Em Cabul, estrangeiros vivem cercados e com medo da morte


Protegidos por forte esquema de segurança, muitos passam até três meses sem sair às ruas da capital

Por Patrícia Campos Mello

Em Cabul, os estrangeiros vivem em uma bolha kafkiana. Com medo de sequestros e ataques à bomba, a maioria só se locomove em carros blindados e com motorista. Ninguém pega táxi. Andar na rua, só em alguns poucos locais considerados seguros.

 

Veja também:

continua após a publicidade
referencereference

A capital afegã se transformou em uma cidade fortificada. Muitos lugares têm três portas de entrada, com câmaras e guardas fortemente armados. Todos os prédios do governo, de ONGs e estabelecimentos militares estão guardados por sacos de areia e muros altíssimos com arame farpado. "Estamos ficando cada vez mais alienados. Existe um risco real, mas há também uma grande paranoia. Cabul não é como Kandahar", diz um alemão, que trabalha para a União Europeia, referindo-se à província mais violenta do país. As regras de segurança para estrangeiros são tão rígidas que muitos nem chegam a por o pé na rua. Grande parte deles cumpre um toque de recolher. A ONU tem uma lista de lugares "aprovados" para seus funcionários, como restaurantes considerados seguros. Alguns funcionários do governo americano não são sequer autorizados a caminhar na rua. "Tem gente que vem para o Afeganistão, chega ao aeroporto e fica três meses na embaixada sem nunca sair à rua", contou um diplomata americano. Funcionários de ONGs, que têm regras de segurança menos rígidas, circulam mais pela cidade, mas não sem custo: o Afeganistão já é o segundo país em mortes de funcionários de ONGs, depois do Sudão. De janeiro a março, foram 37 ataques a funcionários de ONGs e 20 sequestros. À noite, os expatriados se concentram no L'Atmosphere, um lugar surreal, com mesas românticas, velas e piscina, frequentado por funcionários da ONU, de ONGs, militares e jornalistas. Apesar de toda a segurança, ninguém senta nas duas mesas mais próximas da muralha. "Um dia vão jogar uma bomba aqui. Eu sempre digo que é a última vez que venho", disse o fotógrafo Marco di Lauro, da Getty Images, que já foi 40 vezes para o Afeganistão.O L''Atmosphere é um alvo óbvio para ataques de insurgentes, assim como a pousada Gandamack, o restaurante Cantina e o hotel Serena, lugares que concentram estrangeiros. Ano passado, militantes do Taleban invadiram o Serena e mataram sete estrangeiros. var keywords = "";

continua após a publicidade

Em Cabul, os estrangeiros vivem em uma bolha kafkiana. Com medo de sequestros e ataques à bomba, a maioria só se locomove em carros blindados e com motorista. Ninguém pega táxi. Andar na rua, só em alguns poucos locais considerados seguros.

 

Veja também:

referencereference

A capital afegã se transformou em uma cidade fortificada. Muitos lugares têm três portas de entrada, com câmaras e guardas fortemente armados. Todos os prédios do governo, de ONGs e estabelecimentos militares estão guardados por sacos de areia e muros altíssimos com arame farpado. "Estamos ficando cada vez mais alienados. Existe um risco real, mas há também uma grande paranoia. Cabul não é como Kandahar", diz um alemão, que trabalha para a União Europeia, referindo-se à província mais violenta do país. As regras de segurança para estrangeiros são tão rígidas que muitos nem chegam a por o pé na rua. Grande parte deles cumpre um toque de recolher. A ONU tem uma lista de lugares "aprovados" para seus funcionários, como restaurantes considerados seguros. Alguns funcionários do governo americano não são sequer autorizados a caminhar na rua. "Tem gente que vem para o Afeganistão, chega ao aeroporto e fica três meses na embaixada sem nunca sair à rua", contou um diplomata americano. Funcionários de ONGs, que têm regras de segurança menos rígidas, circulam mais pela cidade, mas não sem custo: o Afeganistão já é o segundo país em mortes de funcionários de ONGs, depois do Sudão. De janeiro a março, foram 37 ataques a funcionários de ONGs e 20 sequestros. À noite, os expatriados se concentram no L'Atmosphere, um lugar surreal, com mesas românticas, velas e piscina, frequentado por funcionários da ONU, de ONGs, militares e jornalistas. Apesar de toda a segurança, ninguém senta nas duas mesas mais próximas da muralha. "Um dia vão jogar uma bomba aqui. Eu sempre digo que é a última vez que venho", disse o fotógrafo Marco di Lauro, da Getty Images, que já foi 40 vezes para o Afeganistão.O L''Atmosphere é um alvo óbvio para ataques de insurgentes, assim como a pousada Gandamack, o restaurante Cantina e o hotel Serena, lugares que concentram estrangeiros. Ano passado, militantes do Taleban invadiram o Serena e mataram sete estrangeiros. var keywords = "";

Em Cabul, os estrangeiros vivem em uma bolha kafkiana. Com medo de sequestros e ataques à bomba, a maioria só se locomove em carros blindados e com motorista. Ninguém pega táxi. Andar na rua, só em alguns poucos locais considerados seguros.

