Corte culpa força da ONU por massacre na Bósnia


Juízes condenam governo holandês após considerar que seus capacetes azuis não evitaram ataque sérvio que matou 8 mil em Srebrenica

Por Jamil Chade

CORRESPONDENTE / GENEBRA O Estado holandês foi condenado ontem pela Justiça do país pela morte de três bósnios muçulmanos no massacre de Srebrenica, durante a Guerra da Bósnia (1992-1995). Um tribunal local decidiu que a missão da paz da ONU que defendia o local, composta por soldados holandeses, falhou em evitar as mortes. A responsabilidade do Ocidente no massacre ainda é um tema delicado para a ONU e para a Holanda. Em um primeiro julgamento, uma corte em Haia tinha isentado Amsterdã de qualquer responsabilidade, já que os soldados estavam sob o mandato da ONU. Agora, 16 anos depois do crime, o entendimento da Justiça holandesa mudou. O governo holandês foi condenado a pagar compensações pelas mortes, o que para muitas famílias das 8 mil vítimas abre portas para novos processos."Os soldados holandeses foram testemunhas de múltiplos incidentes e mortes de refugiados fora do acampamento. Os holandeses, portanto, sabiam que esses homens estariam sob grande ameaça se fossem autorizados a deixar o local", afirmou a corte em um comunicado.A ONU havia assegurado que o enclave muçulmano no leste da Bósnia seria protegido e o declarou como "área segura", mas os soldados foram retirados antes da invasão. Depois da tomada de Srebrenica pelos sérvios, os soldados holandeses receberam 5 mil refugiados em seu acampamento. Famílias de três das vítimas entraram com o processo. Elas pediram à ONU permissões para que seus parentes que ainda estavam em Srebrenica pudessem se refugiar na base, mas tiveram seus pedidos negados. Para eles, a atitude dos soldados da ONU colaborou para o genocídio, o maior da Europa desde a 2.ª Guerra. Otimismo. A decisão foi elogiada pelo grupo Mães de Srebrenica, que também abriu um caso contra a ONU nos tribunais da Holanda, rejeitado por causa da imunidade de que desfruta a entidade internacional. "Finalmente a Justiça está chegando aos mortos de Srebrenica", afirmou a presidente do grupo, Munira Subasic. "Do ponto de vista político, o tema é ainda muito delicado. Mas a sentença é importante para permitir que casos similares possam ser abertos", disse a advogada das famílias, Liesbeth Zegveld.Na Holanda, o massacre é um tema delicado. Em 2002, o governo chegou a cair depois que um informe oficial revelou que a Holanda era "responsável, mas não culpada" pela retirada de soldados de Srebrenica. A decisão coincide com o julgamento em Haia do principal acusado pelo massacre, o ex-general servo-bósnio Ratko Mladic.PARA ENTENDERDespreparada, tropa falhouA serviço das Nações Unidas, a Holanda enviou 600 funcionários do Exército, incluindo 300 soldados, para garantir a segurança dos habitantes muçulmanos de Srebrenica acossados pelos servo-bósnios em 1995. Sob pressão dos sérvios e sem mandato internacional claro, os soldados holandeses deixaram suas posições e abandonaram os muçulmanos sem oferecer resistência. O governo e os militares holandeses teriam aceitado a missão motivados pelo prestígio político, mas teriam deixado os militares despreparados, sem equipamentos adequados, para defender a cidade.

 

