Em Caracas, marcha de mulheres exige referendo contra Maduro


Ato convocado por líderes da oposição incluindo Lilian Tintori, mulher do político preso Leopoldo López, marchou de quatro pontos de Caracas para chegar à autoestrada Francisco Fajardo, principal artéria da cidade

Por Redação

CARACAS - "Venezuela, resteada' (corajosa), será libertada!", gritavam milhares de mulheres que marcham neste sábado, 22, em Caracas, em protesto após a suspensão do processo de referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro. "Vamos dar a cara nas ruas e vamos lutar pelo revogatório", disse à imprensa Lilian Tintori, mulher do opositor preso Leopoldo López, uma das principais promotoras da mobilização.

"Faremos a grande tomada da Venezuela, com determinação, coragem e em paz", acrescentou Lilian, referindo-se à convocação da coalizão, cercada de correligionárias vestidas de branco levando bandeiras venezuelanas e cartazes."Você pode ficar todo dia na fila para comprar comida e, ainda assim, não conseguir o que precisa (...), e o governo bloqueia as soluções para a crise", reclamou Nayiber Bracho, de 30 anos, uma das manifestantes.

Marcha liderada por mulheres da oposição venezuelana cobrou a realização do referendo revogatório contra Nicolás Maduro Foto: EFE/Cristian Hernández
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Convocada por Tintori e por outras lideranças da oposição, como a ex-deputada María Corina Machado, a marcha das "resteadas" (corajosas) saiu de quatro pontos diferentes de Caracas para chegar à autoestrada Francisco Fajardo, principal artéria da cidade. "Hoje começa uma nova etapa de luta contra a ditadura, a etapa definitiva", tuitou María Corina. 

Vamos fazer valer a maioria que o povo que nos elegeu nos deu", afirmou a deputada Gabriela Arellano, em discurso em um dos pontos de concentração para a manifestação deste sábado.

Na sexta-feira, a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) advertiu que "chegou a hora" de definições no país, depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) voltou a adiar a coleta de quatro milhões de assinaturas necessárias para convocar a consulta contra Maduro.

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Em nome da MUD, o ex-candidato presidencial Henrique Capriles anunciou também na sexta uma grande mobilização nacional para a próxima quarta-feira: "vamos tomar Venezuela de ponta a ponta".

Diálogo. Ao suspender o processo para a realização do referendo, o CNE disse "acatar" sentenças judiciais de tribunais regionais que anularam a coleta anterior de assinaturas sob alegação de fraude, após milhares de recursos legais apresentados por dirigentes do chavismo.

Venezuela registrou mais de 500 protestos em setembro

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Venezuela registrou mais de 500 protestos em setembro

Foto: REUTERS
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Venezuela registrou mais de 500 protestos em setembro

Foto: AFP
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Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
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Venezuela registrou mais de 500 protestos em setembro

Foto: REUTERS/Henry Romero
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Nesse clima, a Assembleia Nacional, de maioria opositora, prepara uma sessão especial para este domingo, 23, durante a qual prometem anunciar medidas concretas contra a paralisação do processo.

Em meio a essa nova escalada, o vice-presidente Aristóbulo Istúriz informou que delegados do oficialismo e da oposição vão-se reunir em separado, neste fim de semana, com uma missão internacional liderada pelo ex-chefe de Governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero. O objetivo é conseguir estabelecer um diálogo.

Em nota divulgada neste sábado pelo Ministério argentino das Relações Exteriores, 12 países da Organização dos Estados Americanos (OEA) mostraram sua preocupação com a suspensão do referendo na Venezuela e pediram ao governo Maduro que encontre caminhos para dialogar.

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"Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos de América, Honduras, Guatemala, México, Peru e Uruguai (...) expressam sua profunda preocupação com a decisão adotada pelo Conselho Nacional Eleitoral da República Bolivariana da Venezuela de adiar o processo de coleta de 20% do padrão eleitoral", denunciou o texto. / AFP

CARACAS - "Venezuela, resteada' (corajosa), será libertada!", gritavam milhares de mulheres que marcham neste sábado, 22, em Caracas, em protesto após a suspensão do processo de referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro. "Vamos dar a cara nas ruas e vamos lutar pelo revogatório", disse à imprensa Lilian Tintori, mulher do opositor preso Leopoldo López, uma das principais promotoras da mobilização.

"Faremos a grande tomada da Venezuela, com determinação, coragem e em paz", acrescentou Lilian, referindo-se à convocação da coalizão, cercada de correligionárias vestidas de branco levando bandeiras venezuelanas e cartazes."Você pode ficar todo dia na fila para comprar comida e, ainda assim, não conseguir o que precisa (...), e o governo bloqueia as soluções para a crise", reclamou Nayiber Bracho, de 30 anos, uma das manifestantes.

