Ex-encarregados de segurança do Capitólio culpam outras agências por falhas no dia do motim


Eles disseram não ter tido acesso a um relatório do FBI que apontava um post anônimo na mídia social alertando sobre uma guerra iminente no Capitólio, apesar de planejar reuniões com o bureau e outros agentes da lei federal

Por Beatriz Bulla e Correspondente

WASHINGTON - Em depoimento a senadores americanos, três ex-chefes da polícia do Capitólio e o responsável pela Polícia de Washington culparam agências federais e o Departamento de Defesa por falhas de segurança e inteligência que permitiram a invasão do Congresso no dia 6 de janeiro. As audiências são parte de um esforço do Congresso, comandado por democratas, de identificar responsáveis no ataque realizado por extremistas apoiadores do ex-presidente Donald Trump no início do ano.

Os oficiais ouvidos culparam falhas na inteligência, sugeriram que as agências erram em não interpretar o extremismo e supremacismo branco como ameaças graves e disseram que autoridades do Pentágono retardaram a autorização para uso de tropas da Guarda Nacional. Nos depoimentos, os oficiais também afirmaram que o ataque foi coordenado, ao ressaltar os equipamentos e armas carregados pelos invasores.

As imagens da invasão do Congresso no dia 6, quando os parlamentares realizaram a sessão de certificação da vitória de Joe Biden, chocaram o país não apenas pela violência física e simbólica do ato, mas também pela incapacidade da polícia de conter a turba em uma das cidades mais policiadas do mundo. Policiais do Capitólio e do Distrito de Columbia tentavam barrar os extremistas, mas não contavam com barreiras físicas ou agentes da Guarda Nacional - comuns na capital dos Estados Unidos durante os protestos antirracismo em junho, por exemplo. 

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Ex-chefe de polícia do Capitólio Steven Sund dá seu testemunho a comissão no Senado Foto: Erin Scott/The New York Times via AP, Pool

"Esses criminosos vieram preparados para a guerra", disse o ex-chefe da Polícia do Capitólio Steven Sund, que se demitiu após o ataque. "Nada que tenhamos recebido previu o que realmente aconteceu", disse. "Nenhuma agência civil de polícia - e certamente não a polícia do Capitólio - é treinada e equipada para repelir, sem assistência militar significativa ou outra assistência policial, uma insurreição de milhares de indivíduos armados, violentos e coordenados com foco em violar um edifício a todo custo", disse Sund.

Um relatório do FBI foi enviado à unidade de inteligência da Polícia do Capitólio na noite de 5 de janeiro, com alertas sobre o possível ataque. O texto afirmava que grupos extremistas se preparavam "para a guerra". O relatório, disse Sund, nunca chegou ao seu conhecimento. Outros dois chefes da polícia no dia 6, um responsável pelo Senado e outro pela Câmara, também disseram não ter recebido o alerta. 

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Segundo o chefe da polícia do Distrito de Colúmbia, Robert Contee, o aviso foi enviado por e-mail às 19 horas do dia 5 de janeiro. No depoimento, ele afirmou que o aviso chegou como um "material bruto" e que esperaria um telefone em ocasiões como essa para chamar a atenção para a relevância da informação enviada. “A inteligência não chegou onde precisava estar”, disse Contee. 

Os depoimentos foram prestados a senadores da Comissão de Segurança Doméstica e da Comissão de Regras e Administração.

Invasão ao Capitólio

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Extremistas pró-Trump invadem Congresso americano

Foto: Leah Millis/ Reuters
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Foto: Julio Cortez/ AP
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Foto: Jacquelyn Martin/ AP
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Foto: Jose Luis Magana/ AP
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Ao falar sobre a visão dos agentes a respeito de supremacistas brancos e extremistas, Sund disse aos parlamentares: "Olhem para toda a comunidade de inteligência e a visão que eles têm”. O senador democrata Gary Peters, presidente da Comissão de Segurança Interna, prometeu uma investigação sobre agências de segurança nacional, com atenção ao terrorismo doméstico. As agências, segundo o senador, são "basicamente construídas para responder a ataques terroristas estrangeiros" e "têm demorado a se adaptar a essa ameaça crescente de terrorismo doméstico que vimos nos últimos anos". 

Tanto Sund como Contee afirmaram que o Pentágono demorou a enviar ajuda, mesmo depois do pedido dos policiais responsáveis pela segurança do prédio do Congresso no dia. Segundo eles, em uma ligação na tarde do dia 6, um general do Pentágono teria se declarado contrário ao envio de tropas ao Congresso, preocupado com a imagem que isso passaria à população.

Os dois disseram ter relatado que os policiais no local estavam desesperados, cercados e haviam sido espancados pelos invasores. "Quase duas horas depois, não tínhamos ainda recebido autorização do Pentágono para ativar a Guarda Nacional", disse Sund. Ambos foram criticados nos dias posteriores à invasão, por não terem evitado o ato. 

