Ex-procuradora da Venezuela diz que foi pressionada em caso de Leopoldo López


Em entrevista à emissora colombiana, Luisa Ortega Díaz afirmou que número 2 do chavismo, Diosdado Cabello, a pressionou para que líder opositor fosse apontado como responsável pela morte de chavistas durante manifestação antigoverno em 2014

Por Redação

BOGOTÁ - A ex-procuradora-geral da Venezuela Luisa Ortega Díaz disse na quinta-feira que foi pressionada pelo deputado Diosdado Cabello, número 2 do chavismo, para apontar o líder opositor Leopoldo López como responsável pelo assassinato de Basil Da Costa e de Juan Carlos Montoya - membros de uma organização chavista - em manifestações contra o governo em 2014.

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"Me pressionaram para dizer que o responsável pela morte de Basil Da Costa e de Montoya era Leopoldo", afirmou Ortega em entrevista à emissora colombiana Blu Radio, garantindo, porém, ter sido contra essa determinação.

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Luisa Ortega Díaz disse que líder chavista tentou influenciar caso contra líder opositor Leopoldo López Foto: AP Photo/Marco Ugarte

López foi condenado em setembro de 2015 a quase 14 anos de prisão pelos crimes de incitação pública, associação para cometer crimes, danos materiais e incêndios, ações que teria cometido ao fazer discursos promovendo a violência durante uma marcha antigoverno em 12 de fevereiro de 2014.

Neste sentido, Ortega disse que "havia uma pressão" (de Cabello) para que ela atuasse de determinada maneira porque lhe disseram que queriam acusar o líder opositor de terrorismo e assassinato.

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Perseguição de Maduro dificulta campanha de rivais

"Fizemos uma investigação tão objetiva e transparente que determinamos que o assassinato de Basil Da Costa foi consequência da atuação do Sebin (a agência do governo de inteligência) e a de Montoya da atuação de outros coletivos (chavistas)", disse a ex-procuradora.

Ela disse também que inicialmente o promotor pediu uma ordem de captura contra López por homicídio e terrorismo, mas acabou obrigado a mudar o objeto da ação em razão da sua negativa.

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A ONU e governos internacionais condenaram nesta terça-feira o governo de Nicolás Maduro por ter prendido novamente os líderes opositores Leopoldo López e Antonio Ledezma, que cumpriam prisão domiciliar.

Depois das declarações de Ortega, o partido Voluntad Popular (VP), liderado por López, pediu a anulação do julgamento que o condenou em 2015. 

"Diante destas graves mas contundentes declarações da procuradora-geral Luisa Ortega Díaz, exigimos a anulação do julgamento manipulado que condenou injustamente o nosso coordenador nacional, encarcerado e prisioneiro de consciência, Leopoldo López, e (pedimos) sua libertação imediata", disse o VP, em nota.

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Mulher de Leopoldo López anuncia nascimento da terceira filha na Venezuela

O partido disse ainda que as declarações de Ortega ratificam que López "é e sempre foi inocente" e o governo venezuelano teve como objetivo "inabilitá-lo da disputa eleitoral".

"Sua prisão arbitrária e sua condenação injusta obedecem a uma encomenda política, por meio de montagem judicial, ordenado pelo mais alto escalão da ditadura", completou o partido. 

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A crise venezuelana em cinco pontos

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Foto: EFE/MIGUEL GUTI?RREZ
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Foto: Miraflores Palace/Handout via REUTERS

O advogado de López, Juan Carlos Gutiérrez, também pediu sua "libertação imediata" depois das declarações de Ortega. A mulher do político, Lilian Tintori, convocou para esta sexta-feira um protesto em uma praça de Caracas em razão dos quatro anos de prisão de seu marido.

O líder opositor continua privado de liberdade ao cumprir prisão domiciliar. Ortega está sob proteção do governo da Colômbia, para onde fugiu em 18 de agosto - ela foi destituída do cargo duas semanas antes pela Assembleia Constituinte após ser acusada de cometer "atos imorais". / EFE

BOGOTÁ - A ex-procuradora-geral da Venezuela Luisa Ortega Díaz disse na quinta-feira que foi pressionada pelo deputado Diosdado Cabello, número 2 do chavismo, para apontar o líder opositor Leopoldo López como responsável pelo assassinato de Basil Da Costa e de Juan Carlos Montoya - membros de uma organização chavista - em manifestações contra o governo em 2014.

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"Me pressionaram para dizer que o responsável pela morte de Basil Da Costa e de Montoya era Leopoldo", afirmou Ortega em entrevista à emissora colombiana Blu Radio, garantindo, porém, ter sido contra essa determinação.

Luisa Ortega Díaz disse que líder chavista tentou influenciar caso contra líder opositor Leopoldo López Foto: AP Photo/Marco Ugarte

López foi condenado em setembro de 2015 a quase 14 anos de prisão pelos crimes de incitação pública, associação para cometer crimes, danos materiais e incêndios, ações que teria cometido ao fazer discursos promovendo a violência durante uma marcha antigoverno em 12 de fevereiro de 2014.

Neste sentido, Ortega disse que "havia uma pressão" (de Cabello) para que ela atuasse de determinada maneira porque lhe disseram que queriam acusar o líder opositor de terrorismo e assassinato.

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Ela disse também que inicialmente o promotor pediu uma ordem de captura contra López por homicídio e terrorismo, mas acabou obrigado a mudar o objeto da ação em razão da sua negativa.

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Depois das declarações de Ortega, o partido Voluntad Popular (VP), liderado por López, pediu a anulação do julgamento que o condenou em 2015. 

