Acusações durante eleições deterioram relação entre EUA e Rússia


Próximo presidente americano herdará relações com Moscou em seu pior nível desde a Guerra Fria, de acordo com analistas

Por Redação Internacional

Renata Tranches

Para os americanos, é interferência. Para os russos, histeria. De qualquer forma, as reclamações de que Moscou está interferindo na disputa pela Casa Branca, hackeando e-mails e fazendo vazar informações, tornaram-se uma das questões centrais das eleições e ajudaram a levar as relações entre os dois países a seu pior nível desde a Guerra Fria.

Durante os debates e em toda a campanha, a troca de acusações entre Hillary Clinton e Donald Trump sobre o tema foi constante. Para a democrata, a Rússia é responsável pela divulgação de e-mails de sua equipe e teria agido para favorecer o republicano. Este, ao contrário, não vê problemas em afirmar que o presidente russo, Vladimir Putin, é melhor líder que o americano, Barack Obama, e pediu publicamente aos hackers russos que forneçam mais material sobre o Partido Democrata.

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Vladimir Putin faz discurso em Moscou. Foto: Sergei Karpukhin/Reuters

Nesse cenário, independentemente do partido que vencer na terça-feira, o próximo presidente dos EUA herdará uma deteriorada relação com Moscou, na opinião do ex-embaixador americano na Rússia James F. Collins. "A presunção de que a Rússia esteja por trás dos ataques de hackers e do uso dessas comunicações privadas para qualquer que seja o propósito, com certeza, não ajudará a construir nenhuma confiança entre o novo presidente e o lado russo", afirmou Collins em entrevista ao Estado.

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As denúncias, que para o diplomata são apenas mais um capítulo no desgate das relações, tornarão mais difícil o estabelecimento de qualquer tipo de comunicação entre os dois países. "As relações entre os EUA e a Rússia, neste momento, estão em seu ponto mais baixo desde o fim da Guerra Fria."

Já o cientista político da Universidade do Estado de Iowa, Richard Mansbach, diz acreditar que há espaço para uma deterioração maior, dependendo de quem for eleito. "Em geral, Putin tem uma propensão para 'testar' e causar problemas para novos líderes americanos", disse. "As relações poderão ficar ainda mais difíceis se os EUA não anteciparem um comportamento mais duro de Putin na Europa e no Oriente Médio."

Nos últimos meses, lembra Mansbach, Hillary defendeu consistentemente políticas mais duras em resposta à "agressividade russa na Ucrânia e na Síria". Ele se refere à anexação da Crimeia por parte de Moscou durante o conflito da Ucrânia, os combates russos no leste ucraniano e a entrada da Rússia, ao lado do regime de Bashar Assad no conflito sírio, no qual os EUA apoiam o lado opositor.

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Durante uma coletiva à imprensa em Miami, na Flórida, o candidato republicano à Casa Branca Donald Trump ironizou a inteligência russa e comentou os recentes ataques extremistas à França.

Em meio ao agravamento da crise, nas últimas semanas, Moscou suspendeu três acordos nucleares com Washington, movimentou mísseis Iskander-M com capacidade nuclear no enclave de Kaliningrado, na fronteira com a Polônia e a Lituânia, enviou três navios de guerra, portando mísseis de longo alcance, do Mar Negro para o Mediterrâneo. Nos EUA, os serviços de inteligência americanos culparam hackers russos de estarem por trás do vazamento dos e-mails da campanha democrata.

"A Rússia usa a força para perseguir seus objetivos. Os EUA recorrem a sanções econômicas para tentar barrá-la. Francamente, não estamos indo muito bem, de jeito nenhum, sobre as maneiras de reconstruir nossa relação", afirma Collins.

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Se são verdadeiras ou não as alegações de interferência de hackers russos nas eleições americanas - o presidente russo disse recentemente que não passavam de histeria -, elas já criaram uma grande desconfiança entre os eleitores, segundo o diplomata. "Essas informações fizeram surgir questionamentos sobre a integridade de nosso sistema eleitoral, o que muitas pessoas consideram extremamente perigoso", afirma.

