Estado holandês é parcialmente responsável por massacre de Srebrenica, diz Corte


Para juiz de corte de apelação, os capacetes azuis do país sabiam que havia 'risco real de que (homens e garotos muçulmanos) tivessem tratamento desumano por parte dos sérvios da Bósnia'

Por Redação

HAIA, HOLANDA - Uma Corte de Apelação holandesa determinou nesta terça-feira, 27, que o Estado holandês é parcialmente responsável pela morte de 350 muçulmanos durante o massacre de Srebrenica em 1995 e ordenou o pagamento de uma indenização.

"A Corte considera que o Estado holandês atuou de maneira ilegal" e "condena o Estado a pagar uma indenização parcial" às famílias das vítimas, declarou o juiz Gepke Dulek.

Capacetes azuis holandeses sentados em cima de veículo militar observam refugiados muçulmanos perto do vilarejo de Potocari, em Srebrenica, na Bósnia, em 13 de julho de 1995 Foto: AP
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O juiz acrescentou que os capacetes azuis holandeses facilitaram a separação de homens e garotos muçulmanos, "sabendo que havia um risco real de que teriam um tratamento desumano por parte dos sérvios da Bósnia".

Cerca de 8.000 homens e meninos muçulmanos foram mortos em 1995 durante o genocídio de Srebrenica, palco das piores atrocidades na Europa desde a 2ª Guerra. As tropas holandesas, conhecidas como "Dutchbat", entrincheiradas em sua base, haviam acolhido milhares de refugiados no enclave das Nações Unidas.

Mas, sob grande pressão, primeiro fecharam as portas aos novos recém-chegados e depois permitiram que os sérvios da Bósnia removessem os refugiados. Os homens e os meninos foram então separados e colocados em ônibus. "Dutchbat deveria ter alertado esses homens sobre os riscos que estavam correndo e deveria tê-los deixado escolher permanecer no enclave enquanto sua família era retirada", continuou o juiz.

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No entanto, o Tribunal de Recurso condena o Estado holandês a pagar apenas 30% da indenização reclamada pelas famílias das vítimas, porque "não é certo que essas pessoas não seriam mortas mais tarde, mesmo que tivessem permanecido no enclave".

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Os caixões de 136 vítimas do massacre dejulho de 1995 deixaram o necrotério de Visoko, na Bósnia, e foram levados ao memorial de Srebrenica. Eles serão enterrados no sábado.

Um tribunal de primeira instância já havia decidido em 2014 que o Estado holandês era responsável pela morte desses 350 homens e meninos bósnios. O Estado holandês havia recorrido da sentença, dizendo que ninguém poderia ter previsto um genocídio. 

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Na Holanda, o papel dos ex-capacetes azuis continua causando polêmica. Mais de 200 deles também pedem indenização do governo por terem sido enviados a Srebrenica para "uma missão irrealista em circunstâncias impossíveis", segundo as palavras de Jeanine Hennis-Plasschaert, ministra da Defesa. / AFP

HAIA, HOLANDA - Uma Corte de Apelação holandesa determinou nesta terça-feira, 27, que o Estado holandês é parcialmente responsável pela morte de 350 muçulmanos durante o massacre de Srebrenica em 1995 e ordenou o pagamento de uma indenização.

"A Corte considera que o Estado holandês atuou de maneira ilegal" e "condena o Estado a pagar uma indenização parcial" às famílias das vítimas, declarou o juiz Gepke Dulek.

Capacetes azuis holandeses sentados em cima de veículo militar observam refugiados muçulmanos perto do vilarejo de Potocari, em Srebrenica, na Bósnia, em 13 de julho de 1995 Foto: AP

O juiz acrescentou que os capacetes azuis holandeses facilitaram a separação de homens e garotos muçulmanos, "sabendo que havia um risco real de que teriam um tratamento desumano por parte dos sérvios da Bósnia".

Cerca de 8.000 homens e meninos muçulmanos foram mortos em 1995 durante o genocídio de Srebrenica, palco das piores atrocidades na Europa desde a 2ª Guerra. As tropas holandesas, conhecidas como "Dutchbat", entrincheiradas em sua base, haviam acolhido milhares de refugiados no enclave das Nações Unidas.

Mas, sob grande pressão, primeiro fecharam as portas aos novos recém-chegados e depois permitiram que os sérvios da Bósnia removessem os refugiados. Os homens e os meninos foram então separados e colocados em ônibus. "Dutchbat deveria ter alertado esses homens sobre os riscos que estavam correndo e deveria tê-los deixado escolher permanecer no enclave enquanto sua família era retirada", continuou o juiz.

No entanto, o Tribunal de Recurso condena o Estado holandês a pagar apenas 30% da indenização reclamada pelas famílias das vítimas, porque "não é certo que essas pessoas não seriam mortas mais tarde, mesmo que tivessem permanecido no enclave".

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Os caixões de 136 vítimas do massacre dejulho de 1995 deixaram o necrotério de Visoko, na Bósnia, e foram levados ao memorial de Srebrenica. Eles serão enterrados no sábado.

Um tribunal de primeira instância já havia decidido em 2014 que o Estado holandês era responsável pela morte desses 350 homens e meninos bósnios. O Estado holandês havia recorrido da sentença, dizendo que ninguém poderia ter previsto um genocídio. 

