WASHINGTON - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, escolheu nesta quarta-feira, 7, o governador de Iowa, Terry Branstad, para ser o próximo embaixador do país na China, confirmou um porta-voz da equipe de transição do republicano.
"Branstad tem bastante experiência e um tremendo conhecimento da China e do povo chinês", afirmou um dos assessores de Trump, Jason Miller, em entrevista coletiva. Segundo Miller, Trump ficou "muito impressionado" com o governador de Iowa durante a campanha e em reuniões depois da vitória nas eleições de novembro. Por isso, decidiu indicá-lo para ser o representante dos EUA na relação com o governo de Pequim.
Além disso, Branstad tem uma amizade pessoal com o presidente da China, Xi Jinping, há muitas décadas. Caso a indicação seja confirmada pelo Senado, representaria um gesto positivo em relação a Pequim depois de Trump ter falado por telefone com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen.
Na última sexta-feira, Tsai ligou para Trump para parabenizá-lo pelo triunfo no pleito e ambos conversaram por dez minutos, o que representou o primeiro contato formal de alto nível entre EUA e Taiwan em 40 anos.
A China, principal parceiro comercial dos EUA, consideram a ilha como uma "província rebelde" e parte de seu território. O diálogo de Trump, portanto, provocou um protesto formal de Pequim a Washington, gerando grandes expectativas em Taiwan.
O presidente eleito dos EUA atacou reiteradas vezes a China durante a campanha eleitoral. No domingo, em uma série de mensagens no Twitter, criticou as políticas comerciais e monetárias de Pequim, além das reivindicações no Mar do Sul da China. Trump ameaçou impor tarifas de até 45% aos produtos chineses se Pequim não se comportar.
A equipe de Donald Trump
Branstad se reuniu com Trump em Nova York na terça-feira e divulgou uma declaração por escrito dizendo que tinha tido uma "conversa muito cordial" com o presidente eleito e que tinham falado sobre a transição e o próximo governo.
O governador de Iowa foi um dos republicanos mais ativos em apoiar o magnata durante a campanha. O filho de Trump, Eric, foi quem comandou as ações do presidente eleito no estado, um dos mais disputados e que terminou com vitória do empresário. / EFE