Todos os caminhos levam a Berlim

Berlinale: Mostra "Perspectiva do Cinema Alemão"


Os próximos artigos terão foco em algumas mostras paralelas da Berlnale, em seu foco temático e sua auto-definicao. Iniciamos hoje com a mostra paralela "Perspektive Deutsches Kino".

Por Fátima Lacerda

A mostra paralela que foca não necessariamente nos novos talentos do filme alemão contemporâneo, mas em iniciantes na arte de dirigir é um endereço obrigatório na corrida, para não dizer insana, agenda da Berlinale.

Lá no cinema 5 do complexo de salas Cinemax se reuno um público menos internacional e mais alemão. Atrizes e atores, iniciantes, consagrados, produtores, jornalistas marcam presença à procura de novas tendências, novas percepções cinematográficas. Não é raro ter o produtor do filme sentado na fileira de trás e consumindo batata frita. Nessa mostra nada é dogmático e a única vertente é a paixão pelo cinema alemão contemporâneo: hermético, cinzento, controverso, bem humorado, melancólico ou afogado na filosofia.

Não foram poucas as vezes que fui ver um filme me guiando somente pelo título, sem pesquisar nada mais concreto, me deixando levar pelo que viesse. Entre as supresas cinematográficas já encontrada nessa mostra estão a diretora Sonja Heiss com seu filme "Hotel Very Welcome" que com uma leveza muito atípica da cinematografia alemã (pelo menos anteriormente aos filmes "A vida é uma obra interminável" "Adeus Lenin", ambos do diretor Wolfgang Becker, Sonja contou a história de alemães no estrangeiro confrontados com aquilo que os leva ao desespero: a falta de planejamento, o irremediável e estar á mercê da ignorância alheia. Sonja mostra também a imensa barreira entre turistas alemães que saem pelo mundo com mochila nas costas à procura de aventura, sexo, realizações de todos os tipos e, na pior das hipóteses, à procura de si mesmos com a personagem Marion. Nunca eu ri tão compulsivamente assistindo um filme alemão.

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https://www.youtube.com/watch?v=2JN5mWmUWqM

Nessa edicao do festival, Sonja está presente na mostra Fórum com o filme "Heidi Schneider tá na pior", em traducao livre.

Outro filme que me pegou de surpresa foi o vencedor do prêmio do público em 2012: "There ain't California". Pelo título, imaginei algo leve, exato para o último dia do festival, para o domingo (já depois da premiação) quando os berlinenses invadem os cinemas com ingressos pelo valor de 7 Euros. Nesse dia, batizado de "Berlinale Kinotag" (Dia do cinema da Berlinale) eu contava com um filme californiano, pra relaxar.

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O que lá encontrei foi um filme no formato documentário fictício que só foi realizado porque conseguiu fundos numa campanha de amigos. Ao invés de uma juventude californiana, me deparei com 3 jovens de Berlim Oriental, apaixonados pelo Skate e que, apesar da cortina de ferro e de não corresponder aos padrões dos chefes do partido, tinham garra e ímpar capacidade logística. Participavam de torneios nos países adeptos do Pacto de Varsóvia, chegaram à fazer parte de torneios internacionais até se perderem de vista depois da queda do muro, quando Berlim se tornou outra cidade. 

https://www.youtube.com/watch?v=j5oLdISNTyA

O foco programático desse ano, o que os críticos denominam de "linha vermelha" que passa pela mostra é a procura de um lugar físico ou a reflexão do mesmo.

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reference

Linda Söffker, diretora da mostra paralela falou exclusivo com o Blog e revelou detalhes sobre os filmes dessa edição e como foi o processo de seleção. 

FL: O que os amantes do cinema alemão contemporâneo podem esperar da mostra nesse ano?

