EUA querem impor sanções a europeus que negociarem com Irã


Por novo pacto nuclear com iranianos, conselheiro de Segurança Nacional defende punições a empresas europeias

Por Redação

WASHINGTON - Os Estados Unidos ameaçaram nesta segunda-feira, 14, punir com sanções as empresas europeias que continuem a negociar com o Irã. O conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, John Bolton, confirmou em entrevista a rede americana CNN a intenção de pressionar os aliados europeus para que eles busquem mais restrições ao programa nuclear do Irã.

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O ex-embaixador dos EUA na ONU e atual assessor de segurança nacional do governo Trump,John Bolton Foto: AP /Julie Jacobson
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“Pode haver sanções contra as empresas, mas tudo vai depender da conduta dos governos”, afirmou Bolton. O conselheiro também disse acreditar que alguns países europeus acabarão apoiando os EUA, apesar dos comentários de líderes europeus lamentando a decisão de Trump. “No fim das contas, os europeus verão que é do interesse deles concordar com o fim do acordo”, afirmou Bolton. 

Os países europeus, no entanto, ainda resistem. A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que tentará manter o país no pacto. Jean-Yves Le Drian, ministro das Relações Exteriores da França, disse na sexta-feira que pediu isenções ou períodos de carência mais longos para a saída de empresas francesas do Irã, como a gigante petrolífera Total e a montadora Peugeot.

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O regime sírio disse nesta segunda-feira que suspeitava do envolvimento dos Estados Unidos e acusou Israel por um ataque contra uma base militar na região central da Síria, que deixou pelo menos 14 mortos, incluindo um iraniano. Washington negou qualquer envolvimento.

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Os americanos querem impor restrições mais duras às atividades nucleares do Irã, incluindo restringir o programa de mísseis do país. Também exigem redução do apoio iraniano a grupos militantes na Síria e no Iêmen. O novo acordo substituiria o Plano de Ação Conjunta Global, como é conhecido o pacto assinado em Viena, em 14 de julho de 2015, entre o Irã e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, China, Rússia, França e Reino Unido – e a Alemanha.

+ Trump retira EUA do acordo nuclear iraniano

As declarações de Bolton escancararam mais uma divisão na cúpula do governo Trump. Enquanto o conselheiro de Segurança Nacional e sua equipe defendem o endurecimento do acordo com o Irã para tentar aniquilar as pretensões geopolíticas iranianas na região, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, tem defendido uma aproximação dos europeus para buscar um novo acordo com Teerã.

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Líderes da União Europeia defenderam o acordo nuclear com o Irã nesta quinta-feira. O apoio ocorre em um momento de incerteza causada pelas possíveis sanções que o governo americano quer impor a Teerã.

No domingo, Pompeo disse à Fox News que pretende se aproximar dos diplomatas europeus nos próximos dias para buscar um novo acordo, o que dispensaria a necessidade de impor sanções duras às empresas europeias.

O esforço de Pompeo deve enfrentar obstáculos além do próprio Bolton. Diplomatas europeus reclamaram que o governo Trump retirou-se do acordo com o Irã no momento em que eles ainda tentavam entender quais seriam as novas exigências de Washington sobre Teerã. 

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Irã não atacará países vizinhos, mas continuará a produzir armas, garante Rohani 

Para Dennis Ross, ex-diplomata dos EUA no Oriente Médio, crítico do acordo firmado em 2015, Trump cometeu o erro de desagradar a todos os envolvidos. “Você só sai de um acordo se conseguir um acordo melhor – e Trump não tem nenhuma chance de conseguir um acordo melhor”, escreveu Ross no site do Washington Institute. “Ele irritou os iranianos, que não querem um novo acordo, e os europeus, que não querem sanções às suas empresas.” / W.POST, NYT e AFP

WASHINGTON - Os Estados Unidos ameaçaram nesta segunda-feira, 14, punir com sanções as empresas europeias que continuem a negociar com o Irã. O conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, John Bolton, confirmou em entrevista a rede americana CNN a intenção de pressionar os aliados europeus para que eles busquem mais restrições ao programa nuclear do Irã.

