BEIRUTE - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) divulgou nesta quarta-feira, 2, na internet um vídeo no qual um de seus combatentes degola e decapita um homem acusado de espionar para a Rússia na Síria.
Nos primeiros minutos da gravação, cuja autenticidade não pôde ser comprovada, a vítimaafirma que é chechena e foi enviada ao "califado" que o EI anunciou na Síria e no Iraque em 2014 para "espionar" para os serviços secretos russos.
A violenta estratégia de comunicação do Estado Islâmico
De acordo com a empresa de segurança Flashpoint Intelligence, citada pelo canal NBC News, o carrasco não está mascarado e fala "aparentemente" em russo antes de cortar a garganta do prisioneiro.
Se confirmado, esse seria a primeira execução de um prisioneiro russo desde que a Rússia começou sua campanha de bombardeios contra alvos do Estado Islâmico na Síria. Desde que o grupo terrorista reivindicou a autoria do ataque contra um avião de uma companhia russa no Egito, que matou 224 pessoas, Putin tem prometido vingança contra o grupo. O vídeo teria o título "Vocês, russos, ficarão desapontados e serão humilhados", segundo a empresa americana.
Em janeiro, o EI divulgou um vídeo que mostra um menino executando a tiros dois homens, que supostamente trabalhariam para o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB). A autenticidade do material não foi confirmada.
Publicada pela "produtora" do EI, Al-Hayat, a gravação, de mais de sete minutos de duração, termina com o assassinato dos dois supostos agentes russos, que foram identificados como Mamayev Jambulat Yasenjanovich e Ashimov Serguei Nikolayavich. Antes, eles são entrevistados por um interlocutor a quem confessaram serem agentes da espionagem russa. / EFE