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LS: Temos 14 filmes na mostra. 4 meio longas e 10 longas. Esse ano os filmes de ficção estão na maioria. A seleção é o resultado de 300 filmes que foram encaminhados à comissão. Esse 14 filmes mostram o que os jovens cineastas alemães, digo, não precisam ser jovens, mas de iniciantes na carreira. As obras diferem muito umas das outras, ao mesmo tempo que tem em comum, alta qualidade. Como o meu lema é ter diretoras mulheres bem representadas nessa mostra, eu gostaria declarar que nesse ano isso aconteceu de forma muito natural e não precisou de uma cota no âmbito doprocesso seletivo. 7 filmes da programação tem a direção de mulheres.

FL:Ao contrário do Festival de Cannes, por exemplo, onde diretoras mulheres, principalmente na mostra competitiva, são raras, o número de 7 obras de diretoras mulheres na mostra em Berlim poder ser então considerado um índice de que o cinema alemão vai muito bem?

LS: Podemos afirmar isso sim. Entretanto, precisamos diferenciar o contexto de Cannes com o contexto de cineastas iniciantes. Na Alemanha, quando as mulheres que acabaram de finalizar a faculdade de cinema ou outra especialização e iniciam na carreia de cineastas, elas o fazem antes do planejamento familiar. Depois que adquirem marido e família, fica mais difícil de conciliar as duas coisas ao mesmo tempo. Depois de passado muito tempo, elas encontram dificuldades na tentativa de retorno ao trabalho.

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Veja a entrevista original em alemão:

https://www.youtube.com/watch?v=fXAzjxDtvO4

A mostra paralela que foca não necessariamente nos novos talentos do filme alemão contemporâneo, mas em iniciantes na arte de dirigir é um endereço obrigatório na corrida, para não dizer insana, agenda da Berlinale.

Lá no cinema 5 do complexo de salas Cinemax se reuno um público menos internacional e mais alemão. Atrizes e atores, iniciantes, consagrados, produtores, jornalistas marcam presença à procura de novas tendências, novas percepções cinematográficas. Não é raro ter o produtor do filme sentado na fileira de trás e consumindo batata frita. Nessa mostra nada é dogmático e a única vertente é a paixão pelo cinema alemão contemporâneo: hermético, cinzento, controverso, bem humorado, melancólico ou afogado na filosofia.

Não foram poucas as vezes que fui ver um filme me guiando somente pelo título, sem pesquisar nada mais concreto, me deixando levar pelo que viesse. Entre as supresas cinematográficas já encontrada nessa mostra estão a diretora Sonja Heiss com seu filme "Hotel Very Welcome" que com uma leveza muito atípica da cinematografia alemã (pelo menos anteriormente aos filmes "A vida é uma obra interminável" "Adeus Lenin", ambos do diretor Wolfgang Becker, Sonja contou a história de alemães no estrangeiro confrontados com aquilo que os leva ao desespero: a falta de planejamento, o irremediável e estar á mercê da ignorância alheia. Sonja mostra também a imensa barreira entre turistas alemães que saem pelo mundo com mochila nas costas à procura de aventura, sexo, realizações de todos os tipos e, na pior das hipóteses, à procura de si mesmos com a personagem Marion. Nunca eu ri tão compulsivamente assistindo um filme alemão.

https://www.youtube.com/watch?v=2JN5mWmUWqM

Nessa edicao do festival, Sonja está presente na mostra Fórum com o filme "Heidi Schneider tá na pior", em traducao livre.

Outro filme que me pegou de surpresa foi o vencedor do prêmio do público em 2012: "There ain't California". Pelo título, imaginei algo leve, exato para o último dia do festival, para o domingo (já depois da premiação) quando os berlinenses invadem os cinemas com ingressos pelo valor de 7 Euros. Nesse dia, batizado de "Berlinale Kinotag" (Dia do cinema da Berlinale) eu contava com um filme californiano, pra relaxar.

O que lá encontrei foi um filme no formato documentário fictício que só foi realizado porque conseguiu fundos numa campanha de amigos. Ao invés de uma juventude californiana, me deparei com 3 jovens de Berlim Oriental, apaixonados pelo Skate e que, apesar da cortina de ferro e de não corresponder aos padrões dos chefes do partido, tinham garra e ímpar capacidade logística. Participavam de torneios nos países adeptos do Pacto de Varsóvia, chegaram à fazer parte de torneios internacionais até se perderem de vista depois da queda do muro, quando Berlim se tornou outra cidade. 

https://www.youtube.com/watch?v=j5oLdISNTyA

O foco programático desse ano, o que os críticos denominam de "linha vermelha" que passa pela mostra é a procura de um lugar físico ou a reflexão do mesmo.

