Fotógrafo sírio que mostrou destruição de Aleppo é premiado


Karam al-Masri, que recebeu o prêmio Knight International Journalism Award, foi preso e ferido, mas não desistiu de registrar horrores da guerra

Por Redação

PARIS - Ele ficou ferido várias vezes e foi feito prisioneiro tanto pelo governo sírio quanto pelo grupo Estado Islâmico. Mas nada disso foi suficiente para fazer Karam al-Masri desistir de seu objetivo: estar na zona de conflito para fazer seu trabalho, que é registrar os horrores de uma guerra.

Foto de Karam al-Masri em 15 de dezembro de 2016 mostra ônibus durante operação de retirada de rebeldes e suas famílias de Aleppo Foto: Karam al-Masri

O jovem repórter fotográfico, que recebeu nesta quinta-feira (9) o prestigioso prêmio Knight International Journalism Award, em Washington, mostrou ao mundo o processo de destruição de sua cidade-natal, Aleppo, primeiro através de seu telefone celular e depois como fotógrafo para a agência France Presse

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+ Tropas de Assad tomam último reduto do Estado Islâmico na Síria

Quando Damasco reprimiu brutalmente as manifestações de 2011, o país mergulhou em uma guerra civil, que tirou quase tudo de Masri, menos sua vida. "Durante todos estes anos, perdi muitos amigos e parentes", diz. "Praticamente perdi tudo, meu futuro, minha família, tudo". 

Mas "eu amo Alepo", disse, quando questionado sobre o motivo de ter permanecido lá por tanto tempo.  "Um peixe não sobreviveria fora d'água", explicou em árabe.

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Trabalho de Karam al-Masri é premiado com o prestigioso Knight International Journalism Award Foto: AFP

Em dezembro de 2016, finalmente se deu por vencido e abandonou sua querida cidade, depois de vários dias marcados pelos disparos de franco-atiradores e bombardeios, durante os quais perdeu uma câmera preciosa. 

Antes da guerra, Masri tinha pouca experiência como fotógrafo e se conformava em imortalizar alguns eventos familiares, como aniversários e formaturas, com uma câmera velha. 

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No início, ele usava um telefone para tirar fotos do conflito e publicá-las nas mídias sociais. Mais tarde, comprou uma câmera, e em 2013 começou a trabalhar para a AFP

"Não havia jornalistas estrangeiros, não havia fotógrafos, não havia nada", disse, quando questionado sobre o que o motivou a documentar o conflito.

Os jornalistas estrangeiros então chegaram em massa, mas depois pararam de ir às zonas rebeldes de Aleppo, por medo de sequestros e outros perigos.  Mas Masri continuou. 

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Grande parte de seu trabalho se concentrou na devastação causada pela guerra: os edifícios demolidos, as ruas destruídas e os mortos. Mas ele também cobriu outros aspectos do conflito, como a fome e a falta de combustíveis.

Foto de Karam al-Masri, de março de 2015, mostra uma barricada feita com carcaças de ônibus para obstruir a visão dos franco-atiradores do regime de Bashar Assad na cidade de Aleppo Foto: Karam al-Masri

Foi detido duas vezes: durante um mês pelas forças do regime de Bashar Assad, e por seis meses pelo grupo extremista Estado Islâmico.

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Também ficou gravemente ferido duas vezes, primeiro na perna e depois na mão. Sua primeira lesão lhe impediu de caminhar durante quatro meses, e a segunda quase o impossibilitou de fazer seu trabalho, mas ele continuou fotografando como uma só mão. 

Agora, aos 26 anos, Karam al-Masri vive e trabalha em Paris, mas na sua cabeça nada pode substituir aquela missão. "Quero voltar ao terreno, me sinto útil nessas zonas. Quero mostrar a verdade." / AFP

Animais são resgatados de zoológico da Síria que sofreu danos em razão da guerra

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Animais são resgatados de zoológico da Síria que sofreu danos em razão da guerra

Foto: AFP PHOTO / FOUR PAWS / AHU SAVAN AN
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Foto: AFP PHOTO / FOUR PAWS / AHU SAVAN AN
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Animais são resgatados de zoológico da Síria que sofreu danos em razão da guerra

