De Beirute a Nova York

A história dos libaneses que fugiram para Israel pode ter um final feliz


A aliança do Hezbollah com os cristãos espanta a muitos no Ocidente. Como disse em outros posts, os políticos libaneses, independentemente da religião, possuem seus interesses próprios e formam coalizões de acordo com o que eles pensam ser melhor para o grupo que representam. Muitas vezes, estes interesses não são os mesmos do restante do país, dificultando ainda mais o desenvolvimento deste que, apesar de seus líderes, ainda é o Estado árabe mais democrático, liberal e cosmopolita.

Por gustavochacra

Em outros casos, as alianças políticas produzem resultados surpreendentes. Um dos temas do memorando de entendimento assinado pelo Hezbollah com a Frente Patriótica de Salvação (FPS), do líder populista cristão Michel Aoun, prevê uma espécie de anistia para os libaneses que lutaram ao lado do Exército de Israel durante a ocupação do sul do Líbano por tropas israelenses, que se encerrou em 2000.

Apenas para recapitular, os israelenses dominaram por mais de 20 anos o sul libanês. Inicialmente, o objetivo era combater grupos palestinos. Depois, enfrentaram um inimigo muito mais complicado, o Hezbollah. A organização, criada nos anos 1980, teve como um dos fatores da sua formação justamente a ocupação, aliada à Revolução Islâmica do Irã, que patrocinou e treinou os militantes, e à marginalização dos xiitas na sociedade libanesa.

Ao lado dos israelenses, lutaram libaneses que compunham o denominado Exército do Sul do Líbano (ESL). Era composto majoritariamente por cristãos, mas também possuía alguns xiitas e druzos (há poucos sunitas na região). Com a retirada israelense, em 2000, muitos membros do ESL fugiram para Israel temendo retaliações. O Hezbollah, porém, optou por não se vingar dos que ficaram. Alguns cumpriram pena em prisões libanesas e depois voltaram para as suas casas no sul.

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No memorando, a FPS pediu ajuda ao Hezbollah para repatriar muitos destes libaneses que hoje estão em Israel. Ao todo, 49 já voltaram. Segundo reportagem do site Now Lebanon - curiosamente ligado à coalizão 14 de Março, opositora de Aoun e do Hezbollah -, citando Ziad Abs, da FPS (grupo cristão de Aoun), 7.000 libaneses foram com as suas famílias para Israel depois da desocupação. Segundo um porta-voz de Antoine Lahad, comandante da milícia libanesa pró-Israel, ainda há cerca de 2600 vivendo em Israel. Desses, disse ele ao Now Lebanon, cerca de 90% gostariam de voltar a viver no Líbano.

"É importante trazê-los de volta porque, todos os anos, nós perdemos alguns. As crianças envelhecem e começam a esquecer como se fala árabe. Elas estudam hebraico, se formam em escolas e universidades israelenses. Começam a se apaixonar por meninas israelenses e se casam com elas. Acaba ficando mais complicado", diz Abs, da FPS.

Este episódio é interessante por ser um dos raros que une a quase todos no Líbano. O Hezbollah disposto a perdoar seus inimigos; a FPS, dos cristãos aliados dos xiitas, lutando para repatriá-los; e o Now Lebanon, ligado aos sunitas, dando destaque para a história. Vale frisar que a iniciativa ocorre apesar dos recentes casos de libaneses espionando para Israel que foram descobertos nos últimos meses.

Em outros casos, as alianças políticas produzem resultados surpreendentes. Um dos temas do memorando de entendimento assinado pelo Hezbollah com a Frente Patriótica de Salvação (FPS), do líder populista cristão Michel Aoun, prevê uma espécie de anistia para os libaneses que lutaram ao lado do Exército de Israel durante a ocupação do sul do Líbano por tropas israelenses, que se encerrou em 2000.

