Artigo: O que realmente faz os EUA grandes


Discurso de preocupação com ‘roubo de empregos’ por imigrantes é fachada para preconceito de pessoas como Stephen Bannon

Por Redação Internacional

Maatt O'BrienTHE WASHINGTON POST

Não existe almoço grátis em economia, mas imigrantes altamente qualificados garantem pelo menos um bom desconto. O que significa que permitir a entrada no país de pessoas inteligentes e trabalhadoras dá algo em troca de nada. Elas pagam mais impostos do que usufruem em benefícios, impulsionam a economia de modo a que todos aproveitem e criam muitos dos maiores negócios. Mais da metade da atual safra de startups bilionárias do Vale do Silício foi fundada por imigrantes.

Nesta altura, virou clichê dizer que deveríamos acrescentar vistos de permanência aos diplomas de estrangeiros graduados nas áreas de ciências, matemática, engenharia e tecnologia. Barack Obama já disse isso. E Mitt Romney e Hillary Clinton. Até Donald Trump quase endossou a afirmação no programa de rádio de Stephen Bannon, agora seu principal estrategista.

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Stephen Bannon ex-editor do site Breitbart News ( Foto: Danny Moloshok/AP)

Ao que parece, a única pessoa a discordar é o próprio Bannon. "Quando dois terços ou três quartos dos CEOs do Vale do Silício vêm do sul da Ásia ou da Ásia, eu acho... Um país é mais que uma economia. Somos uma sociedade cívica."

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É difícil imaginar algo que impeça mais a economia americana de ser grande que esse tipo de sentimento anti-imigração. Alguém nascido em Mumbai, Xangai ou qualquer outra parte que tenha conseguido cidadania é tão americano quanto alguém nascido em Massachusetts que possa traçar sua genealogia até o Mayflower. É isso que faz dos EUA os EUA. Não se trata de onde você vem, ou da crença de que alguns sejam melhores que os outros. Trata-se de para onde você vai.

Bannon está certo em um ponto. Um país é mais que uma economia. Isso continuaria sendo verdade mesmo que a imigração altamente qualificada não fosse tão boa para o PIB. Mas ela é. Bannon provavelmente não admitirá isso. Se seu site, Breitbart, for um indício, ele possivelmente dirá que as empresas de tecnologia estão abusando de vistos H-1B para substituir programadores nativos por estrangeiros, mais baratos.

O único problema é que esse não é o caso. Na verdade, é o oposto. As empresas de tecnologia que ficaram em desvantagem no sorteio de vistos de 2007 e 2008 não reagiram contratando mais programadores nativos, mas menos.

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Bannon não está apenas preocupado com imigrantes "roubando" empregos de americanos. Ele se preocupa também com imigrantes criando empregos para americanos, vindo para cá e fundando empresas. O que significa que ele deva ter problemas com 40% da lista das 500 empresas da Fortune. Muitas dessas empresas foram criadas por imigrantes ou por seus filhos - como Apple, Google e Oracle, para citar algumas.

Esse tipo de preconceito não tem nada a ver com economia. É o tipo de preconceito que o site Breitbart destila regularmente em seus ataques a negros, judeus e imigrantes. E é o tipo de preconceito que mostra que os consiglieri ideológicos de Trump não compreendem o que faz os EUA grandes. / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

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Foto: REUTERS/Shannon Stapleton
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Não existe almoço grátis em economia, mas imigrantes altamente qualificados garantem pelo menos um bom desconto. O que significa que permitir a entrada no país de pessoas inteligentes e trabalhadoras dá algo em troca de nada. Elas pagam mais impostos do que usufruem em benefícios, impulsionam a economia de modo a que todos aproveitem e criam muitos dos maiores negócios. Mais da metade da atual safra de startups bilionárias do Vale do Silício foi fundada por imigrantes.

Nesta altura, virou clichê dizer que deveríamos acrescentar vistos de permanência aos diplomas de estrangeiros graduados nas áreas de ciências, matemática, engenharia e tecnologia. Barack Obama já disse isso. E Mitt Romney e Hillary Clinton. Até Donald Trump quase endossou a afirmação no programa de rádio de Stephen Bannon, agora seu principal estrategista.

Stephen Bannon ex-editor do site Breitbart News ( Foto: Danny Moloshok/AP)

Ao que parece, a única pessoa a discordar é o próprio Bannon. "Quando dois terços ou três quartos dos CEOs do Vale do Silício vêm do sul da Ásia ou da Ásia, eu acho... Um país é mais que uma economia. Somos uma sociedade cívica."

É difícil imaginar algo que impeça mais a economia americana de ser grande que esse tipo de sentimento anti-imigração. Alguém nascido em Mumbai, Xangai ou qualquer outra parte que tenha conseguido cidadania é tão americano quanto alguém nascido em Massachusetts que possa traçar sua genealogia até o Mayflower. É isso que faz dos EUA os EUA. Não se trata de onde você vem, ou da crença de que alguns sejam melhores que os outros. Trata-se de para onde você vai.

Bannon está certo em um ponto. Um país é mais que uma economia. Isso continuaria sendo verdade mesmo que a imigração altamente qualificada não fosse tão boa para o PIB. Mas ela é. Bannon provavelmente não admitirá isso. Se seu site, Breitbart, for um indício, ele possivelmente dirá que as empresas de tecnologia estão abusando de vistos H-1B para substituir programadores nativos por estrangeiros, mais baratos.

O único problema é que esse não é o caso. Na verdade, é o oposto. As empresas de tecnologia que ficaram em desvantagem no sorteio de vistos de 2007 e 2008 não reagiram contratando mais programadores nativos, mas menos.