Foto: AFP PHOTO / FOUR PAWS / AHU SAVAN AN
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Animais são resgatados de zoológico da Síria que sofreu danos em razão da guerra

Foto: AP Photo/Emrah Gurel
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Animais são resgatados de zoológico da Síria que sofreu danos em razão da guerra

Foto: AP Photo/Emrah Gurel
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Animais são resgatados de zoológico da Síria que sofreu danos em razão da guerra

Foto: Four Paws International via The New York Times
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Animais são resgatados de zoológico da Síria que sofreu danos em razão da guerra

Foto: AFP PHOTO / FOUR PAWS / CLAWED HAT FILM / JASMINE DUTHIE

PARIS - Ele ficou ferido várias vezes e foi feito prisioneiro tanto pelo governo sírio quanto pelo grupo Estado Islâmico. Mas nada disso foi suficiente para fazer Karam al-Masri desistir de seu objetivo: estar na zona de conflito para fazer seu trabalho, que é registrar os horrores de uma guerra.

Foto de Karam al-Masri em 15 de dezembro de 2016 mostra ônibus durante operação de retirada de rebeldes e suas famílias de Aleppo Foto: Karam al-Masri

O jovem repórter fotográfico, que recebeu nesta quinta-feira (9) o prestigioso prêmio Knight International Journalism Award, em Washington, mostrou ao mundo o processo de destruição de sua cidade-natal, Aleppo, primeiro através de seu telefone celular e depois como fotógrafo para a agência France Presse

+ Tropas de Assad tomam último reduto do Estado Islâmico na Síria

Quando Damasco reprimiu brutalmente as manifestações de 2011, o país mergulhou em uma guerra civil, que tirou quase tudo de Masri, menos sua vida. "Durante todos estes anos, perdi muitos amigos e parentes", diz. "Praticamente perdi tudo, meu futuro, minha família, tudo". 

Mas "eu amo Alepo", disse, quando questionado sobre o motivo de ter permanecido lá por tanto tempo.  "Um peixe não sobreviveria fora d'água", explicou em árabe.

Trabalho de Karam al-Masri é premiado com o prestigioso Knight International Journalism Award Foto: AFP

Em dezembro de 2016, finalmente se deu por vencido e abandonou sua querida cidade, depois de vários dias marcados pelos disparos de franco-atiradores e bombardeios, durante os quais perdeu uma câmera preciosa. 

Antes da guerra, Masri tinha pouca experiência como fotógrafo e se conformava em imortalizar alguns eventos familiares, como aniversários e formaturas, com uma câmera velha. 

No início, ele usava um telefone para tirar fotos do conflito e publicá-las nas mídias sociais. Mais tarde, comprou uma câmera, e em 2013 começou a trabalhar para a AFP

"Não havia jornalistas estrangeiros, não havia fotógrafos, não havia nada", disse, quando questionado sobre o que o motivou a documentar o conflito.

Os jornalistas estrangeiros então chegaram em massa, mas depois pararam de ir às zonas rebeldes de Aleppo, por medo de sequestros e outros perigos.  Mas Masri continuou. 

Grande parte de seu trabalho se concentrou na devastação causada pela guerra: os edifícios demolidos, as ruas destruídas e os mortos. Mas ele também cobriu outros aspectos do conflito, como a fome e a falta de combustíveis.

Foto de Karam al-Masri, de março de 2015, mostra uma barricada feita com carcaças de ônibus para obstruir a visão dos franco-atiradores do regime de Bashar Assad na cidade de Aleppo Foto: Karam al-Masri

Foi detido duas vezes: durante um mês pelas forças do regime de Bashar Assad, e por seis meses pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Também ficou gravemente ferido duas vezes, primeiro na perna e depois na mão. Sua primeira lesão lhe impediu de caminhar durante quatro meses, e a segunda quase o impossibilitou de fazer seu trabalho, mas ele continuou fotografando como uma só mão. 

