Documentos ligam Kirchners a empresário investigado


Lázaro Báez é suspeito de pagar ‘hospedagem fantasma’ em hotel da família da presidente em troca de contratos

Por Rodrigo Cavalheiro, CORRESPONDENTE e BUENOS AIRES

BUENOS AIRES - Documentos publicados ontem pelo jornal argentino La Nación mostraram estreita ligação comercial entre a família Kirchner e o empresário da construção Lázaro Báez. Uma investigação judicial aponta indícios de que ele pagou durante dois anos a ocupação de um dos hotéis dos Kirchners em El Calafate, cidade turística no sul do país, em troca de benefícios em licitações. 

A suspeita de sua participação em lavagem de dinheiro no caso Hotesur foi reforçada pelos documentos apreendidos em uma operação de busca na imobiliária de Máximo Kirchner, filho da presidente Cristina Kirchner, em 13 de julho. Entre os itens levados pela polícia há recibos, contratos de aluguel e cheques que atestam negócios do empresário com o ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), morto em 2010, e com Máximo.

Grupo de Báez teria sido favorecido em obras Foto: AP
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Na quinta-feira, a presidente ironizou sua ligação com Báez. “Se sou amiga dele, sou mais amiga de outros. Ele precisa de melhores amigas”, disse em cadeia nacional. Cristina falava dois dias após o governo divulgar uma lista das concessões em que Báez não aparecia entre os principais favorecidos com obras públicas desde 2013.

A operação que encontrou os documentos levou ao afastamento do juiz Claudio Bonadio do comando da investigação. O Conselho da Magistratura, órgão dominado por políticos ligados ao kirchnerismo, considerou que ele havia perdido a neutralidade ao levar agentes da policia metropolitana de Buenos Aires – governada por Mauricio Macri, candidato opositor à presidência – para Río Gallegos, capital da Província de Santa Cruz, base eleitoral dos Kirchners.

O caso parou nas mãos de Rafael Rafecas, mesmo juiz que desconsiderou a denúncia contra a presidente feita pelo promotor Alberto Nisman quatro dias antes de ser encontrado morto com um tiro na cabeça, em janeiro. Rafecas, acusado de beneficiar o governo em reiteradas ocasiões, considerou válida a operação de Bonadio. 

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“Em outro momento, essa ligação seria suficiente para chamar Máximo e outros envolvidos a depor, se não como indiciados, como testemunhas. É difícil saber se fará isso a dois meses da eleição. O Ministério Público deve solicitar, mas Rafecas pode dizer que ainda busca provas”, disse ao Estado o professor de direito da Universidade de Buenos Aires, Martín Bohmer. “É preciso provar mais que uma relação, mas se dinheiro era desviado”, acrescentou Bohmer. Báez e a família Kirchner não se manifestaram sobre o caso ontem.

BUENOS AIRES - Documentos publicados ontem pelo jornal argentino La Nación mostraram estreita ligação comercial entre a família Kirchner e o empresário da construção Lázaro Báez. Uma investigação judicial aponta indícios de que ele pagou durante dois anos a ocupação de um dos hotéis dos Kirchners em El Calafate, cidade turística no sul do país, em troca de benefícios em licitações. 

A suspeita de sua participação em lavagem de dinheiro no caso Hotesur foi reforçada pelos documentos apreendidos em uma operação de busca na imobiliária de Máximo Kirchner, filho da presidente Cristina Kirchner, em 13 de julho. Entre os itens levados pela polícia há recibos, contratos de aluguel e cheques que atestam negócios do empresário com o ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), morto em 2010, e com Máximo.

Grupo de Báez teria sido favorecido em obras Foto: AP

Na quinta-feira, a presidente ironizou sua ligação com Báez. “Se sou amiga dele, sou mais amiga de outros. Ele precisa de melhores amigas”, disse em cadeia nacional. Cristina falava dois dias após o governo divulgar uma lista das concessões em que Báez não aparecia entre os principais favorecidos com obras públicas desde 2013.

A operação que encontrou os documentos levou ao afastamento do juiz Claudio Bonadio do comando da investigação. O Conselho da Magistratura, órgão dominado por políticos ligados ao kirchnerismo, considerou que ele havia perdido a neutralidade ao levar agentes da policia metropolitana de Buenos Aires – governada por Mauricio Macri, candidato opositor à presidência – para Río Gallegos, capital da Província de Santa Cruz, base eleitoral dos Kirchners.

O caso parou nas mãos de Rafael Rafecas, mesmo juiz que desconsiderou a denúncia contra a presidente feita pelo promotor Alberto Nisman quatro dias antes de ser encontrado morto com um tiro na cabeça, em janeiro. Rafecas, acusado de beneficiar o governo em reiteradas ocasiões, considerou válida a operação de Bonadio. 

“Em outro momento, essa ligação seria suficiente para chamar Máximo e outros envolvidos a depor, se não como indiciados, como testemunhas. É difícil saber se fará isso a dois meses da eleição. O Ministério Público deve solicitar, mas Rafecas pode dizer que ainda busca provas”, disse ao Estado o professor de direito da Universidade de Buenos Aires, Martín Bohmer. “É preciso provar mais que uma relação, mas se dinheiro era desviado”, acrescentou Bohmer. Báez e a família Kirchner não se manifestaram sobre o caso ontem.