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Linda Söffker, diretora da mostra paralela falou exclusivo com o Blog e revelou detalhes sobre os filmes dessa edição e como foi o processo de seleção. 

FL: O que os amantes do cinema alemão contemporâneo podem esperar da mostra nesse ano?

LS: Temos 14 filmes na mostra. 4 meio longas e 10 longas. Esse ano os filmes de ficção estão na maioria. A seleção é o resultado de 300 filmes que foram encaminhados à comissão. Esse 14 filmes mostram o que os jovens cineastas alemães, digo, não precisam ser jovens, mas de iniciantes na carreira. As obras diferem muito umas das outras, ao mesmo tempo que tem em comum, alta qualidade. Como o meu lema é ter diretoras mulheres bem representadas nessa mostra, eu gostaria declarar que nesse ano isso aconteceu de forma muito natural e não precisou de uma cota no âmbito doprocesso seletivo. 7 filmes da programação tem a direção de mulheres.

FL:Ao contrário do Festival de Cannes, por exemplo, onde diretoras mulheres, principalmente na mostra competitiva, são raras, o número de 7 obras de diretoras mulheres na mostra em Berlim poder ser então considerado um índice de que o cinema alemão vai muito bem?

LS: Podemos afirmar isso sim. Entretanto, precisamos diferenciar o contexto de Cannes com o contexto de cineastas iniciantes. Na Alemanha, quando as mulheres que acabaram de finalizar a faculdade de cinema ou outra especialização e iniciam na carreia de cineastas, elas o fazem antes do planejamento familiar. Depois que adquirem marido e família, fica mais difícil de conciliar as duas coisas ao mesmo tempo. Depois de passado muito tempo, elas encontram dificuldades na tentativa de retorno ao trabalho.

Veja a entrevista original em alemão:

https://www.youtube.com/watch?v=fXAzjxDtvO4

A mostra paralela que foca não necessariamente nos novos talentos do filme alemão contemporâneo, mas em iniciantes na arte de dirigir é um endereço obrigatório na corrida, para não dizer insana, agenda da Berlinale.

Lá no cinema 5 do complexo de salas Cinemax se reuno um público menos internacional e mais alemão. Atrizes e atores, iniciantes, consagrados, produtores, jornalistas marcam presença à procura de novas tendências, novas percepções cinematográficas. Não é raro ter o produtor do filme sentado na fileira de trás e consumindo batata frita. Nessa mostra nada é dogmático e a única vertente é a paixão pelo cinema alemão contemporâneo: hermético, cinzento, controverso, bem humorado, melancólico ou afogado na filosofia.

Não foram poucas as vezes que fui ver um filme me guiando somente pelo título, sem pesquisar nada mais concreto, me deixando levar pelo que viesse. Entre as supresas cinematográficas já encontrada nessa mostra estão a diretora Sonja Heiss com seu filme "Hotel Very Welcome" que com uma leveza muito atípica da cinematografia alemã (pelo menos anteriormente aos filmes "A vida é uma obra interminável" "Adeus Lenin", ambos do diretor Wolfgang Becker, Sonja contou a história de alemães no estrangeiro confrontados com aquilo que os leva ao desespero: a falta de planejamento, o irremediável e estar á mercê da ignorância alheia. Sonja mostra também a imensa barreira entre turistas alemães que saem pelo mundo com mochila nas costas à procura de aventura, sexo, realizações de todos os tipos e, na pior das hipóteses, à procura de si mesmos com a personagem Marion. Nunca eu ri tão compulsivamente assistindo um filme alemão.

https://www.youtube.com/watch?v=2JN5mWmUWqM

Nessa edicao do festival, Sonja está presente na mostra Fórum com o filme "Heidi Schneider tá na pior", em traducao livre.

