WASHINGTON - O ex-presidente dos EUA George W. Bush afirmou que há "evidências bastante claras que os russos interferiram" nas eleições presidenciais de 2016, mas evitou apontar se isso afetou os resultados, informou nesta quinta-feira, 8, a imprensa americana.
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As declarações de Bush foram feitas durante uma conferência econômica em Abu Dhabi. "Se a Rússia afetou o resultado, é outra questão", disse o ex-presidente americano, que ocupou o cargo entre 2001 e 2009.
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Bush afirmou que "é problemático que uma nação estrangeira esteja envolvida" no sistema eleitoral americano, por considerar que a bondade da democracia depende da "confiança dos cidadãos nos resultados".
Nos EUA existe uma investigação aberta pelo Departamento de Justiça sobre a suposta intervenção do governo russo nas eleições de 2016 para favorecer o republicano e atual presidente, Donald Trump, frente à sua então rival democrata, Hillary Clinton.
Os personagens envolvidos na crise EUA-Rússia
O governante rechaçou qualquer vínculo com o Kremlin e qualificou a trama russa como "uma caça às bruxas".
Até o momento, a investigação liderada pelo procurador especial Robert Mueller levou à acusação de quatro pessoas relacionadas a Trump: o seu ex-assessor de segurança na Casa Branca Michael Flynn; o seu ex-chefe de campanha Paul Manafort; o seu "número dois" na campanha, Rick Gates, e outro ex-assessor George Papadopoulos, que trabalhou para o magnata durante as eleições. / EFE
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Em visita aos Estados Unidos, a candidata à presidência da Rússia, Ksenia Sobchak, afirmou que não tem medo de Vladimir Putin, que vai lutar por um quarto mandato. A ex-modelo, de 36 anos, pediu para que os opositores não boicotem as eleições.