Ida de Dilma aos EUA é nova chance perdida, diz analista


Para Peter Hakim, do Diálogo Interamericano, países não devem obter avanços importantes na agenda bilateral

Por Denise Chrispim Marin e correspondente em Washington

WASHINGTON - A visita da presidente Dilma Rousseff a Washington está sendo encarada como mais uma oportunidade perdida nas relações bilaterais, segundo Peter Hakim, presidente do Diálogo Interamericano. O encontro de Dilma com o presidente americano, Barack Obama, seguido de jantar de gala na Casa Branca, em 23 de outubro, dificilmente selará as decisões necessárias para aprofundar os laços entre as duas maiores economias da região.

Na perspectiva americana, nada poderia ser melhor do que o início da negociação de acordos de livre comércio e de investimentos, além do contrato do Ministério da Defesa de compra dos caças F-18 Super Hornet, da Boeing. As chances de esses três passos serem adotados pelo governo de Dilma, entretanto, são nulos. Obama está ciente disso e não oferecerá ao Brasil um degrau mais alto na escala internacional, como seu apoio ao ingresso do País no Conselho de Segurança da ONU como membro permanente.

Um dos sinais da frustração da Casa Branca surgiu com a transferência de seu embaixador em Brasília, Thomas Shannon, para a Turquia, antes da visita. Segundo Hakim, se a pauta tivesse conteúdo, Shannon teria sua chegada a Ancara postergada e acompanharia Dilma a Washington.

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"A visita é a chance de Dilma e Obama tomarem grandes decisões e de explorarem caminhos que não trilharia sem esse novo encontro", afirmou Hakim. "Mas nada do que o Brasil aspira nem o que os EUA desejam deve sair. Nenhum dos dois quer tomar as decisões necessárias."

A entrevista desta terça-feira, 13, de Kerry e Patriota refletiu a situação da agenda bilateral. Kerry afirmou que o Brasil é uma das "parcerias essenciais do século 21" para os EUA e a qualificou como "notável e dinâmica". Mas, ao destacar uma área em que o Brasil avançou e os dois países podem fechar algum acordo, ele escolheu a mudança climática.

Os EUA, segundo Hakim, nem sequer têm uma política ambiental nacional para falar em acordo com o Brasil nessa área. Ao elogiar o acerto anterior sobre o envio de estudantes brasileiros a universidades americanas, Kerry estaria rebaixando os EUA à condição de uma Fundação Ford.

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Apesar da posição defensiva do secretário de Estado ao ser questionado sobre a espionagem americana, Hakim acredita ser o setor de segurança uma das raras áreas em que a relação pode avançar. "Não há uma agenda real entre Brasil e EUA", diz Hakim. "Em 28 anos de democracia no Brasil, os dois países conseguiram desenvolver bons laços econômicos, mas nunca firmaram acordos de comércio e investimentos. Se Obama e Dilma falarem em bolsas de estudos de novo, será uma perda de tempo."

Antes de Kerry, que foi a Brasília para preparar a agenda da visita de Dilma, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, e o vice-presidente americano, Joe Biden, também estiveram no País. Nenhum deles apontou oportunidades de avanço na relação bilateral. Dilma, porém, fará a única visita de Estado agendada pela Casa Branca para este ano. O último presidente brasileiro a ser acolhido dessa maneira foi Fernando Henrique Cardoso, em 1995.

 

WASHINGTON - A visita da presidente Dilma Rousseff a Washington está sendo encarada como mais uma oportunidade perdida nas relações bilaterais, segundo Peter Hakim, presidente do Diálogo Interamericano. O encontro de Dilma com o presidente americano, Barack Obama, seguido de jantar de gala na Casa Branca, em 23 de outubro, dificilmente selará as decisões necessárias para aprofundar os laços entre as duas maiores economias da região.

Na perspectiva americana, nada poderia ser melhor do que o início da negociação de acordos de livre comércio e de investimentos, além do contrato do Ministério da Defesa de compra dos caças F-18 Super Hornet, da Boeing. As chances de esses três passos serem adotados pelo governo de Dilma, entretanto, são nulos. Obama está ciente disso e não oferecerá ao Brasil um degrau mais alto na escala internacional, como seu apoio ao ingresso do País no Conselho de Segurança da ONU como membro permanente.

