Hillary usa declarações de rival para atrair voto de republicanos moderados


Barack e Michelle Obama, seus mais poderosos cabos eleitorais, condenaram o discurso depreciativo de Donald Trump em relação às mulheres e disseram que são uma ameaça também para meninos que buscam modelos masculinos para se inspirar

Por Redação Internacional

Cláudia TrevisanCorrespondente / Washington

Com ampla vantagem no eleitorado feminino, a democrata Hillary Clinton está usando o tratamento de seu adversário em relação às mulheres para tentar conquistar o voto de homens republicanos moderados. A mensagem está sendo repetida em anúncios transmitidos em Estados-chave e em declarações de Barack e Michelle Obama, seus mais poderosos cabos eleitorais.

Em discurso no qual condenou as declarações depreciativas de Donald Trump em relação às mulheres, na quinta-feira, a primeira-dama dirigiu-se não apenas ao eleitorado feminino atingido de maneira direta pelos comentários. "Descartar isso como uma conversa cotidiana de vestiário é um insulto a homens decentes", disse Michelle, referindo-se ao vídeo no qual o republicano se gaba de poder fazer o que quiser com as mulheres por ser famoso.

continua após a publicidade
 Foto:

A primeira-dama apresentou as declarações de Trump como uma ameaça às filhas, mulheres, irmãs e mães dos eleitores, mas também a seus filhos, que buscam modelos masculinos nos quais se inspirar.

continua após a publicidade

"Os homens que vocês e eu conhecemos não tratam as mulheres dessa maneira", ressaltou Michelle, mãe de duas adolescentes. Horas mais tarde, Obama ressaltou que a mensagem de sua mulher ia além do universo feminino. "Ela também estava falando em nome dos homens que sabem que somos melhores do que isso, que não queremos ensinar a nossos filhos o tipo de coisas que estamos ouvindo na TV."

Diretor do Instituto Ipsos nos EUA, Clifford Young acredita que os homens brancos com educação superior formam o grupo demográfico que poderá definir a corrida nos 24 dias que faltam para a eleição. Em sua opinião, Trump já perdeu as mulheres e agora corre o risco de ver uma deserção ainda maior no universo masculino de classe média ou classe média alta. "Quando escutam o diálogo, eles pensam 'eu nunca tive uma conversa assim, eu não me reconheço nesse cara'."

A disputa atual registra a maior divisão por nível educacional de eleições recentes americanas e Trump deverá ser o primeiro republicano a perder entre eleitores brancos com ensino superior em seis décadas. Na avaliação de Young, essa tendência pode ser acentuada pela divulgação do vídeo em que o candidato fala de maneira depreciativa do sexo oposto e pelas denúncias de mulheres que dizem ter sido vítimas de investidas impróprias de Trump.

continua após a publicidade

Veterano de guerra e histórico eleitor do Partido Republicano, Robert Kearney é a estrela de um dos comerciais que a campanha de Hillary começou a veicular nesta semana. "Eu sou pai de três garotas e não suporto escutar Donald Trump chamando as mulheres de porcas, cachorras e idiotas. E, com certeza, não quero que minhas filhas escutem isso", diz Kearney no anúncio. "Quero que minhas filhas cresçam orgulhosas e fortes, em uma nação na qual são valorizadas e respeitadas. A América de Donald Trump não é o país pelo qual lutei."

Seu navegador não suporta esse video.

Um novo escândalo envolvendo Donald Trump foi destaque na imprensa americana. Duas mulheres denunciaram terem sido assediadas sexualmente pelo candidato republicano.

Mark Blumenthal, diretor de Pesquisas Eleitorais do SurveyMonkey, avalia que as declarações deverão ter um efeito marginal sobre o voto masculino. Ainda assim, o impacto pode ser crucial em Estados nos quais a disputa está acirrada. Blumenthal observou que Trump obtém 83% das intenções de voto entre eleitores republicanos, porcentual inferior aos 88% conquistados por Hillary entre os democratas. "Se ele perder 2 ou 3 pontos porcentuais, isso será suficiente para deixá-lo trás em alguns Estados nos quais a diferença entre os candidatos é pequena", afirmou.

continua após a publicidade

Em sua opinião, essa possibilidade é mais acentuada nos "swing States" nos quais pessoas com educação superior formam uma parcela significativa do eleitorado, como Carolina do Norte, Colorado e Virgínia.