 

Veja também:

referencereference

A capital afegã se transformou em uma cidade fortificada. Muitos lugares têm três portas de entrada, com câmaras e guardas fortemente armados. Todos os prédios do governo, de ONGs e estabelecimentos militares estão guardados por sacos de areia e muros altíssimos com arame farpado. "Estamos ficando cada vez mais alienados. Existe um risco real, mas há também uma grande paranoia. Cabul não é como Kandahar", diz um alemão, que trabalha para a União Europeia, referindo-se à província mais violenta do país. As regras de segurança para estrangeiros são tão rígidas que muitos nem chegam a por o pé na rua. Grande parte deles cumpre um toque de recolher. A ONU tem uma lista de lugares "aprovados" para seus funcionários, como restaurantes considerados seguros. Alguns funcionários do governo americano não são sequer autorizados a caminhar na rua. "Tem gente que vem para o Afeganistão, chega ao aeroporto e fica três meses na embaixada sem nunca sair à rua", contou um diplomata americano. Funcionários de ONGs, que têm regras de segurança menos rígidas, circulam mais pela cidade, mas não sem custo: o Afeganistão já é o segundo país em mortes de funcionários de ONGs, depois do Sudão. De janeiro a março, foram 37 ataques a funcionários de ONGs e 20 sequestros. À noite, os expatriados se concentram no L'Atmosphere, um lugar surreal, com mesas românticas, velas e piscina, frequentado por funcionários da ONU, de ONGs, militares e jornalistas. Apesar de toda a segurança, ninguém senta nas duas mesas mais próximas da muralha. "Um dia vão jogar uma bomba aqui. Eu sempre digo que é a última vez que venho", disse o fotógrafo Marco di Lauro, da Getty Images, que já foi 40 vezes para o Afeganistão.O L''Atmosphere é um alvo óbvio para ataques de insurgentes, assim como a pousada Gandamack, o restaurante Cantina e o hotel Serena, lugares que concentram estrangeiros. Ano passado, militantes do Taleban invadiram o Serena e mataram sete estrangeiros. var keywords = "";

Em Cabul, os estrangeiros vivem em uma bolha kafkiana. Com medo de sequestros e ataques à bomba, a maioria só se locomove em carros blindados e com motorista. Ninguém pega táxi. Andar na rua, só em alguns poucos locais considerados seguros.

 

Veja também:

referencereference

A capital afegã se transformou em uma cidade fortificada. Muitos lugares têm três portas de entrada, com câmaras e guardas fortemente armados. Todos os prédios do governo, de ONGs e estabelecimentos militares estão guardados por sacos de areia e muros altíssimos com arame farpado. "Estamos ficando cada vez mais alienados. Existe um risco real, mas há também uma grande paranoia. Cabul não é como Kandahar", diz um alemão, que trabalha para a União Europeia, referindo-se à província mais violenta do país. As regras de segurança para estrangeiros são tão rígidas que muitos nem chegam a por o pé na rua. Grande parte deles cumpre um toque de recolher. A ONU tem uma lista de lugares "aprovados" para seus funcionários, como restaurantes considerados seguros. Alguns funcionários do governo americano não são sequer autorizados a caminhar na rua. "Tem gente que vem para o Afeganistão, chega ao aeroporto e fica três meses na embaixada sem nunca sair à rua", contou um diplomata americano. Funcionários de ONGs, que têm regras de segurança menos rígidas, circulam mais pela cidade, mas não sem custo: o Afeganistão já é o segundo país em mortes de funcionários de ONGs, depois do Sudão. De janeiro a março, foram 37 ataques a funcionários de ONGs e 20 sequestros. À noite, os expatriados se concentram no L'Atmosphere, um lugar surreal, com mesas românticas, velas e piscina, frequentado por funcionários da ONU, de ONGs, militares e jornalistas. Apesar de toda a segurança, ninguém senta nas duas mesas mais próximas da muralha. "Um dia vão jogar uma bomba aqui. Eu sempre digo que é a última vez que venho", disse o fotógrafo Marco di Lauro, da Getty Images, que já foi 40 vezes para o Afeganistão.O L''Atmosphere é um alvo óbvio para ataques de insurgentes, assim como a pousada Gandamack, o restaurante Cantina e o hotel Serena, lugares que concentram estrangeiros. Ano passado, militantes do Taleban invadiram o Serena e mataram sete estrangeiros. var keywords = "";

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.