Especialista da Unesco duvida da possibilidade de se reconstruir Palmyra


Para Annie Sartre-Fauriat, é ‘ilusório’ pensar em reerguer os templos destruídos, já que ‘não se pode reconstruir algo que se encontra em estado de escombros e pó’

Por Redação

PARIS - A historiadora Annie Sartre-Fauriat, membro do grupo de especialistas da Unesco para o patrimônio sírio, duvida da "capacidade de se reconstruir Palmyra", depois de ver as destruições e os saques no local e no museu, também "devastado" pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

"Todo o mundo se entusiasma porque Palmyra foi libertada, entre aspas, mas não se pode esquecer de tudo que foi destruído e da catástrofe humanitária do país. Estou perplexa com a capacidade, inclusive com a ajuda internacional, de reconstruir Palmyra", disse a historiadora especialista em Oriente Médio.

Cidade histórica de Palmyra, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmyra, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: AFP PHOTO / Joseph EID AND Maher AL MOUNES
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: AFP PHOTO / LOUAI BESHARA AND STRINGER
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: AFP PHOTO / Maher AL MOUNES
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP
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Annie integra o grupo de especialistas constituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em 2013 sobre o patrimônio sírio.

"Quando ouço dizer que se vai reconstruir o templo de Bel, me parece ilusório. Não se pode reconstruir algo que se encontra em um estado de escombros e de pó. Construir o quê? Um templo novo? Talvez haja outras prioridades na Síria antes de reconstruir as ruínas", observa.

Além da cidadela do século XIII, arrasada durante os combates na cidade, os extremistas destruíram os templos de Bel e de Baal, assim como o Arco de Triunfo, algumas torres funerárias e o Leão de Al-Lat.

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Conhecida como "a pérola do deserto", Palmyra tem mais de 2 mil anos de antiguidade e é considerada Patrimônio Mundial da Humanidade da Unesco.

O responsável por Antiguidades e Museus da Síria disse na segunda-feira que serão necessários pelo menos cinco anos para reabilitar os monumentos destruídos ou danificados em Palmyra, ocupada pelos extremistas durante dez meses.

"Se tivermos a aprovação da Unesco, serão necessários cinco anos para restaurar os imóveis destruídos e danificados pelo EI", declarou Maamun Abdelkarim. "Temos pessoal qualificado, temos conhecimento e estudo, mas é necessária a aprovação da Unesco, e poderemos começar os trabalhos em um ano", acrescentou.

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"Também será necessário que a guerra acabe e o sítio seja protegido", afirma Annie. "Enquanto o Exército sírio estiver no interior, não estou tranquila. Não esqueçamos de que o Exército, que ocupou o lugar entre 2012 e 2015, causou muita destruição e saques", lembra a historiadora.

Templo em Palmyra, antes e depois de ser destruído pelo Estado Islâmico

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Templo de Baal Shamin, em Palmira

Foto: EFE / YOUSSEF BADAWI
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Templo de Baal Shamin, em Palmira

Foto: AFP PHOTO / JOSEPH EID
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Templo de Baal Shamin, em Palmira

Foto: AP
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Palmyra

Foto: AP
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Templo de Baal Shamin, em Palmira

Foto: AFP PHOTO / JOSEPH EID
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Templo de Baal Shamin, em Palmira

Foto: AFP PHOTO / CHRISTOPHE CHARON
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Templo de Baal Shamin, em Palmira

Foto: AP
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Explosão em templo de Baal Shamin

Foto: AP
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Templo de Baal Shamin em Palmyra

Foto: AP
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Explosivos usados em Palmyra

Foto: AP
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Destruição do templo Baal Shamin

Foto: AFP
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Destruição do templo Baal Shamin

Foto: AFP
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Palmyra

Foto: AP

"Não nos enganemos. Não é porque retomamos Palmyra do Daesh (acrônimo do EI, em árabe) que a guerra terminou. Esta recuperação é uma operação política e midiática em relação à opinião pública do regime de Bashar Assad", completou.

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Segundo Annie, que constantemente recebe novas fotografias e vídeos diretamente da região, "muitos vestígios têm de ser dados por perdidos".

