Governo acredita que EUA espionaram conteúdo de mensagens de brasileiros


Desconfiança. EUA alegam que seu sistema monitorou apenas origem e destino de telefonemas e e-mails, mas ministro das Comunicações do Brasil, Paulo Bernardo, está 'convencido' de que Washington teve acesso também ao teor das conversas

Por João Villaverde, Lu Aiko Otta, Eduardo Rodrigues, ARIEL PALACIOS, ENVIADOS ESPECIAIS, MONTEVIDÉU e BRASÍLIA

Enquanto chanceleres do Mercosul debatiam ontem, em Montevidéu, uma resposta comum à revelação de que os EUA espionaram os países da região, o ministro das Comunicações do Brasil, Paulo Bernardo, afirmava no Senado que o governo está "convencido" de que as agências de Washington tiveram acesso também ao conteúdo das mensagens monitoradas. Até agora, a alegação dos EUA é a de que seu sistema monitorou apenas registros sobre origem e destino de chamadas telefônicas e e-mails.Numa audiência pública no Senado, Bernardo disse que o embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon admitiu que os EUA recolhem "metadados" - informações como número de telefones e tempo de chamada -, mas acrescentou que, se necessário, poderia aprofundar essas informações. "Se eles podem aprofundar, é porque têm tudo gravado", concluiu.Bernardo disse também que a presidente Dilma Rousseff poderá aproveitar o discurso de abertura na Assembleia-Geral da ONU, em setembro, para engrossar a pressão pela adoção de normas internacionais de proteção à privacidade. "É razoável que isso aconteça, até porque um dos temas da reunião é a sociedade da informação", disse. O ministro ressalvou que não havia conversado com a ela a respeito. "Posso levar uma bronca quando sair daqui."A reunião de presidentes do Mercosul, hoje, em Montevidéu, será outra ocasião para angariar apoios para o Brasil. "Certamente vai ser conversado lá", disse o ministro. O documento final da cúpula deve conter uma manifestação firme de Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela sobre as denúncias de espionagens feitas pelos EUA em países sul-americanos.Segundo o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, há um "consenso regional para repudiar tais atos".Os diplomatas de vários países que estão no Uruguai passaram todo o dia de ontem discutindo qual seria a melhor forma de reagir ao esquema de espionagem e, ao mesmo tempo, como adotar ações contra tais práticas."Vamos acionar o sistema multilateral, uma vez que existem áreas em que se pode prever uma ação dentro de certos marcos jurídicos, como a Convenção de Viena e a Declaração Universal de Direitos Humanos", afirmou Patriota. "Esses marcos oferecem base para eventuais ações.""Além do repúdio, acho que a reivindicação de muitos países, favoráveis a uma governança multilateral da internet, que tem enfrentado objeções significativas dos países desenvolvidos em fóruns como a União Internacional de Telecomunicações, poderá sofrer mudanças com essas denúncias", disse Patriota ontem, durante rápido intervalo da reunião entre chanceleres do Mercosul. "O ambiente internacional poderá mudar", afirmou o chanceler.Os ministros de Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela também discutiram a situação de Edward Snowden, responsável pelo vazamento das informações que comprovavam a espionagem americana em diversos países. Considerado foragido pelos EUA, o ex-agente permanecia ontem numa área de trânsito de um aeroporto de Moscou.Ele recebeu oferta de asilo político da Venezuela e da Bolívia. "É possível que haja discussão paralela sobre o asilo e estamos coordenando sobre os termos dessa decisão", admitiu Patriota. Snowden também havia solicitado asilo - entre vários outros países - do Brasil. Mas o Itamaraty decidiu ignorar o pedido, uma vez que foi feito fora do território brasileiro. Evo. Há dez dias, o presidente boliviano, Evo Morales, teve de desviar a rota de seu voo após visita à Rússia, porque os governos de França, Itália, Espanha e Portugal suspeitavam que Morales trazia Snowden em sua aeronave. Segundo Patriota, o fato foi "inusitado e sem precedente". O incidente diplomático preocupa os líderes sul-americanos. "Nós vivemos um ambiente de plena democracia e esse tipo de comportamento é considerado inaceitável de forma unânime na região", disse o ministro brasileiro.

