Marcha por tolerância reúne 3,7 milhões de pessoas em Paris


Mais de 50 chefes de Estado, alguns com histórico autoritário, vão a ato na capital da França

Por ANDREI NETTO, CORRESPONDENTE e PARIS

Cerca de 3,7 milhões de manifestantes foram ontem às ruas da França, em um ato histórico pela tolerância e em memória das 17 vítimas dos atentados da semana passada. As passeatas, que se reproduziram nas principais capitais da Europa, foram a maior mobilização da opinião pública na história do país. 

Pacífica, a massa reuniu chefes de Estado e de governo de 50 países, além de anônimos ateus, cristãos, muçulmanos e judeus que empunharam cartazes e bandeiras em defesa da liberdade de expressão. 

A manifestação foi convocada por partidos de esquerda na quarta-feira, dia do primeiro atentado em Paris, contra a redação do jornal satírico Charlie Hebdo. Ao longo da semana, o ato se tornou multipartidário, multiétnico e ecumênico, atendendo ao apelo à unidade nacional feito pelo presidente da França, François Hollande. Pela manhã, o chefe de Estado voltou a convocar a população às ruas, ao afirmar: “Hoje, Paris é a capital do mundo”. Em diversos momentos, a multidão entoou a Marselhesa, o hino nacional, assim como gritos de “Charlie! Charlie!”.

continua após a publicidade

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

1 | 14

ctv-9qq-manifestac a o-charlie-hebdo---paris-1-1-01-2015- -por-luciano-spinelli-1

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
2 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Loic Venance/AFP
3 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Joel Saget/AFP
4 | 14

ctv-z66-manifestac a o-charlie-hebdo---paris-1-1-01-2015- -por-luciano-spinelli-11

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
5 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Bertrand Guay/AFP
6 | 14

ctv-o18-manifestacao-estudantes-em-frente-a-prefeitura-de-paris---08-01- -por-luciano-spinelli-1

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
7 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Yoan Valat/EFE
8 | 14

ctv-hg7-manifestac a o-charlie-hebdo---paris-1-1-01-2015- -por-luciano-spinelli-6

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
9 | 14

ctv-j7g-manifestac a o-charlie-hebdo---paris-1-1-01-2015- -por-luciano-spinelli-5

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
10 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Joseph Lago
11 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Phillippe Wojazer/AFP
12 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Thibault Camus/AP
13 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

14 | 14

ctv-cr7-manifestacao-na-praca-republique---07-01- -por-luciano-spinelli-10

Foto: Luciano Spinelli/Estadão

Norah Ouddah, 39 anos, funcionária de uma empresa de seguros, preferiu portar um cartaz em que se lia “Eu sou Ahmed”, em homenagem ao policial executado em frente a câmeras. “Venho como francesa e muçulmana, e em solidariedade a todos os franceses, para dizer que não, que os terroristas não nos assustam”, afirmou.

Outra característica da passeata foi seu caráter internacional. Embora o hino fosse entoado e as cores da França aparecessem em esmagadora maioria, bandeiras de muitos países tremularam entre as praças da República e Nação, durante o cortejo. Uma das mais frequentes era a bandeira da Ucrânia. “Nós estamos aqui, numerosos, porque nos sentimos preocupados com a liberdade de consciência e de expressão”, afirmou Bogdan Mytrowytch, 57 anos, funcionário público franco-ucraniano.

continua após a publicidade

Outra presença marcante foi de latino-americanos. Bandeiras do Brasil, do Chile e do Uruguai podiam ser vistas ao longe. “Vim representar o Brasil nessa marcha pela república. A França deu os valores de liberdade e igualdade para o mundo e eu penso que é preciso defender esses valores”, disse o estudante de engenharia brasileiro Iuri Gomes de Abreu, de 24 anos.

Outro a ressaltar os valores do país foi o colombiano Carlos Marulanda, de 51 anos. “Estou aqui porque amo a liberdade, a fraternidade, a igualdade e a paz”, disse pastor de uma igreja evangélica cristã, que completou: “E eu amo a França”.