Renata Tranches

Para os americanos, é interferência. Para os russos, histeria. De qualquer forma, as reclamações de que Moscou está interferindo na disputa pela Casa Branca, hackeando e-mails e fazendo vazar informações, tornaram-se uma das questões centrais das eleições e ajudaram a levar as relações entre os dois países a seu pior nível desde a Guerra Fria.

Durante os debates e em toda a campanha, a troca de acusações entre Hillary Clinton e Donald Trump sobre o tema foi constante. Para a democrata, a Rússia é responsável pela divulgação de e-mails de sua equipe e teria agido para favorecer o republicano. Este, ao contrário, não vê problemas em afirmar que o presidente russo, Vladimir Putin, é melhor líder que o americano, Barack Obama, e pediu publicamente aos hackers russos que forneçam mais material sobre o Partido Democrata.

Vladimir Putin faz discurso em Moscou. Foto: Sergei Karpukhin/Reuters

Nesse cenário, independentemente do partido que vencer na terça-feira, o próximo presidente dos EUA herdará uma deteriorada relação com Moscou, na opinião do ex-embaixador americano na Rússia James F. Collins. "A presunção de que a Rússia esteja por trás dos ataques de hackers e do uso dessas comunicações privadas para qualquer que seja o propósito, com certeza, não ajudará a construir nenhuma confiança entre o novo presidente e o lado russo", afirmou Collins em entrevista ao Estado.

As denúncias, que para o diplomata são apenas mais um capítulo no desgate das relações, tornarão mais difícil o estabelecimento de qualquer tipo de comunicação entre os dois países. "As relações entre os EUA e a Rússia, neste momento, estão em seu ponto mais baixo desde o fim da Guerra Fria."

Já o cientista político da Universidade do Estado de Iowa, Richard Mansbach, diz acreditar que há espaço para uma deterioração maior, dependendo de quem for eleito. "Em geral, Putin tem uma propensão para 'testar' e causar problemas para novos líderes americanos", disse. "As relações poderão ficar ainda mais difíceis se os EUA não anteciparem um comportamento mais duro de Putin na Europa e no Oriente Médio."

Nos últimos meses, lembra Mansbach, Hillary defendeu consistentemente políticas mais duras em resposta à "agressividade russa na Ucrânia e na Síria". Ele se refere à anexação da Crimeia por parte de Moscou durante o conflito da Ucrânia, os combates russos no leste ucraniano e a entrada da Rússia, ao lado do regime de Bashar Assad no conflito sírio, no qual os EUA apoiam o lado opositor.

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Durante uma coletiva à imprensa em Miami, na Flórida, o candidato republicano à Casa Branca Donald Trump ironizou a inteligência russa e comentou os recentes ataques extremistas à França.

Em meio ao agravamento da crise, nas últimas semanas, Moscou suspendeu três acordos nucleares com Washington, movimentou mísseis Iskander-M com capacidade nuclear no enclave de Kaliningrado, na fronteira com a Polônia e a Lituânia, enviou três navios de guerra, portando mísseis de longo alcance, do Mar Negro para o Mediterrâneo. Nos EUA, os serviços de inteligência americanos culparam hackers russos de estarem por trás do vazamento dos e-mails da campanha democrata.

"A Rússia usa a força para perseguir seus objetivos. Os EUA recorrem a sanções econômicas para tentar barrá-la. Francamente, não estamos indo muito bem, de jeito nenhum, sobre as maneiras de reconstruir nossa relação", afirma Collins.

Se são verdadeiras ou não as alegações de interferência de hackers russos nas eleições americanas - o presidente russo disse recentemente que não passavam de histeria -, elas já criaram uma grande desconfiança entre os eleitores, segundo o diplomata. "Essas informações fizeram surgir questionamentos sobre a integridade de nosso sistema eleitoral, o que muitas pessoas consideram extremamente perigoso", afirma.

