De Beirute a Nova York

Será que o Cubs será campeão após 107 anos, como previu De Volta para o Futuro?


No dia 21 de outubro de 2015, Marty McFly veio para o futuro para descobrir que, depois de 107 anos, o Chicago Cubs era finalmente campeão da World Series de beisebol. Os roteiristas acertaram, sem dúvida, que, desde 1985, o Cubs, um dos times mais populares dos EUA, não conseguiram sair da fila. E ainda possuem uma chance remota de ver, neste ano, finalmente o Cubs conquistar um título depois de mais de um século.

Por gustavochacra

Os brasileiros acham os 23 anos do Corinthians, os 19 do Botafogo e os 17 do Palmeiras muito tempo sem ser campeão. No beisebol, a não ser que você torça pelo New York Yeankees ou pelo St. Louis Cardinals, este tempo na fila não seria considerado muito. O Boston Red Sox, segundo time mais popular, ficou 86 anos. O Chicago White Sox, rival do Cubs, ficou 88 anos. São gerações de bisavós, avós, pais, filhos, netos e bisnetos que não viram um título.

No caso do Cubs, o cenário é mais extremo, e vai até o tataravô. Nenhuma pessoa viva viu o time ser campeão. E eles disputaram as ligas de beisebol ao longo deste mais de um século. Há uma série de maldições envolvendo a história do clube e até torcedor que se tornou a pessoa mais odiada de todos os tempos em Chicago depois de pegar uma bola que levaria a uma eliminação do Cubs. As derrotas são com requintes de crueldade, trágicas, no estilo Palmeiras com Bragantino ou Inter de Limeira.

Neste ano, conforme previsto pelo De Volta para o Futuro, o Cubs montaram um time com chance de ser campeão graças a um jovem formado em Yale chamado Theo Epstein que possui uma capacidade anormal de montar de times usando estatística, no estilo Moneyball. Com 30 anos, ele montou a equipe que levou o Red Sox ao título de 2004, depois de oito décadas. E, agora, tem chance de repetir o feito com o Cubs.

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Hoje, ironicamente, em 21 de outubro de 2015, o Cubs ainda tem chance, mas está perto do abismo. Em uma melhor de sete partidas que definirá o campeão da National League e, portanto, uma vaga na World Series. Mas o time está perdendo de 3 jogos a 0 para o New York Mets, outra equipe amaldiçoada e há 29 anos sem título. Se for derrotado hoje, estará mais uma vez eliminado e Marty McFly não terá vindo para o futuro esperado.

Ontem, no terceiro jogo, na Wrigley Field, o charmoso estádio de Chicago construído há um século, os torcedores do Chicago Cubs mordiam as unhas, choravam, cobriam os olhos, se desesperavam. Se os corintianos se achavam fiéis nos anos 1960 e 70, ou os palmeirenses nos 1980, multiplique isso por cinco, por dez vezes. Nem mesmo a Portuguesa chega perto do Cubs. Até o America do Rio venceu títulos neste período.

Os torcedores do Cubs lotam sempre a Wrigley Field na esperança de um dia verem seu time ser campeão. Não nego que, ao me mudar para os EUA e me apaixonar por beisebol, fui contaminado pela magia do Yankees Stadim pela história do time mais tradicional de qualquer modalidade esportiva do mundo, com gênios do passado como Babe Ruth, Joe DiMaggio e Lou Gehrig.

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Tentei virar Mets, time do meu irmão e dos meus sobrinhos, por lembrar um pouco mais o Palmeiras. Mas, honestamente, cada vez mais meu coração migra para o Cubs, este time amaldiçoado de Chicago, a cidade mais bonita dos EUA.

Para quem quiser saber mais, leia meu texto sobre Como o Baseball explica os EUA.

Guga Chacra, blogueiro de política internacional do Estadão e comentarista do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

Os brasileiros acham os 23 anos do Corinthians, os 19 do Botafogo e os 17 do Palmeiras muito tempo sem ser campeão. No beisebol, a não ser que você torça pelo New York Yeankees ou pelo St. Louis Cardinals, este tempo na fila não seria considerado muito. O Boston Red Sox, segundo time mais popular, ficou 86 anos. O Chicago White Sox, rival do Cubs, ficou 88 anos. São gerações de bisavós, avós, pais, filhos, netos e bisnetos que não viram um título.