A passeata de Paris também foi uma oportunidade para demonstrar a solidariedade entre líderes políticos. Chefes de Estado e de governo vieram a Paris e desfilaram com Hollande. Ao seu lado estavam a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita. Ainda na primeira fila figuravam os premiês da Grã-Bretanha, David Cameron, da Itália, Matteo Renzi, da Espanha, Mariano Rajoy, entre outros. O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, compareceu à manifestação – seu governo é o que mais prende jornalistas no mundo.

continua após a publicidade

Outro destaque foi a presença de Mahmoud Abbas, da Autoridade Palestina, e de Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. “A presença do chefe da Autoridade Palestina e do premiê de Israel é um belo símbolo”, ressaltou o premiê da França, Manuel Valls, horas mais tarde, em cerimônia realizada na Grande Sinagoga da Vitória, em Paris, em homenagem aos mortos do atentado antissemita de Porte de Vincennes.

Enquanto a França e o mundo desfilavam na capital, Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Frente Nacional, desfilou com seu pai, Jean-Marie Le Pen, e com militantes na cidade de Beaucaire, a 700 quilômetros de Paris.

Cerca de 3,7 milhões de manifestantes foram ontem às ruas da França, em um ato histórico pela tolerância e em memória das 17 vítimas dos atentados da semana passada. As passeatas, que se reproduziram nas principais capitais da Europa, foram a maior mobilização da opinião pública na história do país. 

Pacífica, a massa reuniu chefes de Estado e de governo de 50 países, além de anônimos ateus, cristãos, muçulmanos e judeus que empunharam cartazes e bandeiras em defesa da liberdade de expressão. 

A manifestação foi convocada por partidos de esquerda na quarta-feira, dia do primeiro atentado em Paris, contra a redação do jornal satírico Charlie Hebdo. Ao longo da semana, o ato se tornou multipartidário, multiétnico e ecumênico, atendendo ao apelo à unidade nacional feito pelo presidente da França, François Hollande. Pela manhã, o chefe de Estado voltou a convocar a população às ruas, ao afirmar: “Hoje, Paris é a capital do mundo”. Em diversos momentos, a multidão entoou a Marselhesa, o hino nacional, assim como gritos de “Charlie! Charlie!”.

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

1 | 14

ctv-9qq-manifestac a o-charlie-hebdo---paris-1-1-01-2015- -por-luciano-spinelli-1

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
2 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Loic Venance/AFP
3 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Joel Saget/AFP
4 | 14

ctv-z66-manifestac a o-charlie-hebdo---paris-1-1-01-2015- -por-luciano-spinelli-11

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
5 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Bertrand Guay/AFP
6 | 14

ctv-o18-manifestacao-estudantes-em-frente-a-prefeitura-de-paris---08-01- -por-luciano-spinelli-1

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
7 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Yoan Valat/EFE
8 | 14

ctv-hg7-manifestac a o-charlie-hebdo---paris-1-1-01-2015- -por-luciano-spinelli-6

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
9 | 14

ctv-j7g-manifestac a o-charlie-hebdo---paris-1-1-01-2015- -por-luciano-spinelli-5

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
10 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Joseph Lago
11 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Phillippe Wojazer/AFP
12 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Thibault Camus/AP
13 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

14 | 14

ctv-cr7-manifestacao-na-praca-republique---07-01- -por-luciano-spinelli-10

Foto: Luciano Spinelli/Estadão

Norah Ouddah, 39 anos, funcionária de uma empresa de seguros, preferiu portar um cartaz em que se lia “Eu sou Ahmed”, em homenagem ao policial executado em frente a câmeras. “Venho como francesa e muçulmana, e em solidariedade a todos os franceses, para dizer que não, que os terroristas não nos assustam”, afirmou.

