Sobreviventes de Auschwitz, veteranos do Exército soviético e líderes políticos como o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reuniram nesta quarta-feira, 27, para o 65º aniversário da liberação dos prisioneiros deste campo de concentração nazista no sul da Polônia.
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Os atos começaram com o som das sirenes no local do campo de Auschwitz-Birkenau e com uma mensagem em vídeo do presidente dos EUA, Barack Obama, enviada a um fórum organizado pelo Congresso Judeu Europeu a poucos quilômetros dali."As atuais gerações devem resistir ao antissemitismo e à ignorância em todas as suas formas e têm o dever de relembrar a crueldade que imperou neste lugar", disse Obama.
"A tragédia do povo judeu consistiu em não ter sido capaz de identificar o perigo a ponto de se defender", disse Netanyahu ao lado do presidente polonês, Lech Kaczynski.
Auschwitz foi liberado pelo Exército soviético no dia 27 de janeiro de 1945 e se converteu no maior símbolo do genocídio nazista. A data foi designada pela ONU em 2005 como o Dia Internacional de Comemoração às Vítimas do Holocausto..
Cerca de 1,1 milhão de pessoas foram executadas no campo, sendo a esmagadora maioria de judeus. Auschwitz ficou especialmente conhecido pelas câmaras de gás e por sua equipe de médicos alemães que conduziam "experimentos" com os prisioneiros do campo.
Auschwitz foi criado em 1940, um ano depois da invasão da Polônia que desencadeou a Segunda Guerra Mundial, com o propósito inicial de internar presos políticos poloneses. O campo foi montado em um antigo quartel na cidade de Oswiecim, cujo nome em alemão é Auschwitz.
A partir de 1942, quando os nazistas expandiram o campo a Birkenau, a três quilômetros de distância, o local passou a servir como uma base de extermínio de judeus. Também morreram cerca de 75 mil poloneses não judeus, 21 mil ciganos, mil prisioneiros de guerra soviéticos e outras 15 mil pessoas, incluindo membros da resistência presos na Europa, segundo dados do Museu de Auschwitz-Birkenau.