Na Holanda, o papel dos ex-capacetes azuis continua causando polêmica. Mais de 200 deles também pedem indenização do governo por terem sido enviados a Srebrenica para "uma missão irrealista em circunstâncias impossíveis", segundo as palavras de Jeanine Hennis-Plasschaert, ministra da Defesa. / AFP

HAIA, HOLANDA - Uma Corte de Apelação holandesa determinou nesta terça-feira, 27, que o Estado holandês é parcialmente responsável pela morte de 350 muçulmanos durante o massacre de Srebrenica em 1995 e ordenou o pagamento de uma indenização.

"A Corte considera que o Estado holandês atuou de maneira ilegal" e "condena o Estado a pagar uma indenização parcial" às famílias das vítimas, declarou o juiz Gepke Dulek.

Capacetes azuis holandeses sentados em cima de veículo militar observam refugiados muçulmanos perto do vilarejo de Potocari, em Srebrenica, na Bósnia, em 13 de julho de 1995 Foto: AP

O juiz acrescentou que os capacetes azuis holandeses facilitaram a separação de homens e garotos muçulmanos, "sabendo que havia um risco real de que teriam um tratamento desumano por parte dos sérvios da Bósnia".

Cerca de 8.000 homens e meninos muçulmanos foram mortos em 1995 durante o genocídio de Srebrenica, palco das piores atrocidades na Europa desde a 2ª Guerra. As tropas holandesas, conhecidas como "Dutchbat", entrincheiradas em sua base, haviam acolhido milhares de refugiados no enclave das Nações Unidas.

Mas, sob grande pressão, primeiro fecharam as portas aos novos recém-chegados e depois permitiram que os sérvios da Bósnia removessem os refugiados. Os homens e os meninos foram então separados e colocados em ônibus. "Dutchbat deveria ter alertado esses homens sobre os riscos que estavam correndo e deveria tê-los deixado escolher permanecer no enclave enquanto sua família era retirada", continuou o juiz.

No entanto, o Tribunal de Recurso condena o Estado holandês a pagar apenas 30% da indenização reclamada pelas famílias das vítimas, porque "não é certo que essas pessoas não seriam mortas mais tarde, mesmo que tivessem permanecido no enclave".

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Os caixões de 136 vítimas do massacre dejulho de 1995 deixaram o necrotério de Visoko, na Bósnia, e foram levados ao memorial de Srebrenica. Eles serão enterrados no sábado.

Um tribunal de primeira instância já havia decidido em 2014 que o Estado holandês era responsável pela morte desses 350 homens e meninos bósnios. O Estado holandês havia recorrido da sentença, dizendo que ninguém poderia ter previsto um genocídio. 

Na Holanda, o papel dos ex-capacetes azuis continua causando polêmica. Mais de 200 deles também pedem indenização do governo por terem sido enviados a Srebrenica para "uma missão irrealista em circunstâncias impossíveis", segundo as palavras de Jeanine Hennis-Plasschaert, ministra da Defesa. / AFP

HAIA, HOLANDA - Uma Corte de Apelação holandesa determinou nesta terça-feira, 27, que o Estado holandês é parcialmente responsável pela morte de 350 muçulmanos durante o massacre de Srebrenica em 1995 e ordenou o pagamento de uma indenização.

"A Corte considera que o Estado holandês atuou de maneira ilegal" e "condena o Estado a pagar uma indenização parcial" às famílias das vítimas, declarou o juiz Gepke Dulek.

Capacetes azuis holandeses sentados em cima de veículo militar observam refugiados muçulmanos perto do vilarejo de Potocari, em Srebrenica, na Bósnia, em 13 de julho de 1995 Foto: AP

O juiz acrescentou que os capacetes azuis holandeses facilitaram a separação de homens e garotos muçulmanos, "sabendo que havia um risco real de que teriam um tratamento desumano por parte dos sérvios da Bósnia".

Cerca de 8.000 homens e meninos muçulmanos foram mortos em 1995 durante o genocídio de Srebrenica, palco das piores atrocidades na Europa desde a 2ª Guerra. As tropas holandesas, conhecidas como "Dutchbat", entrincheiradas em sua base, haviam acolhido milhares de refugiados no enclave das Nações Unidas.

Mas, sob grande pressão, primeiro fecharam as portas aos novos recém-chegados e depois permitiram que os sérvios da Bósnia removessem os refugiados. Os homens e os meninos foram então separados e colocados em ônibus. "Dutchbat deveria ter alertado esses homens sobre os riscos que estavam correndo e deveria tê-los deixado escolher permanecer no enclave enquanto sua família era retirada", continuou o juiz.

No entanto, o Tribunal de Recurso condena o Estado holandês a pagar apenas 30% da indenização reclamada pelas famílias das vítimas, porque "não é certo que essas pessoas não seriam mortas mais tarde, mesmo que tivessem permanecido no enclave".

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Os caixões de 136 vítimas do massacre dejulho de 1995 deixaram o necrotério de Visoko, na Bósnia, e foram levados ao memorial de Srebrenica. Eles serão enterrados no sábado.

Um tribunal de primeira instância já havia decidido em 2014 que o Estado holandês era responsável pela morte desses 350 homens e meninos bósnios. O Estado holandês havia recorrido da sentença, dizendo que ninguém poderia ter previsto um genocídio. 

Na Holanda, o papel dos ex-capacetes azuis continua causando polêmica. Mais de 200 deles também pedem indenização do governo por terem sido enviados a Srebrenica para "uma missão irrealista em circunstâncias impossíveis", segundo as palavras de Jeanine Hennis-Plasschaert, ministra da Defesa. / AFP

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