De Beirute a Nova York

Do namoro à irritação - a relação entre Obama e Lula em 2009


As relações do Brasil com os EUA começaram bem em 2009. Lula visitou Obama, que chegou a dizer que ele era "o cara". Depois da deposição de Manuel Zelaya, os dois governos concordaram que foi um golpe, apesar de a Constituição de Honduras dizer que o presidente havia desrespeitado o artigo 239. Mas esta discussão não interessa agora.

Por gustavochacra

Aos poucos, porém, o "namoro" entre Lula e Obama começou a se deteriorar. O Brasil se irritou com a questão das bases americanas na Colômbia. E os EUA acharam exagerada e equivocada a reação brasileira. Depois, os dois lados também começaram a divergir sobre Honduras. A administração Obama passou a entender quem era Zelaya e viu na eleição presidencial a única saída para o fim do impasse. Lula e Celso Amorim se recusam a aceitar o resultado de uma votação democrática e sem suspeita de fraude - ironicamente, os dois não vêem problemas na disputa presidencial iraniana, roubada pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Aliás, a visita do líder iraniano foi o terceiro ponto de discordância entre Washington e Brasília. Os americanos, assim como boa parte da comunidade internacional, acham que Lula ajudou a dar legitimidade para um líder que reprime opositores em seu país, questiona o Holocausto e desenvolve um suposto programa nuclear com o objetivo de construir uma bomba atômica. Verdade, os EUA mantêm relações com o Egito e a China, que também combatem duramente a oposição, Israel e Paquistão, que possuem bombas atômica, e com a Turquia, que rejeita a existência do genocídio armênio.

Para completar, houve o episódio do menino Sean Goldman. Neste ponto, diferentemente do que muitos alardeiam, os dois lados não divergiram. Hillary Clinton inclusive elogiou a ajuda do governo brasileiro e a Casa Branca considerou o poder judiciário o principal como responsável pela demora na devolução do filho para o pai.

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Agora, os EUA também terão um embaixador no Brasil. Thomas Shannon, depois de sete meses de veto, finalmente foi aprovado pelo Senado. Fluente em português, ele morou em Brasília entre 1989 e 92 e é especialista em energia. Provavelmente, neste ano, Obama ou pelo menos Hillary visitará o Brasil. Também teremos eleições presidenciais. Abaixo, alguns comentários de especialistas em América Latina que entrevistei nos EUA

"Obama achou desnecessário o discurso de alguns líderes como Lula sobre a preocupação com as bases dos EUA" - Christopher Sabatini, diretor do Council of The Americas, em Nova York

"EUA erraram ao não consultar o Brasil" [sobre a Colômbia] - Michael Shifter, presidente do Inter-American Dialogue, em Washington

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"O Brasil deixou de ser visto com seriedade" - Sabatini

"As eleições no Brasil também serão importantes, apesar de a administração de Obama não ver muitas diferenças entre os principais candidatos brasileiros" - Shifter

Obs. Zelaya ainda permanece dentro da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa

Aos poucos, porém, o "namoro" entre Lula e Obama começou a se deteriorar. O Brasil se irritou com a questão das bases americanas na Colômbia. E os EUA acharam exagerada e equivocada a reação brasileira. Depois, os dois lados também começaram a divergir sobre Honduras. A administração Obama passou a entender quem era Zelaya e viu na eleição presidencial a única saída para o fim do impasse. Lula e Celso Amorim se recusam a aceitar o resultado de uma votação democrática e sem suspeita de fraude - ironicamente, os dois não vêem problemas na disputa presidencial iraniana, roubada pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Aliás, a visita do líder iraniano foi o terceiro ponto de discordância entre Washington e Brasília. Os americanos, assim como boa parte da comunidade internacional, acham que Lula ajudou a dar legitimidade para um líder que reprime opositores em seu país, questiona o Holocausto e desenvolve um suposto programa nuclear com o objetivo de construir uma bomba atômica. Verdade, os EUA mantêm relações com o Egito e a China, que também combatem duramente a oposição, Israel e Paquistão, que possuem bombas atômica, e com a Turquia, que rejeita a existência do genocídio armênio.

Para completar, houve o episódio do menino Sean Goldman. Neste ponto, diferentemente do que muitos alardeiam, os dois lados não divergiram. Hillary Clinton inclusive elogiou a ajuda do governo brasileiro e a Casa Branca considerou o poder judiciário o principal como responsável pela demora na devolução do filho para o pai.

Agora, os EUA também terão um embaixador no Brasil. Thomas Shannon, depois de sete meses de veto, finalmente foi aprovado pelo Senado. Fluente em português, ele morou em Brasília entre 1989 e 92 e é especialista em energia. Provavelmente, neste ano, Obama ou pelo menos Hillary visitará o Brasil. Também teremos eleições presidenciais. Abaixo, alguns comentários de especialistas em América Latina que entrevistei nos EUA

"Obama achou desnecessário o discurso de alguns líderes como Lula sobre a preocupação com as bases dos EUA" - Christopher Sabatini, diretor do Council of The Americas, em Nova York

"EUA erraram ao não consultar o Brasil" [sobre a Colômbia] - Michael Shifter, presidente do Inter-American Dialogue, em Washington