Apenas para recapitular, os israelenses dominaram por mais de 20 anos o sul libanês. Inicialmente, o objetivo era combater grupos palestinos. Depois, enfrentaram um inimigo muito mais complicado, o Hezbollah. A organização, criada nos anos 1980, teve como um dos fatores da sua formação justamente a ocupação, aliada à Revolução Islâmica do Irã, que patrocinou e treinou os militantes, e à marginalização dos xiitas na sociedade libanesa.

Ao lado dos israelenses, lutaram libaneses que compunham o denominado Exército do Sul do Líbano (ESL). Era composto majoritariamente por cristãos, mas também possuía alguns xiitas e druzos (há poucos sunitas na região). Com a retirada israelense, em 2000, muitos membros do ESL fugiram para Israel temendo retaliações. O Hezbollah, porém, optou por não se vingar dos que ficaram. Alguns cumpriram pena em prisões libanesas e depois voltaram para as suas casas no sul.

No memorando, a FPS pediu ajuda ao Hezbollah para repatriar muitos destes libaneses que hoje estão em Israel. Ao todo, 49 já voltaram. Segundo reportagem do site Now Lebanon - curiosamente ligado à coalizão 14 de Março, opositora de Aoun e do Hezbollah -, citando Ziad Abs, da FPS (grupo cristão de Aoun), 7.000 libaneses foram com as suas famílias para Israel depois da desocupação. Segundo um porta-voz de Antoine Lahad, comandante da milícia libanesa pró-Israel, ainda há cerca de 2600 vivendo em Israel. Desses, disse ele ao Now Lebanon, cerca de 90% gostariam de voltar a viver no Líbano.

"É importante trazê-los de volta porque, todos os anos, nós perdemos alguns. As crianças envelhecem e começam a esquecer como se fala árabe. Elas estudam hebraico, se formam em escolas e universidades israelenses. Começam a se apaixonar por meninas israelenses e se casam com elas. Acaba ficando mais complicado", diz Abs, da FPS.

Este episódio é interessante por ser um dos raros que une a quase todos no Líbano. O Hezbollah disposto a perdoar seus inimigos; a FPS, dos cristãos aliados dos xiitas, lutando para repatriá-los; e o Now Lebanon, ligado aos sunitas, dando destaque para a história. Vale frisar que a iniciativa ocorre apesar dos recentes casos de libaneses espionando para Israel que foram descobertos nos últimos meses.

Em outros casos, as alianças políticas produzem resultados surpreendentes. Um dos temas do memorando de entendimento assinado pelo Hezbollah com a Frente Patriótica de Salvação (FPS), do líder populista cristão Michel Aoun, prevê uma espécie de anistia para os libaneses que lutaram ao lado do Exército de Israel durante a ocupação do sul do Líbano por tropas israelenses, que se encerrou em 2000.

Apenas para recapitular, os israelenses dominaram por mais de 20 anos o sul libanês. Inicialmente, o objetivo era combater grupos palestinos. Depois, enfrentaram um inimigo muito mais complicado, o Hezbollah. A organização, criada nos anos 1980, teve como um dos fatores da sua formação justamente a ocupação, aliada à Revolução Islâmica do Irã, que patrocinou e treinou os militantes, e à marginalização dos xiitas na sociedade libanesa.

Ao lado dos israelenses, lutaram libaneses que compunham o denominado Exército do Sul do Líbano (ESL). Era composto majoritariamente por cristãos, mas também possuía alguns xiitas e druzos (há poucos sunitas na região). Com a retirada israelense, em 2000, muitos membros do ESL fugiram para Israel temendo retaliações. O Hezbollah, porém, optou por não se vingar dos que ficaram. Alguns cumpriram pena em prisões libanesas e depois voltaram para as suas casas no sul.

