Hollande se reúne com papa e reduz tensão


O objetivo da visita foi afinar os discursos de França e Vaticano no que diz respeito ao terrorismo e à crise migratória

Por Andrei Netto CORRESPONDENTE e PARIS 

O presidente da França, François Hollande, e o papa Francisco selaram nesta quarta-feira, 17, uma reaproximação em encontro privado em Roma. A reunião foi a segunda desde o início do pontificado, mas a primeira depois que as relações bilaterais foram abaladas, em janeiro de 2014, com a aprovação do casamento homossexual na França. A reaproximação ocorre no momento em que o governo francês pede “discrição” aos muçulmanos. 

O objetivo da visita foi afinar os discursos de França e Vaticano no que diz respeito ao terrorismo e à crise migratória. No mês passado, Francisco advertiu que a violência de extremistas islâmicos não pode ser associada à religião islâmica. Mas, desde os atentados de julho, que deixaram 86 mortos, Hollande multiplicou os gestos de proximidade com os católicos franceses. Hoje, ele se comprometeu em garantir a segurança das igrejas do país, lembrando o assassinato do padre Jacques Hamel em um atentado reivindicado pelo Estado Islâmico.

O papa Francisco recebe o presiddente francês, François Hollande, no Vaticano Foto: Osservatore Romano/Handout via Reuters
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“O papa, após as provações que foram o assassinato do padre Hamel e o atentado de Nice, trouxe palavras muito reconfortantes. É muito importante dizer ao papa que nós nos sensibilizamos com suas palavras”, afirmou Hollande após o encontro, sobre o qual o Vaticano não se manifestou. 

Em sua declaração oficial, o presidente francês multiplicou ainda as referências à proximidade entre a França e a Igreja Católica. “Quando uma Igreja é atingida, um padre é assassinado, é a República Francesa que é profanada”, afirmou. 

Por trás do encontro entre Francisco e Hollande – acompanhado de seu ministro do Interior, Bernard Cazeneuve – houve pelo menos dois recados políticos. O primeiro foi o desejo de superar os impasses provocados quando da aprovação da lei do casamento homossexual, em 2013, no início do mandato do socialista.

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Momentos de Papa Francisco

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Batuque

Foto: Reuters

A iniciativa, duramente criticada e combatida pelos católicos franceses, levou o Vaticano a rejeitar, em 2015, a nomeação do embaixador proposto por Paris, Laurent Stefanini, que era católico, mas também homossexual. 

A segunda mensagem política da aproximação diz respeito à tensão crescente entre o Estado e a comunidade muçulmana. Logo após os atentados de julho, o governo anunciou a intenção de proibir o financiamento estrangeiro de instituições muçulmanas instaladas no país, além de reformar a Fundação para o Islã da França, que não terá um muçulmano, mas o ex-ministro do Interior Jean-Pierre Chevenèment como presidente. 

O presidente da França, François Hollande, e o papa Francisco selaram nesta quarta-feira, 17, uma reaproximação em encontro privado em Roma. A reunião foi a segunda desde o início do pontificado, mas a primeira depois que as relações bilaterais foram abaladas, em janeiro de 2014, com a aprovação do casamento homossexual na França. A reaproximação ocorre no momento em que o governo francês pede “discrição” aos muçulmanos. 

O objetivo da visita foi afinar os discursos de França e Vaticano no que diz respeito ao terrorismo e à crise migratória. No mês passado, Francisco advertiu que a violência de extremistas islâmicos não pode ser associada à religião islâmica. Mas, desde os atentados de julho, que deixaram 86 mortos, Hollande multiplicou os gestos de proximidade com os católicos franceses. Hoje, ele se comprometeu em garantir a segurança das igrejas do país, lembrando o assassinato do padre Jacques Hamel em um atentado reivindicado pelo Estado Islâmico.

O papa Francisco recebe o presiddente francês, François Hollande, no Vaticano Foto: Osservatore Romano/Handout via Reuters

“O papa, após as provações que foram o assassinato do padre Hamel e o atentado de Nice, trouxe palavras muito reconfortantes. É muito importante dizer ao papa que nós nos sensibilizamos com suas palavras”, afirmou Hollande após o encontro, sobre o qual o Vaticano não se manifestou. 

Em sua declaração oficial, o presidente francês multiplicou ainda as referências à proximidade entre a França e a Igreja Católica. “Quando uma Igreja é atingida, um padre é assassinado, é a República Francesa que é profanada”, afirmou. 

Por trás do encontro entre Francisco e Hollande – acompanhado de seu ministro do Interior, Bernard Cazeneuve – houve pelo menos dois recados políticos. O primeiro foi o desejo de superar os impasses provocados quando da aprovação da lei do casamento homossexual, em 2013, no início do mandato do socialista.

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A iniciativa, duramente criticada e combatida pelos católicos franceses, levou o Vaticano a rejeitar, em 2015, a nomeação do embaixador proposto por Paris, Laurent Stefanini, que era católico, mas também homossexual. 

