Crise na Espanha assusta bancos e empresas da região


Ações de instituições financeiras caem e empresas dizem que independência traria ‘situação complexa’

Por Jamil Chade, Correspondente e Genebra

A insistência por parte do governo da Catalunha de declarar unilateralmente a independência da região na segunda-feira causou nesta quarta-feira, 4, uma forte turbulência no mercado financeiro, obrigou empresas a implementar planos de contingência e provocou temores sobre os bancos estabelecidos em território catalão. 

Policial espanhol usa cassetete para dispersar catalães nas proximidades de centro de votação em Barcelona, no domingo Foto: AP Photo/Manu Fernandez

No centro da instabilidade estão as instituições financeiras, com a Bolsa de Madri chegando a perder 2,85%, o pior resultado em mais de um ano. O Caixabank, maior banco catalão, foi obrigado a emitir um comunicado para garantir a seus clientes que seus depósitos estavam assegurados depois de ver uma queda de quase 6% em suas ações ontem. Na segunda-feira, a perda já havia atingido 4,4%. 

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Governo catalão divulgou falso número de feridos durante plebiscito, diz 'El País'

Já o Sabadell, quinto maior banco da Espanha, perdeu mais de 5%. “Temos mecanismos e tomaremos as medidas necessárias para continuar a operar normalmente dentro da zona do euro”, afirmou o presidente da instituição, Josep Oliu. 

Crise. O impacto acabou sendo sentido em todo o sistema financeiro espanhol, com perdas de 3,1%, no caso do Santander, 3,6%, no BBVA, e taxas similares para os demais até meados do dia. O risco-país da Espanha subiu. 

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A desconfiança nesses bancos não se limitada às bolsas. Ao Estado, o gerente de uma agência do BBVA na região metropolitana de Barcelona apontou que tem recebido um número inédito de pedidos de abertura de contas por parte de pequenos empresários da Catalunha que tinham seus depósitos em bancos locais. 

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O dia de greve geral contra a violência policial no domingo, dia do referendo de autodeterminação da Catalunha, mobilizou cerca de 700 mil pessoas em Barcelona nesta terça-feira. Transportes, bancos, instituições oficiais do governo catalão e o pequeno comércio pararam de funcionar.

A turbulência levou o ministro de Economia da Espanha, Luis de Guindos, a fazer uma declaração para tentar acalmar os mercados. “Os bancos catalães são bancos espanhóis e europeus, são entidades sólidas e seus clientes não têm nada a temer”, disse. “Estamos vivendo tempos de muito ruído e confusão. Mas a evolução da economia catalã é positiva, por enquanto.”

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O mercado ainda registrou um salto de 30% nas ações da Oryzon Genomics, maior empresa de biotecnologia de Barcelona, que anunciou que está transferindo sua sede para Madri. Oficialmente, a empresa se limita a dizer que a decisão foi tomada em razão da necessidade de “otimizar as operações e as relações com investidores”. 

+ Entenda o movimento de independência da Catalunha

Preocupação. Região mais rica da Espanha e com um PIB superior ao de Portugal ou da Grécia, a Catalunha é, em grande parte, responsável ainda pela atividade industrial do país. No entanto, ontem, as grandes empresas catalãs deixaram claro que o processo de independência está provocando “forte preocupação”. 

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Para o Círculo de Economia, grupo que reúne as maiores associações industriais, uma declaração unilateral de independência da Catalunha causaria “uma situação extremamente complexa e consequências desconhecidas” para o país. Nesta semana, reunidas na cidade de Toledo, entidades que representam empresas familiares também pediram uma “solução urgente” para a crise política na Espanha.

A insistência por parte do governo da Catalunha de declarar unilateralmente a independência da região na segunda-feira causou nesta quarta-feira, 4, uma forte turbulência no mercado financeiro, obrigou empresas a implementar planos de contingência e provocou temores sobre os bancos estabelecidos em território catalão. 

Policial espanhol usa cassetete para dispersar catalães nas proximidades de centro de votação em Barcelona, no domingo Foto: AP Photo/Manu Fernandez

No centro da instabilidade estão as instituições financeiras, com a Bolsa de Madri chegando a perder 2,85%, o pior resultado em mais de um ano. O Caixabank, maior banco catalão, foi obrigado a emitir um comunicado para garantir a seus clientes que seus depósitos estavam assegurados depois de ver uma queda de quase 6% em suas ações ontem. Na segunda-feira, a perda já havia atingido 4,4%. 

