De Beirute a Nova York

A fantástica história de Victoria, a primeira candidata a presidente dos EUA


Hillary Clinton será a primeira mulher candidata de um grande partido a presidente dos Estados Unidos. Isto é, a primeira a concorrer para a Presidência pelo partido Democrata ou Republicano. Mas outras mulheres já disputaram a Casa Branca no passado.

Por gustavochacra

A primeira delas foi Victoria California Woodhull, em 1872. Na época, mulheres não podiam votar nos EUA. E o objetivo dela era justamente que as mulheres tivessem os mesmos direitos dos homens, incluindo o votp. Tanto que ela criou e concorreu pelo Partido dos Direitos Iguais. Seu vice foi o ex-escravo e abolicionista Frederick Douglas, embora este nunca tenha aceitado concorrer ao cargo.

Victoria, na época, tinha só 34 anos. Teria 35, idade mínima para ocupar a Presidência, no dia da posse. No dia da eleição, não pôde votar. Primeiro, por ser mulher. Em segundo lugar, por ter sido presa ao chamar um pastor de adúltero hipócrita quando este a chamou de indecente. Ficou um mês na cadeia.

Não há registros de quantos votos ela teve. Certamente, não teve nenhum no Colégio Eleitoral. Mas deixou sua marca. Mais impressionante é o restante da sua história. Seu pai era um criminoso trapaceiro em Ohio. Sua mãe era analfabeta. Ela, que era a sétima de dez irmãos, estudou por apenas três anos e, aos 15, foi obrigada a se casar com um médico charlatão bêbado. Um dos seus filhos nasceu com deficiência mental. Posteriormente, se divorciou e casou com um coronel. Foi morar em Nova York.

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Sua irmã teve como amante o magnata Cornelius Vanderbilt. Junto com ela, Victoria foi a primeira corretora de valores em Wall Street. Ambas abriram um fundo e operavam na Bolsa de Valores. Foram chamadas pelo New York Herald de "rainhas das finanças". Também foi a primeira mulher a fundar um jornal. Vitoria também defendia o direito ao divórcio e pregava a liberdade sexual e casamentos entre negros e brancos ou de judeus e cristãos. Era defensora ainda do vegetarianismo e do uso de minissaias.

Morreu aos 88 anos na Inglaterra, onde vivia e havia se casado pela terceira vez, agora com um banqueiro. Nunca pôde votar para presidente dos EUA. Afinal, o direito ao voto para as mulheres demorou mais meio século depois de sua candidatura.

Eu descobri a história dela hoje e fiquei encantado.

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Guga Chacra, blogueiro de política internacional do Estadão e comentarista do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

Comentários na minha página no Facebook. Peço que evitem comentários islamofóbicos, antissemitas, anticristãos e antiárabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores. Também evitem ataques entre leitores ou contra o blogueiro.Não postem vídeos ou textos de terceiros. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a minha opinião e não tenho condições de monitorar todos os comentários Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, no Twitter @gugachacra , no Facebook Guga Chacra (me adicionem como seguidor) e no Instagram

A primeira delas foi Victoria California Woodhull, em 1872. Na época, mulheres não podiam votar nos EUA. E o objetivo dela era justamente que as mulheres tivessem os mesmos direitos dos homens, incluindo o votp. Tanto que ela criou e concorreu pelo Partido dos Direitos Iguais. Seu vice foi o ex-escravo e abolicionista Frederick Douglas, embora este nunca tenha aceitado concorrer ao cargo.

Victoria, na época, tinha só 34 anos. Teria 35, idade mínima para ocupar a Presidência, no dia da posse. No dia da eleição, não pôde votar. Primeiro, por ser mulher. Em segundo lugar, por ter sido presa ao chamar um pastor de adúltero hipócrita quando este a chamou de indecente. Ficou um mês na cadeia.

Não há registros de quantos votos ela teve. Certamente, não teve nenhum no Colégio Eleitoral. Mas deixou sua marca. Mais impressionante é o restante da sua história. Seu pai era um criminoso trapaceiro em Ohio. Sua mãe era analfabeta. Ela, que era a sétima de dez irmãos, estudou por apenas três anos e, aos 15, foi obrigada a se casar com um médico charlatão bêbado. Um dos seus filhos nasceu com deficiência mental. Posteriormente, se divorciou e casou com um coronel. Foi morar em Nova York.

Sua irmã teve como amante o magnata Cornelius Vanderbilt. Junto com ela, Victoria foi a primeira corretora de valores em Wall Street. Ambas abriram um fundo e operavam na Bolsa de Valores. Foram chamadas pelo New York Herald de "rainhas das finanças". Também foi a primeira mulher a fundar um jornal. Vitoria também defendia o direito ao divórcio e pregava a liberdade sexual e casamentos entre negros e brancos ou de judeus e cristãos. Era defensora ainda do vegetarianismo e do uso de minissaias.

Morreu aos 88 anos na Inglaterra, onde vivia e havia se casado pela terceira vez, agora com um banqueiro. Nunca pôde votar para presidente dos EUA. Afinal, o direito ao voto para as mulheres demorou mais meio século depois de sua candidatura.

