OBSTÁCULOS
Mas o anúncio logo atraiu críticas das duas partes. O líder rebelde Andrei Purgin declarou à Reuters em Donetsk: “A parte essencial do documento que prevê nossa permanência política no território ucraniano, naturalmente, não é aceitável”.
“Insistiremos que quaisquer uniões políticas com a Ucrânia não são possíveis no momento por princípio”, acrescentou Purgin.
Oleh Tyahnibok, líder do partido nacionalista Svoboda (Liberdade), declarou antes da sessão de votação que considera “absolutamente errado votar pela capitulação depois de todas as perdas. Precisamos de paz, e não de uma trégua – mas não a qualquer preço”.
Incidentes envolvendo disparos de morteiro dentro e nos arredores de Donetsk continuaram a desafiar o cessar-fogo, entretanto, e reclamaram novas vítimas.
"Os terroristas e as forças russas intensificaram o bombardeio de posições da ‘operação anti-terrorista’”, disse o porta-voz militar ucraniano, Andriy Lysenko. Mais três soldados de seu país foram mortos de segunda para terça-feira, informou ele a jornalistas.
O acordo de associação e comércio com a UE, cuja ratificação foi sincronizada com a aprovação do Parlamento Europeu em Estrasburgo, obteve o apoio unânime dos 355 deputados presentes.
Na sexta-feira passada, a União Europeia e a Ucrânia concordaram em adiar a implementação do acordo de livre comércio até o final do ano que vem, uma concessão à Rússia a despeito das novas sanções europeias e norte-americanas a Moscou.
Referindo-se ao intervalo para a acomodação, Poroshenko afirmou ao Parlamento: "A economia nacional tem um ano e meio para se tornar competitiva e se preparar para a concorrência com os mercados europeus”.
“Obrigado, Europa, por este bônus multibilionário”, afirmou.
(Por Pavel Polityuk em Kiev; reportagem adicional de Anton Zverev em Donetsk e Adrian Croft em Bruxelas)