De família secular, irmãos Kouachi agiam com discrição


Chérif e Said, de 32 e 34 anos, respectivamente, são suspeitos de invadir – mascarados e armados – os escritórios do 'Charlie Hebdo'

Por Redação

Ataque ao jornal Charlie Hebdo mata 12 em Paris

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Ataque ao jornal Charlie Hebdo na França

Foto: Jacky Naegelen/ Reuters
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Ataque ao jornal CharlieHebdo na França

Foto: Jacky Naegelen / Reuters
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Ataque ao jornal Charlie Hebdo na França

Foto: Jacky Naegelen / Reuters
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Ataque ao jornal Charlie Hebdo em Paris

Foto: AFP
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Ataque ao jornal Charlie Hebdo em Paris

Foto: Ettiene Laurent / Efe
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Ataque ao jornal Charlie Hebdo na França

Foto: Bertrand Guay /AFP
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Ataque ao Jornal francês Charlie Hebdo

Foto: Boris Horvat / AFP
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Ataque ao jornal francês Charlie Hebdo

Foto: Christopher Ena / AP
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Ataque ao jornal Charlie Hebdo

Foto: Christophe Ena
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Ataque ao jornal Charlie Hebdo

Foto: Erik Hefner /AFP
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Ataque ao Charlie Hebdo

Foto: Michael Sohn / AP
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Ataque ao jornal Charile Hebdo

Foto: Christophe Ena / AP
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Atentado ao Charlie Hebdo em Paris

Foto: Yoan Valat / EFE

Chérif Kouachi chamou a atenção das autoridades francesas pela primeira vez cerca de dez anos atrás, quando ele tinha em torno de 20 anos e, segundo registros de um testemunho dele em um julgamento de 2008, sonhava em atacar alvos judeus na França. Sob influência de um religioso radical de Paris, no entanto, ele decidiu que combater tropas americanas no Iraque era uma opção mais adequada ao seu comprometimento com a jihad.

Na quarta-feira, Kouachi, segundo os investigadores, voltou ao seu plano original de travar uma guerra santa na França. Com seu irmão mais velho e um terceiro muçulmano francês de origem norte-africana, foi identificado como um dos três envolvidos no ataque ao jornal satírico em Paris que deixou pelo menos 12 mortos.

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Chérif e Said, de 32 e 34 anos, respectivamente, são suspeitos de invadir – mascarados e armados – os escritórios do jornal Charlie Hebdo.

Segundo as autoridades, o terceiro e mais jovem suspeito, Hamyd Mourad, de 18 anos, dirigiu o carro de fuga e se entregou na noite da chacina. A revista Le Point disse que os dois irmãos eram conhecidos dos serviços de inteligência e ele estava desempregado. E confirmou que a polícia identificou os suspeitos depois que um deles deixou os documentos no carro abandonado que usaram.

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O massacre deixou a França chocada. Também levantou questões sobre como Chérif Kouachi, tão conhecido da polícia por tantos anos, e seu irmão conseguiram atingir seus objetivos. Parte da resposta pode ser que eles moveram suavemente entre uma sociedade imigrante normal e o submundo radical islamita. Vieram de famílias seculares e inicialmente cometeram pequenos delitos, não estavam envolvidos com fanatismo religioso.

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O professor de Relações Internacionais da PUC-SP, Reginaldo Nasser explica que o terror se alimenta do confronto e que o recado passado com o ataque ao jornal 'Charlie Hebdo' éque “Paris não é uma cidade segura"

O Libération, jornal francês, descreveu Chérif Kouachi como um órfão cujos pais eram imigrantes argelinos. Disse que ele foi criado em orfanatos em Rennes, no oeste da França, onde viveu com o irmão Said na casa de um convertido ao Islã. Segundo seu advogado, em entrevista a jornais franceses, ele era um “aprendiz de perdedor”, que fazia pequenos trabalhos para comprar drogas e cantar rap – há um vídeo dele cantando para uma reportagem para a TV.