Renata Tranches

Para os americanos, é interferência. Para os russos, histeria. De qualquer forma, as reclamações de que Moscou está interferindo na disputa pela Casa Branca, hackeando e-mails e fazendo vazar informações, tornaram-se uma das questões centrais das eleições e ajudaram a levar as relações entre os dois países a seu pior nível desde a Guerra Fria.

Durante os debates e em toda a campanha, a troca de acusações entre Hillary Clinton e Donald Trump sobre o tema foi constante. Para a democrata, a Rússia é responsável pela divulgação de e-mails de sua equipe e teria agido para favorecer o republicano. Este, ao contrário, não vê problemas em afirmar que o presidente russo, Vladimir Putin, é melhor líder que o americano, Barack Obama, e pediu publicamente aos hackers russos que forneçam mais material sobre o Partido Democrata.

Vladimir Putin faz discurso em Moscou. Foto: Sergei Karpukhin/Reuters

Nesse cenário, independentemente do partido que vencer na terça-feira, o próximo presidente dos EUA herdará uma deteriorada relação com Moscou, na opinião do ex-embaixador americano na Rússia James F. Collins. "A presunção de que a Rússia esteja por trás dos ataques de hackers e do uso dessas comunicações privadas para qualquer que seja o propósito, com certeza, não ajudará a construir nenhuma confiança entre o novo presidente e o lado russo", afirmou Collins em entrevista ao Estado.

As denúncias, que para o diplomata são apenas mais um capítulo no desgate das relações, tornarão mais difícil o estabelecimento de qualquer tipo de comunicação entre os dois países. "As relações entre os EUA e a Rússia, neste momento, estão em seu ponto mais baixo desde o fim da Guerra Fria."

Já o cientista político da Universidade do Estado de Iowa, Richard Mansbach, diz acreditar que há espaço para uma deterioração maior, dependendo de quem for eleito. "Em geral, Putin tem uma propensão para 'testar' e causar problemas para novos líderes americanos", disse. "As relações poderão ficar ainda mais difíceis se os EUA não anteciparem um comportamento mais duro de Putin na Europa e no Oriente Médio."

Nos últimos meses, lembra Mansbach, Hillary defendeu consistentemente políticas mais duras em resposta à "agressividade russa na Ucrânia e na Síria". Ele se refere à anexação da Crimeia por parte de Moscou durante o conflito da Ucrânia, os combates russos no leste ucraniano e a entrada da Rússia, ao lado do regime de Bashar Assad no conflito sírio, no qual os EUA apoiam o lado opositor.

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Durante uma coletiva à imprensa em Miami, na Flórida, o candidato republicano à Casa Branca Donald Trump ironizou a inteligência russa e comentou os recentes ataques extremistas à França.

Em meio ao agravamento da crise, nas últimas semanas, Moscou suspendeu três acordos nucleares com Washington, movimentou mísseis Iskander-M com capacidade nuclear no enclave de Kaliningrado, na fronteira com a Polônia e a Lituânia, enviou três navios de guerra, portando mísseis de longo alcance, do Mar Negro para o Mediterrâneo. Nos EUA, os serviços de inteligência americanos culparam hackers russos de estarem por trás do vazamento dos e-mails da campanha democrata.

"A Rússia usa a força para perseguir seus objetivos. Os EUA recorrem a sanções econômicas para tentar barrá-la. Francamente, não estamos indo muito bem, de jeito nenhum, sobre as maneiras de reconstruir nossa relação", afirma Collins.

Se são verdadeiras ou não as alegações de interferência de hackers russos nas eleições americanas - o presidente russo disse recentemente que não passavam de histeria -, elas já criaram uma grande desconfiança entre os eleitores, segundo o diplomata. "Essas informações fizeram surgir questionamentos sobre a integridade de nosso sistema eleitoral, o que muitas pessoas consideram extremamente perigoso", afirma.