No memorando, a FPS pediu ajuda ao Hezbollah para repatriar muitos destes libaneses que hoje estão em Israel. Ao todo, 49 já voltaram. Segundo reportagem do site Now Lebanon - curiosamente ligado à coalizão 14 de Março, opositora de Aoun e do Hezbollah -, citando Ziad Abs, da FPS (grupo cristão de Aoun), 7.000 libaneses foram com as suas famílias para Israel depois da desocupação. Segundo um porta-voz de Antoine Lahad, comandante da milícia libanesa pró-Israel, ainda há cerca de 2600 vivendo em Israel. Desses, disse ele ao Now Lebanon, cerca de 90% gostariam de voltar a viver no Líbano.

"É importante trazê-los de volta porque, todos os anos, nós perdemos alguns. As crianças envelhecem e começam a esquecer como se fala árabe. Elas estudam hebraico, se formam em escolas e universidades israelenses. Começam a se apaixonar por meninas israelenses e se casam com elas. Acaba ficando mais complicado", diz Abs, da FPS.

Este episódio é interessante por ser um dos raros que une a quase todos no Líbano. O Hezbollah disposto a perdoar seus inimigos; a FPS, dos cristãos aliados dos xiitas, lutando para repatriá-los; e o Now Lebanon, ligado aos sunitas, dando destaque para a história. Vale frisar que a iniciativa ocorre apesar dos recentes casos de libaneses espionando para Israel que foram descobertos nos últimos meses.

Em outros casos, as alianças políticas produzem resultados surpreendentes. Um dos temas do memorando de entendimento assinado pelo Hezbollah com a Frente Patriótica de Salvação (FPS), do líder populista cristão Michel Aoun, prevê uma espécie de anistia para os libaneses que lutaram ao lado do Exército de Israel durante a ocupação do sul do Líbano por tropas israelenses, que se encerrou em 2000.

Apenas para recapitular, os israelenses dominaram por mais de 20 anos o sul libanês. Inicialmente, o objetivo era combater grupos palestinos. Depois, enfrentaram um inimigo muito mais complicado, o Hezbollah. A organização, criada nos anos 1980, teve como um dos fatores da sua formação justamente a ocupação, aliada à Revolução Islâmica do Irã, que patrocinou e treinou os militantes, e à marginalização dos xiitas na sociedade libanesa.

Ao lado dos israelenses, lutaram libaneses que compunham o denominado Exército do Sul do Líbano (ESL). Era composto majoritariamente por cristãos, mas também possuía alguns xiitas e druzos (há poucos sunitas na região). Com a retirada israelense, em 2000, muitos membros do ESL fugiram para Israel temendo retaliações. O Hezbollah, porém, optou por não se vingar dos que ficaram. Alguns cumpriram pena em prisões libanesas e depois voltaram para as suas casas no sul.

No memorando, a FPS pediu ajuda ao Hezbollah para repatriar muitos destes libaneses que hoje estão em Israel. Ao todo, 49 já voltaram. Segundo reportagem do site Now Lebanon - curiosamente ligado à coalizão 14 de Março, opositora de Aoun e do Hezbollah -, citando Ziad Abs, da FPS (grupo cristão de Aoun), 7.000 libaneses foram com as suas famílias para Israel depois da desocupação. Segundo um porta-voz de Antoine Lahad, comandante da milícia libanesa pró-Israel, ainda há cerca de 2600 vivendo em Israel. Desses, disse ele ao Now Lebanon, cerca de 90% gostariam de voltar a viver no Líbano.

"É importante trazê-los de volta porque, todos os anos, nós perdemos alguns. As crianças envelhecem e começam a esquecer como se fala árabe. Elas estudam hebraico, se formam em escolas e universidades israelenses. Começam a se apaixonar por meninas israelenses e se casam com elas. Acaba ficando mais complicado", diz Abs, da FPS.

Este episódio é interessante por ser um dos raros que une a quase todos no Líbano. O Hezbollah disposto a perdoar seus inimigos; a FPS, dos cristãos aliados dos xiitas, lutando para repatriá-los; e o Now Lebanon, ligado aos sunitas, dando destaque para a história. Vale frisar que a iniciativa ocorre apesar dos recentes casos de libaneses espionando para Israel que foram descobertos nos últimos meses.

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