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Há contradição nos detalhes da linha do tempo oferecida pelos quatro oficiais e na versão apresentada pelo Pentágono, em janeiro. Senadores democratas pediram que agentes do Pentágono sejam convocados para depor na próxima semana, para responder a alegações de que retardaram o apoio da Guarda Nacional. 

O ataque ao Capitólio é investigado criminalmente pelo FBI e motivou o segundo impeachment contra o ex-presidente Donald Trump, que acabou absolvido graças à proteção da maioria dos senadores do seu partido.

WASHINGTON - Em depoimento a senadores americanos, três ex-chefes da polícia do Capitólio e o responsável pela Polícia de Washington culparam agências federais e o Departamento de Defesa por falhas de segurança e inteligência que permitiram a invasão do Congresso no dia 6 de janeiro. As audiências são parte de um esforço do Congresso, comandado por democratas, de identificar responsáveis no ataque realizado por extremistas apoiadores do ex-presidente Donald Trump no início do ano.

Os oficiais ouvidos culparam falhas na inteligência, sugeriram que as agências erram em não interpretar o extremismo e supremacismo branco como ameaças graves e disseram que autoridades do Pentágono retardaram a autorização para uso de tropas da Guarda Nacional. Nos depoimentos, os oficiais também afirmaram que o ataque foi coordenado, ao ressaltar os equipamentos e armas carregados pelos invasores.

As imagens da invasão do Congresso no dia 6, quando os parlamentares realizaram a sessão de certificação da vitória de Joe Biden, chocaram o país não apenas pela violência física e simbólica do ato, mas também pela incapacidade da polícia de conter a turba em uma das cidades mais policiadas do mundo. Policiais do Capitólio e do Distrito de Columbia tentavam barrar os extremistas, mas não contavam com barreiras físicas ou agentes da Guarda Nacional - comuns na capital dos Estados Unidos durante os protestos antirracismo em junho, por exemplo. 

Ex-chefe de polícia do Capitólio Steven Sund dá seu testemunho a comissão no Senado Foto: Erin Scott/The New York Times via AP, Pool

"Esses criminosos vieram preparados para a guerra", disse o ex-chefe da Polícia do Capitólio Steven Sund, que se demitiu após o ataque. "Nada que tenhamos recebido previu o que realmente aconteceu", disse. "Nenhuma agência civil de polícia - e certamente não a polícia do Capitólio - é treinada e equipada para repelir, sem assistência militar significativa ou outra assistência policial, uma insurreição de milhares de indivíduos armados, violentos e coordenados com foco em violar um edifício a todo custo", disse Sund.

Um relatório do FBI foi enviado à unidade de inteligência da Polícia do Capitólio na noite de 5 de janeiro, com alertas sobre o possível ataque. O texto afirmava que grupos extremistas se preparavam "para a guerra". O relatório, disse Sund, nunca chegou ao seu conhecimento. Outros dois chefes da polícia no dia 6, um responsável pelo Senado e outro pela Câmara, também disseram não ter recebido o alerta. 

Segundo o chefe da polícia do Distrito de Colúmbia, Robert Contee, o aviso foi enviado por e-mail às 19 horas do dia 5 de janeiro. No depoimento, ele afirmou que o aviso chegou como um "material bruto" e que esperaria um telefone em ocasiões como essa para chamar a atenção para a relevância da informação enviada. “A inteligência não chegou onde precisava estar”, disse Contee. 

Os depoimentos foram prestados a senadores da Comissão de Segurança Doméstica e da Comissão de Regras e Administração.

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Ao falar sobre a visão dos agentes a respeito de supremacistas brancos e extremistas, Sund disse aos parlamentares: "Olhem para toda a comunidade de inteligência e a visão que eles têm”. O senador democrata Gary Peters, presidente da Comissão de Segurança Interna, prometeu uma investigação sobre agências de segurança nacional, com atenção ao terrorismo doméstico. As agências, segundo o senador, são "basicamente construídas para responder a ataques terroristas estrangeiros" e "têm demorado a se adaptar a essa ameaça crescente de terrorismo doméstico que vimos nos últimos anos". 

Tanto Sund como Contee afirmaram que o Pentágono demorou a enviar ajuda, mesmo depois do pedido dos policiais responsáveis pela segurança do prédio do Congresso no dia. Segundo eles, em uma ligação na tarde do dia 6, um general do Pentágono teria se declarado contrário ao envio de tropas ao Congresso, preocupado com a imagem que isso passaria à população.

Os dois disseram ter relatado que os policiais no local estavam desesperados, cercados e haviam sido espancados pelos invasores. "Quase duas horas depois, não tínhamos ainda recebido autorização do Pentágono para ativar a Guarda Nacional", disse Sund. Ambos foram criticados nos dias posteriores à invasão, por não terem evitado o ato. 