No caso do Cubs, o cenário é mais extremo, e vai até o tataravô. Nenhuma pessoa viva viu o time ser campeão. E eles disputaram as ligas de beisebol ao longo deste mais de um século. Há uma série de maldições envolvendo a história do clube e até torcedor que se tornou a pessoa mais odiada de todos os tempos em Chicago depois de pegar uma bola que levaria a uma eliminação do Cubs. As derrotas são com requintes de crueldade, trágicas, no estilo Palmeiras com Bragantino ou Inter de Limeira.

Neste ano, conforme previsto pelo De Volta para o Futuro, o Cubs montaram um time com chance de ser campeão graças a um jovem formado em Yale chamado Theo Epstein que possui uma capacidade anormal de montar de times usando estatística, no estilo Moneyball. Com 30 anos, ele montou a equipe que levou o Red Sox ao título de 2004, depois de oito décadas. E, agora, tem chance de repetir o feito com o Cubs.

Hoje, ironicamente, em 21 de outubro de 2015, o Cubs ainda tem chance, mas está perto do abismo. Em uma melhor de sete partidas que definirá o campeão da National League e, portanto, uma vaga na World Series. Mas o time está perdendo de 3 jogos a 0 para o New York Mets, outra equipe amaldiçoada e há 29 anos sem título. Se for derrotado hoje, estará mais uma vez eliminado e Marty McFly não terá vindo para o futuro esperado.

Ontem, no terceiro jogo, na Wrigley Field, o charmoso estádio de Chicago construído há um século, os torcedores do Chicago Cubs mordiam as unhas, choravam, cobriam os olhos, se desesperavam. Se os corintianos se achavam fiéis nos anos 1960 e 70, ou os palmeirenses nos 1980, multiplique isso por cinco, por dez vezes. Nem mesmo a Portuguesa chega perto do Cubs. Até o America do Rio venceu títulos neste período.

Os torcedores do Cubs lotam sempre a Wrigley Field na esperança de um dia verem seu time ser campeão. Não nego que, ao me mudar para os EUA e me apaixonar por beisebol, fui contaminado pela magia do Yankees Stadim pela história do time mais tradicional de qualquer modalidade esportiva do mundo, com gênios do passado como Babe Ruth, Joe DiMaggio e Lou Gehrig.

Tentei virar Mets, time do meu irmão e dos meus sobrinhos, por lembrar um pouco mais o Palmeiras. Mas, honestamente, cada vez mais meu coração migra para o Cubs, este time amaldiçoado de Chicago, a cidade mais bonita dos EUA.

Para quem quiser saber mais, leia meu texto sobre Como o Baseball explica os EUA.

Guga Chacra, blogueiro de política internacional do Estadão e comentarista do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

Os brasileiros acham os 23 anos do Corinthians, os 19 do Botafogo e os 17 do Palmeiras muito tempo sem ser campeão. No beisebol, a não ser que você torça pelo New York Yeankees ou pelo St. Louis Cardinals, este tempo na fila não seria considerado muito. O Boston Red Sox, segundo time mais popular, ficou 86 anos. O Chicago White Sox, rival do Cubs, ficou 88 anos. São gerações de bisavós, avós, pais, filhos, netos e bisnetos que não viram um título.

No caso do Cubs, o cenário é mais extremo, e vai até o tataravô. Nenhuma pessoa viva viu o time ser campeão. E eles disputaram as ligas de beisebol ao longo deste mais de um século. Há uma série de maldições envolvendo a história do clube e até torcedor que se tornou a pessoa mais odiada de todos os tempos em Chicago depois de pegar uma bola que levaria a uma eliminação do Cubs. As derrotas são com requintes de crueldade, trágicas, no estilo Palmeiras com Bragantino ou Inter de Limeira.

Neste ano, conforme previsto pelo De Volta para o Futuro, o Cubs montaram um time com chance de ser campeão graças a um jovem formado em Yale chamado Theo Epstein que possui uma capacidade anormal de montar de times usando estatística, no estilo Moneyball. Com 30 anos, ele montou a equipe que levou o Red Sox ao título de 2004, depois de oito décadas. E, agora, tem chance de repetir o feito com o Cubs.

Hoje, ironicamente, em 21 de outubro de 2015, o Cubs ainda tem chance, mas está perto do abismo. Em uma melhor de sete partidas que definirá o campeão da National League e, portanto, uma vaga na World Series. Mas o time está perdendo de 3 jogos a 0 para o New York Mets, outra equipe amaldiçoada e há 29 anos sem título. Se for derrotado hoje, estará mais uma vez eliminado e Marty McFly não terá vindo para o futuro esperado.