Enquanto chanceleres do Mercosul debatiam ontem, em Montevidéu, uma resposta comum à revelação de que os EUA espionaram os países da região, o ministro das Comunicações do Brasil, Paulo Bernardo, afirmava no Senado que o governo está "convencido" de que as agências de Washington tiveram acesso também ao conteúdo das mensagens monitoradas. Até agora, a alegação dos EUA é a de que seu sistema monitorou apenas registros sobre origem e destino de chamadas telefônicas e e-mails.Numa audiência pública no Senado, Bernardo disse que o embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon admitiu que os EUA recolhem "metadados" - informações como número de telefones e tempo de chamada -, mas acrescentou que, se necessário, poderia aprofundar essas informações. "Se eles podem aprofundar, é porque têm tudo gravado", concluiu.Bernardo disse também que a presidente Dilma Rousseff poderá aproveitar o discurso de abertura na Assembleia-Geral da ONU, em setembro, para engrossar a pressão pela adoção de normas internacionais de proteção à privacidade. "É razoável que isso aconteça, até porque um dos temas da reunião é a sociedade da informação", disse. O ministro ressalvou que não havia conversado com a ela a respeito. "Posso levar uma bronca quando sair daqui."A reunião de presidentes do Mercosul, hoje, em Montevidéu, será outra ocasião para angariar apoios para o Brasil. "Certamente vai ser conversado lá", disse o ministro. O documento final da cúpula deve conter uma manifestação firme de Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela sobre as denúncias de espionagens feitas pelos EUA em países sul-americanos.Segundo o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, há um "consenso regional para repudiar tais atos".Os diplomatas de vários países que estão no Uruguai passaram todo o dia de ontem discutindo qual seria a melhor forma de reagir ao esquema de espionagem e, ao mesmo tempo, como adotar ações contra tais práticas."Vamos acionar o sistema multilateral, uma vez que existem áreas em que se pode prever uma ação dentro de certos marcos jurídicos, como a Convenção de Viena e a Declaração Universal de Direitos Humanos", afirmou Patriota. "Esses marcos oferecem base para eventuais ações.""Além do repúdio, acho que a reivindicação de muitos países, favoráveis a uma governança multilateral da internet, que tem enfrentado objeções significativas dos países desenvolvidos em fóruns como a União Internacional de Telecomunicações, poderá sofrer mudanças com essas denúncias", disse Patriota ontem, durante rápido intervalo da reunião entre chanceleres do Mercosul. "O ambiente internacional poderá mudar", afirmou o chanceler.Os ministros de Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela também discutiram a situação de Edward Snowden, responsável pelo vazamento das informações que comprovavam a espionagem americana em diversos países. Considerado foragido pelos EUA, o ex-agente permanecia ontem numa área de trânsito de um aeroporto de Moscou.Ele recebeu oferta de asilo político da Venezuela e da Bolívia. "É possível que haja discussão paralela sobre o asilo e estamos coordenando sobre os termos dessa decisão", admitiu Patriota. Snowden também havia solicitado asilo - entre vários outros países - do Brasil. Mas o Itamaraty decidiu ignorar o pedido, uma vez que foi feito fora do território brasileiro. Evo. Há dez dias, o presidente boliviano, Evo Morales, teve de desviar a rota de seu voo após visita à Rússia, porque os governos de França, Itália, Espanha e Portugal suspeitavam que Morales trazia Snowden em sua aeronave. Segundo Patriota, o fato foi "inusitado e sem precedente". O incidente diplomático preocupa os líderes sul-americanos. "Nós vivemos um ambiente de plena democracia e esse tipo de comportamento é considerado inaceitável de forma unânime na região", disse o ministro brasileiro.

Enquanto chanceleres do Mercosul debatiam ontem, em Montevidéu, uma resposta comum à revelação de que os EUA espionaram os países da região, o ministro das Comunicações do Brasil, Paulo Bernardo, afirmava no Senado que o governo está "convencido" de que as agências de Washington tiveram acesso também ao conteúdo das mensagens monitoradas. Até agora, a alegação dos EUA é a de que seu sistema monitorou apenas registros sobre origem e destino de chamadas telefônicas e e-mails.Numa audiência pública no Senado, Bernardo disse que o embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon admitiu que os EUA recolhem "metadados" - informações como número de telefones e tempo de chamada -, mas acrescentou que, se necessário, poderia aprofundar essas informações. "Se eles podem aprofundar, é porque têm tudo gravado", concluiu.Bernardo disse também que a presidente Dilma Rousseff poderá aproveitar o discurso de abertura na Assembleia-Geral da ONU, em setembro, para engrossar a pressão pela adoção de normas internacionais de proteção à privacidade. "É razoável que isso aconteça, até porque um dos temas da reunião é a sociedade da informação", disse. O ministro ressalvou que não havia conversado com a ela a respeito. "Posso levar uma bronca quando sair daqui."A reunião de presidentes do Mercosul, hoje, em Montevidéu, será outra ocasião para angariar apoios para o Brasil. "Certamente vai ser conversado lá", disse o ministro. O documento final da cúpula deve conter uma manifestação firme de Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela sobre as denúncias de espionagens feitas pelos EUA em países sul-americanos.Segundo o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, há um "consenso regional para repudiar tais atos".Os diplomatas de vários países que estão no Uruguai passaram todo o dia de ontem discutindo qual seria a melhor forma de reagir ao esquema de espionagem e, ao mesmo tempo, como adotar ações contra tais práticas."Vamos acionar o sistema multilateral, uma vez que existem áreas em que se pode prever uma ação dentro de certos marcos jurídicos, como a Convenção de Viena e a Declaração Universal de Direitos Humanos", afirmou Patriota. "Esses marcos oferecem base para eventuais ações.""Além do repúdio, acho que a reivindicação de muitos países, favoráveis a uma governança multilateral da internet, que tem enfrentado objeções significativas dos países desenvolvidos em fóruns como a União Internacional de Telecomunicações, poderá sofrer mudanças com essas denúncias", disse Patriota ontem, durante rápido intervalo da reunião entre chanceleres do Mercosul. "O ambiente internacional poderá mudar", afirmou o chanceler.Os ministros de Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela também discutiram a situação de Edward Snowden, responsável pelo vazamento das informações que comprovavam a espionagem americana em diversos países. Considerado foragido pelos EUA, o ex-agente permanecia ontem numa área de trânsito de um aeroporto de Moscou.Ele recebeu oferta de asilo político da Venezuela e da Bolívia. "É possível que haja discussão paralela sobre o asilo e estamos coordenando sobre os termos dessa decisão", admitiu Patriota. Snowden também havia solicitado asilo - entre vários outros países - do Brasil. Mas o Itamaraty decidiu ignorar o pedido, uma vez que foi feito fora do território brasileiro. Evo. Há dez dias, o presidente boliviano, Evo Morales, teve de desviar a rota de seu voo após visita à Rússia, porque os governos de França, Itália, Espanha e Portugal suspeitavam que Morales trazia Snowden em sua aeronave. Segundo Patriota, o fato foi "inusitado e sem precedente". O incidente diplomático preocupa os líderes sul-americanos. "Nós vivemos um ambiente de plena democracia e esse tipo de comportamento é considerado inaceitável de forma unânime na região", disse o ministro brasileiro.