Outra característica da passeata foi seu caráter internacional. Embora o hino fosse entoado e as cores da França aparecessem em esmagadora maioria, bandeiras de muitos países tremularam entre as praças da República e Nação, durante o cortejo. Uma das mais frequentes era a bandeira da Ucrânia. “Nós estamos aqui, numerosos, porque nos sentimos preocupados com a liberdade de consciência e de expressão”, afirmou Bogdan Mytrowytch, 57 anos, funcionário público franco-ucraniano.

Outra presença marcante foi de latino-americanos. Bandeiras do Brasil, do Chile e do Uruguai podiam ser vistas ao longe. “Vim representar o Brasil nessa marcha pela república. A França deu os valores de liberdade e igualdade para o mundo e eu penso que é preciso defender esses valores”, disse o estudante de engenharia brasileiro Iuri Gomes de Abreu, de 24 anos.

Outro a ressaltar os valores do país foi o colombiano Carlos Marulanda, de 51 anos. “Estou aqui porque amo a liberdade, a fraternidade, a igualdade e a paz”, disse pastor de uma igreja evangélica cristã, que completou: “E eu amo a França”.

A passeata de Paris também foi uma oportunidade para demonstrar a solidariedade entre líderes políticos. Chefes de Estado e de governo vieram a Paris e desfilaram com Hollande. Ao seu lado estavam a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita. Ainda na primeira fila figuravam os premiês da Grã-Bretanha, David Cameron, da Itália, Matteo Renzi, da Espanha, Mariano Rajoy, entre outros. O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, compareceu à manifestação – seu governo é o que mais prende jornalistas no mundo.

Outro destaque foi a presença de Mahmoud Abbas, da Autoridade Palestina, e de Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. “A presença do chefe da Autoridade Palestina e do premiê de Israel é um belo símbolo”, ressaltou o premiê da França, Manuel Valls, horas mais tarde, em cerimônia realizada na Grande Sinagoga da Vitória, em Paris, em homenagem aos mortos do atentado antissemita de Porte de Vincennes.

Enquanto a França e o mundo desfilavam na capital, Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Frente Nacional, desfilou com seu pai, Jean-Marie Le Pen, e com militantes na cidade de Beaucaire, a 700 quilômetros de Paris.

Cerca de 3,7 milhões de manifestantes foram ontem às ruas da França, em um ato histórico pela tolerância e em memória das 17 vítimas dos atentados da semana passada. As passeatas, que se reproduziram nas principais capitais da Europa, foram a maior mobilização da opinião pública na história do país. 

Pacífica, a massa reuniu chefes de Estado e de governo de 50 países, além de anônimos ateus, cristãos, muçulmanos e judeus que empunharam cartazes e bandeiras em defesa da liberdade de expressão. 

A manifestação foi convocada por partidos de esquerda na quarta-feira, dia do primeiro atentado em Paris, contra a redação do jornal satírico Charlie Hebdo. Ao longo da semana, o ato se tornou multipartidário, multiétnico e ecumênico, atendendo ao apelo à unidade nacional feito pelo presidente da França, François Hollande. Pela manhã, o chefe de Estado voltou a convocar a população às ruas, ao afirmar: “Hoje, Paris é a capital do mundo”. Em diversos momentos, a multidão entoou a Marselhesa, o hino nacional, assim como gritos de “Charlie! Charlie!”.

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

1 | 14

ctv-9qq-manifestac a o-charlie-hebdo---paris-1-1-01-2015- -por-luciano-spinelli-1

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
2 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Loic Venance/AFP
3 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Joel Saget/AFP
4 | 14

ctv-z66-manifestac a o-charlie-hebdo---paris-1-1-01-2015- -por-luciano-spinelli-11

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
5 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Bertrand Guay/AFP
6 | 14

ctv-o18-manifestacao-estudantes-em-frente-a-prefeitura-de-paris---08-01- -por-luciano-spinelli-1

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
7 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Yoan Valat/EFE
8 | 14

ctv-hg7-manifestac a o-charlie-hebdo---paris-1-1-01-2015- -por-luciano-spinelli-6

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
9 | 14

ctv-j7g-manifestac a o-charlie-hebdo---paris-1-1-01-2015- -por-luciano-spinelli-5

