De Beirute a Nova York

Nentanyahu ficou em primeiro, mas o centro venceu em Israel


Conforme previsto, o Likud-Beiteinu, como é chamado o partido de Benjamin Netanyahu, foi o mais votado. O premiê também deve permanecer no cargo. Mas eu, quase todos os analistas e institutos de pesquisas erramos ao nos focarmos no ultra-nacionalista Naftali Bennett, do Casa Judaica, em vez de prestar atenção no centrista Yair Lapid, do partido Yesh Atid, surpreendente segundo colocado.

Por gustavochacra

Ao todo, são 120 cadeiras no Knesset, como é chamado o Parlamento de Israel. O Likud-Beiteinu terá 31, bem abaixo das 42 anteriores. Em segundo lugar, o surpreendente centrista Yesh Atid, de Lapid, conseguiu 19. O Partido Trabalhista, historicamente a força de esquerda em Israel, terá 15. O Bayit Yehudi (Casa Judaica), de Bennet, teve apenas 11, assim como o ortodoxo Shas.

Se levarmos em conta os blocos políticos, a direita israelense terá 60 cadeiras, contra 60 dos partidos centro, esquerda e árabes. Na prática, Netanyahu tem o direito de formar o governo e é com maior capacidade de montar uma coalizão.

O problema, para Netanyahu, é que se convidar o centrista Lapid para a sua coalizão, entrará em rota de choque com os partidos religiosos. A grande bandeira do Yesh Atid, de Lapi, é a defesa da obrigatoriedade de os ortodoxos fazerem serviço militar. Em questões como a Palestina, ele defende a solução de dois Estados, mas não considera esta questão uma prioridade.

continua após a publicidade

Caso decida seguir apenas com a direita, Netanyahu terá um governo mais fraco do que o anterior. A inclusão dos ultra-nacionalistas de Bennett podem aumentar ainda mais o isolamento internacional de Israel e colocar o país em rota de choque com os EUA. Este partido defende a anexação da Cisjordânia, reconhecida como parte da Palestina pela ONU, sem a concessão de cidadania para seus milhões de habitantes palestinos, o que se configuraria em algo similar a um Apartheid.

O ideal, e esta é a minha avaliação, seria Netanyahu buscar o apoio de Lapid e de outros partidos de centro esquerda como os de Tzipi Livni e os trabalhistas. Seria interessante buscar pelo menos um dos partidos árabes. Figuras como Bennett atrapalham Israel. Já figuras como Lapid podem ajudar a fortalecer o país. A decisão está nas mãos de Netanyahu.

Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, na Rádio Estadão, no Estadão Noite no tablet, no Twitter @gugachacra e na edição impressa do jornal O Estado de S. Paulo

continua após a publicidade

Comentários islamofóbicos, anti-semitas e anti-árabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista

O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009 e comentarista do programa Globo News Em Pauta, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti, Furacão Sandy, Eleições Americanas e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen.No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacios

Ao todo, são 120 cadeiras no Knesset, como é chamado o Parlamento de Israel. O Likud-Beiteinu terá 31, bem abaixo das 42 anteriores. Em segundo lugar, o surpreendente centrista Yesh Atid, de Lapid, conseguiu 19. O Partido Trabalhista, historicamente a força de esquerda em Israel, terá 15. O Bayit Yehudi (Casa Judaica), de Bennet, teve apenas 11, assim como o ortodoxo Shas.

Se levarmos em conta os blocos políticos, a direita israelense terá 60 cadeiras, contra 60 dos partidos centro, esquerda e árabes. Na prática, Netanyahu tem o direito de formar o governo e é com maior capacidade de montar uma coalizão.

O problema, para Netanyahu, é que se convidar o centrista Lapid para a sua coalizão, entrará em rota de choque com os partidos religiosos. A grande bandeira do Yesh Atid, de Lapi, é a defesa da obrigatoriedade de os ortodoxos fazerem serviço militar. Em questões como a Palestina, ele defende a solução de dois Estados, mas não considera esta questão uma prioridade.

Caso decida seguir apenas com a direita, Netanyahu terá um governo mais fraco do que o anterior. A inclusão dos ultra-nacionalistas de Bennett podem aumentar ainda mais o isolamento internacional de Israel e colocar o país em rota de choque com os EUA. Este partido defende a anexação da Cisjordânia, reconhecida como parte da Palestina pela ONU, sem a concessão de cidadania para seus milhões de habitantes palestinos, o que se configuraria em algo similar a um Apartheid.

O ideal, e esta é a minha avaliação, seria Netanyahu buscar o apoio de Lapid e de outros partidos de centro esquerda como os de Tzipi Livni e os trabalhistas. Seria interessante buscar pelo menos um dos partidos árabes. Figuras como Bennett atrapalham Israel. Já figuras como Lapid podem ajudar a fortalecer o país. A decisão está nas mãos de Netanyahu.

Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, na Rádio Estadão, no Estadão Noite no tablet, no Twitter @gugachacra e na edição impressa do jornal O Estado de S. Paulo

Comentários islamofóbicos, anti-semitas e anti-árabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista

O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009 e comentarista do programa Globo News Em Pauta, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti, Furacão Sandy, Eleições Americanas e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen.No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacios

Ao todo, são 120 cadeiras no Knesset, como é chamado o Parlamento de Israel. O Likud-Beiteinu terá 31, bem abaixo das 42 anteriores. Em segundo lugar, o surpreendente centrista Yesh Atid, de Lapid, conseguiu 19. O Partido Trabalhista, historicamente a força de esquerda em Israel, terá 15. O Bayit Yehudi (Casa Judaica), de Bennet, teve apenas 11, assim como o ortodoxo Shas.

Se levarmos em conta os blocos políticos, a direita israelense terá 60 cadeiras, contra 60 dos partidos centro, esquerda e árabes. Na prática, Netanyahu tem o direito de formar o governo e é com maior capacidade de montar uma coalizão.

O problema, para Netanyahu, é que se convidar o centrista Lapid para a sua coalizão, entrará em rota de choque com os partidos religiosos. A grande bandeira do Yesh Atid, de Lapi, é a defesa da obrigatoriedade de os ortodoxos fazerem serviço militar. Em questões como a Palestina, ele defende a solução de dois Estados, mas não considera esta questão uma prioridade.

Caso decida seguir apenas com a direita, Netanyahu terá um governo mais fraco do que o anterior. A inclusão dos ultra-nacionalistas de Bennett podem aumentar ainda mais o isolamento internacional de Israel e colocar o país em rota de choque com os EUA. Este partido defende a anexação da Cisjordânia, reconhecida como parte da Palestina pela ONU, sem a concessão de cidadania para seus milhões de habitantes palestinos, o que se configuraria em algo similar a um Apartheid.

O ideal, e esta é a minha avaliação, seria Netanyahu buscar o apoio de Lapid e de outros partidos de centro esquerda como os de Tzipi Livni e os trabalhistas. Seria interessante buscar pelo menos um dos partidos árabes. Figuras como Bennett atrapalham Israel. Já figuras como Lapid podem ajudar a fortalecer o país. A decisão está nas mãos de Netanyahu.

Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, na Rádio Estadão, no Estadão Noite no tablet, no Twitter @gugachacra e na edição impressa do jornal O Estado de S. Paulo

Comentários islamofóbicos, anti-semitas e anti-árabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista

O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009 e comentarista do programa Globo News Em Pauta, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti, Furacão Sandy, Eleições Americanas e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen.No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacios

Ao todo, são 120 cadeiras no Knesset, como é chamado o Parlamento de Israel. O Likud-Beiteinu terá 31, bem abaixo das 42 anteriores. Em segundo lugar, o surpreendente centrista Yesh Atid, de Lapid, conseguiu 19. O Partido Trabalhista, historicamente a força de esquerda em Israel, terá 15. O Bayit Yehudi (Casa Judaica), de Bennet, teve apenas 11, assim como o ortodoxo Shas.

Se levarmos em conta os blocos políticos, a direita israelense terá 60 cadeiras, contra 60 dos partidos centro, esquerda e árabes. Na prática, Netanyahu tem o direito de formar o governo e é com maior capacidade de montar uma coalizão.

O problema, para Netanyahu, é que se convidar o centrista Lapid para a sua coalizão, entrará em rota de choque com os partidos religiosos. A grande bandeira do Yesh Atid, de Lapi, é a defesa da obrigatoriedade de os ortodoxos fazerem serviço militar. Em questões como a Palestina, ele defende a solução de dois Estados, mas não considera esta questão uma prioridade.

Caso decida seguir apenas com a direita, Netanyahu terá um governo mais fraco do que o anterior. A inclusão dos ultra-nacionalistas de Bennett podem aumentar ainda mais o isolamento internacional de Israel e colocar o país em rota de choque com os EUA. Este partido defende a anexação da Cisjordânia, reconhecida como parte da Palestina pela ONU, sem a concessão de cidadania para seus milhões de habitantes palestinos, o que se configuraria em algo similar a um Apartheid.

O ideal, e esta é a minha avaliação, seria Netanyahu buscar o apoio de Lapid e de outros partidos de centro esquerda como os de Tzipi Livni e os trabalhistas. Seria interessante buscar pelo menos um dos partidos árabes. Figuras como Bennett atrapalham Israel. Já figuras como Lapid podem ajudar a fortalecer o país. A decisão está nas mãos de Netanyahu.

Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, na Rádio Estadão, no Estadão Noite no tablet, no Twitter @gugachacra e na edição impressa do jornal O Estado de S. Paulo

Comentários islamofóbicos, anti-semitas e anti-árabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista

O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009 e comentarista do programa Globo News Em Pauta, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti, Furacão Sandy, Eleições Americanas e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen.No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacios

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.