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O interesse de Chérif no Islã radical, de acordo com o testemunho de 2008, tinha raízes em sua fúria contra a invasão americana do Iraque em 2003, especialmente do tratamento abusivo dado aos muçulmanos presos em Abu Ghraib. Em 2008, Chérif saiu da prisão após 18 meses. Cumpriu pena por envolvimento em uma rede que recrutava franceses muçulmanos para combater com Abu Musab al-Zarqawi, líder da Al-Qaeda no Iraque, morto em um ataque aéreo americano em 2006. / NYT

Ataque ao jornal Charlie Hebdo mata 12 em Paris

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Ataque ao jornal Charlie Hebdo na França

Foto: Jacky Naegelen/ Reuters
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Ataque ao jornal CharlieHebdo na França

Foto: Jacky Naegelen / Reuters
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Ataque ao jornal Charlie Hebdo na França

Foto: Jacky Naegelen / Reuters
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Ataque ao jornal Charlie Hebdo em Paris

Foto: AFP
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Ataque ao jornal Charlie Hebdo em Paris

Foto: Ettiene Laurent / Efe
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Ataque ao jornal Charlie Hebdo na França

Foto: Bertrand Guay /AFP
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Ataque ao Jornal francês Charlie Hebdo

Foto: Boris Horvat / AFP
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Ataque ao jornal francês Charlie Hebdo

Foto: Christopher Ena / AP
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Ataque ao jornal Charlie Hebdo

Foto: Christophe Ena
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Ataque ao jornal Charlie Hebdo

Foto: Erik Hefner /AFP
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Ataque ao Charlie Hebdo

Foto: Michael Sohn / AP
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Ataque ao jornal Charile Hebdo

Foto: Christophe Ena / AP
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Atentado ao Charlie Hebdo em Paris

Foto: Yoan Valat / EFE

Chérif Kouachi chamou a atenção das autoridades francesas pela primeira vez cerca de dez anos atrás, quando ele tinha em torno de 20 anos e, segundo registros de um testemunho dele em um julgamento de 2008, sonhava em atacar alvos judeus na França. Sob influência de um religioso radical de Paris, no entanto, ele decidiu que combater tropas americanas no Iraque era uma opção mais adequada ao seu comprometimento com a jihad.

Na quarta-feira, Kouachi, segundo os investigadores, voltou ao seu plano original de travar uma guerra santa na França. Com seu irmão mais velho e um terceiro muçulmano francês de origem norte-africana, foi identificado como um dos três envolvidos no ataque ao jornal satírico em Paris que deixou pelo menos 12 mortos.

Chérif e Said, de 32 e 34 anos, respectivamente, são suspeitos de invadir – mascarados e armados – os escritórios do jornal Charlie Hebdo.

Segundo as autoridades, o terceiro e mais jovem suspeito, Hamyd Mourad, de 18 anos, dirigiu o carro de fuga e se entregou na noite da chacina. A revista Le Point disse que os dois irmãos eram conhecidos dos serviços de inteligência e ele estava desempregado. E confirmou que a polícia identificou os suspeitos depois que um deles deixou os documentos no carro abandonado que usaram.

O massacre deixou a França chocada. Também levantou questões sobre como Chérif Kouachi, tão conhecido da polícia por tantos anos, e seu irmão conseguiram atingir seus objetivos. Parte da resposta pode ser que eles moveram suavemente entre uma sociedade imigrante normal e o submundo radical islamita. Vieram de famílias seculares e inicialmente cometeram pequenos delitos, não estavam envolvidos com fanatismo religioso.