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
10 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Joseph Lago
11 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Phillippe Wojazer/AFP
12 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Thibault Camus/AP
13 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

14 | 14

ctv-cr7-manifestacao-na-praca-republique---07-01- -por-luciano-spinelli-10

Foto: Luciano Spinelli/Estadão

Norah Ouddah, 39 anos, funcionária de uma empresa de seguros, preferiu portar um cartaz em que se lia “Eu sou Ahmed”, em homenagem ao policial executado em frente a câmeras. “Venho como francesa e muçulmana, e em solidariedade a todos os franceses, para dizer que não, que os terroristas não nos assustam”, afirmou.

Outra característica da passeata foi seu caráter internacional. Embora o hino fosse entoado e as cores da França aparecessem em esmagadora maioria, bandeiras de muitos países tremularam entre as praças da República e Nação, durante o cortejo. Uma das mais frequentes era a bandeira da Ucrânia. “Nós estamos aqui, numerosos, porque nos sentimos preocupados com a liberdade de consciência e de expressão”, afirmou Bogdan Mytrowytch, 57 anos, funcionário público franco-ucraniano.

Outra presença marcante foi de latino-americanos. Bandeiras do Brasil, do Chile e do Uruguai podiam ser vistas ao longe. “Vim representar o Brasil nessa marcha pela república. A França deu os valores de liberdade e igualdade para o mundo e eu penso que é preciso defender esses valores”, disse o estudante de engenharia brasileiro Iuri Gomes de Abreu, de 24 anos.

Outro a ressaltar os valores do país foi o colombiano Carlos Marulanda, de 51 anos. “Estou aqui porque amo a liberdade, a fraternidade, a igualdade e a paz”, disse pastor de uma igreja evangélica cristã, que completou: “E eu amo a França”.

A passeata de Paris também foi uma oportunidade para demonstrar a solidariedade entre líderes políticos. Chefes de Estado e de governo vieram a Paris e desfilaram com Hollande. Ao seu lado estavam a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita. Ainda na primeira fila figuravam os premiês da Grã-Bretanha, David Cameron, da Itália, Matteo Renzi, da Espanha, Mariano Rajoy, entre outros. O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, compareceu à manifestação – seu governo é o que mais prende jornalistas no mundo.

Outro destaque foi a presença de Mahmoud Abbas, da Autoridade Palestina, e de Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. “A presença do chefe da Autoridade Palestina e do premiê de Israel é um belo símbolo”, ressaltou o premiê da França, Manuel Valls, horas mais tarde, em cerimônia realizada na Grande Sinagoga da Vitória, em Paris, em homenagem aos mortos do atentado antissemita de Porte de Vincennes.

Enquanto a França e o mundo desfilavam na capital, Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Frente Nacional, desfilou com seu pai, Jean-Marie Le Pen, e com militantes na cidade de Beaucaire, a 700 quilômetros de Paris.

Cerca de 3,7 milhões de manifestantes foram ontem às ruas da França, em um ato histórico pela tolerância e em memória das 17 vítimas dos atentados da semana passada. As passeatas, que se reproduziram nas principais capitais da Europa, foram a maior mobilização da opinião pública na história do país. 

Pacífica, a massa reuniu chefes de Estado e de governo de 50 países, além de anônimos ateus, cristãos, muçulmanos e judeus que empunharam cartazes e bandeiras em defesa da liberdade de expressão. 

A manifestação foi convocada por partidos de esquerda na quarta-feira, dia do primeiro atentado em Paris, contra a redação do jornal satírico Charlie Hebdo. Ao longo da semana, o ato se tornou multipartidário, multiétnico e ecumênico, atendendo ao apelo à unidade nacional feito pelo presidente da França, François Hollande. Pela manhã, o chefe de Estado voltou a convocar a população às ruas, ao afirmar: “Hoje, Paris é a capital do mundo”. Em diversos momentos, a multidão entoou a Marselhesa, o hino nacional, assim como gritos de “Charlie! Charlie!”.