CORRESPONDENTE / GENEBRA O Estado holandês foi condenado ontem pela Justiça do país pela morte de três bósnios muçulmanos no massacre de Srebrenica, durante a Guerra da Bósnia (1992-1995). Um tribunal local decidiu que a missão da paz da ONU que defendia o local, composta por soldados holandeses, falhou em evitar as mortes. A responsabilidade do Ocidente no massacre ainda é um tema delicado para a ONU e para a Holanda. Em um primeiro julgamento, uma corte em Haia tinha isentado Amsterdã de qualquer responsabilidade, já que os soldados estavam sob o mandato da ONU. Agora, 16 anos depois do crime, o entendimento da Justiça holandesa mudou. O governo holandês foi condenado a pagar compensações pelas mortes, o que para muitas famílias das 8 mil vítimas abre portas para novos processos."Os soldados holandeses foram testemunhas de múltiplos incidentes e mortes de refugiados fora do acampamento. Os holandeses, portanto, sabiam que esses homens estariam sob grande ameaça se fossem autorizados a deixar o local", afirmou a corte em um comunicado.A ONU havia assegurado que o enclave muçulmano no leste da Bósnia seria protegido e o declarou como "área segura", mas os soldados foram retirados antes da invasão. Depois da tomada de Srebrenica pelos sérvios, os soldados holandeses receberam 5 mil refugiados em seu acampamento. Famílias de três das vítimas entraram com o processo. Elas pediram à ONU permissões para que seus parentes que ainda estavam em Srebrenica pudessem se refugiar na base, mas tiveram seus pedidos negados. Para eles, a atitude dos soldados da ONU colaborou para o genocídio, o maior da Europa desde a 2.ª Guerra. Otimismo. A decisão foi elogiada pelo grupo Mães de Srebrenica, que também abriu um caso contra a ONU nos tribunais da Holanda, rejeitado por causa da imunidade de que desfruta a entidade internacional. "Finalmente a Justiça está chegando aos mortos de Srebrenica", afirmou a presidente do grupo, Munira Subasic. "Do ponto de vista político, o tema é ainda muito delicado. Mas a sentença é importante para permitir que casos similares possam ser abertos", disse a advogada das famílias, Liesbeth Zegveld.Na Holanda, o massacre é um tema delicado. Em 2002, o governo chegou a cair depois que um informe oficial revelou que a Holanda era "responsável, mas não culpada" pela retirada de soldados de Srebrenica. A decisão coincide com o julgamento em Haia do principal acusado pelo massacre, o ex-general servo-bósnio Ratko Mladic.PARA ENTENDERDespreparada, tropa falhouA serviço das Nações Unidas, a Holanda enviou 600 funcionários do Exército, incluindo 300 soldados, para garantir a segurança dos habitantes muçulmanos de Srebrenica acossados pelos servo-bósnios em 1995. Sob pressão dos sérvios e sem mandato internacional claro, os soldados holandeses deixaram suas posições e abandonaram os muçulmanos sem oferecer resistência. O governo e os militares holandeses teriam aceitado a missão motivados pelo prestígio político, mas teriam deixado os militares despreparados, sem equipamentos adequados, para defender a cidade.

 

CORRESPONDENTE / GENEBRA O Estado holandês foi condenado ontem pela Justiça do país pela morte de três bósnios muçulmanos no massacre de Srebrenica, durante a Guerra da Bósnia (1992-1995). Um tribunal local decidiu que a missão da paz da ONU que defendia o local, composta por soldados holandeses, falhou em evitar as mortes. A responsabilidade do Ocidente no massacre ainda é um tema delicado para a ONU e para a Holanda. Em um primeiro julgamento, uma corte em Haia tinha isentado Amsterdã de qualquer responsabilidade, já que os soldados estavam sob o mandato da ONU. Agora, 16 anos depois do crime, o entendimento da Justiça holandesa mudou. O governo holandês foi condenado a pagar compensações pelas mortes, o que para muitas famílias das 8 mil vítimas abre portas para novos processos."Os soldados holandeses foram testemunhas de múltiplos incidentes e mortes de refugiados fora do acampamento. Os holandeses, portanto, sabiam que esses homens estariam sob grande ameaça se fossem autorizados a deixar o local", afirmou a corte em um comunicado.A ONU havia assegurado que o enclave muçulmano no leste da Bósnia seria protegido e o declarou como "área segura", mas os soldados foram retirados antes da invasão. Depois da tomada de Srebrenica pelos sérvios, os soldados holandeses receberam 5 mil refugiados em seu acampamento. Famílias de três das vítimas entraram com o processo. Elas pediram à ONU permissões para que seus parentes que ainda estavam em Srebrenica pudessem se refugiar na base, mas tiveram seus pedidos negados. Para eles, a atitude dos soldados da ONU colaborou para o genocídio, o maior da Europa desde a 2.ª Guerra. Otimismo. A decisão foi elogiada pelo grupo Mães de Srebrenica, que também abriu um caso contra a ONU nos tribunais da Holanda, rejeitado por causa da imunidade de que desfruta a entidade internacional. "Finalmente a Justiça está chegando aos mortos de Srebrenica", afirmou a presidente do grupo, Munira Subasic. "Do ponto de vista político, o tema é ainda muito delicado. Mas a sentença é importante para permitir que casos similares possam ser abertos", disse a advogada das famílias, Liesbeth Zegveld.Na Holanda, o massacre é um tema delicado. Em 2002, o governo chegou a cair depois que um informe oficial revelou que a Holanda era "responsável, mas não culpada" pela retirada de soldados de Srebrenica. A decisão coincide com o julgamento em Haia do principal acusado pelo massacre, o ex-general servo-bósnio Ratko Mladic.PARA ENTENDERDespreparada, tropa falhouA serviço das Nações Unidas, a Holanda enviou 600 funcionários do Exército, incluindo 300 soldados, para garantir a segurança dos habitantes muçulmanos de Srebrenica acossados pelos servo-bósnios em 1995. Sob pressão dos sérvios e sem mandato internacional claro, os soldados holandeses deixaram suas posições e abandonaram os muçulmanos sem oferecer resistência. O governo e os militares holandeses teriam aceitado a missão motivados pelo prestígio político, mas teriam deixado os militares despreparados, sem equipamentos adequados, para defender a cidade.