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Já o Sabadell, quinto maior banco da Espanha, perdeu mais de 5%. “Temos mecanismos e tomaremos as medidas necessárias para continuar a operar normalmente dentro da zona do euro”, afirmou o presidente da instituição, Josep Oliu. 

Crise. O impacto acabou sendo sentido em todo o sistema financeiro espanhol, com perdas de 3,1%, no caso do Santander, 3,6%, no BBVA, e taxas similares para os demais até meados do dia. O risco-país da Espanha subiu. 

A desconfiança nesses bancos não se limitada às bolsas. Ao Estado, o gerente de uma agência do BBVA na região metropolitana de Barcelona apontou que tem recebido um número inédito de pedidos de abertura de contas por parte de pequenos empresários da Catalunha que tinham seus depósitos em bancos locais. 

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O dia de greve geral contra a violência policial no domingo, dia do referendo de autodeterminação da Catalunha, mobilizou cerca de 700 mil pessoas em Barcelona nesta terça-feira. Transportes, bancos, instituições oficiais do governo catalão e o pequeno comércio pararam de funcionar.

A turbulência levou o ministro de Economia da Espanha, Luis de Guindos, a fazer uma declaração para tentar acalmar os mercados. “Os bancos catalães são bancos espanhóis e europeus, são entidades sólidas e seus clientes não têm nada a temer”, disse. “Estamos vivendo tempos de muito ruído e confusão. Mas a evolução da economia catalã é positiva, por enquanto.”

O mercado ainda registrou um salto de 30% nas ações da Oryzon Genomics, maior empresa de biotecnologia de Barcelona, que anunciou que está transferindo sua sede para Madri. Oficialmente, a empresa se limita a dizer que a decisão foi tomada em razão da necessidade de “otimizar as operações e as relações com investidores”. 

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Preocupação. Região mais rica da Espanha e com um PIB superior ao de Portugal ou da Grécia, a Catalunha é, em grande parte, responsável ainda pela atividade industrial do país. No entanto, ontem, as grandes empresas catalãs deixaram claro que o processo de independência está provocando “forte preocupação”. 

Para o Círculo de Economia, grupo que reúne as maiores associações industriais, uma declaração unilateral de independência da Catalunha causaria “uma situação extremamente complexa e consequências desconhecidas” para o país. Nesta semana, reunidas na cidade de Toledo, entidades que representam empresas familiares também pediram uma “solução urgente” para a crise política na Espanha.

A insistência por parte do governo da Catalunha de declarar unilateralmente a independência da região na segunda-feira causou nesta quarta-feira, 4, uma forte turbulência no mercado financeiro, obrigou empresas a implementar planos de contingência e provocou temores sobre os bancos estabelecidos em território catalão. 

Policial espanhol usa cassetete para dispersar catalães nas proximidades de centro de votação em Barcelona, no domingo Foto: AP Photo/Manu Fernandez

No centro da instabilidade estão as instituições financeiras, com a Bolsa de Madri chegando a perder 2,85%, o pior resultado em mais de um ano. O Caixabank, maior banco catalão, foi obrigado a emitir um comunicado para garantir a seus clientes que seus depósitos estavam assegurados depois de ver uma queda de quase 6% em suas ações ontem. Na segunda-feira, a perda já havia atingido 4,4%. 

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Crise. O impacto acabou sendo sentido em todo o sistema financeiro espanhol, com perdas de 3,1%, no caso do Santander, 3,6%, no BBVA, e taxas similares para os demais até meados do dia. O risco-país da Espanha subiu. 

A desconfiança nesses bancos não se limitada às bolsas. Ao Estado, o gerente de uma agência do BBVA na região metropolitana de Barcelona apontou que tem recebido um número inédito de pedidos de abertura de contas por parte de pequenos empresários da Catalunha que tinham seus depósitos em bancos locais. 

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O dia de greve geral contra a violência policial no domingo, dia do referendo de autodeterminação da Catalunha, mobilizou cerca de 700 mil pessoas em Barcelona nesta terça-feira. Transportes, bancos, instituições oficiais do governo catalão e o pequeno comércio pararam de funcionar.