Outro filme que me pegou de surpresa foi o vencedor do prêmio do público em 2012: "There ain't California". Pelo título, imaginei algo leve, exato para o último dia do festival, para o domingo (já depois da premiação) quando os berlinenses invadem os cinemas com ingressos pelo valor de 7 Euros. Nesse dia, batizado de "Berlinale Kinotag" (Dia do cinema da Berlinale) eu contava com um filme californiano, pra relaxar.

O que lá encontrei foi um filme no formato documentário fictício que só foi realizado porque conseguiu fundos numa campanha de amigos. Ao invés de uma juventude californiana, me deparei com 3 jovens de Berlim Oriental, apaixonados pelo Skate e que, apesar da cortina de ferro e de não corresponder aos padrões dos chefes do partido, tinham garra e ímpar capacidade logística. Participavam de torneios nos países adeptos do Pacto de Varsóvia, chegaram à fazer parte de torneios internacionais até se perderem de vista depois da queda do muro, quando Berlim se tornou outra cidade. 

https://www.youtube.com/watch?v=j5oLdISNTyA

O foco programático desse ano, o que os críticos denominam de "linha vermelha" que passa pela mostra é a procura de um lugar físico ou a reflexão do mesmo.

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Linda Söffker, diretora da mostra paralela falou exclusivo com o Blog e revelou detalhes sobre os filmes dessa edição e como foi o processo de seleção. 

FL: O que os amantes do cinema alemão contemporâneo podem esperar da mostra nesse ano?

LS: Temos 14 filmes na mostra. 4 meio longas e 10 longas. Esse ano os filmes de ficção estão na maioria. A seleção é o resultado de 300 filmes que foram encaminhados à comissão. Esse 14 filmes mostram o que os jovens cineastas alemães, digo, não precisam ser jovens, mas de iniciantes na carreira. As obras diferem muito umas das outras, ao mesmo tempo que tem em comum, alta qualidade. Como o meu lema é ter diretoras mulheres bem representadas nessa mostra, eu gostaria declarar que nesse ano isso aconteceu de forma muito natural e não precisou de uma cota no âmbito doprocesso seletivo. 7 filmes da programação tem a direção de mulheres.

FL:Ao contrário do Festival de Cannes, por exemplo, onde diretoras mulheres, principalmente na mostra competitiva, são raras, o número de 7 obras de diretoras mulheres na mostra em Berlim poder ser então considerado um índice de que o cinema alemão vai muito bem?

LS: Podemos afirmar isso sim. Entretanto, precisamos diferenciar o contexto de Cannes com o contexto de cineastas iniciantes. Na Alemanha, quando as mulheres que acabaram de finalizar a faculdade de cinema ou outra especialização e iniciam na carreia de cineastas, elas o fazem antes do planejamento familiar. Depois que adquirem marido e família, fica mais difícil de conciliar as duas coisas ao mesmo tempo. Depois de passado muito tempo, elas encontram dificuldades na tentativa de retorno ao trabalho.

Veja a entrevista original em alemão:

https://www.youtube.com/watch?v=fXAzjxDtvO4

A mostra paralela que foca não necessariamente nos novos talentos do filme alemão contemporâneo, mas em iniciantes na arte de dirigir é um endereço obrigatório na corrida, para não dizer insana, agenda da Berlinale.

Lá no cinema 5 do complexo de salas Cinemax se reuno um público menos internacional e mais alemão. Atrizes e atores, iniciantes, consagrados, produtores, jornalistas marcam presença à procura de novas tendências, novas percepções cinematográficas. Não é raro ter o produtor do filme sentado na fileira de trás e consumindo batata frita. Nessa mostra nada é dogmático e a única vertente é a paixão pelo cinema alemão contemporâneo: hermético, cinzento, controverso, bem humorado, melancólico ou afogado na filosofia.