 

CORRESPONDENTE / GENEBRA O Estado holandês foi condenado ontem pela Justiça do país pela morte de três bósnios muçulmanos no massacre de Srebrenica, durante a Guerra da Bósnia (1992-1995). Um tribunal local decidiu que a missão da paz da ONU que defendia o local, composta por soldados holandeses, falhou em evitar as mortes. A responsabilidade do Ocidente no massacre ainda é um tema delicado para a ONU e para a Holanda. Em um primeiro julgamento, uma corte em Haia tinha isentado Amsterdã de qualquer responsabilidade, já que os soldados estavam sob o mandato da ONU. Agora, 16 anos depois do crime, o entendimento da Justiça holandesa mudou. O governo holandês foi condenado a pagar compensações pelas mortes, o que para muitas famílias das 8 mil vítimas abre portas para novos processos."Os soldados holandeses foram testemunhas de múltiplos incidentes e mortes de refugiados fora do acampamento. Os holandeses, portanto, sabiam que esses homens estariam sob grande ameaça se fossem autorizados a deixar o local", afirmou a corte em um comunicado.A ONU havia assegurado que o enclave muçulmano no leste da Bósnia seria protegido e o declarou como "área segura", mas os soldados foram retirados antes da invasão. Depois da tomada de Srebrenica pelos sérvios, os soldados holandeses receberam 5 mil refugiados em seu acampamento. Famílias de três das vítimas entraram com o processo. Elas pediram à ONU permissões para que seus parentes que ainda estavam em Srebrenica pudessem se refugiar na base, mas tiveram seus pedidos negados. Para eles, a atitude dos soldados da ONU colaborou para o genocídio, o maior da Europa desde a 2.ª Guerra. Otimismo. A decisão foi elogiada pelo grupo Mães de Srebrenica, que também abriu um caso contra a ONU nos tribunais da Holanda, rejeitado por causa da imunidade de que desfruta a entidade internacional. "Finalmente a Justiça está chegando aos mortos de Srebrenica", afirmou a presidente do grupo, Munira Subasic. "Do ponto de vista político, o tema é ainda muito delicado. Mas a sentença é importante para permitir que casos similares possam ser abertos", disse a advogada das famílias, Liesbeth Zegveld.Na Holanda, o massacre é um tema delicado. Em 2002, o governo chegou a cair depois que um informe oficial revelou que a Holanda era "responsável, mas não culpada" pela retirada de soldados de Srebrenica. A decisão coincide com o julgamento em Haia do principal acusado pelo massacre, o ex-general servo-bósnio Ratko Mladic.PARA ENTENDERDespreparada, tropa falhouA serviço das Nações Unidas, a Holanda enviou 600 funcionários do Exército, incluindo 300 soldados, para garantir a segurança dos habitantes muçulmanos de Srebrenica acossados pelos servo-bósnios em 1995. Sob pressão dos sérvios e sem mandato internacional claro, os soldados holandeses deixaram suas posições e abandonaram os muçulmanos sem oferecer resistência. O governo e os militares holandeses teriam aceitado a missão motivados pelo prestígio político, mas teriam deixado os militares despreparados, sem equipamentos adequados, para defender a cidade.

 

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