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O professor de Relações Internacionais da PUC-SP, Reginaldo Nasser explica que o terror se alimenta do confronto e que o recado passado com o ataque ao jornal 'Charlie Hebdo' éque “Paris não é uma cidade segura"

O Libération, jornal francês, descreveu Chérif Kouachi como um órfão cujos pais eram imigrantes argelinos. Disse que ele foi criado em orfanatos em Rennes, no oeste da França, onde viveu com o irmão Said na casa de um convertido ao Islã. Segundo seu advogado, em entrevista a jornais franceses, ele era um “aprendiz de perdedor”, que fazia pequenos trabalhos para comprar drogas e cantar rap – há um vídeo dele cantando para uma reportagem para a TV.

O interesse de Chérif no Islã radical, de acordo com o testemunho de 2008, tinha raízes em sua fúria contra a invasão americana do Iraque em 2003, especialmente do tratamento abusivo dado aos muçulmanos presos em Abu Ghraib. Em 2008, Chérif saiu da prisão após 18 meses. Cumpriu pena por envolvimento em uma rede que recrutava franceses muçulmanos para combater com Abu Musab al-Zarqawi, líder da Al-Qaeda no Iraque, morto em um ataque aéreo americano em 2006. / NYT

Ataque ao jornal Charlie Hebdo mata 12 em Paris

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Ataque ao jornal Charlie Hebdo na França

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Ataque ao jornal CharlieHebdo na França

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Ataque ao jornal Charlie Hebdo na França

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Ataque ao jornal Charlie Hebdo em Paris

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Ataque ao jornal francês Charlie Hebdo

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Ataque ao jornal Charlie Hebdo

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Ataque ao jornal Charlie Hebdo

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Ataque ao Charlie Hebdo

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Ataque ao jornal Charile Hebdo

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Atentado ao Charlie Hebdo em Paris

Foto: Yoan Valat / EFE

Chérif Kouachi chamou a atenção das autoridades francesas pela primeira vez cerca de dez anos atrás, quando ele tinha em torno de 20 anos e, segundo registros de um testemunho dele em um julgamento de 2008, sonhava em atacar alvos judeus na França. Sob influência de um religioso radical de Paris, no entanto, ele decidiu que combater tropas americanas no Iraque era uma opção mais adequada ao seu comprometimento com a jihad.

Na quarta-feira, Kouachi, segundo os investigadores, voltou ao seu plano original de travar uma guerra santa na França. Com seu irmão mais velho e um terceiro muçulmano francês de origem norte-africana, foi identificado como um dos três envolvidos no ataque ao jornal satírico em Paris que deixou pelo menos 12 mortos.

Chérif e Said, de 32 e 34 anos, respectivamente, são suspeitos de invadir – mascarados e armados – os escritórios do jornal Charlie Hebdo.

Segundo as autoridades, o terceiro e mais jovem suspeito, Hamyd Mourad, de 18 anos, dirigiu o carro de fuga e se entregou na noite da chacina. A revista Le Point disse que os dois irmãos eram conhecidos dos serviços de inteligência e ele estava desempregado. E confirmou que a polícia identificou os suspeitos depois que um deles deixou os documentos no carro abandonado que usaram.

O massacre deixou a França chocada. Também levantou questões sobre como Chérif Kouachi, tão conhecido da polícia por tantos anos, e seu irmão conseguiram atingir seus objetivos. Parte da resposta pode ser que eles moveram suavemente entre uma sociedade imigrante normal e o submundo radical islamita. Vieram de famílias seculares e inicialmente cometeram pequenos delitos, não estavam envolvidos com fanatismo religioso.

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O professor de Relações Internacionais da PUC-SP, Reginaldo Nasser explica que o terror se alimenta do confronto e que o recado passado com o ataque ao jornal 'Charlie Hebdo' éque “Paris não é uma cidade segura"

O Libération, jornal francês, descreveu Chérif Kouachi como um órfão cujos pais eram imigrantes argelinos. Disse que ele foi criado em orfanatos em Rennes, no oeste da França, onde viveu com o irmão Said na casa de um convertido ao Islã. Segundo seu advogado, em entrevista a jornais franceses, ele era um “aprendiz de perdedor”, que fazia pequenos trabalhos para comprar drogas e cantar rap – há um vídeo dele cantando para uma reportagem para a TV.

