De Beirute a Nova York

A teoria do Cisne Negro resolveu a crise da Síria?


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Por gustavochacra

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A teoria do Black Swan (Cisne Negro), do milionário libanês e professor da NYU, Nicholas Nassim Taleb, se aplicou perfeitamente à crise síria. Há semanas, a discussão era se os EUA, com o apoio de alguns aliados, deveriam intervir ou não na Síria em resposta ao ataque químico atribuído às forças de Bashar al Assad pelo governo americano - o regime sírio nega e não há confirmação independente.

Tudo mudou ontem quando o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou, em entrevista coletiva, que a única opção para evitar um ataque seria a Síria abdicar imediatamente das armas químicas. Mas, segundo o chefe da diplomacia americana, isso seria impossível de acontecer.

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Surpreendentemente, isso aconteceu. Horas depois de Kerry falar, o chanceler da Rússia, Sergey Lavrov, encampou a ideia. Disse que governo russo apoiava. Imediatamente, o ministro das Relações Exteriores da Síria afirmou receber bem a proposta. À noite, embora mantendo a cautela, o presidente Barack Obama já celebrava a ideia. Hoje veio a resposta oficial, e positiva, do regime em Damasco.

A próxima etapa será uma resolução no Conselho de Segurança, que já começou a ser redigida pela França. A Rússia tende a apoiar, pois foi a idealizadora da proposta. O consenso chega à comunidade internacional. O Congresso dos EUA, por enquanto, não precisará decidir sobre uma intervenção.

Quase todos saem beneficiados. A Rússia por ter idealizado a proposta. Os EUA por, pelo menos agora, não precisarem se envolver em uma mais uma guerra no Oriente Médio. Obama por não correr o risco de perder no Congresso. Deputados e senadores por não terem a necessidade de adotar posições em um conflito impopular nos EUA. Assad porque não será bombardeado e manterá o apoio da Rússia, além de seguir sem restrições no uso de armamentos convencionais. A oposição perde por não ver um bombardeio que alteraria a balança de poder, mas ganha ao ver seu adversário sem armas químicas.

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Claro, o ceticismo deve ser elevado nesta questão. Não dá para confiar no regime de Assad. Mas, se a Rússia estiver séria, Damasco precisará colaborar.

Agora, o que me pergunto é - Por que ninguém teve esta ideia antes? Nenhum diplomata, nenhum militar, nenhum analista, nenhum deputado, nenhum presidente? Na verdade, muitos até tiveram. Mas ninguém imaginou que a Rússia e a Síria aceitariam tão facilmente. É o Cisne Negro.

Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

Comentários islamofóbicos, antisemitas e antiárabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista

Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, na Rádio Estadão, na TV Estadão, no Estadão Noite no tablet, no Twitter @gugachacra , no Facebook Guga Chacra (me adicionem como seguidor), no Instagram e no Google Plus. Escrevam para mim no gugachacra at outlook.com. Leiam também o blog do Ariel Palacios

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Tudo mudou ontem quando o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou, em entrevista coletiva, que a única opção para evitar um ataque seria a Síria abdicar imediatamente das armas químicas. Mas, segundo o chefe da diplomacia americana, isso seria impossível de acontecer.

Surpreendentemente, isso aconteceu. Horas depois de Kerry falar, o chanceler da Rússia, Sergey Lavrov, encampou a ideia. Disse que governo russo apoiava. Imediatamente, o ministro das Relações Exteriores da Síria afirmou receber bem a proposta. À noite, embora mantendo a cautela, o presidente Barack Obama já celebrava a ideia. Hoje veio a resposta oficial, e positiva, do regime em Damasco.

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Quase todos saem beneficiados. A Rússia por ter idealizado a proposta. Os EUA por, pelo menos agora, não precisarem se envolver em uma mais uma guerra no Oriente Médio. Obama por não correr o risco de perder no Congresso. Deputados e senadores por não terem a necessidade de adotar posições em um conflito impopular nos EUA. Assad porque não será bombardeado e manterá o apoio da Rússia, além de seguir sem restrições no uso de armamentos convencionais. A oposição perde por não ver um bombardeio que alteraria a balança de poder, mas ganha ao ver seu adversário sem armas químicas.

Claro, o ceticismo deve ser elevado nesta questão. Não dá para confiar no regime de Assad. Mas, se a Rússia estiver séria, Damasco precisará colaborar.

Agora, o que me pergunto é - Por que ninguém teve esta ideia antes? Nenhum diplomata, nenhum militar, nenhum analista, nenhum deputado, nenhum presidente? Na verdade, muitos até tiveram. Mas ninguém imaginou que a Rússia e a Síria aceitariam tão facilmente. É o Cisne Negro.

Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

Comentários islamofóbicos, antisemitas e antiárabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista

Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, na Rádio Estadão, na TV Estadão, no Estadão Noite no tablet, no Twitter @gugachacra , no Facebook Guga Chacra (me adicionem como seguidor), no Instagram e no Google Plus. Escrevam para mim no gugachacra at outlook.com. Leiam também o blog do Ariel Palacios

Teoria dos Jogos para entender o dilema de Assad

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A teoria do Black Swan (Cisne Negro), do milionário libanês e professor da NYU, Nicholas Nassim Taleb, se aplicou perfeitamente à crise síria. Há semanas, a discussão era se os EUA, com o apoio de alguns aliados, deveriam intervir ou não na Síria em resposta ao ataque químico atribuído às forças de Bashar al Assad pelo governo americano - o regime sírio nega e não há confirmação independente.

Tudo mudou ontem quando o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou, em entrevista coletiva, que a única opção para evitar um ataque seria a Síria abdicar imediatamente das armas químicas. Mas, segundo o chefe da diplomacia americana, isso seria impossível de acontecer.

Surpreendentemente, isso aconteceu. Horas depois de Kerry falar, o chanceler da Rússia, Sergey Lavrov, encampou a ideia. Disse que governo russo apoiava. Imediatamente, o ministro das Relações Exteriores da Síria afirmou receber bem a proposta. À noite, embora mantendo a cautela, o presidente Barack Obama já celebrava a ideia. Hoje veio a resposta oficial, e positiva, do regime em Damasco.

A próxima etapa será uma resolução no Conselho de Segurança, que já começou a ser redigida pela França. A Rússia tende a apoiar, pois foi a idealizadora da proposta. O consenso chega à comunidade internacional. O Congresso dos EUA, por enquanto, não precisará decidir sobre uma intervenção.

Quase todos saem beneficiados. A Rússia por ter idealizado a proposta. Os EUA por, pelo menos agora, não precisarem se envolver em uma mais uma guerra no Oriente Médio. Obama por não correr o risco de perder no Congresso. Deputados e senadores por não terem a necessidade de adotar posições em um conflito impopular nos EUA. Assad porque não será bombardeado e manterá o apoio da Rússia, além de seguir sem restrições no uso de armamentos convencionais. A oposição perde por não ver um bombardeio que alteraria a balança de poder, mas ganha ao ver seu adversário sem armas químicas.

Claro, o ceticismo deve ser elevado nesta questão. Não dá para confiar no regime de Assad. Mas, se a Rússia estiver séria, Damasco precisará colaborar.

Agora, o que me pergunto é - Por que ninguém teve esta ideia antes? Nenhum diplomata, nenhum militar, nenhum analista, nenhum deputado, nenhum presidente? Na verdade, muitos até tiveram. Mas ninguém imaginou que a Rússia e a Síria aceitariam tão facilmente. É o Cisne Negro.

Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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Tudo mudou ontem quando o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou, em entrevista coletiva, que a única opção para evitar um ataque seria a Síria abdicar imediatamente das armas químicas. Mas, segundo o chefe da diplomacia americana, isso seria impossível de acontecer.

Surpreendentemente, isso aconteceu. Horas depois de Kerry falar, o chanceler da Rússia, Sergey Lavrov, encampou a ideia. Disse que governo russo apoiava. Imediatamente, o ministro das Relações Exteriores da Síria afirmou receber bem a proposta. À noite, embora mantendo a cautela, o presidente Barack Obama já celebrava a ideia. Hoje veio a resposta oficial, e positiva, do regime em Damasco.

A próxima etapa será uma resolução no Conselho de Segurança, que já começou a ser redigida pela França. A Rússia tende a apoiar, pois foi a idealizadora da proposta. O consenso chega à comunidade internacional. O Congresso dos EUA, por enquanto, não precisará decidir sobre uma intervenção.

Quase todos saem beneficiados. A Rússia por ter idealizado a proposta. Os EUA por, pelo menos agora, não precisarem se envolver em uma mais uma guerra no Oriente Médio. Obama por não correr o risco de perder no Congresso. Deputados e senadores por não terem a necessidade de adotar posições em um conflito impopular nos EUA. Assad porque não será bombardeado e manterá o apoio da Rússia, além de seguir sem restrições no uso de armamentos convencionais. A oposição perde por não ver um bombardeio que alteraria a balança de poder, mas ganha ao ver seu adversário sem armas químicas.

Claro, o ceticismo deve ser elevado nesta questão. Não dá para confiar no regime de Assad. Mas, se a Rússia estiver séria, Damasco precisará colaborar.

Agora, o que me pergunto é - Por que ninguém teve esta ideia antes? Nenhum diplomata, nenhum militar, nenhum analista, nenhum deputado, nenhum presidente? Na verdade, muitos até tiveram. Mas ninguém imaginou que a Rússia e a Síria aceitariam tão facilmente. É o Cisne Negro.

Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

Comentários islamofóbicos, antisemitas e antiárabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista

Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, na Rádio Estadão, na TV Estadão, no Estadão Noite no tablet, no Twitter @gugachacra , no Facebook Guga Chacra (me adicionem como seguidor), no Instagram e no Google Plus. Escrevam para mim no gugachacra at outlook.com. Leiam também o blog do Ariel Palacios

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