WASHINGTON - Novos e-mails divulgados pelo site WikiLeaks mostram o comitê de campanha da candidata democrata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, preocupado com a repercussão da reação da comunidade LGBT do país a respeito dos comentários sobre aids feitos pela ex-primeira-dama Nancy Reagan, morta em março.
Os documentos estavam entre os diversos e-mails hackeados do chefe de campanha da ex-secretária de Estado, John Podesta.
Oficiais da inteligência americana culparam o governo russo pela divulgação das informações, com o objetivo de influenciar as eleições no país. Os russos negaram envolvimento.
Os ajudantes de Hillary ficaram preocupados sobre como lidar com a repercussão da comunidade LGBT depois que a democrata elogiou Nancy Reagan por começar um "diálogo nacional" sobre aids nos anos 1980. Ativistas culparam o então presidente Ronald Reagan pelo que eles viam como uma resposta devastadoramente lenta para a crise da doença.
Hillary publicou em sua conta no Twitter um pedido de desculpas após as observações que fez em março sobre o assunto. Mas os assessores da democrata sentiram que a comunidade LGBT estava insatisfeita e concordou em divulgar uma resposta mais detalhada.
Um rascunho da declaração de Hillary começava dizendo: "Cometi um erro". A frase foi mudada de "eu disse uma coisa incorreta" para "eu cometi um erro, claro e simples". / ASSOCIATED PRESS