"Diante destas graves mas contundentes declarações da procuradora-geral Luisa Ortega Díaz, exigimos a anulação do julgamento manipulado que condenou injustamente o nosso coordenador nacional, encarcerado e prisioneiro de consciência, Leopoldo López, e (pedimos) sua libertação imediata", disse o VP, em nota.

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O partido disse ainda que as declarações de Ortega ratificam que López "é e sempre foi inocente" e o governo venezuelano teve como objetivo "inabilitá-lo da disputa eleitoral".

"Sua prisão arbitrária e sua condenação injusta obedecem a uma encomenda política, por meio de montagem judicial, ordenado pelo mais alto escalão da ditadura", completou o partido. 

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Foto: Miraflores Palace/Handout via REUTERS

O advogado de López, Juan Carlos Gutiérrez, também pediu sua "libertação imediata" depois das declarações de Ortega. A mulher do político, Lilian Tintori, convocou para esta sexta-feira um protesto em uma praça de Caracas em razão dos quatro anos de prisão de seu marido.

O líder opositor continua privado de liberdade ao cumprir prisão domiciliar. Ortega está sob proteção do governo da Colômbia, para onde fugiu em 18 de agosto - ela foi destituída do cargo duas semanas antes pela Assembleia Constituinte após ser acusada de cometer "atos imorais". / EFE

BOGOTÁ - A ex-procuradora-geral da Venezuela Luisa Ortega Díaz disse na quinta-feira que foi pressionada pelo deputado Diosdado Cabello, número 2 do chavismo, para apontar o líder opositor Leopoldo López como responsável pelo assassinato de Basil Da Costa e de Juan Carlos Montoya - membros de uma organização chavista - em manifestações contra o governo em 2014.

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López foi condenado em setembro de 2015 a quase 14 anos de prisão pelos crimes de incitação pública, associação para cometer crimes, danos materiais e incêndios, ações que teria cometido ao fazer discursos promovendo a violência durante uma marcha antigoverno em 12 de fevereiro de 2014.

Neste sentido, Ortega disse que "havia uma pressão" (de Cabello) para que ela atuasse de determinada maneira porque lhe disseram que queriam acusar o líder opositor de terrorismo e assassinato.

Perseguição de Maduro dificulta campanha de rivais

"Fizemos uma investigação tão objetiva e transparente que determinamos que o assassinato de Basil Da Costa foi consequência da atuação do Sebin (a agência do governo de inteligência) e a de Montoya da atuação de outros coletivos (chavistas)", disse a ex-procuradora.

Ela disse também que inicialmente o promotor pediu uma ordem de captura contra López por homicídio e terrorismo, mas acabou obrigado a mudar o objeto da ação em razão da sua negativa.

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A ONU e governos internacionais condenaram nesta terça-feira o governo de Nicolás Maduro por ter prendido novamente os líderes opositores Leopoldo López e Antonio Ledezma, que cumpriam prisão domiciliar.

Depois das declarações de Ortega, o partido Voluntad Popular (VP), liderado por López, pediu a anulação do julgamento que o condenou em 2015. 

"Diante destas graves mas contundentes declarações da procuradora-geral Luisa Ortega Díaz, exigimos a anulação do julgamento manipulado que condenou injustamente o nosso coordenador nacional, encarcerado e prisioneiro de consciência, Leopoldo López, e (pedimos) sua libertação imediata", disse o VP, em nota.

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O partido disse ainda que as declarações de Ortega ratificam que López "é e sempre foi inocente" e o governo venezuelano teve como objetivo "inabilitá-lo da disputa eleitoral".

"Sua prisão arbitrária e sua condenação injusta obedecem a uma encomenda política, por meio de montagem judicial, ordenado pelo mais alto escalão da ditadura", completou o partido. 

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O líder opositor continua privado de liberdade ao cumprir prisão domiciliar. Ortega está sob proteção do governo da Colômbia, para onde fugiu em 18 de agosto - ela foi destituída do cargo duas semanas antes pela Assembleia Constituinte após ser acusada de cometer "atos imorais". / EFE

BOGOTÁ - A ex-procuradora-geral da Venezuela Luisa Ortega Díaz disse na quinta-feira que foi pressionada pelo deputado Diosdado Cabello, número 2 do chavismo, para apontar o líder opositor Leopoldo López como responsável pelo assassinato de Basil Da Costa e de Juan Carlos Montoya - membros de uma organização chavista - em manifestações contra o governo em 2014.

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López foi condenado em setembro de 2015 a quase 14 anos de prisão pelos crimes de incitação pública, associação para cometer crimes, danos materiais e incêndios, ações que teria cometido ao fazer discursos promovendo a violência durante uma marcha antigoverno em 12 de fevereiro de 2014.

Neste sentido, Ortega disse que "havia uma pressão" (de Cabello) para que ela atuasse de determinada maneira porque lhe disseram que queriam acusar o líder opositor de terrorismo e assassinato.

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"Fizemos uma investigação tão objetiva e transparente que determinamos que o assassinato de Basil Da Costa foi consequência da atuação do Sebin (a agência do governo de inteligência) e a de Montoya da atuação de outros coletivos (chavistas)", disse a ex-procuradora.

Ela disse também que inicialmente o promotor pediu uma ordem de captura contra López por homicídio e terrorismo, mas acabou obrigado a mudar o objeto da ação em razão da sua negativa.

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Depois das declarações de Ortega, o partido Voluntad Popular (VP), liderado por López, pediu a anulação do julgamento que o condenou em 2015. 

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O líder opositor continua privado de liberdade ao cumprir prisão domiciliar. Ortega está sob proteção do governo da Colômbia, para onde fugiu em 18 de agosto - ela foi destituída do cargo duas semanas antes pela Assembleia Constituinte após ser acusada de cometer "atos imorais". / EFE

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