Marcha liderada por mulheres da oposição venezuelana cobrou a realização do referendo revogatório contra Nicolás Maduro Foto: EFE/Cristian Hernández

Convocada por Tintori e por outras lideranças da oposição, como a ex-deputada María Corina Machado, a marcha das "resteadas" (corajosas) saiu de quatro pontos diferentes de Caracas para chegar à autoestrada Francisco Fajardo, principal artéria da cidade. "Hoje começa uma nova etapa de luta contra a ditadura, a etapa definitiva", tuitou María Corina. 

Vamos fazer valer a maioria que o povo que nos elegeu nos deu", afirmou a deputada Gabriela Arellano, em discurso em um dos pontos de concentração para a manifestação deste sábado.

Na sexta-feira, a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) advertiu que "chegou a hora" de definições no país, depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) voltou a adiar a coleta de quatro milhões de assinaturas necessárias para convocar a consulta contra Maduro.

Em nome da MUD, o ex-candidato presidencial Henrique Capriles anunciou também na sexta uma grande mobilização nacional para a próxima quarta-feira: "vamos tomar Venezuela de ponta a ponta".

Diálogo. Ao suspender o processo para a realização do referendo, o CNE disse "acatar" sentenças judiciais de tribunais regionais que anularam a coleta anterior de assinaturas sob alegação de fraude, após milhares de recursos legais apresentados por dirigentes do chavismo.

Venezuela registrou mais de 500 protestos em setembro

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Foto: REUTERS/Henry Romero

Nesse clima, a Assembleia Nacional, de maioria opositora, prepara uma sessão especial para este domingo, 23, durante a qual prometem anunciar medidas concretas contra a paralisação do processo.

Em meio a essa nova escalada, o vice-presidente Aristóbulo Istúriz informou que delegados do oficialismo e da oposição vão-se reunir em separado, neste fim de semana, com uma missão internacional liderada pelo ex-chefe de Governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero. O objetivo é conseguir estabelecer um diálogo.

Em nota divulgada neste sábado pelo Ministério argentino das Relações Exteriores, 12 países da Organização dos Estados Americanos (OEA) mostraram sua preocupação com a suspensão do referendo na Venezuela e pediram ao governo Maduro que encontre caminhos para dialogar.

"Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos de América, Honduras, Guatemala, México, Peru e Uruguai (...) expressam sua profunda preocupação com a decisão adotada pelo Conselho Nacional Eleitoral da República Bolivariana da Venezuela de adiar o processo de coleta de 20% do padrão eleitoral", denunciou o texto. / AFP

CARACAS - "Venezuela, resteada' (corajosa), será libertada!", gritavam milhares de mulheres que marcham neste sábado, 22, em Caracas, em protesto após a suspensão do processo de referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro. "Vamos dar a cara nas ruas e vamos lutar pelo revogatório", disse à imprensa Lilian Tintori, mulher do opositor preso Leopoldo López, uma das principais promotoras da mobilização.

"Faremos a grande tomada da Venezuela, com determinação, coragem e em paz", acrescentou Lilian, referindo-se à convocação da coalizão, cercada de correligionárias vestidas de branco levando bandeiras venezuelanas e cartazes."Você pode ficar todo dia na fila para comprar comida e, ainda assim, não conseguir o que precisa (...), e o governo bloqueia as soluções para a crise", reclamou Nayiber Bracho, de 30 anos, uma das manifestantes.

Marcha liderada por mulheres da oposição venezuelana cobrou a realização do referendo revogatório contra Nicolás Maduro Foto: EFE/Cristian Hernández

Convocada por Tintori e por outras lideranças da oposição, como a ex-deputada María Corina Machado, a marcha das "resteadas" (corajosas) saiu de quatro pontos diferentes de Caracas para chegar à autoestrada Francisco Fajardo, principal artéria da cidade. "Hoje começa uma nova etapa de luta contra a ditadura, a etapa definitiva", tuitou María Corina. 

Vamos fazer valer a maioria que o povo que nos elegeu nos deu", afirmou a deputada Gabriela Arellano, em discurso em um dos pontos de concentração para a manifestação deste sábado.

Na sexta-feira, a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) advertiu que "chegou a hora" de definições no país, depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) voltou a adiar a coleta de quatro milhões de assinaturas necessárias para convocar a consulta contra Maduro.

Em nome da MUD, o ex-candidato presidencial Henrique Capriles anunciou também na sexta uma grande mobilização nacional para a próxima quarta-feira: "vamos tomar Venezuela de ponta a ponta".

