De Beirute a Nova York

A mutilação genital é um problema tribal ou islâmico?


Alguns dizem que mutilação genital, considerada um crime contra os direitos humanos, é um problema dos muçulmanos. Outros dizem se tratar de uma questão tribal africana, independente da religião. Na verdade, não é uma coisa nem outra.

Por gustavochacra

A mutilação genital atinge acima de tudo a África e, em menor escala, o Oriente Médio. Os países africanos onde há este costume englobam tanto os da África Árabe, como o Egito, como os da África Subsahariana. Há tanto nações muçulmanas, como a Líbia, como países majoritariamente cristãos, como a Eritreia e a Etiópia. Há países islâmicos onde não existe a prática, como a Bósnia, e cristãos, como o Brasil.

O Egito, inclusive, é o exemplo claro de que a mutilação genital não é religiosa nem tribal. Afinal, tanto muçulmanos como cristãos egípcios (10% da população) a praticam e o país, apesar de tribal no interior, possui duas megalópoles - Cairo e Alexandria - sendo relativamente urbano. Calcula-se que nove em cada dez mulheres egípcias foram mutilada. O número caiu nas que possuem até 25 anos para 80%, o que é um avanço, embora medíocre.

Anos atrás, o Egito proibiu por lei a mutilação genital. O Grand Mufti egípcio, maior autoridade muçulmana egípcia, publicou uma fatwa em 2007 dizendo que a mutilação genital feminina é proibida pelo islamismo. Ainda assim, a prática não foi eliminada e raramente a lei é implementada.

continua após a publicidade

Em outros países, os avanços são ainda menores do que no Egito, infelizmente.

Não sei como faz para publicar comentários. Portanto pediria que comentem no meu Facebook (Guga Chacra)e no Twitter (@gugachacra), aberto para seguidores

Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

continua após a publicidade

Comentários islamofóbicos, antissemitas, anticristãos e antiárabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco são permitidos ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista

Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, na Rádio Estadão, na TV Estadão, no Estadão Noite no tablet, no Twitter @gugachacra , no Facebook Guga Chacra (me adicionem como seguidor), no Instagram e no Google Plus. 

A mutilação genital atinge acima de tudo a África e, em menor escala, o Oriente Médio. Os países africanos onde há este costume englobam tanto os da África Árabe, como o Egito, como os da África Subsahariana. Há tanto nações muçulmanas, como a Líbia, como países majoritariamente cristãos, como a Eritreia e a Etiópia. Há países islâmicos onde não existe a prática, como a Bósnia, e cristãos, como o Brasil.

O Egito, inclusive, é o exemplo claro de que a mutilação genital não é religiosa nem tribal. Afinal, tanto muçulmanos como cristãos egípcios (10% da população) a praticam e o país, apesar de tribal no interior, possui duas megalópoles - Cairo e Alexandria - sendo relativamente urbano. Calcula-se que nove em cada dez mulheres egípcias foram mutilada. O número caiu nas que possuem até 25 anos para 80%, o que é um avanço, embora medíocre.

Anos atrás, o Egito proibiu por lei a mutilação genital. O Grand Mufti egípcio, maior autoridade muçulmana egípcia, publicou uma fatwa em 2007 dizendo que a mutilação genital feminina é proibida pelo islamismo. Ainda assim, a prática não foi eliminada e raramente a lei é implementada.

Em outros países, os avanços são ainda menores do que no Egito, infelizmente.

Não sei como faz para publicar comentários. Portanto pediria que comentem no meu Facebook (Guga Chacra)e no Twitter (@gugachacra), aberto para seguidores

Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

Comentários islamofóbicos, antissemitas, anticristãos e antiárabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco são permitidos ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista

Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, na Rádio Estadão, na TV Estadão, no Estadão Noite no tablet, no Twitter @gugachacra , no Facebook Guga Chacra (me adicionem como seguidor), no Instagram e no Google Plus. 

A mutilação genital atinge acima de tudo a África e, em menor escala, o Oriente Médio. Os países africanos onde há este costume englobam tanto os da África Árabe, como o Egito, como os da África Subsahariana. Há tanto nações muçulmanas, como a Líbia, como países majoritariamente cristãos, como a Eritreia e a Etiópia. Há países islâmicos onde não existe a prática, como a Bósnia, e cristãos, como o Brasil.

O Egito, inclusive, é o exemplo claro de que a mutilação genital não é religiosa nem tribal. Afinal, tanto muçulmanos como cristãos egípcios (10% da população) a praticam e o país, apesar de tribal no interior, possui duas megalópoles - Cairo e Alexandria - sendo relativamente urbano. Calcula-se que nove em cada dez mulheres egípcias foram mutilada. O número caiu nas que possuem até 25 anos para 80%, o que é um avanço, embora medíocre.

Anos atrás, o Egito proibiu por lei a mutilação genital. O Grand Mufti egípcio, maior autoridade muçulmana egípcia, publicou uma fatwa em 2007 dizendo que a mutilação genital feminina é proibida pelo islamismo. Ainda assim, a prática não foi eliminada e raramente a lei é implementada.

Em outros países, os avanços são ainda menores do que no Egito, infelizmente.

Não sei como faz para publicar comentários. Portanto pediria que comentem no meu Facebook (Guga Chacra)e no Twitter (@gugachacra), aberto para seguidores

Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

Comentários islamofóbicos, antissemitas, anticristãos e antiárabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco são permitidos ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista

Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, na Rádio Estadão, na TV Estadão, no Estadão Noite no tablet, no Twitter @gugachacra , no Facebook Guga Chacra (me adicionem como seguidor), no Instagram e no Google Plus. 

A mutilação genital atinge acima de tudo a África e, em menor escala, o Oriente Médio. Os países africanos onde há este costume englobam tanto os da África Árabe, como o Egito, como os da África Subsahariana. Há tanto nações muçulmanas, como a Líbia, como países majoritariamente cristãos, como a Eritreia e a Etiópia. Há países islâmicos onde não existe a prática, como a Bósnia, e cristãos, como o Brasil.

O Egito, inclusive, é o exemplo claro de que a mutilação genital não é religiosa nem tribal. Afinal, tanto muçulmanos como cristãos egípcios (10% da população) a praticam e o país, apesar de tribal no interior, possui duas megalópoles - Cairo e Alexandria - sendo relativamente urbano. Calcula-se que nove em cada dez mulheres egípcias foram mutilada. O número caiu nas que possuem até 25 anos para 80%, o que é um avanço, embora medíocre.

Anos atrás, o Egito proibiu por lei a mutilação genital. O Grand Mufti egípcio, maior autoridade muçulmana egípcia, publicou uma fatwa em 2007 dizendo que a mutilação genital feminina é proibida pelo islamismo. Ainda assim, a prática não foi eliminada e raramente a lei é implementada.

Em outros países, os avanços são ainda menores do que no Egito, infelizmente.

Não sei como faz para publicar comentários. Portanto pediria que comentem no meu Facebook (Guga Chacra)e no Twitter (@gugachacra), aberto para seguidores

Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

Comentários islamofóbicos, antissemitas, anticristãos e antiárabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco são permitidos ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista

Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, na Rádio Estadão, na TV Estadão, no Estadão Noite no tablet, no Twitter @gugachacra , no Facebook Guga Chacra (me adicionem como seguidor), no Instagram e no Google Plus. 

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.