Enquanto chanceleres do Mercosul debatiam ontem, em Montevidéu, uma resposta comum à revelação de que os EUA espionaram os países da região, o ministro das Comunicações do Brasil, Paulo Bernardo, afirmava no Senado que o governo está "convencido" de que as agências de Washington tiveram acesso também ao conteúdo das mensagens monitoradas. Até agora, a alegação dos EUA é a de que seu sistema monitorou apenas registros sobre origem e destino de chamadas telefônicas e e-mails.Numa audiência pública no Senado, Bernardo disse que o embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon admitiu que os EUA recolhem "metadados" - informações como número de telefones e tempo de chamada -, mas acrescentou que, se necessário, poderia aprofundar essas informações. "Se eles podem aprofundar, é porque têm tudo gravado", concluiu.Bernardo disse também que a presidente Dilma Rousseff poderá aproveitar o discurso de abertura na Assembleia-Geral da ONU, em setembro, para engrossar a pressão pela adoção de normas internacionais de proteção à privacidade. "É razoável que isso aconteça, até porque um dos temas da reunião é a sociedade da informação", disse. O ministro ressalvou que não havia conversado com a ela a respeito. "Posso levar uma bronca quando sair daqui."A reunião de presidentes do Mercosul, hoje, em Montevidéu, será outra ocasião para angariar apoios para o Brasil. "Certamente vai ser conversado lá", disse o ministro. O documento final da cúpula deve conter uma manifestação firme de Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela sobre as denúncias de espionagens feitas pelos EUA em países sul-americanos.Segundo o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, há um "consenso regional para repudiar tais atos".Os diplomatas de vários países que estão no Uruguai passaram todo o dia de ontem discutindo qual seria a melhor forma de reagir ao esquema de espionagem e, ao mesmo tempo, como adotar ações contra tais práticas."Vamos acionar o sistema multilateral, uma vez que existem áreas em que se pode prever uma ação dentro de certos marcos jurídicos, como a Convenção de Viena e a Declaração Universal de Direitos Humanos", afirmou Patriota. "Esses marcos oferecem base para eventuais ações.""Além do repúdio, acho que a reivindicação de muitos países, favoráveis a uma governança multilateral da internet, que tem enfrentado objeções significativas dos países desenvolvidos em fóruns como a União Internacional de Telecomunicações, poderá sofrer mudanças com essas denúncias", disse Patriota ontem, durante rápido intervalo da reunião entre chanceleres do Mercosul. "O ambiente internacional poderá mudar", afirmou o chanceler.Os ministros de Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela também discutiram a situação de Edward Snowden, responsável pelo vazamento das informações que comprovavam a espionagem americana em diversos países. Considerado foragido pelos EUA, o ex-agente permanecia ontem numa área de trânsito de um aeroporto de Moscou.Ele recebeu oferta de asilo político da Venezuela e da Bolívia. "É possível que haja discussão paralela sobre o asilo e estamos coordenando sobre os termos dessa decisão", admitiu Patriota. Snowden também havia solicitado asilo - entre vários outros países - do Brasil. Mas o Itamaraty decidiu ignorar o pedido, uma vez que foi feito fora do território brasileiro. Evo. Há dez dias, o presidente boliviano, Evo Morales, teve de desviar a rota de seu voo após visita à Rússia, porque os governos de França, Itália, Espanha e Portugal suspeitavam que Morales trazia Snowden em sua aeronave. Segundo Patriota, o fato foi "inusitado e sem precedente". O incidente diplomático preocupa os líderes sul-americanos. "Nós vivemos um ambiente de plena democracia e esse tipo de comportamento é considerado inaceitável de forma unânime na região", disse o ministro brasileiro.

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