SAN JUAN - França, Reino Unido e Holanda começaram nesta sexta-feira, 7, a enviar, em caráter de urgência, ajuda humanitária e equipes de resgate para diversas ilhas do Caribe, depois que o furacão Irma deixou um rastro de destruição e pelo menos dez mortos na região. Navios e aviões decolaram com comida, água e remédios para alguns territórios europeus e ex-colônias caribenhas.
Entra as ilhas mais afetadas estão alguns paraísos turísticos. O governo francês confirmou a morte de quatro pessoas em Saint Martin – cuja administração é dividida entre França e Holanda. Saint Barts, também território francês, está sem eletricidade.
Emmanuel Renoult, morador de St. Barthélemy, refúgio francês de bilionários e celebridades, disse hoje a uma emissora local que a ilha foi devastada. “Parece a Lua. Não sobrou uma árvore no chão.” Gerard Collomb, ministro do Interior da França, lamentou a tragédia. “Teremos de reconstruir essas ilhas”, afirmou.
Segundo Gaston Browne, primeiro-ministro de Antígua e Barbuda, metade da população do país ficou sem casa, não há eletricidade e as autoridades declararam estado de emergência. Em Barbuda, território britânico, uma pessoa morreu. Em Anguilla, o porto, o aeroporto, o hospital, a cadeia e até a delegacia de polícia foram destruídos. As Ilhas Virgens, britânicas e americanas, estão sem eletricidade.
Hoje, o Irma passou ao norte de Porto Rico. Embora sem contato direto com a ilha, os ventos deixaram 1 milhão de pessoas no escuro. Na madrugada de amanhã, o furacão deve chegar à República Dominicana e ao Haiti, chegando a Cuba e às Bahamas no fim do dia.
O Irma deve se manter como um furacão de categoria 5 – a máxima possível – até fazer um giro rumo ao norte, no domingo, atingindo a Flórida como um furacão de categoria 4. Cerca de meio milhão de pessoas já começaram a deixar a região, causando engarrafamentos nas principais estradas do sul do Estado.
EUA se preparam para chegada do furacão Irma
As maiores linhas aéreas dos EUA anunciaram hoje que não há mais passagens para sair de Miami. American Airlines, United e Delta anunciaram voos extras e mais de 6 mil lugares. A aproximação do furacão também fez com que várias companhias aéreas cancelassem os voos entre aeroportos brasileiros e os terminais de Fort Lauderdale e Orlando, na Flórida.
Hoje, autoridades do Estado da Geórgia, nos EUA, determinaram a retirada dos moradores do litoral e mobilizaram a Guarda Nacional. Já não há mais quartos nos hotéis de Atlanta e de Charlotte, na Carolina do Norte. O Irma é o mais potente furacão registrado nesta região do Atlântico na última década, com rajadas de vento de até 300 km/h. / REUTERS, AFP e EFE