Não foram poucas as vezes que fui ver um filme me guiando somente pelo título, sem pesquisar nada mais concreto, me deixando levar pelo que viesse. Entre as supresas cinematográficas já encontrada nessa mostra estão a diretora Sonja Heiss com seu filme "Hotel Very Welcome" que com uma leveza muito atípica da cinematografia alemã (pelo menos anteriormente aos filmes "A vida é uma obra interminável" "Adeus Lenin", ambos do diretor Wolfgang Becker, Sonja contou a história de alemães no estrangeiro confrontados com aquilo que os leva ao desespero: a falta de planejamento, o irremediável e estar á mercê da ignorância alheia. Sonja mostra também a imensa barreira entre turistas alemães que saem pelo mundo com mochila nas costas à procura de aventura, sexo, realizações de todos os tipos e, na pior das hipóteses, à procura de si mesmos com a personagem Marion. Nunca eu ri tão compulsivamente assistindo um filme alemão.

https://www.youtube.com/watch?v=2JN5mWmUWqM

Nessa edicao do festival, Sonja está presente na mostra Fórum com o filme "Heidi Schneider tá na pior", em traducao livre.

Outro filme que me pegou de surpresa foi o vencedor do prêmio do público em 2012: "There ain't California". Pelo título, imaginei algo leve, exato para o último dia do festival, para o domingo (já depois da premiação) quando os berlinenses invadem os cinemas com ingressos pelo valor de 7 Euros. Nesse dia, batizado de "Berlinale Kinotag" (Dia do cinema da Berlinale) eu contava com um filme californiano, pra relaxar.

O que lá encontrei foi um filme no formato documentário fictício que só foi realizado porque conseguiu fundos numa campanha de amigos. Ao invés de uma juventude californiana, me deparei com 3 jovens de Berlim Oriental, apaixonados pelo Skate e que, apesar da cortina de ferro e de não corresponder aos padrões dos chefes do partido, tinham garra e ímpar capacidade logística. Participavam de torneios nos países adeptos do Pacto de Varsóvia, chegaram à fazer parte de torneios internacionais até se perderem de vista depois da queda do muro, quando Berlim se tornou outra cidade. 

https://www.youtube.com/watch?v=j5oLdISNTyA

O foco programático desse ano, o que os críticos denominam de "linha vermelha" que passa pela mostra é a procura de um lugar físico ou a reflexão do mesmo.

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Linda Söffker, diretora da mostra paralela falou exclusivo com o Blog e revelou detalhes sobre os filmes dessa edição e como foi o processo de seleção. 

FL: O que os amantes do cinema alemão contemporâneo podem esperar da mostra nesse ano?

LS: Temos 14 filmes na mostra. 4 meio longas e 10 longas. Esse ano os filmes de ficção estão na maioria. A seleção é o resultado de 300 filmes que foram encaminhados à comissão. Esse 14 filmes mostram o que os jovens cineastas alemães, digo, não precisam ser jovens, mas de iniciantes na carreira. As obras diferem muito umas das outras, ao mesmo tempo que tem em comum, alta qualidade. Como o meu lema é ter diretoras mulheres bem representadas nessa mostra, eu gostaria declarar que nesse ano isso aconteceu de forma muito natural e não precisou de uma cota no âmbito doprocesso seletivo. 7 filmes da programação tem a direção de mulheres.

FL:Ao contrário do Festival de Cannes, por exemplo, onde diretoras mulheres, principalmente na mostra competitiva, são raras, o número de 7 obras de diretoras mulheres na mostra em Berlim poder ser então considerado um índice de que o cinema alemão vai muito bem?

LS: Podemos afirmar isso sim. Entretanto, precisamos diferenciar o contexto de Cannes com o contexto de cineastas iniciantes. Na Alemanha, quando as mulheres que acabaram de finalizar a faculdade de cinema ou outra especialização e iniciam na carreia de cineastas, elas o fazem antes do planejamento familiar. Depois que adquirem marido e família, fica mais difícil de conciliar as duas coisas ao mesmo tempo. Depois de passado muito tempo, elas encontram dificuldades na tentativa de retorno ao trabalho.

Veja a entrevista original em alemão:

https://www.youtube.com/watch?v=fXAzjxDtvO4

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