Famílias de vítimas de tsunamis processam governo chileno


Falta de alerta de tsunamis impossibilitou salvamento das vítimas, dizem familiares.

Por Marcia Carmo

Familiares de duas vítimas fatais dos tsunamis que ocorreram após o terremoto do dia 27 de fevereiro no Chile entraram, nesta quarta-feira, com uma ação na Justiça contra o Estado chileno pela falta de alerta de ondas gigantes. Segundo as famílias, as vítimas poderiam ter se salvado se os organismos responsáveis tivessem alertado sobre os tsunamis que surgiriam após o tremor de 8,8 graus de magnitude. "Naquela situação de desespero, as pessoas acreditaram nas suas autoridades e elas erraram. As autoridades disseram que não havia perigo de tsunamis, o que fez com que aqueles que tinham escapado para lugares altos voltassem para casa para serem surpreendidos pelo mar", disse o advogado dos familiares, Alfredo Morgado. A ação judicial atendeu ao pedido de familiares das irmãs Nancy del Tránsito, de 57 anos, e Eliana del Carmen Lema Morales, de 54 anos. Elas moravam em Santiago, capital do país, e passavam férias com a família no vilarejo de Dichato, que foi arrasado pelos tsunamis. O marido de Eliana, Hugo Fuentealba, contou que eles acordaram com o terremoto e que correram para os morros de Dichato, próximo à cidade de Concepción, a segunda maior do país e destruída pelos tremores. "Acordei a minha família porque o chão estava tremendo e gritei que era terremoto. Nos vestimos rápido porque sabíamos que o mar poderia avançar. Já tínhamos visto que o lugar tinha placas que indicavam por onde escapar", afirmou. Fuentealba disse que quando já estavam no morro, ele ligou o rádio de pilhas e ouviu o locutor dizer que a então presidente Michelle Bachelet descartava a possibilidade de tsunamis. "A presidente tinha dito para que as pessoas ficassem tranquilas porque não havia tsunamis em nenhuma praia do Chile. Descemos e pouco depois vi que uma onda gigante arrasava com tudo. Sobrevivi, mas minha mulher e minha cunhada, não", disse. Segundo ele, a presidente foi "mal" informada pelos organismos competentes, o que possibilitou a tragédia. 'Erros' De acordo com o advogado, outras famílias de vítimas preparam ações semelhantes contra o Estado. O jornal La Tercera e a rede de televisão TVN, afirmam que este poderá ser o primeiro caso de vários a serem investigados pelo Ministério Público local para esclarecer "eventuais erros cometidos" pelo Escritório Nacional de Emergência (Onemi, na sigla em espanhol) e pelo Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha (SHOA, na sigla em espanhol). Os dois organismos são acusados de não terem acionado o alerta de tsunamis após o terremoto. O desastre continua sendo o principal assunto no Chile. O governo do novo presidente, Sebastián Piñera, discute como conseguir os recursos necessários para a reconstrução das áreas arrasadas que, segundo estimativas do líder chileno, precisam de um investimento de cerca de US$ 30 bilhões. Ao mesmo tempo, centenas de alunos continuam sem aulas porque as escolas foram destruídas. Empregados também enfrentam problemas com salários e outros são ameaçados de demissão sem direito à indenização porque donos de alguns estabelecimentos argumentam que não têm como realizar os pagamentos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Familiares de duas vítimas fatais dos tsunamis que ocorreram após o terremoto do dia 27 de fevereiro no Chile entraram, nesta quarta-feira, com uma ação na Justiça contra o Estado chileno pela falta de alerta de ondas gigantes. Segundo as famílias, as vítimas poderiam ter se salvado se os organismos responsáveis tivessem alertado sobre os tsunamis que surgiriam após o tremor de 8,8 graus de magnitude. "Naquela situação de desespero, as pessoas acreditaram nas suas autoridades e elas erraram. As autoridades disseram que não havia perigo de tsunamis, o que fez com que aqueles que tinham escapado para lugares altos voltassem para casa para serem surpreendidos pelo mar", disse o advogado dos familiares, Alfredo Morgado. A ação judicial atendeu ao pedido de familiares das irmãs Nancy del Tránsito, de 57 anos, e Eliana del Carmen Lema Morales, de 54 anos. Elas moravam em Santiago, capital do país, e passavam férias com a família no vilarejo de Dichato, que