Diálogo. Ao suspender o processo para a realização do referendo, o CNE disse "acatar" sentenças judiciais de tribunais regionais que anularam a coleta anterior de assinaturas sob alegação de fraude, após milhares de recursos legais apresentados por dirigentes do chavismo.

Venezuela registrou mais de 500 protestos em setembro

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Nesse clima, a Assembleia Nacional, de maioria opositora, prepara uma sessão especial para este domingo, 23, durante a qual prometem anunciar medidas concretas contra a paralisação do processo.

Em meio a essa nova escalada, o vice-presidente Aristóbulo Istúriz informou que delegados do oficialismo e da oposição vão-se reunir em separado, neste fim de semana, com uma missão internacional liderada pelo ex-chefe de Governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero. O objetivo é conseguir estabelecer um diálogo.

Em nota divulgada neste sábado pelo Ministério argentino das Relações Exteriores, 12 países da Organização dos Estados Americanos (OEA) mostraram sua preocupação com a suspensão do referendo na Venezuela e pediram ao governo Maduro que encontre caminhos para dialogar.

"Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos de América, Honduras, Guatemala, México, Peru e Uruguai (...) expressam sua profunda preocupação com a decisão adotada pelo Conselho Nacional Eleitoral da República Bolivariana da Venezuela de adiar o processo de coleta de 20% do padrão eleitoral", denunciou o texto. / AFP

CARACAS - "Venezuela, resteada' (corajosa), será libertada!", gritavam milhares de mulheres que marcham neste sábado, 22, em Caracas, em protesto após a suspensão do processo de referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro. "Vamos dar a cara nas ruas e vamos lutar pelo revogatório", disse à imprensa Lilian Tintori, mulher do opositor preso Leopoldo López, uma das principais promotoras da mobilização.

"Faremos a grande tomada da Venezuela, com determinação, coragem e em paz", acrescentou Lilian, referindo-se à convocação da coalizão, cercada de correligionárias vestidas de branco levando bandeiras venezuelanas e cartazes."Você pode ficar todo dia na fila para comprar comida e, ainda assim, não conseguir o que precisa (...), e o governo bloqueia as soluções para a crise", reclamou Nayiber Bracho, de 30 anos, uma das manifestantes.

Marcha liderada por mulheres da oposição venezuelana cobrou a realização do referendo revogatório contra Nicolás Maduro Foto: EFE/Cristian Hernández

Convocada por Tintori e por outras lideranças da oposição, como a ex-deputada María Corina Machado, a marcha das "resteadas" (corajosas) saiu de quatro pontos diferentes de Caracas para chegar à autoestrada Francisco Fajardo, principal artéria da cidade. "Hoje começa uma nova etapa de luta contra a ditadura, a etapa definitiva", tuitou María Corina. 

Vamos fazer valer a maioria que o povo que nos elegeu nos deu", afirmou a deputada Gabriela Arellano, em discurso em um dos pontos de concentração para a manifestação deste sábado.

Na sexta-feira, a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) advertiu que "chegou a hora" de definições no país, depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) voltou a adiar a coleta de quatro milhões de assinaturas necessárias para convocar a consulta contra Maduro.

Em nome da MUD, o ex-candidato presidencial Henrique Capriles anunciou também na sexta uma grande mobilização nacional para a próxima quarta-feira: "vamos tomar Venezuela de ponta a ponta".

Diálogo. Ao suspender o processo para a realização do referendo, o CNE disse "acatar" sentenças judiciais de tribunais regionais que anularam a coleta anterior de assinaturas sob alegação de fraude, após milhares de recursos legais apresentados por dirigentes do chavismo.

Venezuela registrou mais de 500 protestos em setembro

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Nesse clima, a Assembleia Nacional, de maioria opositora, prepara uma sessão especial para este domingo, 23, durante a qual prometem anunciar medidas concretas contra a paralisação do processo.

Em meio a essa nova escalada, o vice-presidente Aristóbulo Istúriz informou que delegados do oficialismo e da oposição vão-se reunir em separado, neste fim de semana, com uma missão internacional liderada pelo ex-chefe de Governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero. O objetivo é conseguir estabelecer um diálogo.

Em nota divulgada neste sábado pelo Ministério argentino das Relações Exteriores, 12 países da Organização dos Estados Americanos (OEA) mostraram sua preocupação com a suspensão do referendo na Venezuela e pediram ao governo Maduro que encontre caminhos para dialogar.

"Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos de América, Honduras, Guatemala, México, Peru e Uruguai (...) expressam sua profunda preocupação com a decisão adotada pelo Conselho Nacional Eleitoral da República Bolivariana da Venezuela de adiar o processo de coleta de 20% do padrão eleitoral", denunciou o texto. / AFP

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