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

1 | 14

ctv-9qq-manifestac a o-charlie-hebdo---paris-1-1-01-2015- -por-luciano-spinelli-1

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
2 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Loic Venance/AFP
3 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Joel Saget/AFP
4 | 14

ctv-z66-manifestac a o-charlie-hebdo---paris-1-1-01-2015- -por-luciano-spinelli-11

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
5 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Bertrand Guay/AFP
6 | 14

ctv-o18-manifestacao-estudantes-em-frente-a-prefeitura-de-paris---08-01- -por-luciano-spinelli-1

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
7 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Yoan Valat/EFE
8 | 14

ctv-hg7-manifestac a o-charlie-hebdo---paris-1-1-01-2015- -por-luciano-spinelli-6

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
9 | 14

ctv-j7g-manifestac a o-charlie-hebdo---paris-1-1-01-2015- -por-luciano-spinelli-5

Foto: Luciano Spinelli/Estadão
10 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Joseph Lago
11 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Phillippe Wojazer/AFP
12 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

Foto: Thibault Camus/AP
13 | 14

Marcha solidária reúne milhares de pessoas na França

14 | 14

ctv-cr7-manifestacao-na-praca-republique---07-01- -por-luciano-spinelli-10

Foto: Luciano Spinelli/Estadão

Norah Ouddah, 39 anos, funcionária de uma empresa de seguros, preferiu portar um cartaz em que se lia “Eu sou Ahmed”, em homenagem ao policial executado em frente a câmeras. “Venho como francesa e muçulmana, e em solidariedade a todos os franceses, para dizer que não, que os terroristas não nos assustam”, afirmou.

Outra característica da passeata foi seu caráter internacional. Embora o hino fosse entoado e as cores da França aparecessem em esmagadora maioria, bandeiras de muitos países tremularam entre as praças da República e Nação, durante o cortejo. Uma das mais frequentes era a bandeira da Ucrânia. “Nós estamos aqui, numerosos, porque nos sentimos preocupados com a liberdade de consciência e de expressão”, afirmou Bogdan Mytrowytch, 57 anos, funcionário público franco-ucraniano.

Outra presença marcante foi de latino-americanos. Bandeiras do Brasil, do Chile e do Uruguai podiam ser vistas ao longe. “Vim representar o Brasil nessa marcha pela república. A França deu os valores de liberdade e igualdade para o mundo e eu penso que é preciso defender esses valores”, disse o estudante de engenharia brasileiro Iuri Gomes de Abreu, de 24 anos.

Outro a ressaltar os valores do país foi o colombiano Carlos Marulanda, de 51 anos. “Estou aqui porque amo a liberdade, a fraternidade, a igualdade e a paz”, disse pastor de uma igreja evangélica cristã, que completou: “E eu amo a França”.

A passeata de Paris também foi uma oportunidade para demonstrar a solidariedade entre líderes políticos. Chefes de Estado e de governo vieram a Paris e desfilaram com Hollande. Ao seu lado estavam a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita. Ainda na primeira fila figuravam os premiês da Grã-Bretanha, David Cameron, da Itália, Matteo Renzi, da Espanha, Mariano Rajoy, entre outros. O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, compareceu à manifestação – seu governo é o que mais prende jornalistas no mundo.

Outro destaque foi a presença de Mahmoud Abbas, da Autoridade Palestina, e de Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. “A presença do chefe da Autoridade Palestina e do premiê de Israel é um belo símbolo”, ressaltou o premiê da França, Manuel Valls, horas mais tarde, em cerimônia realizada na Grande Sinagoga da Vitória, em Paris, em homenagem aos mortos do atentado antissemita de Porte de Vincennes.

Enquanto a França e o mundo desfilavam na capital, Marine Le Pen, líder do partido de extrema direita Frente Nacional, desfilou com seu pai, Jean-Marie Le Pen, e com militantes na cidade de Beaucaire, a 700 quilômetros de Paris.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.