foi arrasado pelos tsunamis. O marido de Eliana, Hugo Fuentealba, contou que eles acordaram com o terremoto e que correram para os morros de Dichato, próximo à cidade de Concepción, a segunda maior do país e destruída pelos tremores. "Acordei a minha família porque o chão estava tremendo e gritei que era terremoto. Nos vestimos rápido porque sabíamos que o mar poderia avançar. Já tínhamos visto que o lugar tinha placas que indicavam por onde escapar", afirmou. Fuentealba disse que quando já estavam no morro, ele ligou o rádio de pilhas e ouviu o locutor dizer que a então presidente Michelle Bachelet descartava a possibilidade de tsunamis. "A presidente tinha dito para que as pessoas ficassem tranquilas porque não havia tsunamis em nenhuma praia do Chile. Descemos e pouco depois vi que uma onda gigante arrasava com tudo. Sobrevivi, mas minha mulher e minha cunhada, não", disse. Segundo ele, a presidente foi "mal" informada pelos organismos competentes, o que possibilitou a tragédia. 'Erros' De acordo com o advogado, outras famílias de vítimas preparam ações semelhantes contra o Estado. O jornal La Tercera e a rede de televisão TVN, afirmam que este poderá ser o primeiro caso de vários a serem investigados pelo Ministério Público local para esclarecer "eventuais erros cometidos" pelo Escritório Nacional de Emergência (Onemi, na sigla em espanhol) e pelo Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha (SHOA, na sigla em espanhol). Os dois organismos são acusados de não terem acionado o alerta de tsunamis após o terremoto. O desastre continua sendo o principal assunto no Chile. O governo do novo presidente, Sebastián Piñera, discute como conseguir os recursos necessários para a reconstrução das áreas arrasadas que, segundo estimativas do líder chileno, precisam de um investimento de cerca de US$ 30 bilhões. Ao mesmo tempo, centenas de alunos continuam sem aulas porque as escolas foram destruídas. Empregados também enfrentam problemas com salários e outros são ameaçados de demissão sem direito à indenização porque donos de alguns estabelecimentos argumentam que não têm como realizar os pagamentos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Familiares de duas vítimas fatais dos tsunamis que ocorreram após o terremoto do dia 27 de fevereiro no Chile entraram, nesta quarta-feira, com uma ação na Justiça contra o Estado chileno pela falta de alerta de ondas gigantes. Segundo as famílias, as vítimas poderiam ter se salvado se os organismos responsáveis tivessem alertado sobre os tsunamis que surgiriam após o tremor de 8,8 graus de magnitude. "Naquela situação de desespero, as pessoas acreditaram nas suas autoridades e elas erraram. As autoridades disseram que não havia perigo de tsunamis, o que fez com que aqueles que tinham escapado para lugares altos voltassem para casa para serem surpreendidos pelo mar", disse o advogado dos familiares, Alfredo Morgado. A ação judicial atendeu ao pedido de familiares das irmãs Nancy del Tránsito, de 57 anos, e Eliana del Carmen Lema Morales, de 54 anos. Elas moravam em Santiago, capital do país, e passavam férias com a família no vilarejo de Dichato, que foi arrasado pelos tsunamis. O marido de Eliana, Hugo Fuentealba, contou que eles acordaram com o terremoto e que correram para os morros de Dichato, próximo à cidade de Concepción, a segunda maior do país e destruída pelos tremores. "Acordei a minha família porque o chão estava tremendo e gritei que era terremoto. Nos vestimos rápido porque sabíamos que o mar poderia avançar. Já tínhamos visto que o lugar tinha placas que indicavam por onde escapar", afirmou. Fuentealba disse que quando já estavam no morro, ele ligou o rádio de pilhas e ouviu o locutor dizer que a então presidente Michelle Bachelet descartava a possibilidade de tsunamis. "A presidente tinha dito para que as pessoas ficassem tranquilas porque não havia tsunamis em nenhuma praia do Chile. Descemos e pouco depois vi que uma onda gigante arrasava com tudo. Sobrevivi, mas minha mulher e minha cunhada, não", disse. Segundo ele, a presidente foi "mal" informada pelos organismos competentes, o que possibilitou a tragédia. 