Cláudia TrevisanCorrespondente / Washington

Com ampla vantagem no eleitorado feminino, a democrata Hillary Clinton está usando o tratamento de seu adversário em relação às mulheres para tentar conquistar o voto de homens republicanos moderados. A mensagem está sendo repetida em anúncios transmitidos em Estados-chave e em declarações de Barack e Michelle Obama, seus mais poderosos cabos eleitorais.

Em discurso no qual condenou as declarações depreciativas de Donald Trump em relação às mulheres, na quinta-feira, a primeira-dama dirigiu-se não apenas ao eleitorado feminino atingido de maneira direta pelos comentários. "Descartar isso como uma conversa cotidiana de vestiário é um insulto a homens decentes", disse Michelle, referindo-se ao vídeo no qual o republicano se gaba de poder fazer o que quiser com as mulheres por ser famoso.

 Foto:

A primeira-dama apresentou as declarações de Trump como uma ameaça às filhas, mulheres, irmãs e mães dos eleitores, mas também a seus filhos, que buscam modelos masculinos nos quais se inspirar.

"Os homens que vocês e eu conhecemos não tratam as mulheres dessa maneira", ressaltou Michelle, mãe de duas adolescentes. Horas mais tarde, Obama ressaltou que a mensagem de sua mulher ia além do universo feminino. "Ela também estava falando em nome dos homens que sabem que somos melhores do que isso, que não queremos ensinar a nossos filhos o tipo de coisas que estamos ouvindo na TV."

Diretor do Instituto Ipsos nos EUA, Clifford Young acredita que os homens brancos com educação superior formam o grupo demográfico que poderá definir a corrida nos 24 dias que faltam para a eleição. Em sua opinião, Trump já perdeu as mulheres e agora corre o risco de ver uma deserção ainda maior no universo masculino de classe média ou classe média alta. "Quando escutam o diálogo, eles pensam 'eu nunca tive uma conversa assim, eu não me reconheço nesse cara'."

A disputa atual registra a maior divisão por nível educacional de eleições recentes americanas e Trump deverá ser o primeiro republicano a perder entre eleitores brancos com ensino superior em seis décadas. Na avaliação de Young, essa tendência pode ser acentuada pela divulgação do vídeo em que o candidato fala de maneira depreciativa do sexo oposto e pelas denúncias de mulheres que dizem ter sido vítimas de investidas impróprias de Trump.

Veterano de guerra e histórico eleitor do Partido Republicano, Robert Kearney é a estrela de um dos comerciais que a campanha de Hillary começou a veicular nesta semana. "Eu sou pai de três garotas e não suporto escutar Donald Trump chamando as mulheres de porcas, cachorras e idiotas. E, com certeza, não quero que minhas filhas escutem isso", diz Kearney no anúncio. "Quero que minhas filhas cresçam orgulhosas e fortes, em uma nação na qual são valorizadas e respeitadas. A América de Donald Trump não é o país pelo qual lutei."

Seu navegador não suporta esse video.

Um novo escândalo envolvendo Donald Trump foi destaque na imprensa americana. Duas mulheres denunciaram terem sido assediadas sexualmente pelo candidato republicano.

Mark Blumenthal, diretor de Pesquisas Eleitorais do SurveyMonkey, avalia que as declarações deverão ter um efeito marginal sobre o voto masculino. Ainda assim, o impacto pode ser crucial em Estados nos quais a disputa está acirrada. Blumenthal observou que Trump obtém 83% das intenções de voto entre eleitores republicanos, porcentual inferior aos 88% conquistados por Hillary entre os democratas. "Se ele perder 2 ou 3 pontos porcentuais, isso será suficiente para deixá-lo trás em alguns Estados nos quais a diferença entre os candidatos é pequena", afirmou.