"O Brasil deixou de ser visto com seriedade" - Sabatini

"As eleições no Brasil também serão importantes, apesar de a administração de Obama não ver muitas diferenças entre os principais candidatos brasileiros" - Shifter

Obs. Zelaya ainda permanece dentro da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa

Aos poucos, porém, o "namoro" entre Lula e Obama começou a se deteriorar. O Brasil se irritou com a questão das bases americanas na Colômbia. E os EUA acharam exagerada e equivocada a reação brasileira. Depois, os dois lados também começaram a divergir sobre Honduras. A administração Obama passou a entender quem era Zelaya e viu na eleição presidencial a única saída para o fim do impasse. Lula e Celso Amorim se recusam a aceitar o resultado de uma votação democrática e sem suspeita de fraude - ironicamente, os dois não vêem problemas na disputa presidencial iraniana, roubada pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Aliás, a visita do líder iraniano foi o terceiro ponto de discordância entre Washington e Brasília. Os americanos, assim como boa parte da comunidade internacional, acham que Lula ajudou a dar legitimidade para um líder que reprime opositores em seu país, questiona o Holocausto e desenvolve um suposto programa nuclear com o objetivo de construir uma bomba atômica. Verdade, os EUA mantêm relações com o Egito e a China, que também combatem duramente a oposição, Israel e Paquistão, que possuem bombas atômica, e com a Turquia, que rejeita a existência do genocídio armênio.

Para completar, houve o episódio do menino Sean Goldman. Neste ponto, diferentemente do que muitos alardeiam, os dois lados não divergiram. Hillary Clinton inclusive elogiou a ajuda do governo brasileiro e a Casa Branca considerou o poder judiciário o principal como responsável pela demora na devolução do filho para o pai.

Agora, os EUA também terão um embaixador no Brasil. Thomas Shannon, depois de sete meses de veto, finalmente foi aprovado pelo Senado. Fluente em português, ele morou em Brasília entre 1989 e 92 e é especialista em energia. Provavelmente, neste ano, Obama ou pelo menos Hillary visitará o Brasil. Também teremos eleições presidenciais. Abaixo, alguns comentários de especialistas em América Latina que entrevistei nos EUA

"Obama achou desnecessário o discurso de alguns líderes como Lula sobre a preocupação com as bases dos EUA" - Christopher Sabatini, diretor do Council of The Americas, em Nova York

"EUA erraram ao não consultar o Brasil" [sobre a Colômbia] - Michael Shifter, presidente do Inter-American Dialogue, em Washington

"O Brasil deixou de ser visto com seriedade" - Sabatini

"As eleições no Brasil também serão importantes, apesar de a administração de Obama não ver muitas diferenças entre os principais candidatos brasileiros" - Shifter

Obs. Zelaya ainda permanece dentro da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa

Aos poucos, porém, o "namoro" entre Lula e Obama começou a se deteriorar. O Brasil se irritou com a questão das bases americanas na Colômbia. E os EUA acharam exagerada e equivocada a reação brasileira. Depois, os dois lados também começaram a divergir sobre Honduras. A administração Obama passou a entender quem era Zelaya e viu na eleição presidencial a única saída para o fim do impasse. Lula e Celso Amorim se recusam a aceitar o resultado de uma votação democrática e sem suspeita de fraude - ironicamente, os dois não vêem problemas na disputa presidencial iraniana, roubada pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Aliás, a visita do líder iraniano foi o terceiro ponto de discordância entre Washington e Brasília. Os americanos, assim como boa parte da comunidade internacional, acham que Lula ajudou a dar legitimidade para um líder que reprime opositores em seu país, questiona o Holocausto e desenvolve um suposto programa nuclear com o objetivo de construir uma bomba atômica. Verdade, os EUA mantêm relações com o Egito e a China, que também combatem duramente a oposição, Israel e Paquistão, que possuem bombas atômica, e com a Turquia, que rejeita a existência do genocídio armênio.

Para completar, houve o episódio do menino Sean Goldman. Neste ponto, diferentemente do que muitos alardeiam, os dois lados não divergiram. Hillary Clinton inclusive elogiou a ajuda do governo brasileiro e a Casa Branca considerou o poder judiciário o principal como responsável pela demora na devolução do filho para o pai.

Agora, os EUA também terão um embaixador no Brasil. Thomas Shannon, depois de sete meses de veto, finalmente foi aprovado pelo Senado. Fluente em português, ele morou em Brasília entre 1989 e 92 e é especialista em energia. Provavelmente, neste ano, Obama ou pelo menos Hillary visitará o Brasil. Também teremos eleições presidenciais. Abaixo, alguns comentários de especialistas em América Latina que entrevistei nos EUA

"Obama achou desnecessário o discurso de alguns líderes como Lula sobre a preocupação com as bases dos EUA" - Christopher Sabatini, diretor do Council of The Americas, em Nova York

"EUA erraram ao não consultar o Brasil" [sobre a Colômbia] - Michael Shifter, presidente do Inter-American Dialogue, em Washington

"O Brasil deixou de ser visto com seriedade" - Sabatini

"As eleições no Brasil também serão importantes, apesar de a administração de Obama não ver muitas diferenças entre os principais candidatos brasileiros" - Shifter

Obs. Zelaya ainda permanece dentro da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa

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