Em um vídeo recebido na segunda-feira, vê-se pela primeira vez o interior do museu de Palmyra, transformado em tribunal pelo EI. De acordo com fotografias, "os personagens das tampas dos sarcófagos foram martelados, todas as estátuas foram derrubadas, decapitadas e quebradas", lamentou a especialista.

Típicas de Palmyra, as lápides "foram arrancadas de forma selvagem das paredes, provavelmente para serem vendidas pelo Daesh no mercado do arte", apontou. /AFP

PARIS - A historiadora Annie Sartre-Fauriat, membro do grupo de especialistas da Unesco para o patrimônio sírio, duvida da "capacidade de se reconstruir Palmyra", depois de ver as destruições e os saques no local e no museu, também "devastado" pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

"Todo o mundo se entusiasma porque Palmyra foi libertada, entre aspas, mas não se pode esquecer de tudo que foi destruído e da catástrofe humanitária do país. Estou perplexa com a capacidade, inclusive com a ajuda internacional, de reconstruir Palmyra", disse a historiadora especialista em Oriente Médio.

Cidade histórica de Palmyra, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmyra, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: AFP PHOTO / Joseph EID AND Maher AL MOUNES
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: AFP PHOTO / LOUAI BESHARA AND STRINGER
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: AFP PHOTO / Maher AL MOUNES
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP

Annie integra o grupo de especialistas constituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em 2013 sobre o patrimônio sírio.

"Quando ouço dizer que se vai reconstruir o templo de Bel, me parece ilusório. Não se pode reconstruir algo que se encontra em um estado de escombros e de pó. Construir o quê? Um templo novo? Talvez haja outras prioridades na Síria antes de reconstruir as ruínas", observa.

Além da cidadela do século XIII, arrasada durante os combates na cidade, os extremistas destruíram os templos de Bel e de Baal, assim como o Arco de Triunfo, algumas torres funerárias e o Leão de Al-Lat.

Conhecida como "a pérola do deserto", Palmyra tem mais de 2 mil anos de antiguidade e é considerada Patrimônio Mundial da Humanidade da Unesco.

O responsável por Antiguidades e Museus da Síria disse na segunda-feira que serão necessários pelo menos cinco anos para reabilitar os monumentos destruídos ou danificados em Palmyra, ocupada pelos extremistas durante dez meses.

"Se tivermos a aprovação da Unesco, serão necessários cinco anos para restaurar os imóveis destruídos e danificados pelo EI", declarou Maamun Abdelkarim. "Temos pessoal qualificado, temos conhecimento e estudo, mas é necessária a aprovação da Unesco, e poderemos começar os trabalhos em um ano", acrescentou.

"Também será necessário que a guerra acabe e o sítio seja protegido", afirma Annie. "Enquanto o Exército sírio estiver no interior, não estou tranquila. Não esqueçamos de que o Exército, que ocupou o lugar entre 2012 e 2015, causou muita destruição e saques", lembra a historiadora.

Templo em Palmyra, antes e depois de ser destruído pelo Estado Islâmico

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Templo de Baal Shamin, em Palmira

Foto: EFE / YOUSSEF BADAWI
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Templo de Baal Shamin, em Palmira

Foto: AFP PHOTO / JOSEPH EID
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Templo de Baal Shamin, em Palmira

Foto: AP
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Palmyra

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Templo de Baal Shamin, em Palmira

Foto: AFP PHOTO / JOSEPH EID
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Templo de Baal Shamin, em Palmira

Foto: AFP PHOTO / CHRISTOPHE CHARON
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Templo de Baal Shamin, em Palmira

Foto: AP
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Explosão em templo de Baal Shamin

Foto: AP
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Templo de Baal Shamin em Palmyra

Foto: AP
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Explosivos usados em Palmyra

Foto: AP
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Destruição do templo Baal Shamin

Foto: AFP
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Destruição do templo Baal Shamin

Foto: AFP
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Palmyra

Foto: AP

"Não nos enganemos. Não é porque retomamos Palmyra do Daesh (acrônimo do EI, em árabe) que a guerra terminou. Esta recuperação é uma operação política e midiática em relação à opinião pública do regime de Bashar Assad", completou.

Segundo Annie, que constantemente recebe novas fotografias e vídeos diretamente da região, "muitos vestígios têm de ser dados por perdidos".