Em sua opinião, essa possibilidade é mais acentuada nos "swing States" nos quais pessoas com educação superior formam uma parcela significativa do eleitorado, como Carolina do Norte, Colorado e Virgínia.

Cláudia TrevisanCorrespondente / Washington

Com ampla vantagem no eleitorado feminino, a democrata Hillary Clinton está usando o tratamento de seu adversário em relação às mulheres para tentar conquistar o voto de homens republicanos moderados. A mensagem está sendo repetida em anúncios transmitidos em Estados-chave e em declarações de Barack e Michelle Obama, seus mais poderosos cabos eleitorais.

Em discurso no qual condenou as declarações depreciativas de Donald Trump em relação às mulheres, na quinta-feira, a primeira-dama dirigiu-se não apenas ao eleitorado feminino atingido de maneira direta pelos comentários. "Descartar isso como uma conversa cotidiana de vestiário é um insulto a homens decentes", disse Michelle, referindo-se ao vídeo no qual o republicano se gaba de poder fazer o que quiser com as mulheres por ser famoso.

 Foto:

A primeira-dama apresentou as declarações de Trump como uma ameaça às filhas, mulheres, irmãs e mães dos eleitores, mas também a seus filhos, que buscam modelos masculinos nos quais se inspirar.

"Os homens que vocês e eu conhecemos não tratam as mulheres dessa maneira", ressaltou Michelle, mãe de duas adolescentes. Horas mais tarde, Obama ressaltou que a mensagem de sua mulher ia além do universo feminino. "Ela também estava falando em nome dos homens que sabem que somos melhores do que isso, que não queremos ensinar a nossos filhos o tipo de coisas que estamos ouvindo na TV."

Diretor do Instituto Ipsos nos EUA, Clifford Young acredita que os homens brancos com educação superior formam o grupo demográfico que poderá definir a corrida nos 24 dias que faltam para a eleição. Em sua opinião, Trump já perdeu as mulheres e agora corre o risco de ver uma deserção ainda maior no universo masculino de classe média ou classe média alta. "Quando escutam o diálogo, eles pensam 'eu nunca tive uma conversa assim, eu não me reconheço nesse cara'."

A disputa atual registra a maior divisão por nível educacional de eleições recentes americanas e Trump deverá ser o primeiro republicano a perder entre eleitores brancos com ensino superior em seis décadas. Na avaliação de Young, essa tendência pode ser acentuada pela divulgação do vídeo em que o candidato fala de maneira depreciativa do sexo oposto e pelas denúncias de mulheres que dizem ter sido vítimas de investidas impróprias de Trump.

Veterano de guerra e histórico eleitor do Partido Republicano, Robert Kearney é a estrela de um dos comerciais que a campanha de Hillary começou a veicular nesta semana. "Eu sou pai de três garotas e não suporto escutar Donald Trump chamando as mulheres de porcas, cachorras e idiotas. E, com certeza, não quero que minhas filhas escutem isso", diz Kearney no anúncio. "Quero que minhas filhas cresçam orgulhosas e fortes, em uma nação na qual são valorizadas e respeitadas. A América de Donald Trump não é o país pelo qual lutei."

Seu navegador não suporta esse video.

Um novo escândalo envolvendo Donald Trump foi destaque na imprensa americana. Duas mulheres denunciaram terem sido assediadas sexualmente pelo candidato republicano.

Mark Blumenthal, diretor de Pesquisas Eleitorais do SurveyMonkey, avalia que as declarações deverão ter um efeito marginal sobre o voto masculino. Ainda assim, o impacto pode ser crucial em Estados nos quais a disputa está acirrada. Blumenthal observou que Trump obtém 83% das intenções de voto entre eleitores republicanos, porcentual inferior aos 88% conquistados por Hillary entre os democratas. "Se ele perder 2 ou 3 pontos porcentuais, isso será suficiente para deixá-lo trás em alguns Estados nos quais a diferença entre os candidatos é pequena", afirmou.