O interesse de Chérif no Islã radical, de acordo com o testemunho de 2008, tinha raízes em sua fúria contra a invasão americana do Iraque em 2003, especialmente do tratamento abusivo dado aos muçulmanos presos em Abu Ghraib. Em 2008, Chérif saiu da prisão após 18 meses. Cumpriu pena por envolvimento em uma rede que recrutava franceses muçulmanos para combater com Abu Musab al-Zarqawi, líder da Al-Qaeda no Iraque, morto em um ataque aéreo americano em 2006. / NYT

Ataque ao jornal Charlie Hebdo mata 12 em Paris

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Ataque ao jornal Charlie Hebdo na França

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Ataque ao Charlie Hebdo

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Ataque ao jornal Charile Hebdo

Foto: Christophe Ena / AP
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Atentado ao Charlie Hebdo em Paris

Foto: Yoan Valat / EFE

Chérif Kouachi chamou a atenção das autoridades francesas pela primeira vez cerca de dez anos atrás, quando ele tinha em torno de 20 anos e, segundo registros de um testemunho dele em um julgamento de 2008, sonhava em atacar alvos judeus na França. Sob influência de um religioso radical de Paris, no entanto, ele decidiu que combater tropas americanas no Iraque era uma opção mais adequada ao seu comprometimento com a jihad.

Na quarta-feira, Kouachi, segundo os investigadores, voltou ao seu plano original de travar uma guerra santa na França. Com seu irmão mais velho e um terceiro muçulmano francês de origem norte-africana, foi identificado como um dos três envolvidos no ataque ao jornal satírico em Paris que deixou pelo menos 12 mortos.

Chérif e Said, de 32 e 34 anos, respectivamente, são suspeitos de invadir – mascarados e armados – os escritórios do jornal Charlie Hebdo.

Segundo as autoridades, o terceiro e mais jovem suspeito, Hamyd Mourad, de 18 anos, dirigiu o carro de fuga e se entregou na noite da chacina. A revista Le Point disse que os dois irmãos eram conhecidos dos serviços de inteligência e ele estava desempregado. E confirmou que a polícia identificou os suspeitos depois que um deles deixou os documentos no carro abandonado que usaram.

O massacre deixou a França chocada. Também levantou questões sobre como Chérif Kouachi, tão conhecido da polícia por tantos anos, e seu irmão conseguiram atingir seus objetivos. Parte da resposta pode ser que eles moveram suavemente entre uma sociedade imigrante normal e o submundo radical islamita. Vieram de famílias seculares e inicialmente cometeram pequenos delitos, não estavam envolvidos com fanatismo religioso.

Seu navegador não suporta esse video.

O professor de Relações Internacionais da PUC-SP, Reginaldo Nasser explica que o terror se alimenta do confronto e que o recado passado com o ataque ao jornal 'Charlie Hebdo' éque “Paris não é uma cidade segura"

O Libération, jornal francês, descreveu Chérif Kouachi como um órfão cujos pais eram imigrantes argelinos. Disse que ele foi criado em orfanatos em Rennes, no oeste da França, onde viveu com o irmão Said na casa de um convertido ao Islã. Segundo seu advogado, em entrevista a jornais franceses, ele era um “aprendiz de perdedor”, que fazia pequenos trabalhos para comprar drogas e cantar rap – há um vídeo dele cantando para uma reportagem para a TV.

O interesse de Chérif no Islã radical, de acordo com o testemunho de 2008, tinha raízes em sua fúria contra a invasão americana do Iraque em 2003, especialmente do tratamento abusivo dado aos muçulmanos presos em Abu Ghraib. Em 2008, Chérif saiu da prisão após 18 meses. Cumpriu pena por envolvimento em uma rede que recrutava franceses muçulmanos para combater com Abu Musab al-Zarqawi, líder da Al-Qaeda no Iraque, morto em um ataque aéreo americano em 2006. / NYT

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