Agora, aos 26 anos, Karam al-Masri vive e trabalha em Paris, mas na sua cabeça nada pode substituir aquela missão. "Quero voltar ao terreno, me sinto útil nessas zonas. Quero mostrar a verdade." / AFP

Animais são resgatados de zoológico da Síria que sofreu danos em razão da guerra

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Foto: AFP PHOTO / FOUR PAWS / AHU SAVAN AN
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Foto: AFP PHOTO / FOUR PAWS / AHU SAVAN AN
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Foto: AFP PHOTO / FOUR PAWS / AHU SAVAN AN
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Foto: AP Photo/Emrah Gurel
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Foto: AP Photo/Emrah Gurel
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Animais são resgatados de zoológico da Síria que sofreu danos em razão da guerra

Foto: Four Paws International via The New York Times
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Foto: AFP PHOTO / FOUR PAWS / CLAWED HAT FILM / JASMINE DUTHIE

PARIS - Ele ficou ferido várias vezes e foi feito prisioneiro tanto pelo governo sírio quanto pelo grupo Estado Islâmico. Mas nada disso foi suficiente para fazer Karam al-Masri desistir de seu objetivo: estar na zona de conflito para fazer seu trabalho, que é registrar os horrores de uma guerra.

Foto de Karam al-Masri em 15 de dezembro de 2016 mostra ônibus durante operação de retirada de rebeldes e suas famílias de Aleppo Foto: Karam al-Masri

O jovem repórter fotográfico, que recebeu nesta quinta-feira (9) o prestigioso prêmio Knight International Journalism Award, em Washington, mostrou ao mundo o processo de destruição de sua cidade-natal, Aleppo, primeiro através de seu telefone celular e depois como fotógrafo para a agência France Presse

+ Tropas de Assad tomam último reduto do Estado Islâmico na Síria

Quando Damasco reprimiu brutalmente as manifestações de 2011, o país mergulhou em uma guerra civil, que tirou quase tudo de Masri, menos sua vida. "Durante todos estes anos, perdi muitos amigos e parentes", diz. "Praticamente perdi tudo, meu futuro, minha família, tudo". 

Mas "eu amo Alepo", disse, quando questionado sobre o motivo de ter permanecido lá por tanto tempo.  "Um peixe não sobreviveria fora d'água", explicou em árabe.

Trabalho de Karam al-Masri é premiado com o prestigioso Knight International Journalism Award Foto: AFP

Em dezembro de 2016, finalmente se deu por vencido e abandonou sua querida cidade, depois de vários dias marcados pelos disparos de franco-atiradores e bombardeios, durante os quais perdeu uma câmera preciosa. 

Antes da guerra, Masri tinha pouca experiência como fotógrafo e se conformava em imortalizar alguns eventos familiares, como aniversários e formaturas, com uma câmera velha. 

No início, ele usava um telefone para tirar fotos do conflito e publicá-las nas mídias sociais. Mais tarde, comprou uma câmera, e em 2013 começou a trabalhar para a AFP

"Não havia jornalistas estrangeiros, não havia fotógrafos, não havia nada", disse, quando questionado sobre o que o motivou a documentar o conflito.

Os jornalistas estrangeiros então chegaram em massa, mas depois pararam de ir às zonas rebeldes de Aleppo, por medo de sequestros e outros perigos.  Mas Masri continuou. 

Grande parte de seu trabalho se concentrou na devastação causada pela guerra: os edifícios demolidos, as ruas destruídas e os mortos. Mas ele também cobriu outros aspectos do conflito, como a fome e a falta de combustíveis.

Foto de Karam al-Masri, de março de 2015, mostra uma barricada feita com carcaças de ônibus para obstruir a visão dos franco-atiradores do regime de Bashar Assad na cidade de Aleppo Foto: Karam al-Masri

Foi detido duas vezes: durante um mês pelas forças do regime de Bashar Assad, e por seis meses pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Também ficou gravemente ferido duas vezes, primeiro na perna e depois na mão. Sua primeira lesão lhe impediu de caminhar durante quatro meses, e a segunda quase o impossibilitou de fazer seu trabalho, mas ele continuou fotografando como uma só mão. 