Há contradição nos detalhes da linha do tempo oferecida pelos quatro oficiais e na versão apresentada pelo Pentágono, em janeiro. Senadores democratas pediram que agentes do Pentágono sejam convocados para depor na próxima semana, para responder a alegações de que retardaram o apoio da Guarda Nacional. 

O ataque ao Capitólio é investigado criminalmente pelo FBI e motivou o segundo impeachment contra o ex-presidente Donald Trump, que acabou absolvido graças à proteção da maioria dos senadores do seu partido.

WASHINGTON - Em depoimento a senadores americanos, três ex-chefes da polícia do Capitólio e o responsável pela Polícia de Washington culparam agências federais e o Departamento de Defesa por falhas de segurança e inteligência que permitiram a invasão do Congresso no dia 6 de janeiro. As audiências são parte de um esforço do Congresso, comandado por democratas, de identificar responsáveis no ataque realizado por extremistas apoiadores do ex-presidente Donald Trump no início do ano.

Os oficiais ouvidos culparam falhas na inteligência, sugeriram que as agências erram em não interpretar o extremismo e supremacismo branco como ameaças graves e disseram que autoridades do Pentágono retardaram a autorização para uso de tropas da Guarda Nacional. Nos depoimentos, os oficiais também afirmaram que o ataque foi coordenado, ao ressaltar os equipamentos e armas carregados pelos invasores.

As imagens da invasão do Congresso no dia 6, quando os parlamentares realizaram a sessão de certificação da vitória de Joe Biden, chocaram o país não apenas pela violência física e simbólica do ato, mas também pela incapacidade da polícia de conter a turba em uma das cidades mais policiadas do mundo. Policiais do Capitólio e do Distrito de Columbia tentavam barrar os extremistas, mas não contavam com barreiras físicas ou agentes da Guarda Nacional - comuns na capital dos Estados Unidos durante os protestos antirracismo em junho, por exemplo. 

Ex-chefe de polícia do Capitólio Steven Sund dá seu testemunho a comissão no Senado Foto: Erin Scott/The New York Times via AP, Pool

"Esses criminosos vieram preparados para a guerra", disse o ex-chefe da Polícia do Capitólio Steven Sund, que se demitiu após o ataque. "Nada que tenhamos recebido previu o que realmente aconteceu", disse. "Nenhuma agência civil de polícia - e certamente não a polícia do Capitólio - é treinada e equipada para repelir, sem assistência militar significativa ou outra assistência policial, uma insurreição de milhares de indivíduos armados, violentos e coordenados com foco em violar um edifício a todo custo", disse Sund.

Um relatório do FBI foi enviado à unidade de inteligência da Polícia do Capitólio na noite de 5 de janeiro, com alertas sobre o possível ataque. O texto afirmava que grupos extremistas se preparavam "para a guerra". O relatório, disse Sund, nunca chegou ao seu conhecimento. Outros dois chefes da polícia no dia 6, um responsável pelo Senado e outro pela Câmara, também disseram não ter recebido o alerta. 

Segundo o chefe da polícia do Distrito de Colúmbia, Robert Contee, o aviso foi enviado por e-mail às 19 horas do dia 5 de janeiro. No depoimento, ele afirmou que o aviso chegou como um "material bruto" e que esperaria um telefone em ocasiões como essa para chamar a atenção para a relevância da informação enviada. “A inteligência não chegou onde precisava estar”, disse Contee. 

Os depoimentos foram prestados a senadores da Comissão de Segurança Doméstica e da Comissão de Regras e Administração.

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Ao falar sobre a visão dos agentes a respeito de supremacistas brancos e extremistas, Sund disse aos parlamentares: "Olhem para toda a comunidade de inteligência e a visão que eles têm”. O senador democrata Gary Peters, presidente da Comissão de Segurança Interna, prometeu uma investigação sobre agências de segurança nacional, com atenção ao terrorismo doméstico. As agências, segundo o senador, são "basicamente construídas para responder a ataques terroristas estrangeiros" e "têm demorado a se adaptar a essa ameaça crescente de terrorismo doméstico que vimos nos últimos anos". 

Tanto Sund como Contee afirmaram que o Pentágono demorou a enviar ajuda, mesmo depois do pedido dos policiais responsáveis pela segurança do prédio do Congresso no dia. Segundo eles, em uma ligação na tarde do dia 6, um general do Pentágono teria se declarado contrário ao envio de tropas ao Congresso, preocupado com a imagem que isso passaria à população.

