MAR DEL PLATA, ARGENTINA - O manejo da crise provocada pela explosão e o desaparecimento do submarino ARA San Juan pela Marinha da Argentina irritou o presidente Maurício Macri e o Ministério da Defesa.
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Segundo a imprensa local, o presidente espera o fim das buscas para promover uma troca no comando da Armada. A avaliação é que houve quebra de hierarquia pelo fato de a Marinha não ter tratado o caso com transparência, segundo o jornal Clarín.
O Ministério da Defesa abriu 40 procedimentos internos para avaliar o caso. O mais ameaçado é o almirante Marcelo Srur, comandante da Marinha.
O ministro da Defesa, Oscar Aguad, se inteirou pela imprensa do desaparecimento do submarino enquanto participava de uma cúpula em Vancouver, no Canadá. Na quinta-feira, ele desligou o telefone quando Srur disse que desconhecia a origem de algumas informações que estavam sendo dadas aos parentes dos tripulantes em Mar del Plata.
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Ao longo dos dias, a tensão foi crescendo. No domingo, a cúpula do governo foi informada de que o submarino havia reportado um problema nas baterias - uma informação que a Marinha tinha desde a quarta-feira, mas não transmitiu antes. Outro foco de desagrado de Aguad com a Marinha é a relação com as famílias da tripulação e como as informações do caso estão sendo passadas a elas.
"Se rompeu a cadeia de comando", disse uma fonte da Casa Rosada ao Clarín. "O presidente é o comandante chefe das Forças Armadas."
As buscas pelo submarino argentino que desapareceu
Srur tornou-se comandante da Marinha em janeiro do ano passado, nomeado por Macri em meio a uma renovação das Forças Armadas. A Marinha nega qualquer crise.
"O esforço para encontrar os tripulantes é uma tarefa sem pausa que conta com a colaboração do Ministério da Defesa e da Armada", disse o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi. "As comunicações oficiais entre as autoridades envolvidas ocorreu no tempo e protocolos adequados."