'Erros' De acordo com o advogado, outras famílias de vítimas preparam ações semelhantes contra o Estado. O jornal La Tercera e a rede de televisão TVN, afirmam que este poderá ser o primeiro caso de vários a serem investigados pelo Ministério Público local para esclarecer "eventuais erros cometidos" pelo Escritório Nacional de Emergência (Onemi, na sigla em espanhol) e pelo Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha (SHOA, na sigla em espanhol). Os dois organismos são acusados de não terem acionado o alerta de tsunamis após o terremoto. O desastre continua sendo o principal assunto no Chile. O governo do novo presidente, Sebastián Piñera, discute como conseguir os recursos necessários para a reconstrução das áreas arrasadas que, segundo estimativas do líder chileno, precisam de um investimento de cerca de US$ 30 bilhões. Ao mesmo tempo, centenas de alunos continuam sem aulas porque as escolas foram destruídas. Empregados também enfrentam problemas com salários e outros são ameaçados de demissão sem direito à indenização porque donos de alguns estabelecimentos argumentam que não têm como realizar os pagamentos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Familiares de duas vítimas fatais dos tsunamis que ocorreram após o terremoto do dia 27 de fevereiro no Chile entraram, nesta quarta-feira, com uma ação na Justiça contra o Estado chileno pela falta de alerta de ondas gigantes. Segundo as famílias, as vítimas poderiam ter se salvado se os organismos responsáveis tivessem alertado sobre os tsunamis que surgiriam após o tremor de 8,8 graus de magnitude. "Naquela situação de desespero, as pessoas acreditaram nas suas autoridades e elas erraram. As autoridades disseram que não havia perigo de tsunamis, o que fez com que aqueles que tinham escapado para lugares altos voltassem para casa para serem surpreendidos pelo mar", disse o advogado dos familiares, Alfredo Morgado. A ação judicial atendeu ao pedido de familiares das irmãs Nancy del Tránsito, de 57 anos, e Eliana del Carmen Lema Morales, de 54 anos. Elas moravam em Santiago, capital do país, e passavam férias com a família no vilarejo de Dichato, que foi arrasado pelos tsunamis. O marido de Eliana, Hugo Fuentealba, contou que eles acordaram com o terremoto e que correram para os morros de Dichato, próximo à cidade de Concepción, a segunda maior do país e destruída pelos tremores. "Acordei a minha família porque o chão estava tremendo e gritei que era terremoto. Nos vestimos rápido porque sabíamos que o mar poderia avançar. Já tínhamos visto que o lugar tinha placas que indicavam por onde escapar", afirmou. Fuentealba disse que quando já estavam no morro, ele ligou o rádio de pilhas e ouviu o locutor dizer que a então presidente Michelle Bachelet descartava a possibilidade de tsunamis. "A presidente tinha dito para que as pessoas ficassem tranquilas porque não havia tsunamis em nenhuma praia do Chile. Descemos e pouco depois vi que uma onda gigante arrasava com tudo. Sobrevivi, mas minha mulher e minha cunhada, não", disse. Segundo ele, a presidente foi "mal" informada pelos organismos competentes, o que possibilitou a tragédia. 'Erros' De acordo com o advogado, outras famílias de vítimas preparam ações semelhantes contra o Estado. O jornal La Tercera e a rede de televisão TVN, afirmam que este poderá ser o primeiro caso de vários a serem investigados pelo Ministério Público local para esclarecer "eventuais erros cometidos" pelo Escritório Nacional de Emergência (Onemi, na sigla em espanhol) e pelo Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha (SHOA, na sigla em espanhol). Os dois organismos são acusados de não terem acionado o alerta de tsunamis após o terremoto. O desastre continua sendo o principal assunto no Chile. O governo do novo presidente, Sebastián Piñera, discute como conseguir os recursos necessários para a reconstrução das áreas arrasadas que, segundo estimativas do líder chileno, precisam de um investimento de cerca de US$ 30 bilhões. Ao mesmo tempo, centenas de alunos continuam sem aulas porque as escolas foram destruídas. Empregados também enfrentam problemas com salários e outros são ameaçados de demissão sem direito à indenização porque donos de alguns estabelecimentos argumentam que não têm como realizar os pagamentos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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