BUENOS AIRES - Documentos publicados ontem pelo jornal argentino La Nación mostraram estreita ligação comercial entre a família Kirchner e o empresário da construção Lázaro Báez. Uma investigação judicial aponta indícios de que ele pagou durante dois anos a ocupação de um dos hotéis dos Kirchners em El Calafate, cidade turística no sul do país, em troca de benefícios em licitações. 

A suspeita de sua participação em lavagem de dinheiro no caso Hotesur foi reforçada pelos documentos apreendidos em uma operação de busca na imobiliária de Máximo Kirchner, filho da presidente Cristina Kirchner, em 13 de julho. Entre os itens levados pela polícia há recibos, contratos de aluguel e cheques que atestam negócios do empresário com o ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), morto em 2010, e com Máximo.

Grupo de Báez teria sido favorecido em obras Foto: AP

Na quinta-feira, a presidente ironizou sua ligação com Báez. “Se sou amiga dele, sou mais amiga de outros. Ele precisa de melhores amigas”, disse em cadeia nacional. Cristina falava dois dias após o governo divulgar uma lista das concessões em que Báez não aparecia entre os principais favorecidos com obras públicas desde 2013.

A operação que encontrou os documentos levou ao afastamento do juiz Claudio Bonadio do comando da investigação. O Conselho da Magistratura, órgão dominado por políticos ligados ao kirchnerismo, considerou que ele havia perdido a neutralidade ao levar agentes da policia metropolitana de Buenos Aires – governada por Mauricio Macri, candidato opositor à presidência – para Río Gallegos, capital da Província de Santa Cruz, base eleitoral dos Kirchners.

O caso parou nas mãos de Rafael Rafecas, mesmo juiz que desconsiderou a denúncia contra a presidente feita pelo promotor Alberto Nisman quatro dias antes de ser encontrado morto com um tiro na cabeça, em janeiro. Rafecas, acusado de beneficiar o governo em reiteradas ocasiões, considerou válida a operação de Bonadio. 

“Em outro momento, essa ligação seria suficiente para chamar Máximo e outros envolvidos a depor, se não como indiciados, como testemunhas. É difícil saber se fará isso a dois meses da eleição. O Ministério Público deve solicitar, mas Rafecas pode dizer que ainda busca provas”, disse ao Estado o professor de direito da Universidade de Buenos Aires, Martín Bohmer. “É preciso provar mais que uma relação, mas se dinheiro era desviado”, acrescentou Bohmer. Báez e a família Kirchner não se manifestaram sobre o caso ontem.

BUENOS AIRES - Documentos publicados ontem pelo jornal argentino La Nación mostraram estreita ligação comercial entre a família Kirchner e o empresário da construção Lázaro Báez. Uma investigação judicial aponta indícios de que ele pagou durante dois anos a ocupação de um dos hotéis dos Kirchners em El Calafate, cidade turística no sul do país, em troca de benefícios em licitações. 

A suspeita de sua participação em lavagem de dinheiro no caso Hotesur foi reforçada pelos documentos apreendidos em uma operação de busca na imobiliária de Máximo Kirchner, filho da presidente Cristina Kirchner, em 13 de julho. Entre os itens levados pela polícia há recibos, contratos de aluguel e cheques que atestam negócios do empresário com o ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), morto em 2010, e com Máximo.

Grupo de Báez teria sido favorecido em obras Foto: AP

Na quinta-feira, a presidente ironizou sua ligação com Báez. “Se sou amiga dele, sou mais amiga de outros. Ele precisa de melhores amigas”, disse em cadeia nacional. Cristina falava dois dias após o governo divulgar uma lista das concessões em que Báez não aparecia entre os principais favorecidos com obras públicas desde 2013.

A operação que encontrou os documentos levou ao afastamento do juiz Claudio Bonadio do comando da investigação. O Conselho da Magistratura, órgão dominado por políticos ligados ao kirchnerismo, considerou que ele havia perdido a neutralidade ao levar agentes da policia metropolitana de Buenos Aires – governada por Mauricio Macri, candidato opositor à presidência – para Río Gallegos, capital da Província de Santa Cruz, base eleitoral dos Kirchners.

O caso parou nas mãos de Rafael Rafecas, mesmo juiz que desconsiderou a denúncia contra a presidente feita pelo promotor Alberto Nisman quatro dias antes de ser encontrado morto com um tiro na cabeça, em janeiro. Rafecas, acusado de beneficiar o governo em reiteradas ocasiões, considerou válida a operação de Bonadio. 

“Em outro momento, essa ligação seria suficiente para chamar Máximo e outros envolvidos a depor, se não como indiciados, como testemunhas. É difícil saber se fará isso a dois meses da eleição. O Ministério Público deve solicitar, mas Rafecas pode dizer que ainda busca provas”, disse ao Estado o professor de direito da Universidade de Buenos Aires, Martín Bohmer. “É preciso provar mais que uma relação, mas se dinheiro era desviado”, acrescentou Bohmer. Báez e a família Kirchner não se manifestaram sobre o caso ontem.

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