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O ex-embaixador dos EUA na ONU e atual assessor de segurança nacional do governo Trump,John Bolton Foto: AP /Julie Jacobson

“Pode haver sanções contra as empresas, mas tudo vai depender da conduta dos governos”, afirmou Bolton. O conselheiro também disse acreditar que alguns países europeus acabarão apoiando os EUA, apesar dos comentários de líderes europeus lamentando a decisão de Trump. “No fim das contas, os europeus verão que é do interesse deles concordar com o fim do acordo”, afirmou Bolton. 

Os países europeus, no entanto, ainda resistem. A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que tentará manter o país no pacto. Jean-Yves Le Drian, ministro das Relações Exteriores da França, disse na sexta-feira que pediu isenções ou períodos de carência mais longos para a saída de empresas francesas do Irã, como a gigante petrolífera Total e a montadora Peugeot.

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O regime sírio disse nesta segunda-feira que suspeitava do envolvimento dos Estados Unidos e acusou Israel por um ataque contra uma base militar na região central da Síria, que deixou pelo menos 14 mortos, incluindo um iraniano. Washington negou qualquer envolvimento.

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No domingo, Pompeo disse à Fox News que pretende se aproximar dos diplomatas europeus nos próximos dias para buscar um novo acordo, o que dispensaria a necessidade de impor sanções duras às empresas europeias.

O esforço de Pompeo deve enfrentar obstáculos além do próprio Bolton. Diplomatas europeus reclamaram que o governo Trump retirou-se do acordo com o Irã no momento em que eles ainda tentavam entender quais seriam as novas exigências de Washington sobre Teerã. 

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“Pode haver sanções contra as empresas, mas tudo vai depender da conduta dos governos”, afirmou Bolton. O conselheiro também disse acreditar que alguns países europeus acabarão apoiando os EUA, apesar dos comentários de líderes europeus lamentando a decisão de Trump. “No fim das contas, os europeus verão que é do interesse deles concordar com o fim do acordo”, afirmou Bolton. 

Os países europeus, no entanto, ainda resistem. A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que tentará manter o país no pacto. Jean-Yves Le Drian, ministro das Relações Exteriores da França, disse na sexta-feira que pediu isenções ou períodos de carência mais longos para a saída de empresas francesas do Irã, como a gigante petrolífera Total e a montadora Peugeot.

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Os americanos querem impor restrições mais duras às atividades nucleares do Irã, incluindo restringir o programa de mísseis do país. Também exigem redução do apoio iraniano a grupos militantes na Síria e no Iêmen. O novo acordo substituiria o Plano de Ação Conjunta Global, como é conhecido o pacto assinado em Viena, em 14 de julho de 2015, entre o Irã e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, China, Rússia, França e Reino Unido – e a Alemanha.

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No domingo, Pompeo disse à Fox News que pretende se aproximar dos diplomatas europeus nos próximos dias para buscar um novo acordo, o que dispensaria a necessidade de impor sanções duras às empresas europeias.

O esforço de Pompeo deve enfrentar obstáculos além do próprio Bolton. Diplomatas europeus reclamaram que o governo Trump retirou-se do acordo com o Irã no momento em que eles ainda tentavam entender quais seriam as novas exigências de Washington sobre Teerã. 

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“Pode haver sanções contra as empresas, mas tudo vai depender da conduta dos governos”, afirmou Bolton. O conselheiro também disse acreditar que alguns países europeus acabarão apoiando os EUA, apesar dos comentários de líderes europeus lamentando a decisão de Trump. “No fim das contas, os europeus verão que é do interesse deles concordar com o fim do acordo”, afirmou Bolton. 

Os países europeus, no entanto, ainda resistem. A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que tentará manter o país no pacto. Jean-Yves Le Drian, ministro das Relações Exteriores da França, disse na sexta-feira que pediu isenções ou períodos de carência mais longos para a saída de empresas francesas do Irã, como a gigante petrolífera Total e a montadora Peugeot.

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Os americanos querem impor restrições mais duras às atividades nucleares do Irã, incluindo restringir o programa de mísseis do país. Também exigem redução do apoio iraniano a grupos militantes na Síria e no Iêmen. O novo acordo substituiria o Plano de Ação Conjunta Global, como é conhecido o pacto assinado em Viena, em 14 de julho de 2015, entre o Irã e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, China, Rússia, França e Reino Unido – e a Alemanha.

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