A segunda mensagem política da aproximação diz respeito à tensão crescente entre o Estado e a comunidade muçulmana. Logo após os atentados de julho, o governo anunciou a intenção de proibir o financiamento estrangeiro de instituições muçulmanas instaladas no país, além de reformar a Fundação para o Islã da França, que não terá um muçulmano, mas o ex-ministro do Interior Jean-Pierre Chevenèment como presidente. 

O presidente da França, François Hollande, e o papa Francisco selaram nesta quarta-feira, 17, uma reaproximação em encontro privado em Roma. A reunião foi a segunda desde o início do pontificado, mas a primeira depois que as relações bilaterais foram abaladas, em janeiro de 2014, com a aprovação do casamento homossexual na França. A reaproximação ocorre no momento em que o governo francês pede “discrição” aos muçulmanos. 

O objetivo da visita foi afinar os discursos de França e Vaticano no que diz respeito ao terrorismo e à crise migratória. No mês passado, Francisco advertiu que a violência de extremistas islâmicos não pode ser associada à religião islâmica. Mas, desde os atentados de julho, que deixaram 86 mortos, Hollande multiplicou os gestos de proximidade com os católicos franceses. Hoje, ele se comprometeu em garantir a segurança das igrejas do país, lembrando o assassinato do padre Jacques Hamel em um atentado reivindicado pelo Estado Islâmico.

O papa Francisco recebe o presiddente francês, François Hollande, no Vaticano Foto: Osservatore Romano/Handout via Reuters

“O papa, após as provações que foram o assassinato do padre Hamel e o atentado de Nice, trouxe palavras muito reconfortantes. É muito importante dizer ao papa que nós nos sensibilizamos com suas palavras”, afirmou Hollande após o encontro, sobre o qual o Vaticano não se manifestou. 

Em sua declaração oficial, o presidente francês multiplicou ainda as referências à proximidade entre a França e a Igreja Católica. “Quando uma Igreja é atingida, um padre é assassinado, é a República Francesa que é profanada”, afirmou. 

Por trás do encontro entre Francisco e Hollande – acompanhado de seu ministro do Interior, Bernard Cazeneuve – houve pelo menos dois recados políticos. O primeiro foi o desejo de superar os impasses provocados quando da aprovação da lei do casamento homossexual, em 2013, no início do mandato do socialista.

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A segunda mensagem política da aproximação diz respeito à tensão crescente entre o Estado e a comunidade muçulmana. Logo após os atentados de julho, o governo anunciou a intenção de proibir o financiamento estrangeiro de instituições muçulmanas instaladas no país, além de reformar a Fundação para o Islã da França, que não terá um muçulmano, mas o ex-ministro do Interior Jean-Pierre Chevenèment como presidente. 

O presidente da França, François Hollande, e o papa Francisco selaram nesta quarta-feira, 17, uma reaproximação em encontro privado em Roma. A reunião foi a segunda desde o início do pontificado, mas a primeira depois que as relações bilaterais foram abaladas, em janeiro de 2014, com a aprovação do casamento homossexual na França. A reaproximação ocorre no momento em que o governo francês pede “discrição” aos muçulmanos. 

O objetivo da visita foi afinar os discursos de França e Vaticano no que diz respeito ao terrorismo e à crise migratória. No mês passado, Francisco advertiu que a violência de extremistas islâmicos não pode ser associada à religião islâmica. Mas, desde os atentados de julho, que deixaram 86 mortos, Hollande multiplicou os gestos de proximidade com os católicos franceses. Hoje, ele se comprometeu em garantir a segurança das igrejas do país, lembrando o assassinato do padre Jacques Hamel em um atentado reivindicado pelo Estado Islâmico.

O papa Francisco recebe o presiddente francês, François Hollande, no Vaticano Foto: Osservatore Romano/Handout via Reuters

“O papa, após as provações que foram o assassinato do padre Hamel e o atentado de Nice, trouxe palavras muito reconfortantes. É muito importante dizer ao papa que nós nos sensibilizamos com suas palavras”, afirmou Hollande após o encontro, sobre o qual o Vaticano não se manifestou. 

Em sua declaração oficial, o presidente francês multiplicou ainda as referências à proximidade entre a França e a Igreja Católica. “Quando uma Igreja é atingida, um padre é assassinado, é a República Francesa que é profanada”, afirmou. 

Por trás do encontro entre Francisco e Hollande – acompanhado de seu ministro do Interior, Bernard Cazeneuve – houve pelo menos dois recados políticos. O primeiro foi o desejo de superar os impasses provocados quando da aprovação da lei do casamento homossexual, em 2013, no início do mandato do socialista.

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A iniciativa, duramente criticada e combatida pelos católicos franceses, levou o Vaticano a rejeitar, em 2015, a nomeação do embaixador proposto por Paris, Laurent Stefanini, que era católico, mas também homossexual. 

A segunda mensagem política da aproximação diz respeito à tensão crescente entre o Estado e a comunidade muçulmana. Logo após os atentados de julho, o governo anunciou a intenção de proibir o financiamento estrangeiro de instituições muçulmanas instaladas no país, além de reformar a Fundação para o Islã da França, que não terá um muçulmano, mas o ex-ministro do Interior Jean-Pierre Chevenèment como presidente. 

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