Agora, aos 26 anos, Karam al-Masri vive e trabalha em Paris, mas na sua cabeça nada pode substituir aquela missão. "Quero voltar ao terreno, me sinto útil nessas zonas. Quero mostrar a verdade." / AFP

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Foto: AFP PHOTO / FOUR PAWS / AHU SAVAN AN
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Foto: AFP PHOTO / FOUR PAWS / AHU SAVAN AN
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Foto: AP Photo/Emrah Gurel
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Foto: AP Photo/Emrah Gurel
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Foto: Four Paws International via The New York Times
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Foto: AFP PHOTO / FOUR PAWS / CLAWED HAT FILM / JASMINE DUTHIE

PARIS - Ele ficou ferido várias vezes e foi feito prisioneiro tanto pelo governo sírio quanto pelo grupo Estado Islâmico. Mas nada disso foi suficiente para fazer Karam al-Masri desistir de seu objetivo: estar na zona de conflito para fazer seu trabalho, que é registrar os horrores de uma guerra.

Foto de Karam al-Masri em 15 de dezembro de 2016 mostra ônibus durante operação de retirada de rebeldes e suas famílias de Aleppo Foto: Karam al-Masri

O jovem repórter fotográfico, que recebeu nesta quinta-feira (9) o prestigioso prêmio Knight International Journalism Award, em Washington, mostrou ao mundo o processo de destruição de sua cidade-natal, Aleppo, primeiro através de seu telefone celular e depois como fotógrafo para a agência France Presse

+ Tropas de Assad tomam último reduto do Estado Islâmico na Síria

Quando Damasco reprimiu brutalmente as manifestações de 2011, o país mergulhou em uma guerra civil, que tirou quase tudo de Masri, menos sua vida. "Durante todos estes anos, perdi muitos amigos e parentes", diz. "Praticamente perdi tudo, meu futuro, minha família, tudo". 

Mas "eu amo Alepo", disse, quando questionado sobre o motivo de ter permanecido lá por tanto tempo.  "Um peixe não sobreviveria fora d'água", explicou em árabe.

Trabalho de Karam al-Masri é premiado com o prestigioso Knight International Journalism Award Foto: AFP

Em dezembro de 2016, finalmente se deu por vencido e abandonou sua querida cidade, depois de vários dias marcados pelos disparos de franco-atiradores e bombardeios, durante os quais perdeu uma câmera preciosa. 

Antes da guerra, Masri tinha pouca experiência como fotógrafo e se conformava em imortalizar alguns eventos familiares, como aniversários e formaturas, com uma câmera velha. 

No início, ele usava um telefone para tirar fotos do conflito e publicá-las nas mídias sociais. Mais tarde, comprou uma câmera, e em 2013 começou a trabalhar para a AFP

"Não havia jornalistas estrangeiros, não havia fotógrafos, não havia nada", disse, quando questionado sobre o que o motivou a documentar o conflito.

Os jornalistas estrangeiros então chegaram em massa, mas depois pararam de ir às zonas rebeldes de Aleppo, por medo de sequestros e outros perigos.  Mas Masri continuou. 

Grande parte de seu trabalho se concentrou na devastação causada pela guerra: os edifícios demolidos, as ruas destruídas e os mortos. Mas ele também cobriu outros aspectos do conflito, como a fome e a falta de combustíveis.

Foto de Karam al-Masri, de março de 2015, mostra uma barricada feita com carcaças de ônibus para obstruir a visão dos franco-atiradores do regime de Bashar Assad na cidade de Aleppo Foto: Karam al-Masri

Foi detido duas vezes: durante um mês pelas forças do regime de Bashar Assad, e por seis meses pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Também ficou gravemente ferido duas vezes, primeiro na perna e depois na mão. Sua primeira lesão lhe impediu de caminhar durante quatro meses, e a segunda quase o impossibilitou de fazer seu trabalho, mas ele continuou fotografando como uma só mão. 

Agora, aos 26 anos, Karam al-Masri vive e trabalha em Paris, mas na sua cabeça nada pode substituir aquela missão. "Quero voltar ao terreno, me sinto útil nessas zonas. Quero mostrar a verdade." / AFP

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Foto: AFP PHOTO / FOUR PAWS / AHU SAVAN AN
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Foto: AP Photo/Emrah Gurel
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Foto: AP Photo/Emrah Gurel
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Foto: AFP PHOTO / FOUR PAWS / CLAWED HAT FILM / JASMINE DUTHIE

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