Os dois disseram ter relatado que os policiais no local estavam desesperados, cercados e haviam sido espancados pelos invasores. "Quase duas horas depois, não tínhamos ainda recebido autorização do Pentágono para ativar a Guarda Nacional", disse Sund. Ambos foram criticados nos dias posteriores à invasão, por não terem evitado o ato. 

Há contradição nos detalhes da linha do tempo oferecida pelos quatro oficiais e na versão apresentada pelo Pentágono, em janeiro. Senadores democratas pediram que agentes do Pentágono sejam convocados para depor na próxima semana, para responder a alegações de que retardaram o apoio da Guarda Nacional. 

O ataque ao Capitólio é investigado criminalmente pelo FBI e motivou o segundo impeachment contra o ex-presidente Donald Trump, que acabou absolvido graças à proteção da maioria dos senadores do seu partido.

WASHINGTON - Em depoimento a senadores americanos, três ex-chefes da polícia do Capitólio e o responsável pela Polícia de Washington culparam agências federais e o Departamento de Defesa por falhas de segurança e inteligência que permitiram a invasão do Congresso no dia 6 de janeiro. As audiências são parte de um esforço do Congresso, comandado por democratas, de identificar responsáveis no ataque realizado por extremistas apoiadores do ex-presidente Donald Trump no início do ano.

Os oficiais ouvidos culparam falhas na inteligência, sugeriram que as agências erram em não interpretar o extremismo e supremacismo branco como ameaças graves e disseram que autoridades do Pentágono retardaram a autorização para uso de tropas da Guarda Nacional. Nos depoimentos, os oficiais também afirmaram que o ataque foi coordenado, ao ressaltar os equipamentos e armas carregados pelos invasores.

As imagens da invasão do Congresso no dia 6, quando os parlamentares realizaram a sessão de certificação da vitória de Joe Biden, chocaram o país não apenas pela violência física e simbólica do ato, mas também pela incapacidade da polícia de conter a turba em uma das cidades mais policiadas do mundo. Policiais do Capitólio e do Distrito de Columbia tentavam barrar os extremistas, mas não contavam com barreiras físicas ou agentes da Guarda Nacional - comuns na capital dos Estados Unidos durante os protestos antirracismo em junho, por exemplo. 

Ex-chefe de polícia do Capitólio Steven Sund dá seu testemunho a comissão no Senado Foto: Erin Scott/The New York Times via AP, Pool

"Esses criminosos vieram preparados para a guerra", disse o ex-chefe da Polícia do Capitólio Steven Sund, que se demitiu após o ataque. "Nada que tenhamos recebido previu o que realmente aconteceu", disse. "Nenhuma agência civil de polícia - e certamente não a polícia do Capitólio - é treinada e equipada para repelir, sem assistência militar significativa ou outra assistência policial, uma insurreição de milhares de indivíduos armados, violentos e coordenados com foco em violar um edifício a todo custo", disse Sund.

Um relatório do FBI foi enviado à unidade de inteligência da Polícia do Capitólio na noite de 5 de janeiro, com alertas sobre o possível ataque. O texto afirmava que grupos extremistas se preparavam "para a guerra". O relatório, disse Sund, nunca chegou ao seu conhecimento. Outros dois chefes da polícia no dia 6, um responsável pelo Senado e outro pela Câmara, também disseram não ter recebido o alerta. 

Segundo o chefe da polícia do Distrito de Colúmbia, Robert Contee, o aviso foi enviado por e-mail às 19 horas do dia 5 de janeiro. No depoimento, ele afirmou que o aviso chegou como um "material bruto" e que esperaria um telefone em ocasiões como essa para chamar a atenção para a relevância da informação enviada. “A inteligência não chegou onde precisava estar”, disse Contee. 

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Tanto Sund como Contee afirmaram que o Pentágono demorou a enviar ajuda, mesmo depois do pedido dos policiais responsáveis pela segurança do prédio do Congresso no dia. Segundo eles, em uma ligação na tarde do dia 6, um general do Pentágono teria se declarado contrário ao envio de tropas ao Congresso, preocupado com a imagem que isso passaria à população.

Os dois disseram ter relatado que os policiais no local estavam desesperados, cercados e haviam sido espancados pelos invasores. "Quase duas horas depois, não tínhamos ainda recebido autorização do Pentágono para ativar a Guarda Nacional", disse Sund. Ambos foram criticados nos dias posteriores à invasão, por não terem evitado o ato. 

Há contradição nos detalhes da linha do tempo oferecida pelos quatro oficiais e na versão apresentada pelo Pentágono, em janeiro. Senadores democratas pediram que agentes do Pentágono sejam convocados para depor na próxima semana, para responder a alegações de que retardaram o apoio da Guarda Nacional. 

O ataque ao Capitólio é investigado criminalmente pelo FBI e motivou o segundo impeachment contra o ex-presidente Donald Trump, que acabou absolvido graças à proteção da maioria dos senadores do seu partido.

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