Em um vídeo recebido na segunda-feira, vê-se pela primeira vez o interior do museu de Palmyra, transformado em tribunal pelo EI. De acordo com fotografias, "os personagens das tampas dos sarcófagos foram martelados, todas as estátuas foram derrubadas, decapitadas e quebradas", lamentou a especialista.

Típicas de Palmyra, as lápides "foram arrancadas de forma selvagem das paredes, provavelmente para serem vendidas pelo Daesh no mercado do arte", apontou. /AFP

PARIS - A historiadora Annie Sartre-Fauriat, membro do grupo de especialistas da Unesco para o patrimônio sírio, duvida da "capacidade de se reconstruir Palmyra", depois de ver as destruições e os saques no local e no museu, também "devastado" pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

"Todo o mundo se entusiasma porque Palmyra foi libertada, entre aspas, mas não se pode esquecer de tudo que foi destruído e da catástrofe humanitária do país. Estou perplexa com a capacidade, inclusive com a ajuda internacional, de reconstruir Palmyra", disse a historiadora especialista em Oriente Médio.

Cidade histórica de Palmyra, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmyra, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: AFP PHOTO / Maher AL MOUNES
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP

Annie integra o grupo de especialistas constituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em 2013 sobre o patrimônio sírio.

"Quando ouço dizer que se vai reconstruir o templo de Bel, me parece ilusório. Não se pode reconstruir algo que se encontra em um estado de escombros e de pó. Construir o quê? Um templo novo? Talvez haja outras prioridades na Síria antes de reconstruir as ruínas", observa.

Além da cidadela do século XIII, arrasada durante os combates na cidade, os extremistas destruíram os templos de Bel e de Baal, assim como o Arco de Triunfo, algumas torres funerárias e o Leão de Al-Lat.

Conhecida como "a pérola do deserto", Palmyra tem mais de 2 mil anos de antiguidade e é considerada Patrimônio Mundial da Humanidade da Unesco.

O responsável por Antiguidades e Museus da Síria disse na segunda-feira que serão necessários pelo menos cinco anos para reabilitar os monumentos destruídos ou danificados em Palmyra, ocupada pelos extremistas durante dez meses.

"Se tivermos a aprovação da Unesco, serão necessários cinco anos para restaurar os imóveis destruídos e danificados pelo EI", declarou Maamun Abdelkarim. "Temos pessoal qualificado, temos conhecimento e estudo, mas é necessária a aprovação da Unesco, e poderemos começar os trabalhos em um ano", acrescentou.

"Também será necessário que a guerra acabe e o sítio seja protegido", afirma Annie. "Enquanto o Exército sírio estiver no interior, não estou tranquila. Não esqueçamos de que o Exército, que ocupou o lugar entre 2012 e 2015, causou muita destruição e saques", lembra a historiadora.

Templo em Palmyra, antes e depois de ser destruído pelo Estado Islâmico

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Templo de Baal Shamin, em Palmira

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Templo de Baal Shamin, em Palmira

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Templo de Baal Shamin, em Palmira

Foto: AP
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Palmyra

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Templo de Baal Shamin, em Palmira

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Templo de Baal Shamin, em Palmira

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Templo de Baal Shamin, em Palmira

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Explosão em templo de Baal Shamin

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Templo de Baal Shamin em Palmyra

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Explosivos usados em Palmyra

Foto: AP
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Destruição do templo Baal Shamin

Foto: AFP
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Destruição do templo Baal Shamin

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Palmyra

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"Não nos enganemos. Não é porque retomamos Palmyra do Daesh (acrônimo do EI, em árabe) que a guerra terminou. Esta recuperação é uma operação política e midiática em relação à opinião pública do regime de Bashar Assad", completou.

Segundo Annie, que constantemente recebe novas fotografias e vídeos diretamente da região, "muitos vestígios têm de ser dados por perdidos".

Em um vídeo recebido na segunda-feira, vê-se pela primeira vez o interior do museu de Palmyra, transformado em tribunal pelo EI. De acordo com fotografias, "os personagens das tampas dos sarcófagos foram martelados, todas as estátuas foram derrubadas, decapitadas e quebradas", lamentou a especialista.