Eu descobri a história dela hoje e fiquei encantado.

Guga Chacra, blogueiro de política internacional do Estadão e comentarista do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

Comentários na minha página no Facebook. Peço que evitem comentários islamofóbicos, antissemitas, anticristãos e antiárabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores. Também evitem ataques entre leitores ou contra o blogueiro.Não postem vídeos ou textos de terceiros. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a minha opinião e não tenho condições de monitorar todos os comentários Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, no Twitter @gugachacra , no Facebook Guga Chacra (me adicionem como seguidor) e no Instagram

A primeira delas foi Victoria California Woodhull, em 1872. Na época, mulheres não podiam votar nos EUA. E o objetivo dela era justamente que as mulheres tivessem os mesmos direitos dos homens, incluindo o votp. Tanto que ela criou e concorreu pelo Partido dos Direitos Iguais. Seu vice foi o ex-escravo e abolicionista Frederick Douglas, embora este nunca tenha aceitado concorrer ao cargo.

Victoria, na época, tinha só 34 anos. Teria 35, idade mínima para ocupar a Presidência, no dia da posse. No dia da eleição, não pôde votar. Primeiro, por ser mulher. Em segundo lugar, por ter sido presa ao chamar um pastor de adúltero hipócrita quando este a chamou de indecente. Ficou um mês na cadeia.

Não há registros de quantos votos ela teve. Certamente, não teve nenhum no Colégio Eleitoral. Mas deixou sua marca. Mais impressionante é o restante da sua história. Seu pai era um criminoso trapaceiro em Ohio. Sua mãe era analfabeta. Ela, que era a sétima de dez irmãos, estudou por apenas três anos e, aos 15, foi obrigada a se casar com um médico charlatão bêbado. Um dos seus filhos nasceu com deficiência mental. Posteriormente, se divorciou e casou com um coronel. Foi morar em Nova York.

Sua irmã teve como amante o magnata Cornelius Vanderbilt. Junto com ela, Victoria foi a primeira corretora de valores em Wall Street. Ambas abriram um fundo e operavam na Bolsa de Valores. Foram chamadas pelo New York Herald de "rainhas das finanças". Também foi a primeira mulher a fundar um jornal. Vitoria também defendia o direito ao divórcio e pregava a liberdade sexual e casamentos entre negros e brancos ou de judeus e cristãos. Era defensora ainda do vegetarianismo e do uso de minissaias.

Morreu aos 88 anos na Inglaterra, onde vivia e havia se casado pela terceira vez, agora com um banqueiro. Nunca pôde votar para presidente dos EUA. Afinal, o direito ao voto para as mulheres demorou mais meio século depois de sua candidatura.

Eu descobri a história dela hoje e fiquei encantado.

Guga Chacra, blogueiro de política internacional do Estadão e comentarista do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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A primeira delas foi Victoria California Woodhull, em 1872. Na época, mulheres não podiam votar nos EUA. E o objetivo dela era justamente que as mulheres tivessem os mesmos direitos dos homens, incluindo o votp. Tanto que ela criou e concorreu pelo Partido dos Direitos Iguais. Seu vice foi o ex-escravo e abolicionista Frederick Douglas, embora este nunca tenha aceitado concorrer ao cargo.

Victoria, na época, tinha só 34 anos. Teria 35, idade mínima para ocupar a Presidência, no dia da posse. No dia da eleição, não pôde votar. Primeiro, por ser mulher. Em segundo lugar, por ter sido presa ao chamar um pastor de adúltero hipócrita quando este a chamou de indecente. Ficou um mês na cadeia.

Não há registros de quantos votos ela teve. Certamente, não teve nenhum no Colégio Eleitoral. Mas deixou sua marca. Mais impressionante é o restante da sua história. Seu pai era um criminoso trapaceiro em Ohio. Sua mãe era analfabeta. Ela, que era a sétima de dez irmãos, estudou por apenas três anos e, aos 15, foi obrigada a se casar com um médico charlatão bêbado. Um dos seus filhos nasceu com deficiência mental. Posteriormente, se divorciou e casou com um coronel. Foi morar em Nova York.

Sua irmã teve como amante o magnata Cornelius Vanderbilt. Junto com ela, Victoria foi a primeira corretora de valores em Wall Street. Ambas abriram um fundo e operavam na Bolsa de Valores. Foram chamadas pelo New York Herald de "rainhas das finanças". Também foi a primeira mulher a fundar um jornal. Vitoria também defendia o direito ao divórcio e pregava a liberdade sexual e casamentos entre negros e brancos ou de judeus e cristãos. Era defensora ainda do vegetarianismo e do uso de minissaias.

Morreu aos 88 anos na Inglaterra, onde vivia e havia se casado pela terceira vez, agora com um banqueiro. Nunca pôde votar para presidente dos EUA. Afinal, o direito ao voto para as mulheres demorou mais meio século depois de sua candidatura.

Eu descobri a história dela hoje e fiquei encantado.

Guga Chacra, blogueiro de política internacional do Estadão e comentarista do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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