Um dos sinais da frustração da Casa Branca surgiu com a transferência de seu embaixador em Brasília, Thomas Shannon, para a Turquia, antes da visita. Segundo Hakim, se a pauta tivesse conteúdo, Shannon teria sua chegada a Ancara postergada e acompanharia Dilma a Washington.

"A visita é a chance de Dilma e Obama tomarem grandes decisões e de explorarem caminhos que não trilharia sem esse novo encontro", afirmou Hakim. "Mas nada do que o Brasil aspira nem o que os EUA desejam deve sair. Nenhum dos dois quer tomar as decisões necessárias."

A entrevista desta terça-feira, 13, de Kerry e Patriota refletiu a situação da agenda bilateral. Kerry afirmou que o Brasil é uma das "parcerias essenciais do século 21" para os EUA e a qualificou como "notável e dinâmica". Mas, ao destacar uma área em que o Brasil avançou e os dois países podem fechar algum acordo, ele escolheu a mudança climática.

Os EUA, segundo Hakim, nem sequer têm uma política ambiental nacional para falar em acordo com o Brasil nessa área. Ao elogiar o acerto anterior sobre o envio de estudantes brasileiros a universidades americanas, Kerry estaria rebaixando os EUA à condição de uma Fundação Ford.

Apesar da posição defensiva do secretário de Estado ao ser questionado sobre a espionagem americana, Hakim acredita ser o setor de segurança uma das raras áreas em que a relação pode avançar. "Não há uma agenda real entre Brasil e EUA", diz Hakim. "Em 28 anos de democracia no Brasil, os dois países conseguiram desenvolver bons laços econômicos, mas nunca firmaram acordos de comércio e investimentos. Se Obama e Dilma falarem em bolsas de estudos de novo, será uma perda de tempo."

Antes de Kerry, que foi a Brasília para preparar a agenda da visita de Dilma, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, e o vice-presidente americano, Joe Biden, também estiveram no País. Nenhum deles apontou oportunidades de avanço na relação bilateral. Dilma, porém, fará a única visita de Estado agendada pela Casa Branca para este ano. O último presidente brasileiro a ser acolhido dessa maneira foi Fernando Henrique Cardoso, em 1995.

 

WASHINGTON - A visita da presidente Dilma Rousseff a Washington está sendo encarada como mais uma oportunidade perdida nas relações bilaterais, segundo Peter Hakim, presidente do Diálogo Interamericano. O encontro de Dilma com o presidente americano, Barack Obama, seguido de jantar de gala na Casa Branca, em 23 de outubro, dificilmente selará as decisões necessárias para aprofundar os laços entre as duas maiores economias da região.

Na perspectiva americana, nada poderia ser melhor do que o início da negociação de acordos de livre comércio e de investimentos, além do contrato do Ministério da Defesa de compra dos caças F-18 Super Hornet, da Boeing. As chances de esses três passos serem adotados pelo governo de Dilma, entretanto, são nulos. Obama está ciente disso e não oferecerá ao Brasil um degrau mais alto na escala internacional, como seu apoio ao ingresso do País no Conselho de Segurança da ONU como membro permanente.

Um dos sinais da frustração da Casa Branca surgiu com a transferência de seu embaixador em Brasília, Thomas Shannon, para a Turquia, antes da visita. Segundo Hakim, se a pauta tivesse conteúdo, Shannon teria sua chegada a Ancara postergada e acompanharia Dilma a Washington.

"A visita é a chance de Dilma e Obama tomarem grandes decisões e de explorarem caminhos que não trilharia sem esse novo encontro", afirmou Hakim. "Mas nada do que o Brasil aspira nem o que os EUA desejam deve sair. Nenhum dos dois quer tomar as decisões necessárias."

A entrevista desta terça-feira, 13, de Kerry e Patriota refletiu a situação da agenda bilateral. Kerry afirmou que o Brasil é uma das "parcerias essenciais do século 21" para os EUA e a qualificou como "notável e dinâmica". Mas, ao destacar uma área em que o Brasil avançou e os dois países podem fechar algum acordo, ele escolheu a mudança climática.