Típicas de Palmyra, as lápides "foram arrancadas de forma selvagem das paredes, provavelmente para serem vendidas pelo Daesh no mercado do arte", apontou. /AFP

PARIS - A historiadora Annie Sartre-Fauriat, membro do grupo de especialistas da Unesco para o patrimônio sírio, duvida da "capacidade de se reconstruir Palmyra", depois de ver as destruições e os saques no local e no museu, também "devastado" pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

"Todo o mundo se entusiasma porque Palmyra foi libertada, entre aspas, mas não se pode esquecer de tudo que foi destruído e da catástrofe humanitária do país. Estou perplexa com a capacidade, inclusive com a ajuda internacional, de reconstruir Palmyra", disse a historiadora especialista em Oriente Médio.

Cidade histórica de Palmyra, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmyra, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: AFP PHOTO / Joseph EID AND Maher AL MOUNES
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP
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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

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Cidade histórica de Palmira, na Síria, após a expulsão do EI

Foto: SANA via AP

Annie integra o grupo de especialistas constituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em 2013 sobre o patrimônio sírio.

"Quando ouço dizer que se vai reconstruir o templo de Bel, me parece ilusório. Não se pode reconstruir algo que se encontra em um estado de escombros e de pó. Construir o quê? Um templo novo? Talvez haja outras prioridades na Síria antes de reconstruir as ruínas", observa.

Além da cidadela do século XIII, arrasada durante os combates na cidade, os extremistas destruíram os templos de Bel e de Baal, assim como o Arco de Triunfo, algumas torres funerárias e o Leão de Al-Lat.

Conhecida como "a pérola do deserto", Palmyra tem mais de 2 mil anos de antiguidade e é considerada Patrimônio Mundial da Humanidade da Unesco.

O responsável por Antiguidades e Museus da Síria disse na segunda-feira que serão necessários pelo menos cinco anos para reabilitar os monumentos destruídos ou danificados em Palmyra, ocupada pelos extremistas durante dez meses.

"Se tivermos a aprovação da Unesco, serão necessários cinco anos para restaurar os imóveis destruídos e danificados pelo EI", declarou Maamun Abdelkarim. "Temos pessoal qualificado, temos conhecimento e estudo, mas é necessária a aprovação da Unesco, e poderemos começar os trabalhos em um ano", acrescentou.

"Também será necessário que a guerra acabe e o sítio seja protegido", afirma Annie. "Enquanto o Exército sírio estiver no interior, não estou tranquila. Não esqueçamos de que o Exército, que ocupou o lugar entre 2012 e 2015, causou muita destruição e saques", lembra a historiadora.

Templo em Palmyra, antes e depois de ser destruído pelo Estado Islâmico

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Templo de Baal Shamin, em Palmira

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Templo de Baal Shamin, em Palmira

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Templo de Baal Shamin, em Palmira

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Palmyra

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Templo de Baal Shamin, em Palmira

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Templo de Baal Shamin, em Palmira

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Templo de Baal Shamin, em Palmira

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Explosão em templo de Baal Shamin

Foto: AP
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Templo de Baal Shamin em Palmyra

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Explosivos usados em Palmyra

Foto: AP
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Destruição do templo Baal Shamin

Foto: AFP
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Destruição do templo Baal Shamin

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Palmyra

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"Não nos enganemos. Não é porque retomamos Palmyra do Daesh (acrônimo do EI, em árabe) que a guerra terminou. Esta recuperação é uma operação política e midiática em relação à opinião pública do regime de Bashar Assad", completou.

Segundo Annie, que constantemente recebe novas fotografias e vídeos diretamente da região, "muitos vestígios têm de ser dados por perdidos".

Em um vídeo recebido na segunda-feira, vê-se pela primeira vez o interior do museu de Palmyra, transformado em tribunal pelo EI. De acordo com fotografias, "os personagens das tampas dos sarcófagos foram martelados, todas as estátuas foram derrubadas, decapitadas e quebradas", lamentou a especialista.

Típicas de Palmyra, as lápides "foram arrancadas de forma selvagem das paredes, provavelmente para serem vendidas pelo Daesh no mercado do arte", apontou. /AFP

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