Ontem, no terceiro jogo, na Wrigley Field, o charmoso estádio de Chicago construído há um século, os torcedores do Chicago Cubs mordiam as unhas, choravam, cobriam os olhos, se desesperavam. Se os corintianos se achavam fiéis nos anos 1960 e 70, ou os palmeirenses nos 1980, multiplique isso por cinco, por dez vezes. Nem mesmo a Portuguesa chega perto do Cubs. Até o America do Rio venceu títulos neste período.

Os torcedores do Cubs lotam sempre a Wrigley Field na esperança de um dia verem seu time ser campeão. Não nego que, ao me mudar para os EUA e me apaixonar por beisebol, fui contaminado pela magia do Yankees Stadim pela história do time mais tradicional de qualquer modalidade esportiva do mundo, com gênios do passado como Babe Ruth, Joe DiMaggio e Lou Gehrig.

Tentei virar Mets, time do meu irmão e dos meus sobrinhos, por lembrar um pouco mais o Palmeiras. Mas, honestamente, cada vez mais meu coração migra para o Cubs, este time amaldiçoado de Chicago, a cidade mais bonita dos EUA.

Para quem quiser saber mais, leia meu texto sobre Como o Baseball explica os EUA.

Guga Chacra, blogueiro de política internacional do Estadão e comentarista do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

Os brasileiros acham os 23 anos do Corinthians, os 19 do Botafogo e os 17 do Palmeiras muito tempo sem ser campeão. No beisebol, a não ser que você torça pelo New York Yeankees ou pelo St. Louis Cardinals, este tempo na fila não seria considerado muito. O Boston Red Sox, segundo time mais popular, ficou 86 anos. O Chicago White Sox, rival do Cubs, ficou 88 anos. São gerações de bisavós, avós, pais, filhos, netos e bisnetos que não viram um título.

No caso do Cubs, o cenário é mais extremo, e vai até o tataravô. Nenhuma pessoa viva viu o time ser campeão. E eles disputaram as ligas de beisebol ao longo deste mais de um século. Há uma série de maldições envolvendo a história do clube e até torcedor que se tornou a pessoa mais odiada de todos os tempos em Chicago depois de pegar uma bola que levaria a uma eliminação do Cubs. As derrotas são com requintes de crueldade, trágicas, no estilo Palmeiras com Bragantino ou Inter de Limeira.

Neste ano, conforme previsto pelo De Volta para o Futuro, o Cubs montaram um time com chance de ser campeão graças a um jovem formado em Yale chamado Theo Epstein que possui uma capacidade anormal de montar de times usando estatística, no estilo Moneyball. Com 30 anos, ele montou a equipe que levou o Red Sox ao título de 2004, depois de oito décadas. E, agora, tem chance de repetir o feito com o Cubs.

Hoje, ironicamente, em 21 de outubro de 2015, o Cubs ainda tem chance, mas está perto do abismo. Em uma melhor de sete partidas que definirá o campeão da National League e, portanto, uma vaga na World Series. Mas o time está perdendo de 3 jogos a 0 para o New York Mets, outra equipe amaldiçoada e há 29 anos sem título. Se for derrotado hoje, estará mais uma vez eliminado e Marty McFly não terá vindo para o futuro esperado.

Ontem, no terceiro jogo, na Wrigley Field, o charmoso estádio de Chicago construído há um século, os torcedores do Chicago Cubs mordiam as unhas, choravam, cobriam os olhos, se desesperavam. Se os corintianos se achavam fiéis nos anos 1960 e 70, ou os palmeirenses nos 1980, multiplique isso por cinco, por dez vezes. Nem mesmo a Portuguesa chega perto do Cubs. Até o America do Rio venceu títulos neste período.

Os torcedores do Cubs lotam sempre a Wrigley Field na esperança de um dia verem seu time ser campeão. Não nego que, ao me mudar para os EUA e me apaixonar por beisebol, fui contaminado pela magia do Yankees Stadim pela história do time mais tradicional de qualquer modalidade esportiva do mundo, com gênios do passado como Babe Ruth, Joe DiMaggio e Lou Gehrig.

Tentei virar Mets, time do meu irmão e dos meus sobrinhos, por lembrar um pouco mais o Palmeiras. Mas, honestamente, cada vez mais meu coração migra para o Cubs, este time amaldiçoado de Chicago, a cidade mais bonita dos EUA.

Para quem quiser saber mais, leia meu texto sobre Como o Baseball explica os EUA.

Guga Chacra, blogueiro de política internacional do Estadão e comentarista do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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