Os EUA, segundo Hakim, nem sequer têm uma política ambiental nacional para falar em acordo com o Brasil nessa área. Ao elogiar o acerto anterior sobre o envio de estudantes brasileiros a universidades americanas, Kerry estaria rebaixando os EUA à condição de uma Fundação Ford.

Apesar da posição defensiva do secretário de Estado ao ser questionado sobre a espionagem americana, Hakim acredita ser o setor de segurança uma das raras áreas em que a relação pode avançar. "Não há uma agenda real entre Brasil e EUA", diz Hakim. "Em 28 anos de democracia no Brasil, os dois países conseguiram desenvolver bons laços econômicos, mas nunca firmaram acordos de comércio e investimentos. Se Obama e Dilma falarem em bolsas de estudos de novo, será uma perda de tempo."

Antes de Kerry, que foi a Brasília para preparar a agenda da visita de Dilma, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, e o vice-presidente americano, Joe Biden, também estiveram no País. Nenhum deles apontou oportunidades de avanço na relação bilateral. Dilma, porém, fará a única visita de Estado agendada pela Casa Branca para este ano. O último presidente brasileiro a ser acolhido dessa maneira foi Fernando Henrique Cardoso, em 1995.

 

WASHINGTON - A visita da presidente Dilma Rousseff a Washington está sendo encarada como mais uma oportunidade perdida nas relações bilaterais, segundo Peter Hakim, presidente do Diálogo Interamericano. O encontro de Dilma com o presidente americano, Barack Obama, seguido de jantar de gala na Casa Branca, em 23 de outubro, dificilmente selará as decisões necessárias para aprofundar os laços entre as duas maiores economias da região.

Na perspectiva americana, nada poderia ser melhor do que o início da negociação de acordos de livre comércio e de investimentos, além do contrato do Ministério da Defesa de compra dos caças F-18 Super Hornet, da Boeing. As chances de esses três passos serem adotados pelo governo de Dilma, entretanto, são nulos. Obama está ciente disso e não oferecerá ao Brasil um degrau mais alto na escala internacional, como seu apoio ao ingresso do País no Conselho de Segurança da ONU como membro permanente.

Um dos sinais da frustração da Casa Branca surgiu com a transferência de seu embaixador em Brasília, Thomas Shannon, para a Turquia, antes da visita. Segundo Hakim, se a pauta tivesse conteúdo, Shannon teria sua chegada a Ancara postergada e acompanharia Dilma a Washington.

"A visita é a chance de Dilma e Obama tomarem grandes decisões e de explorarem caminhos que não trilharia sem esse novo encontro", afirmou Hakim. "Mas nada do que o Brasil aspira nem o que os EUA desejam deve sair. Nenhum dos dois quer tomar as decisões necessárias."

A entrevista desta terça-feira, 13, de Kerry e Patriota refletiu a situação da agenda bilateral. Kerry afirmou que o Brasil é uma das "parcerias essenciais do século 21" para os EUA e a qualificou como "notável e dinâmica". Mas, ao destacar uma área em que o Brasil avançou e os dois países podem fechar algum acordo, ele escolheu a mudança climática.

Os EUA, segundo Hakim, nem sequer têm uma política ambiental nacional para falar em acordo com o Brasil nessa área. Ao elogiar o acerto anterior sobre o envio de estudantes brasileiros a universidades americanas, Kerry estaria rebaixando os EUA à condição de uma Fundação Ford.

Apesar da posição defensiva do secretário de Estado ao ser questionado sobre a espionagem americana, Hakim acredita ser o setor de segurança uma das raras áreas em que a relação pode avançar. "Não há uma agenda real entre Brasil e EUA", diz Hakim. "Em 28 anos de democracia no Brasil, os dois países conseguiram desenvolver bons laços econômicos, mas nunca firmaram acordos de comércio e investimentos. Se Obama e Dilma falarem em bolsas de estudos de novo, será uma perda de tempo."

Antes de Kerry, que foi a Brasília para preparar a agenda da visita de Dilma, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, e o vice-presidente americano, Joe Biden, também estiveram no País. Nenhum deles apontou oportunidades de avanço na relação bilateral. Dilma, porém, fará a única visita de Estado agendada pela Casa Branca para este ano. O último presidente brasileiro a ser acolhido dessa maneira foi Fernando Henrique Cardoso, em 1995.

 

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