com frases como "somos iguais" e "ditador sangrento". As localidades de San Isidro e San Fernando, no norte de Buenos Aires, concentram residentes de alto poder aquisitivo. Porém, as duas cidades também possuem bairros sem saneamento básico e com altos índices de pobreza. O muro, de 250 metros, foi planejado, segundo a imprensa local, para aumentar a segurança do bairro de classe alta La Horqueta, em San Isidro, e para evitar que os moradores do bairro carente de Villa Jardín, em San Fernando, caminhem no local. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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