Bannon não está apenas preocupado com imigrantes "roubando" empregos de americanos. Ele se preocupa também com imigrantes criando empregos para americanos, vindo para cá e fundando empresas. O que significa que ele deva ter problemas com 40% da lista das 500 empresas da Fortune. Muitas dessas empresas foram criadas por imigrantes ou por seus filhos - como Apple, Google e Oracle, para citar algumas.

Esse tipo de preconceito não tem nada a ver com economia. É o tipo de preconceito que o site Breitbart destila regularmente em seus ataques a negros, judeus e imigrantes. E é o tipo de preconceito que mostra que os consiglieri ideológicos de Trump não compreendem o que faz os EUA grandes. / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

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Nesta altura, virou clichê dizer que deveríamos acrescentar vistos de permanência aos diplomas de estrangeiros graduados nas áreas de ciências, matemática, engenharia e tecnologia. Barack Obama já disse isso. E Mitt Romney e Hillary Clinton. Até Donald Trump quase endossou a afirmação no programa de rádio de Stephen Bannon, agora seu principal estrategista.

Stephen Bannon ex-editor do site Breitbart News ( Foto: Danny Moloshok/AP)

Ao que parece, a única pessoa a discordar é o próprio Bannon. "Quando dois terços ou três quartos dos CEOs do Vale do Silício vêm do sul da Ásia ou da Ásia, eu acho... Um país é mais que uma economia. Somos uma sociedade cívica."

É difícil imaginar algo que impeça mais a economia americana de ser grande que esse tipo de sentimento anti-imigração. Alguém nascido em Mumbai, Xangai ou qualquer outra parte que tenha conseguido cidadania é tão americano quanto alguém nascido em Massachusetts que possa traçar sua genealogia até o Mayflower. É isso que faz dos EUA os EUA. Não se trata de onde você vem, ou da crença de que alguns sejam melhores que os outros. Trata-se de para onde você vai.

Bannon está certo em um ponto. Um país é mais que uma economia. Isso continuaria sendo verdade mesmo que a imigração altamente qualificada não fosse tão boa para o PIB. Mas ela é. Bannon provavelmente não admitirá isso. Se seu site, Breitbart, for um indício, ele possivelmente dirá que as empresas de tecnologia estão abusando de vistos H-1B para substituir programadores nativos por estrangeiros, mais baratos.

O único problema é que esse não é o caso. Na verdade, é o oposto. As empresas de tecnologia que ficaram em desvantagem no sorteio de vistos de 2007 e 2008 não reagiram contratando mais programadores nativos, mas menos.

Bannon não está apenas preocupado com imigrantes "roubando" empregos de americanos. Ele se preocupa também com imigrantes criando empregos para americanos, vindo para cá e fundando empresas. O que significa que ele deva ter problemas com 40% da lista das 500 empresas da Fortune. Muitas dessas empresas foram criadas por imigrantes ou por seus filhos - como Apple, Google e Oracle, para citar algumas.

Esse tipo de preconceito não tem nada a ver com economia. É o tipo de preconceito que o site Breitbart destila regularmente em seus ataques a negros, judeus e imigrantes. E é o tipo de preconceito que mostra que os consiglieri ideológicos de Trump não compreendem o que faz os EUA grandes. / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

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Nesta altura, virou clichê dizer que deveríamos acrescentar vistos de permanência aos diplomas de estrangeiros graduados nas áreas de ciências, matemática, engenharia e tecnologia. Barack Obama já disse isso. E Mitt Romney e Hillary Clinton. Até Donald Trump quase endossou a afirmação no programa de rádio de Stephen Bannon, agora seu principal estrategista.

Stephen Bannon ex-editor do site Breitbart News ( Foto: Danny Moloshok/AP)

Ao que parece, a única pessoa a discordar é o próprio Bannon. "Quando dois terços ou três quartos dos CEOs do Vale do Silício vêm do sul da Ásia ou da Ásia, eu acho... Um país é mais que uma economia. Somos uma sociedade cívica."

É difícil imaginar algo que impeça mais a economia americana de ser grande que esse tipo de sentimento anti-imigração. Alguém nascido em Mumbai, Xangai ou qualquer outra parte que tenha conseguido cidadania é tão americano quanto alguém nascido em Massachusetts que possa traçar sua genealogia até o Mayflower. É isso que faz dos EUA os EUA. Não se trata de onde você vem, ou da crença de que alguns sejam melhores que os outros. Trata-se de para onde você vai.

Bannon está certo em um ponto. Um país é mais que uma economia. Isso continuaria sendo verdade mesmo que a imigração altamente qualificada não fosse tão boa para o PIB. Mas ela é. Bannon provavelmente não admitirá isso. Se seu site, Breitbart, for um indício, ele possivelmente dirá que as empresas de tecnologia estão abusando de vistos H-1B para substituir programadores nativos por estrangeiros, mais baratos.

O único problema é que esse não é o caso. Na verdade, é o oposto. As empresas de tecnologia que ficaram em desvantagem no sorteio de vistos de 2007 e 2008 não reagiram contratando mais programadores nativos, mas menos.

Bannon não está apenas preocupado com imigrantes "roubando" empregos de americanos. Ele se preocupa também com imigrantes criando empregos para americanos, vindo para cá e fundando empresas. O que significa que ele deva ter problemas com 40% da lista das 500 empresas da Fortune. Muitas dessas empresas foram criadas por imigrantes ou por seus filhos - como Apple, Google e Oracle, para citar algumas.

Esse tipo de preconceito não tem nada a ver com economia. É o tipo de preconceito que o site Breitbart destila regularmente em seus ataques a negros, judeus e imigrantes. E é o tipo de preconceito que mostra que os consiglieri ideológicos de Trump não compreendem o que faz os EUA grandes. / TRADUÇÃO DE ROBERTO MUNIZ

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