Em sua opinião, essa possibilidade é mais acentuada nos "swing States" nos quais pessoas com educação superior formam uma parcela significativa do eleitorado, como Carolina do Norte, Colorado e Virgínia.

Cláudia TrevisanCorrespondente / Washington

Com ampla vantagem no eleitorado feminino, a democrata Hillary Clinton está usando o tratamento de seu adversário em relação às mulheres para tentar conquistar o voto de homens republicanos moderados. A mensagem está sendo repetida em anúncios transmitidos em Estados-chave e em declarações de Barack e Michelle Obama, seus mais poderosos cabos eleitorais.

Em discurso no qual condenou as declarações depreciativas de Donald Trump em relação às mulheres, na quinta-feira, a primeira-dama dirigiu-se não apenas ao eleitorado feminino atingido de maneira direta pelos comentários. "Descartar isso como uma conversa cotidiana de vestiário é um insulto a homens decentes", disse Michelle, referindo-se ao vídeo no qual o republicano se gaba de poder fazer o que quiser com as mulheres por ser famoso.

 Foto:

A primeira-dama apresentou as declarações de Trump como uma ameaça às filhas, mulheres, irmãs e mães dos eleitores, mas também a seus filhos, que buscam modelos masculinos nos quais se inspirar.

"Os homens que vocês e eu conhecemos não tratam as mulheres dessa maneira", ressaltou Michelle, mãe de duas adolescentes. Horas mais tarde, Obama ressaltou que a mensagem de sua mulher ia além do universo feminino. "Ela também estava falando em nome dos homens que sabem que somos melhores do que isso, que não queremos ensinar a nossos filhos o tipo de coisas que estamos ouvindo na TV."

Diretor do Instituto Ipsos nos EUA, Clifford Young acredita que os homens brancos com educação superior formam o grupo demográfico que poderá definir a corrida nos 24 dias que faltam para a eleição. Em sua opinião, Trump já perdeu as mulheres e agora corre o risco de ver uma deserção ainda maior no universo masculino de classe média ou classe média alta. "Quando escutam o diálogo, eles pensam 'eu nunca tive uma conversa assim, eu não me reconheço nesse cara'."

A disputa atual registra a maior divisão por nível educacional de eleições recentes americanas e Trump deverá ser o primeiro republicano a perder entre eleitores brancos com ensino superior em seis décadas. Na avaliação de Young, essa tendência pode ser acentuada pela divulgação do vídeo em que o candidato fala de maneira depreciativa do sexo oposto e pelas denúncias de mulheres que dizem ter sido vítimas de investidas impróprias de Trump.

Veterano de guerra e histórico eleitor do Partido Republicano, Robert Kearney é a estrela de um dos comerciais que a campanha de Hillary começou a veicular nesta semana. "Eu sou pai de três garotas e não suporto escutar Donald Trump chamando as mulheres de porcas, cachorras e idiotas. E, com certeza, não quero que minhas filhas escutem isso", diz Kearney no anúncio. "Quero que minhas filhas cresçam orgulhosas e fortes, em uma nação na qual são valorizadas e respeitadas. A América de Donald Trump não é o país pelo qual lutei."

Seu navegador não suporta esse video.

Um novo escândalo envolvendo Donald Trump foi destaque na imprensa americana. Duas mulheres denunciaram terem sido assediadas sexualmente pelo candidato republicano.

Mark Blumenthal, diretor de Pesquisas Eleitorais do SurveyMonkey, avalia que as declarações deverão ter um efeito marginal sobre o voto masculino. Ainda assim, o impacto pode ser crucial em Estados nos quais a disputa está acirrada. Blumenthal observou que Trump obtém 83% das intenções de voto entre eleitores republicanos, porcentual inferior aos 88% conquistados por Hillary entre os democratas. "Se ele perder 2 ou 3 pontos porcentuais, isso será suficiente para deixá-lo trás em alguns Estados nos quais a diferença entre os candidatos é pequena", afirmou.

Em sua opinião, essa possibilidade é mais acentuada nos "swing States" nos quais pessoas com educação superior formam uma parcela significativa do eleitorado, como Carolina do Norte, Colorado e Virgínia.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.