Renata Tranches

Para os americanos, é interferência. Para os russos, histeria. De qualquer forma, as reclamações de que Moscou está interferindo na disputa pela Casa Branca, hackeando e-mails e fazendo vazar informações, tornaram-se uma das questões centrais das eleições e ajudaram a levar as relações entre os dois países a seu pior nível desde a Guerra Fria.

Durante os debates e em toda a campanha, a troca de acusações entre Hillary Clinton e Donald Trump sobre o tema foi constante. Para a democrata, a Rússia é responsável pela divulgação de e-mails de sua equipe e teria agido para favorecer o republicano. Este, ao contrário, não vê problemas em afirmar que o presidente russo, Vladimir Putin, é melhor líder que o americano, Barack Obama, e pediu publicamente aos hackers russos que forneçam mais material sobre o Partido Democrata.

Vladimir Putin faz discurso em Moscou. Foto: Sergei Karpukhin/Reuters

Nesse cenário, independentemente do partido que vencer na terça-feira, o próximo presidente dos EUA herdará uma deteriorada relação com Moscou, na opinião do ex-embaixador americano na Rússia James F. Collins. "A presunção de que a Rússia esteja por trás dos ataques de hackers e do uso dessas comunicações privadas para qualquer que seja o propósito, com certeza, não ajudará a construir nenhuma confiança entre o novo presidente e o lado russo", afirmou Collins em entrevista ao Estado.

As denúncias, que para o diplomata são apenas mais um capítulo no desgate das relações, tornarão mais difícil o estabelecimento de qualquer tipo de comunicação entre os dois países. "As relações entre os EUA e a Rússia, neste momento, estão em seu ponto mais baixo desde o fim da Guerra Fria."

Já o cientista político da Universidade do Estado de Iowa, Richard Mansbach, diz acreditar que há espaço para uma deterioração maior, dependendo de quem for eleito. "Em geral, Putin tem uma propensão para 'testar' e causar problemas para novos líderes americanos", disse. "As relações poderão ficar ainda mais difíceis se os EUA não anteciparem um comportamento mais duro de Putin na Europa e no Oriente Médio."

Nos últimos meses, lembra Mansbach, Hillary defendeu consistentemente políticas mais duras em resposta à "agressividade russa na Ucrânia e na Síria". Ele se refere à anexação da Crimeia por parte de Moscou durante o conflito da Ucrânia, os combates russos no leste ucraniano e a entrada da Rússia, ao lado do regime de Bashar Assad no conflito sírio, no qual os EUA apoiam o lado opositor.

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Durante uma coletiva à imprensa em Miami, na Flórida, o candidato republicano à Casa Branca Donald Trump ironizou a inteligência russa e comentou os recentes ataques extremistas à França.

Em meio ao agravamento da crise, nas últimas semanas, Moscou suspendeu três acordos nucleares com Washington, movimentou mísseis Iskander-M com capacidade nuclear no enclave de Kaliningrado, na fronteira com a Polônia e a Lituânia, enviou três navios de guerra, portando mísseis de longo alcance, do Mar Negro para o Mediterrâneo. Nos EUA, os serviços de inteligência americanos culparam hackers russos de estarem por trás do vazamento dos e-mails da campanha democrata.

"A Rússia usa a força para perseguir seus objetivos. Os EUA recorrem a sanções econômicas para tentar barrá-la. Francamente, não estamos indo muito bem, de jeito nenhum, sobre as maneiras de reconstruir nossa relação", afirma Collins.

Se são verdadeiras ou não as alegações de interferência de hackers russos nas eleições americanas - o presidente russo disse recentemente que não passavam de histeria -, elas já criaram uma grande desconfiança entre os eleitores, segundo o diplomata. "Essas informações fizeram surgir questionamentos sobre a integridade de nosso sistema eleitoral, o que muitas pessoas consideram extremamente perigoso", afirma.

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