A turbulência levou o ministro de Economia da Espanha, Luis de Guindos, a fazer uma declaração para tentar acalmar os mercados. “Os bancos catalães são bancos espanhóis e europeus, são entidades sólidas e seus clientes não têm nada a temer”, disse. “Estamos vivendo tempos de muito ruído e confusão. Mas a evolução da economia catalã é positiva, por enquanto.”

O mercado ainda registrou um salto de 30% nas ações da Oryzon Genomics, maior empresa de biotecnologia de Barcelona, que anunciou que está transferindo sua sede para Madri. Oficialmente, a empresa se limita a dizer que a decisão foi tomada em razão da necessidade de “otimizar as operações e as relações com investidores”. 

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Preocupação. Região mais rica da Espanha e com um PIB superior ao de Portugal ou da Grécia, a Catalunha é, em grande parte, responsável ainda pela atividade industrial do país. No entanto, ontem, as grandes empresas catalãs deixaram claro que o processo de independência está provocando “forte preocupação”. 

Para o Círculo de Economia, grupo que reúne as maiores associações industriais, uma declaração unilateral de independência da Catalunha causaria “uma situação extremamente complexa e consequências desconhecidas” para o país. Nesta semana, reunidas na cidade de Toledo, entidades que representam empresas familiares também pediram uma “solução urgente” para a crise política na Espanha.

A insistência por parte do governo da Catalunha de declarar unilateralmente a independência da região na segunda-feira causou nesta quarta-feira, 4, uma forte turbulência no mercado financeiro, obrigou empresas a implementar planos de contingência e provocou temores sobre os bancos estabelecidos em território catalão. 

Policial espanhol usa cassetete para dispersar catalães nas proximidades de centro de votação em Barcelona, no domingo Foto: AP Photo/Manu Fernandez

No centro da instabilidade estão as instituições financeiras, com a Bolsa de Madri chegando a perder 2,85%, o pior resultado em mais de um ano. O Caixabank, maior banco catalão, foi obrigado a emitir um comunicado para garantir a seus clientes que seus depósitos estavam assegurados depois de ver uma queda de quase 6% em suas ações ontem. Na segunda-feira, a perda já havia atingido 4,4%. 

Governo catalão divulgou falso número de feridos durante plebiscito, diz 'El País'

Já o Sabadell, quinto maior banco da Espanha, perdeu mais de 5%. “Temos mecanismos e tomaremos as medidas necessárias para continuar a operar normalmente dentro da zona do euro”, afirmou o presidente da instituição, Josep Oliu. 

Crise. O impacto acabou sendo sentido em todo o sistema financeiro espanhol, com perdas de 3,1%, no caso do Santander, 3,6%, no BBVA, e taxas similares para os demais até meados do dia. O risco-país da Espanha subiu. 

A desconfiança nesses bancos não se limitada às bolsas. Ao Estado, o gerente de uma agência do BBVA na região metropolitana de Barcelona apontou que tem recebido um número inédito de pedidos de abertura de contas por parte de pequenos empresários da Catalunha que tinham seus depósitos em bancos locais. 

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A turbulência levou o ministro de Economia da Espanha, Luis de Guindos, a fazer uma declaração para tentar acalmar os mercados. “Os bancos catalães são bancos espanhóis e europeus, são entidades sólidas e seus clientes não têm nada a temer”, disse. “Estamos vivendo tempos de muito ruído e confusão. Mas a evolução da economia catalã é positiva, por enquanto.”

O mercado ainda registrou um salto de 30% nas ações da Oryzon Genomics, maior empresa de biotecnologia de Barcelona, que anunciou que está transferindo sua sede para Madri. Oficialmente, a empresa se limita a dizer que a decisão foi tomada em razão da necessidade de “otimizar as operações e as relações com investidores”. 

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Preocupação. Região mais rica da Espanha e com um PIB superior ao de Portugal ou da Grécia, a Catalunha é, em grande parte, responsável ainda pela atividade industrial do país. No entanto, ontem, as grandes empresas catalãs deixaram claro que o processo de independência está provocando “forte preocupação”. 

Para o Círculo de Economia, grupo que reúne as maiores associações industriais, uma declaração unilateral de independência da Catalunha causaria “uma situação extremamente complexa e consequências desconhecidas” para o país. Nesta semana, reunidas na cidade de Toledo, entidades que representam empresas familiares também pediram uma “solução urgente” para a crise política na Espanha.

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